1. Spirit Fanfics >
  2. Between Coffees and Roses >
  3. O Ódio

História Between Coffees and Roses - O Ódio


Escrita por: Ashmedhai

Notas do Autor


Gente!
Sem mais delongas, Bora pro cap que por sorte do destino estou conseguindo postar hoje!
(Eu sinceramente queria entender esse meu vicio de postar antes do prometido! Devo ter algum bug!)
Vejo vocês nas notas finais <3

Capítulo 10 - O Ódio


Fanfic / Fanfiction Between Coffees and Roses - O Ódio

O Ódio

 

Ao perceber que já passava da meia noite do domingo para segunda-feira e YoonGi não havia aparecido, JungKook presumiu que o mesmo não viria vê-lo aquela noite e por mais que devesse se sentir incomodado pelo fato de que o mais velho havia quebrado a promessa de retorno, se sentia até aliviado. A cada dia detestava mais e mais a forma como o legista tentava se aproximar de si e forçava suas muralhas mesmo sabendo muito bem que não cairiam e tal convicção poderia até não preocupar o garçom porém sabia que não era um bom mentiroso e odiava quando o Acobreado lhe questionava algo que o remetia ao passado ou fazia algum comentário sobre pessoas ou situações que queria esconder e ficava nervoso pelo temor de ser flagrado enganando-o, por isso se sentia até feliz por poder passar aquela noite sozinho.

Esse tipo de situações o faziam amaldiçoar-se a cada minuto por não ter fechado o bar no sábado em que sua madrasta havia ligado comentando que estava planejando voltar a cidade e com isso acabou chorando atrás do balcão sendo surpreendido pela presença de YoonGi. A carência e seu momento de fraqueza o fizeram beijar o policial e quando menos percebeu já tinha ele presente na rotina, dormindo no seu apartamento, visitando-o todo dia, lhe apresentando os amigos e JungKook passava a maioria do tempo pensando em alguma forma de deixar claro para o outro que o que tinham era apenas sexo. Que ele “se lixava” pra vida do policial, pro trabalho dele ou pra qualquer coisa que não estivesse coberta pela sua cueca.

Mas por fim passou a agradecer tal proximidade.

Quando matou Shindong, por mais que tivesse planejado tudo com antecedência, executado seu plano nos mínimos detalhes e tivesse certeza de que nada havia saído errado, ainda assim se sentia inseguro e temia ser descoberto. Foi aí que viu vantagem, pela primeira vez, em ser tão próximo ao legista.

Sempre que “os três patetas” – como havia passado a chamar os policiais em seu pensamento – Vinham até o bar, prestava atenção em cada virgula que comentavam, comemorando internamente a imbecilidade deles e sempre que possível, tentava distorcer as ideias do legista quando questionado sobre o que achava dentro das hipóteses criadas.

Nos primeiros dias até tinha um certo remorso por ter matado um inocente, mas com o passar do tempo tal ideia parou de lhe incomodar. Algo lhe dizia que não era Shindong que havia morrido e sim Jimin, Aquele “gordo boca aberta” que havia ferrado com a sua vida.

Se sentia um completo otário por ter acreditado que o garoto entenderia seu lado, que o perdoaria pelo que fez, mesmo sabendo que era horrível. Havia tido esperanças que quando soubesse que tinha sido obrigado a humilha-lo, o desculparia e ficariam juntos, mas não. Jimin preferiu mostrar tudo para o seu pai que nem lhe deu tempo de explicar o que aquele maldito DVD significava.

Era com ódio do menino gordinho que lembrava do semblante furioso que o ex boxeador tinha quando JungKook chegou em casa na noite da sua formatura. Sabia que estava em maus lençóis desde a ultima conversa que havia tido com Jimin, mas não imaginava nem nos piores pesadelos tudo o que seu pai faria consigo naquela noite.

Quase espumava pela boca da raiva que sentia do garoto por ter provocado todos aqueles ossos quebrados, pelos quinze dias em coma e dois meses hospitalizado. Se perguntava se ao entregar o filme, o menino imaginava que seu pai o agrediria com tanta brutalidade, lhe estupraria na tentativa imbecil de “fazer-lhe virar homem” e depois de tudo o abandonaria numa enfermaria aos cuidados de estranhos sem ter pra onde ir ou o que fazer da vida depois de tudo, perdendo inclusive a tal final do campeonato de basquete que fora o real motivo do seu egoismo.

Sua sorte –sempre foi - ter uma madrasta tão boa que não hesitou em denunciar o marido a policia e por fim, conseguia pelo menos se sentir seguro, já que após aquilo o pai foi parar atrás das grades e assim não o perturbaria mais.

Demorou mais de um ano para conseguir ter uma vida perto do normal, tirando o fato de que precisava se dopar de remédios para controlar suas crises de ódio que o faziam quebrar tudo que havia pela frente e assim que estava num estado “controlável”, se viu abandonado pela única pessoa que achou que sempre estaria consigo.

Apesar de saber que Hunbee não era sua mãe, ela o havia criado desde que se viu órfão e JungKook sempre teve um carinho imenso pela mulher só pelo fato de que ela não o julgava. Ela o entendia e o ajudava em tudo o que precisava, principalmente quando esse assunto envolvia seu pai. Quando o marido foi preso e o garoto já “conseguiria se virar”, HunBee recebeu uma proposta de trabalho fora do país e aceitou mais que depressa. Era a chance de crescer profissionalmente e de brinde, ganhava um motivo para se livrar de todo o inferno que aquele péssimo casamento havia trazido para sua vida. Era assim que o garoto via a partida dela e apesar de saber que deveria ficar feliz por ter sido deixado bem amparado financeiramente, com um carro novo, um apartamento mobiliado e um comercio só pra si, ainda assim sentia raiva dela porque não entendia que o que ele precisava era de apoio e não de dinheiro.

Todas essas coisas vagando pela sua mente só o fazia sentir ainda mais raiva do mundo, mais raiva de tudo e principalmente de Jimin, que havia destruído qualquer chance de se dar bem com o pai um dia.

Jungkook passou algumas horas tentando descrever para si mesmo as sensações maravilhosas que teve ao dar fim na vida de Jimin. Em alguns momentos sua mente o lembrava que não era Jimin que estava morto e sim Shindong, mas afastava logo a ideia. Era sim aquele “gordo filho da puta” que havia matado e suspirava feliz por ter se vingado, mas seu paraíso particular veio abaixo naquela sexta-feira que tinha tudo para ser normal.

Como sempre, havia aberto o bar, o movimento crescia com o passar das horas, o dinheiro entrava em caixa, YoonGi veio com um dos patetas e depois mais outros dois patetas se juntaram a eles e tudo estava dentro dos conformes. Tudo estava lindamente bem para si até ver aquele sorriso quadrado que lhe lembrava demais dos seus tempos da escola e isso por si só já o deixou com um pressentimento ruim que só foi lhe colocar novamente na realidade quando viu aquele maldito sorriso que escondia os olhos.

JungKook Já estava em estado de alerta após ver Taehyung e como esperava, sua ilusão de que havia matado Jimin se desmoronou quando o mesmo veio até si com um grande sorriso no rosto lhe pedindo um licor de café e até achou que não poderia ser a mesma pessoa do seu passado já que não havia nada de “gordo” naquele “filho da puta boca aberta”.

Ao observar melhor teve certeza que se não o conhecesse bem mais do que gostaria, daria seu telefone para o belo rapaz que agora tinha um corpo visivelmente musculoso e cabelos chamativamente vermelhos e se pegou imaginando quão bonita ficaria aquela feição fofa que ele tinha, tingida de sangue.

“Ele não se incomodaria de ter as roupas manchadas assim já que gosta tanto da cor” – Pensou enquanto servia a bebida no copo do cliente que, obviamente, ainda não o havia reconhecido até então, mas fez questão de forçar o seu maior sorriso ao entregar o recipiente para que ele visse quem realmente estava a sua frente.

“Meus demônios não vão despertar sozinhos, Jimin!”

Observou aquele sorriso grandioso morrer aos poucos, o olhar que se lembrava de ter visto do lado de fora do ginásio do colégio no dia da formatura se mostrando e ali soube que, se não o havia reconhecido por completo, pelo menos havia lembrado de si e com esse pensamento passou a achar aquela noite até agradável pois imaginava que o “ex gordinho” ficaria um bom tempo perturbado por se lembrar de tudo o que havia passado e por alguns instantes chegou agradecer Jackson por ter lhe dado a oportunidade de fazê-lo sofrer anos atrás, mesmo que contra a própria vontade.

No entanto, parecia que não era uma noite de sorte para si.

Poucas horas depois viu o ruivo voltando ao balcão e dessa vez acompanhado. Quando percebeu a forma como Hoseok o observava enquanto conversavam, sentiu o estomago revirar e ao contrario do que queria, não se lembrou das coisas doloridas que havia passado por causa daquele garoto. Não podia haver hora pior para aquilo, mas vê-los conversando tão perto e tão animados o fez lembrar daquele sábado gelado que eram as únicas memórias boas que guardava em si realmente.

Lembrou-se do sorriso puro e inocente e da ingenuidade que o havia feito se apaixonar por ele tão perdidamente. Lembrou-se das mãozinhas gordinhas e fofas que sempre acharia lindas segurando o copo de café. Lembrou-se da feição envergonhada, tímida que aquela face assumiu quando o beijou e a forma adoravelmente doce que ele tinha quando ficava com as bochechas coradas. Lembrou das arfadas, dos gemidos baixos, dos lábios entreabertos buscando por ar e aquele olhar tão vivo enquanto jurava lhe amar sempre e perdoar qualquer burrada que pudesse fazer e sem nem perceber, JungKook acabou reproduzindo no papel que segurava, um daqueles símbolos bons das lembranças gostosas que guardava e mais uma vez sentiu seu âmago queimando na vontade de perturbar a cabeça daquele garoto que havia lhe tirado qualquer chance de uma noite de sono tranquilo sequer.

Quando percebeu que Jimin e Hoseok deixavam o balcão e se dirigiam ao fundo do bar, se pegou feliz novamente por ver YoonGi beijando Taehyung. O Primeiro pensamento que lhe veio foi um “Se merecem mesmo. Dois chatos insuportáveis juntos” e já pensava em como poderia usar a tal “traição” pra se livrar de vez do acobreado apesar de já se sentir pesaroso com o fato de junto com o “termino”, perder a parte sexual daquela coisa que com certeza YoonGi chamaria de “relacionamento”.

“Vou demorar pra achar alguém que meta tão bem quanto você Min, mas o que posso fazer se você é tão irritante?” Pensava e ainda observando o quarteto que conversava ao fundo do bar, viu que Taehyung estava tão bêbado que mal andava sozinho e notou até com certo contento que os dois policiais não acompanhavam Jimin e o amigo para fora do seu estabelecimento.

Já cogitava a possibilidade de dispensar os poucos bêbados que estavam ali ainda e ir atrás do ruivo para mata-lo de verdade dessa vez, quando o legista veio até si, com a cara mais lavada do mundo, lhe dizer que queria ter ficado mais consigo e teve que se conter pra não manda-lo se foder pois havia visto que ele estava “muito bem acompanhado” até minutos atrás, mas preferiu inventar uma dor de cabeça qualquer para se ver livre dele e tentar executar o plano que já traçava em sua cabeça para se livrar em definitivo do seu passado.

Assim que YoonGi partiu, se apressou em fechar o bar mal ligando para a falta de educação que carregava em seu ato de literalmente expulsar todos os clientes que ainda estavam ali e após se ver livre do trabalho, rumou para dentro do apartamento no intuito de separar o que precisaria para aquela noite e após pôr tudo dentro do carro e sair pela cidade, bufou frustrado por se lembrar só ali que não fazia ideia de onde Jimin morava agora e quando menos percebeu já estava em frente a casa dos pais dele, no centro da cidade.

Cogitava a possibilidade de voltar para o seu apartamento e tentar dormir. Se trancar em seu quarto e tentar amordaçar os seus demônios internos sozinho, mas aquela não era uma opção naquele dia.

JungKook Tinha sede de sangue, precisava ouvir aqueles gritos de novo e seus demônios o mandavam se livrar de qualquer um. Alguém precisava pagar no lugar de Jimin, pelo menos até conseguir pôr as mãos nele, e assim se colocou a caça da nova vitima e sorriu grandiosamente feliz ao ver um gordinho solitário sentado na calçada.

Seu segundo crime aconteceria e a sensação de matar de novo, de poder “brincar de Deus” mais uma vez o fazia se sentir vivo e ao entrar no carro para voltar pra casa, já perto do amanhecer do sábado reconsiderou suas vontades.

Não poderia matar Jimin agora.

Descobriu que não era o ato de tentar “matar o passado” que gostava, era o ato de MATAR em si que o fazia bem e desde essa consciência, descartou a hipótese de se livrar do ruivo tão cedo. Iria se divertir mais. Iria matar mais e só quando não tivesse mais a fome por gritos que partiria para a ultima vitima.

Usaria todo o seu ódio como combustível pra arquitetar melhor seus planos, aperfeiçoaria suas técnicas e só quando se julgasse perfeito – como sempre seu pai esperou que ele fosse em algo – Iria dar o bote final e mataria aquele garoto.

E foi Justamente pensando nisso que comemorou a quebra da promessa de YoonGi naquela madrugada de segunda-feira.

Saiu do apartamento, foi até seu carro e la, abriu o porta malas e tirou a motosserra, o taco de beisebol e sua mochila, foi até seu porão e se pôs a limpar seus equipamentos e já se amaldiçoava por ter demorado para isso, já que percebeu uma certa mancha no inox de uma das facas devido ao sangue seco que ficou tempo demais na lamina. Voltou ao carro e ao abrir a porta do caroneiro, pegou o copo de café e o preservativo e os jogou na caçamba de lixo que havia embaixo da escada e ao retornar mais uma vez achou os óculos da sua vitima. Riu soprado com isso e pensou em jogar fora também, mas ao colocar no rosto e olhar no retrovisor, se agradou da imagem e assim decidiu que ficaria com o objeto para si já pensando em levar a alguma ótica da cidade para tirar aquelas lentes fortes demais para si e substituir por vidros sem grau já que sua visão era perfeita.

Após se ver livre de todos aqueles indícios, se pôs a pensar sobre as pequenas falhas que havia cometido. A primeira delas foi a escolha do local. Ponderou que não poderia mais se arriscar em lugares tão públicos e suspirou enquanto pensava no quão sortudo havia sido por ninguém ter aparecido no meio do ato e com tal constatação se viu tentando lembrar algum lugar que não fosse tão próximo ao meio urbano e logo recordou-se do adorável conhecido que havia lhe doado aquele conjunto de facas que tanto amava.

Mark era um homem de meia idade que havia conhecido no hospital enquanto se recuperava da surra que havia tomado do pai. Dividiu o quarto com ele por mais de um mês e nesse período acabou se aproximando muito do homem. Ele havia contado que tinha um restaurante focado em carnes e, prezando a qualidade do produto que servia, mantinha um pequeno abatedouro nos arredores da cidade e foi justamente por conta de ter o habito de abater ele mesmo os animais que havia ido parar no hospital após tomar um coice de um boi que havia sido mal amarrado antes de ser morto.

Lembrou do homem comentando que a partir daquele episódio iria ser “menos crica” quanto as carnes e passaria a fazer como todos os outros restaurantes: Compraria direto de um fornecedor comum e assim desativaria o abatedouro.

Tentou puxar da memória os diálogos que havia tido com o homem há quase cinco anos e com muito custo se lembrou do endereço. Entrou no carro e dirigiu até chegar na zona rural da cidade e suspirou feliz ao perceber pela vegetação alta que realmente o lugar estava abandonado e assim, sem nem descer do carro decidiu que aquele seria o próximo lugar onde abriria sua Caixa de Pandora. Agora só precisava encontrar uma vitima e rezava para que fosse tão fácil como havia sido no seu ultimo crime.

 

~~

 

Apesar de ter demorado, YoonGi conseguiu adormecer relativamente cedo naquele domingo, e realmente como planejara, só acordou perto do meio dia da segunda-feira. Fisicamente se sentia novo em folha. Sem dores nas costas, musculatura relaxada e até se achou mais bonito que o normal por não trazer olheiras no rosto. Tinha tudo pra estar de bom humor se não fosse pela maldita “pulga atrás da orelha” que voltou a “lhe morder” assim que levantou.

Ficou andando calmamente pelo apartamento duplex que habitava pensando sobre o que faria naquele dia já que só voltaria a delegacia na manhã seguinte e mofar naquele espaço não era uma opção.

Em outras circunstancias não hesitaria em ir até o bar de JungKook para passar o tempo com ele, fazendo-o ralhar pela insistência em fechar o estabelecimento e passear consigo pelo shopping da cidade, ir ao cinema ou qualquer outra coisa que pudessem fazer juntos, Mas aquele não era o caso dessa vez.

O Legista se sentia um idiota. Um perfeito babaca por ter dado certa “exclusividade” ao garçom. Se sentia um completo palerma por ter ficado com remorso devido a um simples beijo em outro cara enquanto o mais novo havia transado com alguém e mesmo sabendo que não deveria, YoonGi se sentia traído. Percebeu com isso que realmente havia deixado o rapaz tomar muito de si, deixou-se envolver demais e novamente se via enganado.

Passou a pensar no quão tolo havia sido em não ter aproveitado melhor a noite de sexta-feira com o dono da cafeteria. Havia adorado o beijo de Taehyung e já admitia ter ficado encantado como sorriso quadrado e espontâneo do garoto que falava alto, que ria fácil de tudo e que se dedicou tanto em tão poucos minutos para lhe entreter e ainda sentindo raiva de si mesmo e de JungKook encarou a tela de bloqueio do celular. Bufou consigo mesmo e imediatamente passou os dedos pelo visor excluindo tal foto e logo colocando uma paisagem neutra como plano de fundo. Não ia mais se deixar envolver pelo garçom e decidiu que não teriam mais nada a partir daquele dia. Se ele queria liberdade para sair e transar com quem quisesse, YoonGi faria o mesmo e não deixaria remorso ou qualquer sentimento de culpa lhe atingir. Se um dia havia cogitado ter algo serio com o moreno, essa possibilidade não existiria mais, não só pela suposta traição, mas também pelas mentiras.

Ainda envolto na atividade de mexer em seu aparelho telefônico, lembrou-se vagamente do Rapaz de sorriso quadrado lhe pedindo para que salvasse seu numero e sabendo que nem havia verificado se o tinha feitou ou não, foi até a lista de contatos e procurou por algum nome novo até que encontrou.

TaeTae ♥: 4598178892

Riu alto do nome escrito na tela e não pode deixar de suspirar. Ele era realmente fofo e encantador. Mais do que queria achar que ele fosse, e se pegou questionando se deveria entrar em contato com o rapaz ou não e pensando sobre o que falaria caso decidisse conversar mesmo com o moreno, até tomar coragem e discar o numero, ouvindo o tom da chamada até ser atendido.

“-Alô?”

-O-Oi – Gaguejou. – Gostaria de falar com TaeHyung, por favor.

“-É ele mesmo, Quem gostaria?” – Ouviu a voz perguntando do outro lado e a vontade que teve de ver o sorriso que possivelmente estava naquele rosto o deu impulso para continuar com seu plano inicial.

- Oi TaeTae – Disse com um tom divertido de deboche. – É o YoonGi, Tudo bem contigo?

“- YoonGi? Ah! Nossa!” – Falou surpreso e o legista riu levemente percebendo ali que realmente o moreno não aguardava contato seu. – “Tudo sim, E com você?”

- Tudo bem também. Olha, eu queria meio que me desculpar por não ter te ligado antes, sabe. Tive alguns problemas pra resolver e tudo o mais, mas queria lhe fazer um convite... – Falou direto e passou a aguardar a resposta do outro lado, mesmo já imaginando pelo tom de voz que o garoto trouxe até agora, que não negaria qualquer pedido seu.

“- Sem problemas quanto a demora! Mas convite? Que convite?” – Mais uma vez YoonGi se pegou rindo da forma quase fofa que Taehyung demonstrava uma certa ansiedade, confirmando a cada palavra que realmente esperava revê-lo.

- Na verdade não tenho um local ou programa especifico em mente. Só queria te chamar pra sair hoje. Sei la, nós poderíamos ver um filme ou comer alguma coisa. Topa? – Questionou e sentiu sua “certeza de um sim” morrer ali, naquele silencio que pareceu receoso e demorado demais. Chegou afastar o telefone da orelha para ver se a chamada havia caído, mas como tudo aparentava estar normal com o aparelho, retornou ao ouvido e chamou-o. – Taehyung? Você está me ouvindo?

“- Si-Sim, estou.” – gaguejou. – “Olha, essa saída tem que ser hoje?”

- Eu estou de folga agora a tarde e a noite e como sei que terei trabalho a beça a partir de amanhã, não posso dar uma outra data... – Falou mais para pressionar o moreno do que por ser verdade e ouviu um bufar relativamente frustrado do outro lado.

“- Eu realmente adoraria sair com você hoje, YoonGi. Mas não tem como. O Jimin não vai poder trabalhar e eu tenho que cuidar da cafeteria até o fim do turno então não posso sair daqui antes das 21 horas...” – Ouviu o tom de voz triste de Taehyung e já estava tendo uma ideia sobre como solucionar o problema quando ouviu ele verbalizar exatamente o que pensava. – “Mas se você quiser, pode vir até aqui. O Movimento não está muito grande então acho que poderíamos conversar bastante e nos conhecermos um pouco mais...”

O sorriso de YoonGi se abriu expondo as gengivas e ele confirmou que faria o que o mais novo lhe sugeria.

Sem pressa alguma, apesar da pequena ansiedade, o legista subiu ao quarto, tomou um banho caprichado e depois se pôs a pensar no que vestiria. Apesar da chuva não estava muito frio naquele inicio de tarde então optou por peças básicas e uma jaqueta jeans. Secou os cabelos com o secador e ao observar-se melhor no espelho percebeu que teria que trocar a camisa de baixo por uma de gola alta.

“- É a ultima vez que você encosta esses dentes de coelho em mim, JungKook!” – Pensou e logo foi a caça de uma peça que cobrisse o hematoma que havia sido deixado em si no dia anterior.

Após se ver pronto e satisfeito com a aparência, pegou seu carro e dirigia até a cafeteria quando parou no semáforo em frente ao bar que sempre frequentava e sentiu um aperto no peito ao vê-lo fechado e não ver o carro do garoto estacionado ao lado do prédio. Acabou por bufar nervoso sobre o pensamento de que àquela hora o moreno deveria estar transando com quem quer que fosse como havia feito no seu sumiço do dia anterior e teve mais certeza ainda de que havia feito a decisão correta sobre não procura-lo mais. A partir dali só iria ao bar para beber mesmo e não tocaria mais no garçom.

Ao chegar na cafeteria, comemorou internamente por vê-la praticamente vazia, exceto por um casal que estava sentado em uma mesa próximo a porta e que ainda antes de entrar já percebeu-os se preparando para partir. Entrou e cumprimentou o moreno com um aceno de cabeça enquanto o mesmo recebia o pagamento dos outros clientes e rumou diretamente a ultima mesa do estabelecimento e aguardou que ele se aproximasse e assim que o fez, se levantou e sem falar uma palavra sequer, enlaçou a cintura de Taehyung e lhe deu um beijo simples fazendo com que o garoto enrubescesse no mesmo instante.

Taehyung, apesar de ter gostado e realmente estar ansiando por algo no sentido, não conseguiu conter a timidez perante o ato do legista e tentando disfarçar um pouco seu pequeno constrangimento, questionou se o acobreado desejava beber alguma coisa e assim que ele falou que um expresso seria o suficiente, rumou ao balcão e preparou duas bebidas iguais, Uma para si e outra pra YoonGi. Quando voltou a mesa com os pedidos, novamente foi surpreendido por mais beijos, dessa vez ósculos reais e não simples roçar de lábios e ao sentar-se viu o outro sentando-se também ao seu lado, bem mais próximo do que um cliente qualquer sentaria e não pode deixar de apreciar isso.

Após vários minutos e muitos beijos, o dialogo por fim se instaurou. Taehyung pediu desculpas pelo estado alcoólico elevado que estava na sexta-feira e viu YoonGi rir de si dizendo que havia adorado e lamentou não ter aproveitado mais disso brincando sobre o quão chatos Jimin e Hoseok haviam sido por ter estragado a “diversão” deles e o moreno falou que era melhor ter sido assim pois não se lembrava de muita coisa após aquilo e concluiu dizendo que se ele fosse fazer algo alem de beijar o Legista, gostaria de sempre se lembrar e após a afirmação, recebeu um sorriso de lado, cheio de malicia, vindo do acobreado que concordou com ele imediatamente e disse que de qualquer forma poderiam repetir tudo o que o mais novo não lembrasse e mais uma vez voltaram se beijar.

Ainda em meio a indiretas e provocações, o policial tomou um grande susto quando viu a porta que levava aos fundos da cafeteria se abrindo e de lá, sair seu colega de trabalho e mesmo sem dever, estranhou o fato do mesmo estar vestindo um moletom e uma camiseta simples relativamente menores do que o seu corpo precisaria e com isso deduziu que aquelas vestes não eram dele. Observou com certa estranheza quando Hoseok chamou Taehyung pra conversar consigo e ficou tentando entender o que aquilo significava até se lembrar que o outro policial havia ficado com Jimin na sexta feira e riu soprado.

“Eu me achando rápido por procurar o Tae hoje enquanto o safado já dormiu com o ruivinho... Quem diria heim, Hoseok!” Pensou consigo enquanto observava o mais novo dos três indo de encontro a porta.

Assim que a porta se fechou atrás de si, Taehyung viu Hoseok esfregar os olhos em um sinal obvio de que havia recém acordado e antes de questionar o que havia acontecido ouviu-o se pronunciar.

- Tae, Já faz um bom tempo que Jimin está dormindo... – Falou receoso observando o moreno que parecia não estranhar nada. – Não seria melhor chamar um médico? – Ao perceber a preocupação do policial, o mais novo tentou acalma-lo.

- Não se preocupe quanto a isso, Hoseok. Os remédios que Jimin toma são calmantes fortes. Ele só está dormindo mesmo. Amanhã ele vai acordar novo em folha e até agradecer pelo descanso extra que teve. – Respondeu e imediatamente teve uma ideia que lhe pareceu perfeita. – Mas assim... – Falou como quem não queria nada, chamando para si a atenção do investigador. – Se você está muito preocupado, pode passar a noite aqui e cuidar dele... – deixou a sugestão no ar e observou-o enquanto franzia o cenho ponderando sobre o que faria.

- Eu tenho que trabalhar amanhã e não trouxe meu uniforme nem nada. Meu celular está sem bateria e eu sequer tenho como ir pra casa já que ontem vim até a delegacia a pé. – Falou pensativo e imediatamente viu Taehyung lhe resolvendo todos os problemas.

- Faz assim: Pega o nosso carro, vai em casa e pega seu uniforme. Eu te empresto meu carregador e você passa a noite aqui com ele. Tenho certeza que ele vai adorar ver você quando acordar. – disse mais pensando em, pela primeira vez, não precisar se preocupar sobre o estado que o amigo estaria após seus pesadelos do que sobre ajudar Hoseok e após vê-lo ponderando e aparentemente aceitando sua ideia, foi até a bancada que ficava próxima a porta que levava ao quintal e lhe entregou as chaves do carro. – Vai rápido que talvez eu tenha que sair daqui a pouco. – Concluiu já pensando sobre o que iria sugerir ao legista que o aguardava na cafeteria e assim viu o Investigador partindo.

Quando voltou a mesa, Taehyung percebeu o olhar curioso de YoonGi e imediatamente se pôs a contar sobre a sequencia de azares que Hoseok havia tido no dia anterior de forma superficial e omitindo os detalhes mais sérios que envolviam Jimin e com isso percebeu o olhar malicioso que o acobreado expôs.

- Ele dormiu aqui, foi? Espertinho esse Hoseok! – Falou rindo e o moreno se esforçou para acompanha-lo e não deixar a real tensão de tudo que ocorrera lhe atingir e pensando em mudar de assunto e lhe propor a ideia que havia tido, falou.

- Muito! Alias, ele vai dormir aqui hoje novamente então eu tive uma ideia. – Falou também com um olhar malicioso sobre o legista que sorriu de canto. – Já que Jimin não ficará sozinho, o que você acha de eu fechar a cafeteria e nós darmos uma volta pela cidade? 21 horas ainda é cedo! Prometo voltarmos antes de ficar tarde. – Disse já ansioso pela resposta que veio de imediato.

- Fecha logo isso aqui e vamos nos divertir! – Respondeu já beijando ardentemente o mais novo que sorria durante o ato.

- Vamos! Tenho um lugar pra te mostrar!

 


Notas Finais


Então gente...
Acho que não temos um santo completo aqui né... (mais uma vez, Biaseds, não me odeiem plz, a fic precisa de um vilão ç.ç)
Olha, hoje não tenho muito o que falar, só tenho a agradecer mesmo e em principal dizer que amo muito vocês todos mesmo! Cheguei a chorar lendo alguns comentários do capitulo anterior e realmente me senti tocada pelo apoio que vcs me deram com relação ao meu desabafo. Eu realmente esperava algum ataque extra ou alguém falando que eu estava sendo otária (mesmo ja sabendo que sou uma) mas não. Vocês me apoiaram e mais uma vez me encheram de amor e eu só tenho uma coisa a dizer MUITO OBRIGADA MESMO! Vocês tem sido a força motriz de toda essa historia e realmente tenho amado interagir com cada um de vocês! Vocês são verdadeiros anjos!
Mas voltando a Fic: E agora? que que nosso menino Taehyung ta pensando em aprontar pro nosso legista?
SPOILER ALERT: ALTOS TaeGi no próximo capitulo e mais interação JiHope. (eu falei pra vcs terem paciencia que aos poucos os couples iam aparecer. Obrigada por não desistirem!)
Enfim, mais uma vez muito obrigada por todos os favoritos e comentarios e visualizações. Ver gente gostando do que eu escrevo faz eu me sentir menos doente por escrever tanta baboseira OAKSOASKAOSKAO Serio gente, vocês são demais!
Quero avisar que capitulo 11 será postado no sábado. Ja está prontinho, mas quero escrever o 12 primeiro então rezem para minha inspiração aumentar pq o cansaço do trabalho tem diminuído ela um pouquinho <3
Tenham um ótimo restinho de semana
KissKiss
~~Ashmedhai


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...