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História Between Coffees and Roses - Sentimentos Novos


Escrita por: Ashmedhai

Notas do Autor


OiOiOi!!!!!!
Gente, primeiro de tudo quero pedir UM MILHÃO E MEIO DE PERDÕES por não ter postado ontem como prometi.
Minha garganta inflamou e junto com a voz de travesti enrustido que eu tenho por si só, me veio febre também e passei bem mal ontem por me negar a tomar remedio (odeio remédio, tenho pavor mesmo e só tomo quando vejo que não tem jeito) e assim demorei um pouco pra melhorar, mas agora estou bem e trago pra vcs um dos capitulos mais fracos em termos de conteudo, mas ao mesmo tempo um dos que eu mais gostei por ter muita coisa dos shipps que são o que realmente mandam no meu Cardiá o/
Com vcs, capitulo 11, com muito mimimi e lerolero pq sim!
Bora pro cap e plz, não brochem com ele! Ele é importante para os fatos que virão mais a frente XD
Vejo vcs la em baixo
KissKiss
~~Ashmedhai

Capítulo 11 - Sentimentos Novos


Fanfic / Fanfiction Between Coffees and Roses - Sentimentos Novos

 

Sentimentos Novos

 

Assim que Taehyung lhe entregou as chaves do seu carro, Hoseok dirigiu o mais rápido que a lei permitia até seu apartamento. Pegou seu uniforme, uma muda de roupas que lhe servisse bem para passar a noite, as armas, os coldres e tudo que julgou necessário para o dia seguinte e retornou a cafeteria. Tudo o mais depressa possível por apenas um motivo: Queria estar la quando Jimin acordasse.

Depois da conversa que havia tido com Taehyung, o policial se pôs a pensar sobre tudo o que aquele rapaz ruivo havia passado, sobre todas as coisas terríveis que ele havia vivido e a ciência daqueles fatos o fizeram querer estar por perto, querer protegê-lo. Agora conseguia entender aquele contraste olhar-sorriso que lhe chamara a atenção desde o primeiro minuto que o vira e era como se uma espécie de instinto protetor tivesse despertado em si com tal força que a sua vontade era de coloca-lo em uma redoma de vidro para que nada mais o fizesse mal um dia. Passou horas pensando sobre o quão precioso Jimin era e tentava afastar de si a ideia de que possivelmente fosse rejeitado por ele logo. Por isso tinha essa ânsia toda em estar por perto quando ele acordasse. Queria que ao despertar e se lembrar do dia anterior, a primeira coisa que o barista visse fosse a si e assim entendesse de alguma forma que ele sempre estaria ali, que ele não o abandonaria ou faria algo ruim e logo que se viu novamente dentro daquela casa, não hesitou em rumar diretamente para o quarto onde o outro repousava com o ar tranquilo no rosto e antes de se deitar ouviu Taehyung lhe avisando que iria dar uma saída e após se ver sozinho na casa com Jimin, decidiu que dormiria ali naquela cama com ele, o abraçaria e o acalentaria exatamente como havia feito consigo na noite anterior e assim o fez até pegar no sono acompanhando o ruivo para o mundo de Morpheus.

Já era perto das cinco horas da manhã quando o mais novo abriu os olhos, completamente grogue e sem noção alguma de quem era ou onde estava. Se sentia atordoado sobre tudo e a confusão só se intensificou ainda mais quando percebeu que não estava sozinho em sua cama e por achar instintivamente que era Taehyung ali, o abraçou com força, levantou um pouco a cabeça para alcançar o pescoço dele e ao encostar os lábios naquela pele morna, percebeu que não era o cheiro do seu amigo que adentrou suas narinas.

Ainda mais confuso do que já estava, Jimin se afastou mais para olhar o rosto da sua companhia e ao ver Hoseok dormindo tão tranquilamente, se lembrou vagamente do que havia acontecido antes de ter apagado por completo.

Lembrou-se do Policial passando mal, lembrou-se do beijo e assim, suspirou automaticamente. Lembrou-se de se ver sozinho e se sentiu confuso por lembrar vagamente de algum dialogo na cozinha.

“O relógio marca quase 5 da madrugada e ainda estamos dormindo, será que eu sonhei algo?” Pensava tentando se lembrar.

Se ajeitou entre os cobertores e o observou melhor. Levou a mão até sua testa e não havia sinal de febre no policial e já se aninhando no peito dele novamente, viu as roupas que ele estava vestindo antes de dormir, dobradas sobre a cômoda. Levantou o cobertor e percebeu que Hoseok vestia roupas que não eram suas nem de Taehyung e tentando solucionar a incógnita que se formava em sua cabeça, pegou o celular de cima da mesa de cabeceira e tomou um susto ao perceber que já era terça-feira e com tal ciência veio Junto consigo um turbilhão de lembranças.

Recordou-se do moreno olhando o quadro de formatura e depois a indagação sobre seu passado e logo entendeu o que havia acontecido quando lembrou de ter tomado mais doses do seu remédio do que o recomendado pelo médico e assim finalmente assimilou tudo o que havia se passado.

Jimin soltou um longo suspiro tentando imaginar como Hoseok havia reagido com seu desmaio e outras questões lhe inundavam a mente sobre como havia ido parar na cama exatamente e sobre o porque de não estar em um hospital já que com certeza o moreno não sabia o exato motivo do desmaio, mas uma coisa lhe chamou a atenção em principal.

“Independente do que aconteceu enquanto estava apagado, ele não saiu daqui... Hoseok cuidou de mim mesmo sem saber de nada...” E dessa vez o suspiro tinha um quê de admiração e assim se pôs a observar o sono tranquilo e pesado que o investigador tinha.

Voltou apoiar a cabeça em seu peito e fechou os olhos enquanto ouvia as batidas calmas daquele coração e outra constatação agradável se passou pela sua mente. Havia dormido a noite passada com o mais velho em seus braços e não teve pesadelo algum durante o sono e durante todo o dia que havia ficado desacordado, também teve um sono sem imagens. Sorriu com aquilo e por alguns instantes chegou a se questionar sobre o que Hoseok tinha que o mantinha tão bem a ponto de afastar as coisas ruins que sua memória carregava.

Passou a observar novamente a face do policial e assim como na noite pretérita, tinha a impressão que ele brilhava de tão bonito. Queria entender o que sentia e o que acontecia consigo sempre que o via assim, mas não vinha ideia nenhuma na cabeça. No entanto naquele momento, ao contrario do que sentiu na cozinha, não se incomodava com a aproximação dos corpos e nem se sentia inseguro ou temia algo. Sabia que Hoseok havia velado seu sono durante todo aquele dia e apesar de ter uma partezinha sua lhe lembrando que não deveria confiar em ninguém, sentia seu peito lhe dizendo coisas que julgava até absurdas sobre finalmente poder se entregar, sobre poder confiar nele e achou até que estava enlouquecendo por julgar tudo muito rápido e precipitado, mas mesmo assim não conseguia se afastar dali nem em pensamento, sentimento ou corpo.

Porém não pode evitar se questionar o por que daquilo. Se Hoseok não tinha a intenção de lhe magoar, de lhe usar ou coisa no sentido, por que havia se aproximado de si?

Acabou deixando a modéstia de lado e por fim concordou com a parte da sua mente que lhe dizia que era sim extremamente desejável. Tinha um corpo bonito mesmo e sabia que todas as horas gastas na academia haviam lhe trazido ótimos resultados e junto a isso ainda havia seu rosto que sempre gostou de ver no espelho, mesmo quando ainda era gordo. “Então seria só por sexo?” Se questionou mas ao mesmo tempo aquilo lhe soou errado. Se fosse só por sexo, por que havia ficado e cuidado de si? Por que ainda estava li, em seu leito, mesmo sem terem transado uma vez sequer? E assim se viu com uma ânsia maior por entender o moreno do que por entender a si mesmo.

Na cabeça de Jimin, aquilo não fazia sentido. Pra ele as pessoas não tinham sentimentos puros ou isentos de interesse. Achava que assim como Jeon, todo mundo só se envolvia com alguém quando tinha perspectiva de uma retribuição, seja ela do jeito que for, e apesar de não achar que o que Hoseok esperasse de si fosse algo tão terrível quanto o sofrimento que JungKook lhe provocou, ainda assim procurava mentalmente sobre o que o policial poderia querer em troca de todo aquele zelo.

Odiava isso em si, mas era natural desconfiar. Era automático e quase que um instinto primitivo erguer barreiras e não deixar ninguém chegar perto, ninguém lhe tocar mais profundamente, seja física ou emocionalmente. Não conseguia, por mais que tentasse, acreditar que alguém iria querer lhe ter sem lhe magoar depois, sem lhe ferir e  dentro daquelas inseguranças todas decidiu fácil e rapidamente que não poderia se deixar enganar de novo. Não era porque não conseguia perceber a real intenção de Hoseok que essa intenção não existia ou era uma intenção de um todo boa e com tal pensamento decidiu que já havia deixado o moreno se aproximar demais. Já era hora de se distanciar novamente e com tal ideia na cabeça passou a arquitetar alguma forma de afasta-lo sem parecer um ingrato, um insensível que só estava a brincar com a sua cara, mas ideia nenhuma o vinha.

Jimin já não sabia quanto tempo fazia que estava acordado, abraçado a Hoseok de uma forma tão confortável quanto não achava possível ser, quando ouviu passos pelo corredor do segundo andar da casa. Já estava se preparando para levantar e ir conversar com Taehyung quando ouviu o barulho de algo caindo e em seguida ouviu também risinhos e os risinhos não eram de uma pessoa só. Mais barulho de alguma coisa batendo nas paredes, mais risinhos e um “shiiiii, Fica quieto senão a gente acorda eles!” e por ultimo, o som de uma porta fechando que pela distancia e um rangido chato devido a falta de lubrificação das dobradiças, soube que era do quarto do mais novo e com isso acabou sorrindo.

Pelo menos o amigo estava entrando em uma fase boa na sua vida.

~~

Após Hoseok retornar, Taehyung, mais que depressa, se pôs a fechar a cafeteria.

Enquanto conversava com YoonGi durante aquela tarde, o moreno havia tido uma ideia que lhe pareceu meio maluca, mas que não podia negar o quanto só os pensamentos daquilo o deixavam com frio na barriga.

Depois de concluir as atividades laborais, subiu ao seu quarto, com o legista a acompanhar-lhe, para se trocar e saírem,  ainda ali sentiu o acobreado lhe prensar contra a parede e lhe beijar afoito, sedento, e por pouco não desistiu da ideia inicial do passeio noturno com ele para terminar a noite naquele quarto mesmo, entre as suas cobertas. Mas conseguiu ser forte o suficiente para afasta-lo e até se fez de ofendido, pose essa que não conseguiu manter ao ver certa vergonha expressada pela tez vermelha das bochechas do mais velho e logo o beijou mais uma vez, com menos sede e mais rapidamente, logo lhe dizendo que tinham muito o que fazer naquela noite e após se vestir no banheiro do seu quarto, o puxou casa a fora.

Faziam alguns meses que Taehyung não ia até o parque de diversão que fora abandonado num bairro não muito próximo. Era um lugar até assustador de se olhar por não receber a manutenção merecida há um bom tempo, mas desde que descobrira o local em companhia a Jimin, ambos passaram a visita-lo sempre que possível. Faziam pequenos reparos nos brinquedos que não eram tão perigosos e se divertiam muito brincando ali como se fossem as eternas crianças felizes de 15 anos que nunca quiseram deixar crescer em seus corações.

YoonGi franzia o cenho observando a paisagem pela janela do carro de Taehyung enquanto percebia os prédios altos dando lugar a moradias pequenas e aos poucos ficando cada vez mais escassas até sumirem por completo. Seu instinto de investigador o fazia ficar alerta e esperar pelo pior. Ponderou sobre quão pouco conhecia o dono da cafeteria e tremeu ao perceber que não tinha como julgar sua personalidade apenas pelos beijos e amassos que haviam trocado até então e com tal pensamento se pôs a observa-lo, tentando ler suas intenções ao lhe levar para um lugar isolado.

O Legista fixou o olhar no perfil do moreno que dirigia com um sorriso largo no rosto. O tal sorriso quadrado que achava muito bonito. Não havia sinal algum de nervosismo, ansiedade ou antecipação nele. O mais novo estava visivelmente calmo e guiava o veiculo como quem conhecia bem as vias e percebeu, quando alcançaram uma estrada de terra paralela a rodovia, que até os buracos e intempéries do caminho eram conhecidos do motorista, o que o fez pensar que já havia ido até aquele lugar varias vezes e essa serie de constatações o acalmaram um pouco por saber que a tranquilidade e paz que o outro tinha e lhe passava, nunca estariam presentes em alguém prestes a cometer alguma maldade.

Mais alguns minutos pela estrada de chão batido e YoonGi percebeu a velocidade diminuindo até o carro parar em frente a um portão imenso de metal, todo enferrujado, e logo viu as correntes que o mantinham fechado, rompidas, penduradas de qualquer jeito pela grade e acima da entrada um letreiro gigante e corroído pela ação do tempo mas que mantinha a palavra “parque” ainda bem legível.

- Vem! – Ouviu Taehyung dizendo, já saindo do carro e andando rapidamente até o portão, empurrando-o e mesmo receoso, YoonGi também desceu do veiculo que fora travado pelo controle do alarme nas mãos do mais novo e deu uma breve corrida até alcança-lo.

Após os faróis se apagarem o Local ficou completamente escuro, mal podiam enxergar um palmo a frente do nariz e tinha vontade de se socar por estar tremendo de medo igual a uma garotinha e tudo piorou quando ouviu o barulho dos paços de Taehyung se afastando e instintivamente o chamou alto, ouvindo-o responder que era pra ele esperar onde estava.

Taehyung se continha muito para não rir do medo de YoonGi. Desde que o vira pela primeira vez, tinha uma imagem bem máscula, viril e destemida do legista e nem em seus sonhos mais insanos imaginaria o acobreado com medo do escuro ou de ficar sozinho ou até mesmo medo de si e tal constatação fez aquele seu sorriso quadrado aparecer com força em seu rosto. Aquele policial lhe era surpreendente em tantos âmbitos que não conseguia pensar no qual gostava mais e por isso resolveu apreciar todas as faces que ele lhe mostrasse e decidiu começar pela mais recente: A medrosa.

O mais novo saiu de perto dele e foi em direção a caixa de força do parque e antes de ligar a iluminação teve a ideia de perturbar um pouco o outro rapaz e assim, chamou alto o suficiente para que ele lhe ouvisse. Pediu que fosse encontrá-lo e conhecendo bem a arquitetura do lugar, se escondeu atrás da uma antiga barraca de doces que ficava ao lado daquele amontoado de interruptores. Se encostou na parede e esperou enquanto YoonGi caminhava a passos receosos, com o celular aceso apontado para frente clareando escassamente o caminho que percorria e o chamava também. Viu o rapaz estacionar em frente ao poste de onde o havia chamado e teve que segurar o riso ao perceber o olhar confuso e quase irritado que o legista tinha ao chama-lo cada vez mais e com isso resolveu findar a brincadeira. Deu a volta por traz da barraca e caminhou silenciosamente até as costas dele, se aproximou pé ante pé e quando estava em uma distancia relativamente boa, pulou sobre si gritando um alto e sonoro “BU!” que fez o policial jogar o celular para o alto e pular assustado como um gato que fora acordado com um balde d’água gelada e logo em seguida levou uma mão ao peito e apoiou a que estava livre no joelho se curvando enquanto Taehyung ria como um louco, o que ele não esperava era que uma das faces de Min YoonGi sabia jogar sujo e uma fração de segundos após se assustar, ainda curvado, o mais baixo teve a ideia de ensinar uma lição ao dono da cafeteria.

Ainda com a mão no peito, deixou-se ceder e caiu de joelhos, forçou uma respiração sôfrega e fingiu tentar falar algo como se sua voz não saísse e teve que se esforçar muito para manter a atuação de “ataque cardíaco” e logo percebeu que estava causando o efeito desejado no outro que quase que imediatamente também se ajoelhou ao seu lado, com a voz preocupada, perguntando se ele estava bem e pedindo com certo desespero que o respondesse.

A intenção inicial de YoonGi era revidar o susto. Atuar até perceber Taehyung de guarda baixa e assim se jogar sobre si imitando o sonoro e infantil “BU” para também lhe espantar, mas vê-lo perto de si o fez perceber que naquele momento surgia algo que sentia pelo moreno desde a primeira vez que o viu. Uma certa tensão sexual pesadíssima que o fazia queimar de desejo só de observar seus lábios e francamente, adorava a forma como seu corpo reagia só de observa-lo e foi assim que seu plano caiu por terra, quando sentiu as mãos dele em seus ombros e levantou a cabeça para encara-lo e percebeu-o com os lábios entreabertos por estar hiperventilando e ali não se conteve.

Imediatamente o Acobreado levou as mãos até o pescoço do mais novo e o puxou para beija-lo. Achou uma certa graça em como os olhos dele se arregalaram pela surpresa mas mesmo assim o correspondeu no osculo no mesmo instante. O Beijo era forte, profundo. Se exploravam em cada centímetro das suas bocas e ambos sentiam seus corpos se esquentarem e praticamente no automático, YoonGi se viu deitando Taehyung no chão de terra mesmo, sem se preocupar com a lama ainda úmida que estava ali devido aos dias passados sob forte chuva, sem ligar se estavam na escuridão completa em um lugar que era desconhecido por si. Sentia desejo e queria sana-lo, sentia curiosidade e queria acabar com ela, queria conhecer o rapaz que estava sob si de todas as formas e não iria pensar em como, quando ou onde faria isso, só precisava que ele cedesse para assim continuar.

No entanto, uma bufada frustrada escapou de si quando o mais alto lhe empurrou e pode perceber pelo som que fazia ao respirar que ele sorria e mesmo bem irritado acabou por sorrir junto. Viu o vulto dele se levantar e caminhar novamente para onde estava quando o chamou e mexer no poste e menos de 5 segundos depois, vários outros postes foram se acendendo e iluminando todo o local e foi só aí que o Min entendeu completamente onde estavam.

Mais uma vez odiou seu lado “infantilmente medroso” ao ver que era um grande parque de diversões e ele não tinha muitas lembranças boas de um lugar como aquele e ao olhar o estado deteriorado daquele em especifico, um arrepio lhe subiu a espinha e teve vontade de chamar Taehyung para voltarem e no fim, só não o fez pela simples vergonha de se assumir um verdadeiro covarde com o ato.

Assim que viu a silhueta do mais novo próximo a si novamente, tratou de lhe segurar a mão entrelaçando os dedos tentado disfarçar com aquele ato, o fato de estar praticamente trincando os dentes de nervosismo pelo aspecto que aquele ambiente todo continha e assim que se aproximou já se sentiu sendo puxado pelas vielas do local.

- Bom, como você sabe eu e Jimin entendemos muito de comida, mas muito pouco de elétrica e manutenção então espero que me perdoe por te trazer em um parque e não poder andar nos brinquedos mais legais. – Falou o moreno de uma vez só e o acobreado suspirou aliviado por perceber ali que não teria que enfrentar nada mais assustador ainda como uma montanha russa, por exemplo. – Qual você quer ir primeiro? – Falou Taehyung apontando para o carrinho de bate-bate, o trem fantasma e a roda gigante. YoonGi ponderou por um momento e optou pelos carrinhos. Não era um brinquedo que envolvesse altura e era o mais iluminado dali, lhe passava menos temor que os outros e assim rumaram ambos para a pista.

Taehyung abriu a portinhola que dava acesso aos veículos e Indicou um carro vermelho para o policial alegando que era o do Jimin e justificando que o seu tinha um pequeno problema no pedal, então poderia ser perigoso deixar alguém que não o conhecesse pilotar. YoonGi entrou no brinquedo, o mais novo foi até a caixa de comando apertando vários botões e logo um barulho elétrico relativamente chato passou a ecoar no espaço e o acobreado percebeu pequenas faíscas saindo da grade que estava sobre a sua cabeça. Ainda estava observando o teto do local quando sentiu a pancada de um carro batendo em si e ouviu a gargalhada alta de Taehyung, encarou-o e viu ele se distanciando e com isso sentiu seu “lado competidor” aflorando com potencia máxima e assim pisou fundo no pedal do carrinho vermelho em que estava, fazendo o mesmo avançar com força para frente.

Ficaram na brincadeira de perseguir e bater com um carro no outro por um bom tempo. Riam, gritavam um com o outro e se xingavam e ambos estavam adorando aquela sensação de que se conheciam há muito tempo. Pela primeira vez Taehyung se sentia completamente a vontade perto de uma pessoa que não fosse Jimin e YoonGi, que nunca fora de muitos amigos, também estava feliz em poder compartilhar um momento tão descontraído e alegre, coisa bem rara na sua atual rotina e se pegou por diversas vezes se questionando a quanto tempo não ria daquele jeito, com aquela leveza adolescente toda e percebeu que sentia falta disso. Sentia falta da época que era só um adolescente despreocupado com a vida, sem contas para pagar no fim do mês, sem uma família chata lhe cobrando, sem casos pra resolver ou corpos pra examinar. Era como se a risada de Taehyung entrasse por seus ouvidos e inundasse seu peito com coisas tão gostosas que chegava se esquecer de quem era, da idade que tinha e das tensões que sempre carregava consigo. Taehyung o fazia se sentir leve e estava adorando a sensação de que se abrisse os braços ali, voaria com o vento, tamanha era tranquilidade e quietude que o outro lhe trazia mesmo sendo um garoto barulhento.

Tal sensação de poder voar só se amplificou ainda mais no brinquedo seguinte. Após ambos se sentirem tontos devido as inúmeras voltas no pequeno circuito, saíram da pista de corrida e foram para a roda gigante. No caminho Taehyung fez questão de acalmar o acobreado lhe dizendo que sempre andava naquela roda e que era a parte mais bem conservada do parque todo. Todos os rolamentos estavam em ordem e falou que ele e Jimin haviam até pago um eletricista para revisar todo o maquinário que o movia.

Ainda meio receoso, YoonGi entrou na cabine e ouviu o outro pedir para deixar a porta aberta e observou-o mais uma vez mexer em um painel de controle e enquanto o barulho semelhante ao de um motor de caminhão ressoava alto, o moreno correu e se jogou dentro da tal gaiola e puxou a porta. Menos de dez segundos depois pode sentir a roda se movendo e um certo frio na barriga se instaurando. Fechou os olhos já imaginando como ficaria o que restaria do seu cadáver após aquele conglomerado de metal se desmontar por completo e ainda dentro daquela imaginação, sentiu os dedos gelados do mais novo envolvendo sua mão.

- Não vamos cair, confia em mim! – Falou Taehyung em um quase sussurro e apertou ainda mais os dedos para logo em seguida entrelaça-los.

O Legista precisou de uma volta completa para se acalmar e relaxar novamente. Mais uma volta e conseguiu descansar as costas no encosto do banco e na quarta volta já sentia novamente a sensação de estar voando enquanto observava a vista magnífica que a cidade lhe proporcionava ao longe e sorriu feito bobo quando teve um selar plantado em sua bochecha.

O Dono da cafeteria estava encantado com todas aquelas faces que o policial poderia ter. Havia amado e se divertido muito com seu lado medroso e depois quando viu aquele homem com um ar até um tanto sisudo se transformar em uma criança risonha no carrinho bate-bate, não pode deixar de suspirar. Era revitalizante, diria, ver aquelas gengivas expostas e os dentinhos pequenos e fofos moldados pelos lábios quase se rasgando, tal aberto era aquele sorriso e agora ali naquela roda gigante, YoonGi lhe parecia uma ave. Aquelas aves imponentes. Um falcão ele diria. Mesmo relaxado e aparentando estar próximo a alçar voo ainda tinha o olhar perspicaz e a expressão que lhe dava um ar extremamente inteligente. Ou seria uma Águia? Taehyung nunca conseguiria dizer qual animal era ao certo, mas sabia que era uma ave grande e forte pela simples postura que o rapaz mantinha.

O Mais novo desistiu de esconder sua vontade imensa de observa-lo e assim o fez. Se recostou no banco também, sentando meio de lado e passou a analisá-lo sem pudor algum e já pensava na resposta que daria se fosse questionado o porque daquele interesse visual todo.

“Uma obra de arte merece ser observada até em seus mínimos detalhes.” – Era o que planejava responder, ignorando o quão clichê pudesse soar.

No entanto, pergunta alguma lhe veio. Taehyung não sabia ao certo quanto tempo havia ficado olhando o maxilar bem desenhado, o nariz arredondado de fonte larga e muito bonito ou os olhos rasgadinhos ou até a pele extremamente branca, muito mais branca que o normal, e só se tocou mesmo que havia sido flagrado dentro do seu “relatório interno sobre a beleza de Min YoonGi” quando seu olhar cruzou o dele e percebeu que ele fazia o mesmo. YoonGi também fazia um “relatório interno sobre a doçura de Kim Taehyung”.

Ainda dentro da troca de olhares os rostos se aproximaram, as mãos do mais novo foram diretamente a nuca do acobreado que retribui o ato lhe enlaçando pela cintura, puxando-o para mais perto e assim que estavam em uma distancia que permitia, os lábios se juntaram.

YoonGi não sabia dizer se era pela altura que aquela roda gigante os levava ou se realmente era por conta daquele roçar de lábios, mas era evidente que algo revirava dentro de si. Sentia um arrepio forte subindo pelas suas vértebras e se propagando pelo corpo todo em uma sequencia deliciosa de mini-choques que o faziam estremecer. Em contraste com os dedos gélidos que dançavam pelos cabelos de sua nuca, sentiu a sua pele se aquecer e logo a brisa que soprava la do alto deixou de lhe incomodar e tal calor o fez querer o Kim mais perto de si.

Era engraçado até a forma como aqueles beijos dentro da gaiola de metal aconteciam. Já haviam se beijado varias vezes tanto na sexta-feira quando finalmente conversaram pela primeira vez depois de mais de um mês desde que o Policial havia deixado o telefone para o moreno, como naquele mesmo dia, na cafeteria onde estavam até algumas horas atrás. Todos os beijos deixavam claro o desejo carnal que lhes consumia e alguns eram acompanhados de mãos bobas e respirações mais sôfregas. Ambos adoravam cada um daqueles beijos. Mas aquele beijo que tinha a vista longínqua da cidade como plano de fundo, pareceu diferente para os dois.

Ainda sentiam a pele ardente dentro das roupas, ainda sentiam as calças ficando justas demais a cada movimento, mas havia algo diferente ali. Um calor que não partia do baixo ventre e sim do meio do tórax fazendo Taehyung se sentir confuso e YoonGi sentir medo. Taehyung nunca havia sido acometido por tais sensações e não entendia o que acontecia dentro do seu corpo onde parecia que cada célula sua estava em festa, como se cada tecido do seu organismo comemorasse aqueles toques e demonstravam isso com toda aquela sequencia infindável de eriçar de pelos e YoonGi tinha medo porque conhecia aquela gama de situações corpóreas. Era um médico por formação, afinal. Mas não era seu diploma que lhe dava ciência do que significava cada uma daquelas reações internas, era o seu passado. Eram as suas vivencias que faziam um sinal vermelho gigantesco brilhar bem no meio da sua testa dizendo “YoonGi, CORRA ENQUANTO PODE!” Mas ao sentir a mão do mais novo deixando seu pescoço e lhe apertando o ombro com certa precisão, resolveu fazer o que sempre fez: Falar um “foda-se” alto e sonoro pra sua cabeça e logo pensar “Se eu me machucar de novo, sempre haverão outros pra me curar.” E assim que o brinquedo parou, enlaçou os dedos na mão de Taehyung e o puxou pra fora do parque, mal dando tempo para ele desligar as luzes e em meio a beijos no pescoço e mordidas na bochecha e no maxilar, o dono da cafeteria dirigiu ate em casa onde ainda antes de descer do carro sentiu novamente o osculo sedento, possessivo e dominador do legista.

A ideia de ambos, desde que decidiram sair para o passeio, era: Taehyung pegaria seu carro e YoonGi guardaria o dele na garagem, o mais novo os levaria até o lugar que havia pensado e que desde o começo havia deixado claro ser uma espécie de surpresa e na volta, o acobreado pegaria o próprio veiculo e rumaria para casa.

Uma bela linha de ideias, Jogadas no lixo pelo desejo imenso que ambos sentiam e que nem deixou qualquer um deles se lembrar direito que no dia seguinte Taehyung tinha seu curso de confeitaria para assistir, YoonGi teria dois homicídios a solucionar e obviamente não poderiam passar a madrugada toda trocando amassos escorados na lataria do carro do mais novo, estacionado de qualquer jeito na calçada. Eram realmente como dois adolescentes se tocando e se provocando no meio da rua sem ter noção da indiscrição dos seus atos ou de como seriam interpretados por estranhos, caso fossem vistos. Era até imaturo isso, mas nenhum deles tinha coragem de negar o quanto amavam aquele leque de experiências fantásticas que estavam escrevendo juntos em tão pouco tempo.

Com o passar dos minutos, os beijos se tornaram ainda mais afoitos e sôfregos do que já estavam, as mãos já não se contentavam em tocar o outro sobre as vestes e as ereções que sustentavam dentro das suas cuecas lhes deixavam bem cientes de que se quisessem continuar com a troca de caricias, teriam que fazer em um lugar que não fosse o meio da rua e cedendo totalmente as suas vontades corporais, Taehyung se afastou de YoonGi e lhe pegou pela mão, o puxando para dentro de casa.

Ao abrir a porta dos fundos para finalmente entrar na sua morada, o Anfitrião quase caiu para trás ao ver que o relógio da parede indicava mais de cinco horas da manhã. Naquele mesmo instante já pensava em uma desculpa para faltar o curso naquele dia e sentiu uma ponta de pena do seu acompanhante que não tinha muita escolha a não ser ir trabalhar sem dormir mesmo.

Isso mesmo, sem dormir porque o moreno tinha a certeza do que aconteceria assim que chegassem em seu quarto e a cada passo que tentava dar pelos corredores da residência, mais certeza ainda tinha do que viria a seguir e sorria feito bobo pela forma como o outro lhe tocava, lhe mordia, provocava, prensava na parede com o quadril a cada dois paços e o único momento em que toda aquela troca de apertos recebeu uma pausa, foi quando, no topo da escada, Taehyung foi arremessado contra uma porta e no caminho esbarrou no aparador que havia no meio do corredor e com isso um dos enfeites que estavam ali, foi ao chão.

Observou o rapaz de pele branca lhe lançar um sorriso cúmplice em meio a um pedido de desculpas mal feito devido a urgência que sentiam de se agarrar mais e mais e outra vez o mais alto se sentiu arremessado contra a parede. O barulho dessa vez foi maior do que o das outras “prensadas” que havia tomado e foi só ali que se lembrou que não estavam sozinhos em casa, se lembrou que Hoseok e Jimin dormiam no quarto ao lado e quase que por instinto lhe pediu silencio e ouviu a voz debochada de YoonGi falando ao pé do seu ouvido.

-Ok, Aqui fora eu prometo fazer silencio, agora quero ver VOCÊ conseguir fazer silencio a hora que chegarmos no seu quarto.

Foi a primeira vez em anos que moreno agradeceu o sono pesado de Jimin pois se fosse diferente, sabia que na manhã seguinte teria uma serie de coisas para explicar sobre os barulhos que seriam produzidos na sua cama e apesar de tudo, Taehyung mal podia esperar por isso. Mal podia esperar para fazer e ouvir todos os ruídos que sua mente já criava.


Notas Finais


SEGURA ESSE TAEGI OTP DA VIDA DLÇ DEMAIS!
Mentira, eu sei que vcs esperavam mais putaria deles, mas vamos ver... Quem sabe no proximo capitulo aoskaoskaoskaoskasoak
E quanto a JiHope? Será que nosso Jiminnie Pabo vai afastar mesmo o Hoseok mozão da sua vida? Sexta-feira, no globo repórter! AOSKAOSKOSKOAK
Gente, então, de coração mesmo, eu não tenho o que falar sobre o quão grata eu to com a repercussão dessa fanfic!
O amor que eu tenho recebido de vocês todos me faz suspirar a cada comentário, a cada menção no Twitter, a cada palavra linda que vcs dedicam a mim. Serio mesmo MUITO MUITO MUITO OBRIGADA! Eu realmente não sei como agradecer e espero conseguir manter as expectativas todas que vcs depositam em mim sobre esse escrito.
Quero falar também que, ao contrario do que muita gente achou com a revelação do assassino, essa fic aqui ainda vai longe! Tenho MUITA coisa na cabeça pra ela ainda e não tenho plano nenhum de pausa, hiatus ou qualquer coisa que possa me fazer parar de escreve-la e todo o apoio e carinho que eu recebo só me dão mais e mais vontade de continuar!
Quero dizer também que amo muito cada um dos 140 favoritos, sou apaixonada por cada uma das 2175 visualizações e quero deixar um beijasso a todos vcs que sempre comentam e me dão uma ideia de como estou me saindo e AMO cada uma das teorias que vcs criam! Amo de paixão mesmo!
Mas agora tenho uma pergunta pra vcs: Eu sei que os capítulos são meio longos e até um pouco complexos e essa semana me peguei questionando sobre o ritmo de postagem. Está bom assim? vocês acham que eu deveria me segurar mais um pouco e postar apenas um por semana pra facilitar de acompanhar?
Sejam sinceros quanto a isso porque eu consigo me controlar e não postar no meio de semana OAKSOASKAOSKAOSKA
Enfim gente, mais uma vez, obrigada por tudo e não esqueçam de me seguir no twitter pra facilitar saber quando sai capitulo novo ou até pra tirar duvidas e coisas no sentido. Respondo a todos com muito amor no coração e saibam que sou um docinho e até spoilers podem conseguir arrancar de mim pq assim como o Jimin segundo a visão do nosso JK, Eu sou uma Filha da puta boca aberta! OASKAOSKAOSKAOSKOASKOAK
https://twitter.com/Ashmedhai
Bom, não vou estipular data para o proximo capitulo, mas creio que será meio logo então até mais meus amores!!
Kisskiss
~~Ashmedhai


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