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História Between Coffees and Roses - Perca


Escrita por: Ashmedhai

Notas do Autor


OiOiOi amoreeeees
Como havia prometido, cá estou com cap 24 pra vcs e quero ressaltar uma parte do cap 23:
"Jungkook girou nos calcanhares e deixou o quarto sentindo-se muito feliz sobre sua tarde, deixando para traz um barista perdido, desnorteado a ponto de colapsar."

Sim manas, o JM tinha pirado mesmo ta... Mas sei la, agora jan ão sei se tem importância com o rumo que a fic vai tomar depois do que o JM fez no final e talz...
Enfim, bora pro cap.
NÃO ME MATEM, OK???
Vejo vcs la embaixo, preciso entrar na cabine blindada antes <3 o/
KissKiss
~~Ashmedhai

Capítulo 24 - Perca


Fanfic / Fanfiction Between Coffees and Roses - Perca

A Perca

 

Apesar de saber que era errado, foi impossível para SeokJin travar a própria curiosidade a respeito do que poderia estar acontecendo com Jimin para ele ter ligado, e após a ligação, Hoseok ficar extremamente perturbado e quando viu o colega carregando YoonGi para o banheiro, imediatamente segui-os e se pós a escutar através da porta.

Não foi um grande sacrifício tentar ouvir o dialogo dos dois mais novos devido a gritaria que faziam, e por fim, quase se arrependeu de ter ido atrás deles quando percebeu do que falavam.

“-YoonGi, você faz ideia do que é pra mim imaginar Jimin entre a pilha de cadáveres que Jungkook está criando? VOCE POR UM ACASO IMAGINA A DOR QUE O MEDO DE PERDER ALGUÉM TRAS?  VAI SE FODER YOONGI, MEU DESESPERO NÃO É SEM MOTIVO!”

Aquilo tudo parecia confuso demais para ser interpretado pelo óbvio e SeokJin ainda tentava montar o quebra-cabeças existente na sua mente naquele momento, quando ouviu HunBee lhe perguntando se estava tudo bem, e tomando ciência de que a briga no banheiro tinha algo a ver com o filho da Psicóloga, achou melhor que ela não ouvisse nada e assim tirou-a imediatamente dali, levando-a consigo até a sala dela, onde tentava a todo custo entretê-la com assuntos dos casos e não deixar que ela percebesse que havia algo errado envolvendo Jimin e Jungkook, que ele não sabia o que era, mas que iria descobrir, nem que isso custasse sua amizade com aqueles dois colegas que sempre o irritavam com aquela maldita mania de lhes esconder as coisas.

Fora difícil para o Kim, mas quando viu o relógio marcando 17 horas, suspirou feliz por ver a mãe do Jeon encerrando seu expediente e acompanhou-a até a calçada onde o garçom lhe esperava e despediu-se de ambos com um aceno de cabeça apressado, já se virando para poder finalmente ir em direção a sala de Hoseok entender que merda estava acontecendo ali.

Quando abriu a porta – de supetão, como sempre – viu YoonGi concentrado olhando para a tela do computador e com o telefone na orelha. Sem nem esperar qualquer reação do acobreado, avançou contra ele lhe levantando da cadeira pela gola da camisa, fazendo-o derrubar o telefone e arregalar os olhos irritado.

- Quando foi que você e o imbecil do Hoseok deduziram que tem liberdade de me segurar assim, heim? – Perguntou sôfrego, sentindo seu pescoço apertado pelo tecido e virando o rosto para o lado tentando desviar do olhar mortal que o Kim lhe lançava.

- Eu to realmente de saco cheio de você e do Hoseok me escondendo as coisas e eu tenho certeza que essa merda toda tem a ver com o caso! Deu pra ouvir perfeitamente quando o Hoseok disse algo sobre “A pilha de cadáveres que Jungkook estava fazendo” e eu não vou te soltar até você me contar letra por letra, virgula por virgula de todo esse caralho que ta acontecendo, e sinceramente YoonGi, eu to a ponto de matar vocês dois se eu imaginar que vocês estão mentindo pra mim! – Falou entre dentes com a mandíbula cerrada, raivoso, olhar borbulhando em irritação e o acobreado sentia o corpo se arrepiar em medo só pelo fato de que nunca havia sequer imaginado o mais velho, que sempre lhe pareceu tão calmo e centrado, naquela situação.

- Eu realmente não tenho como falar com você trancando minha traqueia desse jeito. – Respondeu em um quase murmúrio que o maior só ouviu por estar a pouco centímetros do seu rosto e assim, Jin o jogou com força contra a cadeira e imediatamente YoonGi levou as mãos ao pescoço massageando-o.

- Desembucha! To te ouvindo! – Disse exasperado, com as mãos na cintura e o pé direito batendo freneticamente no chão.

- Curto, grosso e direto: O assassino do Shindong, do Jaesang e desse ultimo presunto é o Jeon Jungkook. O Garçom do bar que a gente vai. O cara que eu tinha um caso. O filho da Hunbee. Ele que matou os três caras e pelo que tudo indica, ta atrás do Jimin nesse exato momento. – Falou se escorando na cadeira e assistindo o cenho do colega se franzindo a cada palavra, perceptivelmente confuso e incrédulo com a bomba que havia sido solta na sua cabeça.

- Não! Quer dizer... Como assim?! – falava perdido sem entender nada daquilo. – Como vocês sabem que é ele? O Que o Jimin tem a ver com essa putaria toda? YoonGi, você para de tentar me enrolar e fala a verdade de uma vez! – Concluiu aumentando a voz em mais algumas oitavas novamente e ao observar o acobreado percebeu pela seriedade em sua face que aquilo não era mais uma das suas brincadeirinhas de mal gosto corriqueiras.

- Eu espero que você esteja realmente disposto a fazer algumas horas extras hoje, porque a historia é bem longa. – Disse o Min se acomodando melhor em sua cadeira e logo encerrando a chamada que o Mais velho havia interrompido.

 

~~

 

Quando Hoseok conseguiu finalmente chegar ao fim da doca, olhou para baixo e seu desespero – que já era imenso –, amplificou-se ainda mais. Não havia sinal algum de Jimin na superfície de águas claras e sem pensar muito, se pôs a arrancar seu colete, as armas, o coldre e a camisa e se jogou no mar.

Quanto mais nadava pelas águas portuárias, mais seu peito doía e não era só pela falta de oxigênio oriunda da atividade. O ruivo parecia ter desaparecido ali e o caos cobria sua mente por completo. Por diversas vezes ia a superfície buscar ar e submergia novamente, ignorando completamente o incomodo causado pelo sal da água em suas orbes e se forçava mais e mais para olhar atentamente em busca de algum ponto vermelho ou qualquer coisa que pudesse ser o Barista e a cada minuto que passava mais angustiado ficava, mais era tomado pelo medo de perder Jimin e mais amaldiçoava a sua demora em encontra-lo pois já ponderava que se tivesse achado-o antes de chegar ali, não teria que agora estar lutando contra o oceano.

Mais uma vez subiu a tona. Olhou em volta e já sentia as lagrimas escorrendo pelo rosto e seu lado racional lhe gritava que era em vão. Fazia quase uma hora que estava dentro do mar, nadando como um louco de um lado para o outro.  O Sol já estava se pondo e isso o dava a ciência de que não conseguiria acha-lo sem ajuda e pensava que, se Jimin ainda estivesse no mar, teria visto-o subir para respirar e se ele não o fez, foi porque já não precisava mais de oxigênio e só a ideia de, possivelmente, Jimin ter se afogado, de que Jimin tivesse morrido ali bem na sua frente, tivesse se matado diante de si sem poder fazer nada para impedir, fez sua garganta expulsar um grito tão grande e alto que todos os albatrozes que já começavam a se recolher no porto, voassem para longe novamente e naquele momento a única coisa que conseguia era questionar porque os Deuses haviam feito aquilo consigo. Porque eles haviam colocado o Ruivo na sua vida se fossem tira-lo de si assim tão rápido. Porque eles haviam feito o Park confiar em si se iriam leva-lo pro além logo depois, sem nem terem vivenciado direito todo o sentimento que estavam construindo e em meio a toda aquela dor e pesar que o cobria com tanta força, decidiu nadar para a praia. De qualquer forma teria que comunicar a guarda costeira e um lado seu rezava de uma forma que nem sabia conseguir para que o Park fosse encontrado com vida, mesmo que sua esperança já fosse ínfima.

As braçadas eram difíceis, lentas, a água do mar parecia a cada segundo mais pesada e por diversas vezes quase desistiu e deixou se dragar pelo oceano como o Park havia feito. Sua visão estava totalmente borrada pelas lagrimas, seu peito parecia que ia se rasgar no meio a cada respirada e Hoseok tinha certeza que em todos os seus anos de vida, nunca havia sentido uma dor como aquela, e só de lembrar do sorriso doce que o barista havia lhe dedicado àquela manhã, só a singela memória dos selinhos inocentes que haviam trocado na cafeteria naquele mesmo dia, apenas algumas horas atrás, o dificultavam ainda mais seguir em frente.

No entanto, quando já nadava por debaixo da passarela em direção a areia, seus ouvidos captaram um murmúrio. Seu peito solavancou mas pela primeira vez em horas, de uma forma boa. Percebeu que o som vinha de trás de uma das colunas de sustentação do cais e mais que depressa nadou até onde estava e as lagrimas que passaram a sair de seus olhos se transformaram em lagrimas de esperança e felicidade.

Jimin estava apenas com a cabeça para cima do nível da água, agarrado a pilastra como se sua vida dependesse disso, e tremia tanto que era possível ver pequenos filetes de sangue pintando sua boca de vermelho devido as mordidas involuntárias que seus dentes inquietos desferiam contra a próprio lábio. Rapidamente Hoseok nadou até ele, abraçou-o pela cintura erguendo-o um pouco mais e percebeu que ele estava em um estado limítrofe entre adormecido e desmaiado, e assim que se forçou nadando para trás com o intuito de chegarem logo à areia, viu ele acordando por completo e imediatamente se debatendo com ferocidade. Jimin empurrava Hoseok, tentava soca-lo, chuta-lo, afasta-lo ao Maximo de si e apesar de saber que o Park não tinha noção do que estava fazendo, o Peito do Jung doeu mais uma vez. Era como se estivesse sendo rejeitado pelo garoto, mas ele sabia que Jimin sequer o havia visto e afastando aquela sensação ruim de si, Virou o ruivo completamente de frente, enlaçou ambos os braços prendendo-os a lateral do corpo e tentava imobiliza-lo ao Maximo possível, tarefa essa muito dificultada pela profundidade da água que vez ou outra os tragava para baixo quase afogando ambos.

Percebendo que seria praticamente uma batalha vã fazer Jimin lhe notar ali, aos poucos foi tentando puxa-lo para mais perto da praia. A cada braçada, a certeza de um novo hematoma lhe atingia devido aos golpes que ainda não haviam cessado por completo, mas também mais perto de onde poderiam caminhar estavam, e quando por fim conseguiu encostar os pés no chão, soltou o abraço dele e levou ambas as mãos para cada lado das bochechas do barista que murmurava pedidos de clemência em meio a chamados pelo seu nome, já não conseguindo mais se debater com o mesmo vigor em função do cansaço imenso que assolava o corpo do menor.

- Amor, por favor! – Chamou aproximando as faces e percebeu que os murmúrios e choramingos do barista diminuíram mas ele permanecia com os olhos fechados, tremendo a cada milímetro do corpo. – Jimin, olha pra mim! Eu to aqui! Eu vim salvar você! Por favor, amor acorda de onde quer que sua cabeça esteja! Por favor amor, olha pra mim! – A voz de Hoseok embargava-se ainda mais a cada letra proferida, mas foi suspirando aliviado que o policial percebeu finalmente o ruivo abrindo um olho, ainda temeroso e notoriamente assustado, e quando aquele único olho focou o olhar no seu, o sorriso de Hoseok se abriu automaticamente e com isso, como se fosse uma resposta ao seu próprio sorriso, Jimin abriu os dois olhos e se virou de frente pra si, e como se não acreditasse que realmente havia sido atendido nos seus pedidos incessantes para que o Jung viesse lhe salvar, sorriu de volta enquanto recobrava o choro alto, com soluços fortes, abraçando o moreno com força exagerada, como se devesse sua vida a ele, e por dentro sabia que realmente devia.

O Investigador imediatamente selou terna e cuidadosamente a cabeça do menor enquanto acolhia-o em seu peito e depois de alguns bons segundos abraçados assim, virou-se de costas pra ele e fez com que Jimin subisse em si, e logo se pôs a nadar até a praia. Quando finalmente chegou a areia e o Park desceu das suas costas, toda a exaustão do mais velho lhe cobriu, e automaticamente ele desabou deitando com a barriga pra cima e seu olhar se perdeu no céu que já começava a mostrar as primeiras estrelas, mas não por muito tempo. Logo respingos de água oriundos de cabelos vermelhos que tanto amava caiam sobre seu rosto e quando conseguiu focar sua visão, percebeu Jimin debruçado sobre si e como se todas as suas forças se recobrassem do além, Hoseok se ajoelhou na areia e tomou o barista em seus braços. Ele precisava abraçar, precisava apertar, precisava sentir o corpo daquele garoto contra o seu para ter certeza que todo o seu tormento vivido nas ultimas horas  havia acabado. Precisava saber através daquele toque e da respiração do menor contra a sua de que ele estava vivo, de que ele estava bem, de que o mar não o havia tomado de si e que os momentos simples que haviam vivido na cafeteria naquela tarde não seriam os últimos.

- Eu achei que fosse morrer aqui... – Ouviu o sussurro fraco vindo daquela boca carnuda que descobrira amar muito, e a atenção  do Jung voltou-se totalmente para ali. – Quando eu me joguei no mar para fugir do Jungkook, eu esqueci que não sabia nadar e eu achei que fosse morrer porque você nunca me acharia no meio dessa água toda. – E aquelas palavras fizeram Hoseok questionar a sanidade de Jimin e tentando ser o mais cauteloso possível, falou.

- Eu acharia você em qualquer lugar, meu anjo! – Deu um beijo em sua testa e viu o sorriso fraco reaparecendo no rosto dele. - Quando eu cheguei, ele já deveria ter desistido de te achar e ter ido embora porque eu não vi ele aqui. Onde ele começou a te perseguir, amor?  - Aquele ultimo vocativo fez o peito de Jimin se esquentar de uma forma que não conseguiria explicitar em palavras, mas lhe agradara muito, e pensar nos riscos que Hoseok poderia ter enfrentado só pra lhe salvar, o fez acreditar que era isso mesmo. Era amor. Mas mesmo com aquele sentimento bom no peito, a angustia ainda lhe amargou a boca quando pensou em responder a pergunta. Jimin fechou os olhos por um momento tentando organizar o pensamento para saber onde havia começado, percebendo ali que tudo era confuso demais até pra si.

- No Hospital. Ele também é amigo do Professor Mark. – Uma pausa se fez e mais uma vez o menor tentava organizar e lembrar o que havia acontecido, e para si, tinha a impressão de que faziam dias desde a visita ao hospital, tamanha havia sido seu sofrimento vivenciado nas ultimas horas. – O professor falou algo sobre o pai dele não ser tão legal quanto ao meu e ele disse que o pai dele espancou ele por minha causa e depois disso ele disse que ia se vingar de mim e eu não sei, eu não lembro de muita coisa depois disso. Eu lembro de correr e de ter certeza que tinha alguém atrás de mim e como ele disse que vai me matar eu achei que fosse ele, e então eu me perdi, mas continuei correndo pra ele não me pegar. Aí quando eu cheguei aqui no cais, ouvi alguém gritando comigo e não conseguia ver quem era e me joguei no mar pra fugir. – E por fim, sua fala que havia começado branda, terminou em choro e soluços e mais tremores.

Naquele momento, enquanto ouvia as palavras de Jimin, Hoseok teve certeza de que não podia confiar nele. Não por ele estar mentindo, mas porque provavelmente nem ele sabia o que exatamente havia acontecido consigo e com isso, fez a nota mental de conversar sobre o episodio com Taehyung e ainda enquanto pensava, percebeu o ruivo se encolhendo e tremendo ainda mais em seus braços e só ali se tocou que ambos estavam com as roupas encharcadas e o vento frio da noite poderia adoecer-lhes. Levantaram-se da areia e rapidamente foram até a plataforma pegar as coisas que o Jung havia abandonado ali e após isso, caminharam com dificuldade até o hospital para pegar o carro do policial e finalmente poderem voltar pra casa.

Durante todo o caminho de volta, o mais velho tentava observar o barista. As roupas molhadas aumentavam a sensação de frio que aquele inicio de noite tinha e vê-lo tremendo tanto, arfando a cada minuto e praticamente chorando, fazia seu peito doer muito e sua vontade era de pegá-lo no colo e esquentar o corpo menor contra o seu e só não o fez por saber que em casa teriam mais conforto pra isso.

Quando finalmente chegaram, Hoseok se apressou em leva-lo para o próprio quarto, despiu-o tentando ao Maximo não olhar para o corpo dele e acomodou-o na banheira, logo ligando a água em uma temperatura entre morna e quente e com o contado do liquido aquecido, percebeu-o relaxando e assim, se apressou em avisar YoonGi sobre tê-lo encontrado e sobre seu atual estado. Optou por deixar os detalhes para o dia seguinte e ouviu o acobreado lhe dizendo que também tinha algumas novidades a contar e assim que encerrou a ligação que havia feito, procurou Taehyung para pedir-lhe uma dose alta de café para ajudar o ruivo na tarefa de se aquecer, já lhe dizendo que explicaria o que aconteceu em outra hora e concluiu dizendo que no momento, sua prioridade era o bem estar do garoto que parecia ter adormecido dentro da banheira.

O Jung não sabia exatamente o que sentia naquele momento. Jimin estava praticamente submerso dentro da água, seu corpo já não tremia mais e sua feição voltou a assumir o tom inocente e calmo que o rapaz tinha quando dormia, e tal imagem arrancou um suspiro pesado de Hoseok. O moreno sentou-se no chão de frente para a porcelana e apoiou ambos os braços na borda e o queixo sobre eles e se pôs a observar cada detalhe da face do ruivo. Era impossível para si não admira-lo em toda a perfeição que seus traços criavam e pensava que nunca, nem depois de milhões de anos, se cansaria de vê-lo como estava naquele momento. Tranquilo, sereno, como se nada de ruim tivesse acontecido ou pudesse acontecer, e o ato de puxar para si a mãozinha pequena e fofa dele fora automático, assim como o ato de beijar cada um daqueles dedinhos rechonchudos.

Contudo, seu ato de selar a derme ainda resfriada de Jimin, o fez despertar suavemente. Hoseok ainda tinha os olhos fechados e ainda sentia a textura da pele do menor nos lábios quando sentiu a outra mão dele lhe afagando os cabelos.

- Você vai voltar a ficar doente se continuar com essa roupa molhada. – ouviu-o dizer baixinho e em um suspiro, Jung voltou a olhá-lo a face. – Vem, entra aqui. Eu te ajudo a se aquecer. – Pediu já se ajeitando na banheira de forma que desse espaço para Hoseok se sentar às suas costas e tal ideia provocou uma sessão de arrepios pelo corpo do moreno.

Obviamente, tal ideia não desagradava por completo o policial, no entanto não podia deixar de sentir um certo receio com o convite. Apesar da inocência e até ingenuidade presente no pedido do mais novo, Hoseok se conhecia bem. Não era novidade alguma para si o quanto se sentia atraído também fisicamente por Jimin, e sabia que não era a melhor ideia do mundo, para aquele momento, dividir um espaço tão diminuto como aquela banheira com o corpo nu do ruivo e realmente temia o rumo que aquilo poderia tomar, afinal o Park ainda estava muito fragilizado com tudo o que havia vivido nos últimos dias e sentia que apesar de desejar muito ter o corpo dele só para si, aquela não era a hora certa pra isso, e sabia que talvez sua sanidade, sendo fortemente testada pelo contato com o corpo bem trabalhado do barista, pudesse se dissipar ao toca-lo, e isso terminasse de forma que julgava errada e quando encarou o ruivo, engolindo em seco, sentiu sua mão deixando os cabelos e lhe acariciando a bochecha.

-Vem aqui, E eu quero ficar perto de você... – Jimin disse se levantando um pouco mais na banheira, e percebendo que não havia como negar o pedido do ruivo, o investigador se levantou e tirou a calça e a camiseta, ficando apenas de cueca, ainda relutante sobre aquela ser uma ideia boa ou não. – Hoseok, Senta aqui, me abraça... Eu quero dar as mãos com você, Eu quero dormir ao seu lado... Isso é tudo que eu mais quero fazer agora... – Cada frase era dita de forma calma e doce, manhosa até, e por fim algo fez o fogo que começava a queimar em seu baixo ventre se abrandar e em contrapartida, incendiar seu peito. - Então vem aqui e me acalma, Por favor . – E assim Hoseok o fez.

Com todo o cuidado e esmero do mundo, o Moreno colocou um pé de cada lado do corpo de Jimin, escorregou pela borda da banheira até estar sentado com as costas apoiadas na porcelana, e logo em seguida, viu o ruivo se arrastando em sua direção e colando as costas contra o seu peito. Imediatamente o Jung levou seus braços pela cintura e enlaçou os dedos de ambas as mãos nas do mais novo, cruzando-as em frente a barriga do barista, abraçando-o com força, afundando seu nariz na curva do pescoço dele e logo sentiu aquela cabeça avermelhada apoiando-se em seu ombro e o ato de lhe selar a bochecha de forma tenra e carinhosa lhe foi automático assim como o sorriso que lhe surgiu no rosto ao ver a expressão relaxada e contente do garoto.

Por um tempo que não sabia precisar, mas sabia ser muito pela temperatura fria que a água assumira, Hoseok se dedicou em acariciar e afagar Jimin em seus braços. Apesar das circunstancias que exibiam ambos os corpos nus, não havia espaço para luxuria e mero desejo carnal ali. A pele de Park contra a sua lhe incendiava de fato,  mas muito longe do sentido erótico da palavra. Lhe incendiava o peito, a alma e a cada centímetro de derme tocado, o coração do Jung guardava-o na memória como a coisa mais apreciável de se tocar, de sentir, de cheirar. O próprio aroma natural de Jimin lhe entorpecia, lhe acalentava, lhe dava uma paz que achava não existir.

E o ruivo sentia o peito queimando tanto ou até mais que o policial. O enlace firme dos braços magros de Hoseok fazia-o se sentir dentro de uma cúpula blindada contra tudo de ruim que pudesse existir no universo todo. Era como se nada pudesse lhe atingir ali. Sentia-se seguro enfim e sabia que estava, não só pela profissão do moreno mas pela forma como ele lhe cuidava, a forma como o Jung lhe tocava o fazia crer que ele sempre estaria ali para lhe proteger, que poderia segurar a mão dele sempre que o medo lhe atingisse, que um abraço dele poderia lhe livrar de todos os sentimentos ruins que seu peito e sua mente pudessem criar. Hoseok havia se tornado sua referencia de estabilidade e sabia que fora por isso que quando sentiu medo, seu cérebro e coração clamaram imediata e automaticamente por ele. Havia algo em Jimin que o fazia crer que não importava as circunstancias, o investigador amante de americano sem açúcar iria lhe ajudar, iria lhe dar suporte e forças pra continuar, e o Park nem precisava olhar naqueles olhos castanhos pra saber disso, e a impressão que tinha era que poderia ficar ali naquela banheira pra sempre sendo abraçado por ele, sentindo a respiração calma do moreno contra seu pescoço e isso lhe causava uma serie de arrepios e calores e tal situação o fez ter ciência de algo ainda mais estranho para si do que não ter pesadelos antes de acordar.

Quando Jimin achou que Hoseok já havia adormecido atrás de si, percebeu-o se ajeitando melhor para não escorregar por completo dentro da banheira. O ruivo soltou-se brevemente e curvou-se levemente pra frente esperando o mais velho se acomodar e quando voltou a escorar suas costas contra o peito dele, antes de reunir os dedos, sentiu as mãos do Jung caminhando carinhosamente pela pele do seu tórax e barriga e logo sentiu um beijo em seu ombro e foi com esses atos mínimos que o espanto lhe cobriu. Faziam mais de cinco anos que aquilo não acontecia.

Não era como se Jimin tivesse ficado excitado por completo e seu membro enrijecido, mas com certeza seu corpo foi afetado pela caricia. O Park não sabia o que pensar e era como se estivesse sentindo aquelas coisas pela primeira vez na vida, e foi impossível não sorrir abertamente. Pela primeira vez em cinco anos, seu corpo reagia sozinho ao toque de alguém. Não era efeito colateral de remédio algum. Mais que isso, seu corpo estava reagindo justamente contra ao efeito de “folha de papel” que sempre carregava, e foi com um pequeno alivio no peito que percebeu ali que, mesmo sem saber, talvez Hoseok estivesse curando-o até das coisas mais triviais. No entanto, apesar de ter começado a sentir seu corpo reagindo ao toque do mais velho, a expressão doce e tranquila na face dele o fez ter o pensamento de que não era a melhor hora para algo carnal demais perto de tudo o que viveram naquele dia e com isso, juntamente ao frio que estava retornando pelo fato da água da banheira já ter esfriado, Jimin se levantou e convidou-o para irem se deitar e prontamente o moreno se levantou também, seguindo-o para fora do banheiro com o intuito de se vestirem e dormir finalmente.

Não demorou muito tempo depois de se acomodarem no leito até o ruivo adormecer pesadamente e com isso, Hoseok se sentiu seguro sobre deixa-lo por alguns minutos para conversar com Taehyung então levantou-se da cama, vestiu uma blusa de Jimin para lhe proteger do frio que ainda sentia, desceu as escadas calmamente e encontrou o mais novo já trancando a porta que separava a cafeteria da residência.

Assim que o viu, Taehyung fez sinal para que o Jung seguisse-o até a cozinha e assim que la chegaram, o sócio do ruivo resolveu questionar sobre o que havia acontecido com o amigo.

- Eu também to muito confuso sobre o que aconteceu com Jimin hoje Tae, e eu preciso da sua ajuda pra entender inclusive. – Viu o moreno assentindo enquanto colocava uma panela com água no fogo e logo em seguida se escorando na bancada, atento ao que o policial falava. – Como você sabe, ele foi no hospital visitar o professor dele hoje...

- Isso eu sei, o que eu não entendi e quero saber foi como vocês chegaram aqui cobertos de areia, encharcados e ele com cara de choro. – Taehyung afiou o olhar em direção ao outro de forma desconfiada e percebeu-o intimidado. – Hoseok se você fez mal pra ele ou magoou o meu amigo eu juro que vou usar suas tripas como decoração natalina esse ano!

- Não Tae! Não tem nada a ver comigo ele ter chorado! O que aconteceu foi o seguinte... – O Kim cruzou os braços sobre o peito e indicou que continuasse. – Eu vim aqui de manhã, perto do almoço, e ele parecia estar bem. A gente conversou um pouco e ele falou que ia visitar o professor e depois a gente não se viu. Eu comentei com o YoonGi que queria sair com ele sabe, ter uma espécie de encontro e o YoonGi me sugeriu levar ele pra jantar na praia, aí eu liguei pra ele, porque a gente tinha combinado que iríamos ficar por aqui, aí não queria mudar os planos sem ele saber – Percebeu a cara de tédio de Taehyung e resolveu encurtar a conversa. – Enfim, ele tava estranho, foi até grosso comigo e parecia irritado, nervoso, sei la, tava estranho. Aí mais tarde, já era perto das 17 horas, ele me ligou gritando. Disse que estavam perseguindo ele, que queriam matar ele e eu percebi que ele estava correndo na rua. Jimin disse que tava perdido e citou algo sobre ser Jungkook que estava atrás dele. – E com tal fala os olhos de Taehyung se arregalaram, e quase como se fosse um ato automático, o moreno pegou a faca de cortar carnes que estava sobre a bancada, assustando o policial.

- Eu não acredito que esse filho da puta do Jungkook veio atrás do Jiminie! Eu juro que vou matar esse cara! Não basta tudo que ele já fez o meu Jiminie sofrer?! – Exclamou exasperado e com isso Hoseok se levantou da banqueta em que estava e foi em direção ao mais novo, tirou-lhe a faca das mãos e fez sinal para que ele falasse mais baixo, ignorando o desconforto que o termo “Meu Jiminie” lhe causou aos ouvidos.

- Fala mais baixo que assim você acorda ele! – Falou voltando a banqueta e viu-o bufar irritado. – Aqui que ta a parte que eu não entendi. Logo depois que ele me ligou, questão de menos de meia hora, eu sai pra achar ele e vi o Jungkook na frente da delegacia. Ou seja, não daria tempo do Jungkook perseguir ele e vir até aqui como se nada tivesse acontecido. – As sobrancelhas de Taehyung se juntaram mostrando que ele não entendia muita coisa e assim, Hoseok se tocou que haviam mais detalhes a esclarecer. – Bom, Por fim eu consegui achar o Jimin. Ele estava na zona portuária totalmente perturbado e gritava me chamando mas quando eu respondia ele não me ouvia e sei la porque, ele se assustou e se jogou no mar. Por Deus Taehyung, nunca senti tanto medo de perder alguém na minha vida como senti enquanto procurava ele na água e quando achei ele, demorou mais um bom tempo até ele se acalmar e ver que eu não era o Jungkook e só depois disso que o Jimin me contou o que havia acontecido no hospital.

- Caralho Hoseok, fala de uma vez! Tu enrola demais pra falar! O que é que o Jungkook fez pra deixar o Jimin assim? Desembucha!  - Falava já andando impacientemente pela cozinha e puxando os próprios cabelos.

- O Jimin me disse que o Jungkook também é amigo do professor Mark e estava la na hora da visita. Aí entra a parte que eu já não sei se é real ou se é coisa da cabeça dele: Jimin disse que em meio a uma conversa sobre pais, o velho falou algo sobre o Pai do Jungkook não ter aceitado ele e ter espancado o garoto. Aí o Jeon disse que isso era culpa do Jimin, que ele quase morreu por causa do que o Jimin fez e que ele iria se vingar do seu amigo por tudo e iria mata-lo. O problema nisso é: Se o Jungkook realmente ameaçou o Jimin e isso tudo não foi coisa da cabeça dele, o que o Jimin poderia ter feito pra provocar a raiva do Jeon?

O silencio cobriu o cômodo. Hoseok aguardando uma resposta e Taehyung ponderando sobre o que poderia ser a tal alavanca que havia ativado o ódio do garçom até que se lembrou de um olhar negro e raivoso que havia recebido cinco anos atrás.

“- Exatamente Tae! Eu posso me vingar dele. Uma semana até o fim das aulas e quem vai estar chorando arrependido, achando a palavra “inferno” doce demais pra tudo o que vai estar vivendo, vai ser ele.”

Taehyung se lembrou da promessa que sempre achou não ter passado de palavras vazias movidas pela dor, e pela primeira vez cogitou não terem sido tão vazias assim. Como uma reação em cadeia, se lembrou de uma tarde de terça-feira em que o amigo havia sumido por horas e recordou de como o Park parecia até animado demais para o baile de formatura durante a semana toda, e de como estranhou o fato de Jimin não ter ficado chateado consigo quando soube que não o acompanharia em tal festa, e isso o fez ponderar sobre o que o barista fez durante aquela semana que, aparentemente, havia sido sua vingança e afetado tanto assim Jungkook.

- Olha Hoseok, eu cheguei a comentar com você que o Jimin queria se vingar pelas coisas que o Jeon fez e eu realmente achava até hoje que essa historia de revidar não havia passado de uma ideia maluca da cabeça dele, mas pelo que você ta dizendo, não foi só isso...

- Eu também acho que, seja la o que for, o Jimin se vingou sim de alguma forma. Mas eu não faço ideia do que ele pode ter feito também , e acredite, eu realmente preciso descobrir isso, mais do que pra proteger Jimin, pra poder parar o Jeon também. – falou cabisbaixo e viu Taehyung se aproximando um pouco mais de si.

- Hoseok, você acha que o Jungkook pode mesmo vir atrás do Jimin alguma hora? – Perguntou com certo temor na voz e tendo em mente o assassino frio que o Jeon era, o policial respondeu.

- Sinceramente? Acho. Eu acho que uma hora ou outra Jungkook vai acabar vindo atrás do Jimin sim e você não faz ideia do medo que eu tenho disso. – Hoseok percebeu o Kim arregalando os olhos sutilmente e sentiu um calafrio lhe cobrindo a espinha lembrando dos cadáveres que o garçom havia criado pensando em seu amado, continuou. – E eu realmente acho que não vai demorar até ele tentar alguma coisa. – Taehyung ficou pensativo e em meio as voltas que sua cabeça dava, pensou que talvez Jungkook só não tivesse tentado nada durante aqueles cinco anos por não saber o paradeiro exato do ruivo, mas agora sabia. Agora sabia onde o menor trabalhava, onde morava, com quem saia. Jungkook realmente tinha todas as informações que precisava para poder agir agora, e com tal ideia percebeu que realmente para o Jeon agir era só questão de tempo se ele tivesse mesmo a intenção de recobrar a vingança e assim teve uma ideia.

- Hoseok, se o Jimin ta correndo perigo aqui, nós precisamos tirar ele da cidade o quanto antes. – Percebeu o olhar atento do policial e prosseguiu – O Jungkook sabe onde o Jimin mora, onde ele trabalha, sabe quase tudo o que precisa saber pra fazer mal a ele, e realmente não vai ser difícil ele ter êxito se o Jimin continuar aqui. O problema é que eu não tenho como ajudar ele, eu não tenho como levar ele pra outro lugar, pelo menos até termos certeza que o Jeon não vai fazer nada. A gente precisa achar um jeito de afastar o Jimin daqui logo – E com aquelas falas Uma ponta de esperança surgiu no peito do investigador.

Já faziam mais de 5 anos que havia se formado na academia de policia, com isso ele tinha direito a um beneficio chamado Licença-prêmio que consistia em 90 dias de folga a cada cinco anos e pelas contas dele, já faziam aproximadamente seis meses que ele tinha direito a usufruir disso. Já fazia mais de 8 anos que não voltava a sua cidade natal e realmente sentia saudade dos amigos de infância e da sua avó e das tias e tios que não via desde quando seus pais haviam decidido se mudar para a capital com o intuito de dar melhores condições para ele estudar e juntando uma coisa a outra, foi bem fácil decidir o que faria.

- Isso não vai ser problema Taehyung. Eu vou levar o Jimin para fora da cidade comigo. – Viu o cenho do mais novo se franzindo novamente, mas dessa vez com uma ponta de alivio ali. - Eu tenho direito a três meses de folga pelo tempo que estou a serviço da secretaria de segurança do estado. Minha família não mora toda aqui na cidade. Eu vou entrar com contato com eles amanhã de manhã e ao meio dia, eu e Jimin estaremos na estrada. Eu não vou deixar aquele filho da puta do Jungkook colocar as mãos no meu Jiminie.

E com tal fala, o coração até então perturbado de Taehyung se aquiesceu. Independente de tudo que havia pensado e sentido com relação ao amigo na ultima vez que ficaram juntos, o Kim não queria ser egoísta. Realmente havia suspeitado de estar começando a ver Jimin de forma diferente, mas era inevitável ver a forma como o ruivo reagia ao policial e perceber todo aquele carinho e cuidado por parte do investigador para com o amigo, o fez pensar que se estivesse nascendo um sentimento alem do amor fraternal que sempre teve, aquela era hora de mata-lo e ficar distante de Jimin por alguns dias com certeza o ajudaria nisso.

Logo a água na panela – que quase fora esquecida – ferveu, e imediatamente o anfitrião adicionou o macarrão instantâneo nela, preparando rapidamente o jantar para ele e para sua visita e assim que ficou pronto, ambos comeram enquanto Hoseok contava como era sua cidade e planejava como seria a viajem e para Taehyung, que ria soprado a cada ideia do moreno, parecia até que o Jung planejava uma lua de mel e não uma espécie de fuga, devido a quantia de coisas que alegava querer fazer com o Jimin enquanto estivessem la, os lugares que o mostraria, onde comeriam, com o que se ocupariam e ao fim da refeição, ambos subiram para os respectivos quartos. Taehyung rumando diretamente a cama e Hoseok sentando-se ao lado do ruivo para apreciar mais uma vez a imagem do sono tranquilo dele e pela primeira vez desde que se conheceram, não conseguiu conter a ansiedade e o acordou a fim de contar a novidade sobre seus planos, sorrindo como o bobo apaixonado que era ao vê-lo abrindo um olho de cada vez e o encarando confuso, sonolento, encantador de todas as formas possíveis.

- Oi amor! – disse afagando os cabelos dele, levando uma mecha que estava em seus olhos ate a parte de traz da orelha e logo lhe selando a bochecha. – Eu estive conversando com o Tae agora a pouco... – Viu-o se sentando e coçando os olhos e sua vontade foi de lhe morder, tamanha a fofura de seu ato. – O que você acha da gente dar um passeio? – Como se tivesse ouvido a coisa mais descabida do mundo, Jimin começou a rir.

- Ta maluco, Hoseok? – pegou o celular sobre a bancada, acendeu o visor e colocou em frente ao rosto do policial. – Já passou da meia noite! Acho melhor deixarmos esse passeio pra outro dia, não acha? – disse recolocando o aparelho onde estava e ouviu o Jung rindo também.

- Não amor, não agora. To falando de você sair em um passeio mesmo, tipo uma viagem. – Percebeu o menor se ajeitando melhor entre as cobertas e as sobrancelhas arqueadas denunciavam a sua curiosidade. – Eu conversei com o Tae e contei o que aconteceu hoje. – E ao lembrar da sua tarde conturbada, o ar divertido até então presente no semblante de Jimin se foi. – Ele concorda comigo que o Jeon não fez nada, mas pode fazer a qualquer momento então tivemos a ideia de te tirar da cidade por uns dias, pelo menos até a poeira abaixar e tudo voltar a um ar perto do normal. O que acha? – O fato era que realmente Jimin temia que Jungkook cumprisse sua promessa e a ideia de Hoseok lhe pareceu realmente agradável, alem de que nem se lembrava quando fora a ultima vez que viajara e realmente se sentia cansado e necessitado de alguns dias de folga.

- Ok, mas pra onde eu iria? E viajar sozinho também não me parece uma ideia muito segura. – ouviu um riso soprado do Jung lhe atiçando a curiosidade e logo viu-o se aninhando nos cobertores e lhe abraçando, fazendo um carinho gostoso em sua cabeça.

- Bom... Eu tenho uns dias de folga em haver para tirar. Pensei que talvez pudesse te levar pra conhecer a cidade em que eu nasci. – Jimin se afastou e lhe encarou com os olhos brilhando. A ideia de poder passar um tempo longe da rotina por si só ja lhe agradava, ter Hoseok como companhia era realmente uma ótima proposta também, mas o que o fez suspirar foi o fato de ser convidado para conhecer mais sobre o passado do moreno. Foi impossível para o Park não se sentir lisonjeado com o convite e seu peito se aqueceu ao perceber que realmente não era o único confiando no outro ali, já que o Jung se mostrava tão disposto a dividir aqueles detalhes da sua vida. No entanto ainda haviam as questões praticas que pareciam ser uma trava para a realização daquela proposta.

- Mas Hoseok, e o seu trabalho? Digo com relação ao caso dos assassinatos... – Ouviu um “hum” e quase riu da falta de interesse demonstrado pelo mais velho quanto àquele assunto que era praticamente sua razão de viver conforme o que havia percebido durante as conversas do moreno com os colegas. – O Caso ta em andamento ainda, não seria um problema você se afastar dele agora? Alias, você acha que o delegado te liberaria? – E tal questão quase jogou um balde de água fria na cabeça do investigador. Jimin estava certo quanto ao ponto de não poder abandonar o caso, pelo menos não agora que estavam tão perto de soluciona-lo, mas ponderou por um momento e por fim foi fácil decidir.

- Minha prioridade no momento é o seu bem estar e a sua segurança, Jimin. Eu tenho direito a esses dias de folga e irei tira-los. Se o caso não for resolvido até voltarmos, reassumirei meu posto normalmente, se for resolvido antes disso, que SeokJin e YoonGi fiquem com os méritos, Se NamJoon se negar a me liberar, saio do caso em definitivo. Não fazer essa viagem não é uma opção. – Disse categórico e ouviu um suspirar vindo do ruivo sorridente que ainda lhe encarava e assim puxou-o para mais perto e lhe beijou de forma calma e carinhosa e após o fim do beijo, quem suspirou foi Hoseok com a animação do seu pequeno.

- E que horas a gente parte?

- Após o almoço de amanhã. Logo cedo vou a delegacia comunicar a viagem e conversar com os rapazes, depois vou pra casa arrumar minhas coisas e passo aqui te buscar. – Ouviu-o assentir sorrindo e se aninhando contra seu peito e abraçou-o forte, já puxando-o para se deitarem. – Leve bastante roupa de frio. La costuma nevar a essa época do ano.


Notas Finais


Antes demais nada
JIMIN NÃO MORREU NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO
TA VIVO
VIVINHO
VIVISSIMO
NÃO ME MATEM
NÃO ME ODEIEM
RETIREM MEU NOME DA BOCA DO SAPO
Obg dnd!
PQP caras, eu tbm chorei demais no fim do cap passado pq doeu o Jimin mal.
JK foi muito fdp e ta realmente fora da casinha vendo coisa onde não tem.
E Aqui nesse cap, podemos ver SeokJin sendo retirado de Alagoinhas tour. Como será que nosso dlç de ombros largos reagirá?
E HunBee?
E esse Comeback do Jackson ( que foi no cap anterior, mas eu esqueci de comentar XD) Será que ele mudou? como será que anda nosso estuprador filho da puta nojento e desgraçado?
E essas férias? AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA to surtando muito pensando nelas <3
Enfim amores, o frio chegou, e com ele os meus dedos congelados tbm <3
OAKSOAKSOAKSOAKS
Ta foda escrever viu, ta foda pq to demorando o triplo OAKSOAKSOAKSOAK
Mas vcs não ficarão na mão não, fds tem cap de novo e espero que vcs amem esse aqui e o proximo pq serão bem do jeito que a gente gosta: CHEIO DE JIHOPE MOZINHO <3
Quero realmente do fundo do coração agradecer todo o amor e carinho de vcs.
Serio caras, depois de quase 25 caps ainda aparecem leitores novos, amorzinhos extras e gente querida que quero levar pra vida toda!
Se tem algo que eu acho que acertei nessa vida foi ter optado por escrever essa fic pq alem de ser meu hobby favorito, ela ainda me traz pessoas maravilhosas como cada um de vcs. serio MUITO OBRIGADA A TODOS VCS MESMO!!!!!!!!!!!!
Enfim gente, vcs ja estão cansados de saber, mas cá vai meu twt: https://twitter.com/Ashmedhai
Estou no aguardo para os make love de sempre!
Tenham todos um otimo restinho de semana e se divirtam sempre
Tia Ash ama cada um de vcs <3 <3
KissKiss
~~Ashmedhai


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