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História Between Coffees and Roses - A Decisão Final


Escrita por: Ashmedhai

Notas do Autor


Entom, eu sei que prometi postar ainda no fds, mas como vcs sabiam dos eventos e talz, me sinto perdoada pq PQP festa de criança da MUITO trampo!
Ja vou pedir desculpas aqui por não ter respondido os coments ainda e saibam que será minha prioridade quando eu voltar do trabalho amanhã.
Não o farei hoje por razões de: Eu sou assalariada, manas! Tenho que levantar cedo pacas amanhã ç.ç
Enfim, Boa leitura pra vcs e nos vemos la embaixo!
KissKiss
~~Ashmedhai

Capítulo 31 - A Decisão Final


Fanfic / Fanfiction Between Coffees and Roses - A Decisão Final

A Decisão Final

 

Um trovão.

Aquele foi o som, ensurdecedor e assustador, que imediatamente colocou Jimin em estado de alerta, fazendo-o se sentar na cama com a respiração ofegante e um pequeno tremor nas mãos. Quando havia começado a chover com tanta violência? Será que havia dormido tão pesadamente que nem se tocar de tal mudança brusca no tempo havia se tocado?

O ruivo olhou em sua volta vendo o quarto ainda tomado pelo breu e ponderou que talvez pudesse ser madrugada, ainda noite, mas ao olhar para o relógio na cabeceira da cama,teve um susto quase maior do que o provocado pelo estrondo. Já passava das dez horas da manhã e ainda parecia ser dez horas da noite, tamanha era a escuridão que se fazia do lado de fora da casa, mas logo passou a pensar que isso se devia ao mau tempo, e foi então que sentiu sua perna sento tocada de leve, lembrando-lhe de que não estava sozinho naquele cômodo.

Ligou o abajur se esticando ao Maximo e evitando mexer a parte inferior do corpo com o intuito de preservar o sono de Hoseok, e quando a luz fraca e amarelada se fez presente, suspirou sorrindo.

O Policial dormia tranquilamente, seu rosto expressava um quê sereno e despreocupado que fez imediatamente o Park associa-lo a um anjo. Seu anjo, que estava cumprindo tão bem o papel de cuidar de si e lhe proteger, e tais pensamentos faziam o coração do barista se agitar enquanto se continha sobre sua vontade de abraça-lo e beija-lo, vontade essa só ampliada ao lembrar do que ouvira antes de dormir.

“- Acho que eu amo você, Jiminie...”         

Se pôs a pensar quanto àquelas palavras. Era obvio que o mais velho já dormia quando as proferiu, provavelmente estivesse sonhando com algo bom entre eles ou talvez tenha sido só um murmurar qualquer mas que seu ouvido captou naquele sentido, e todas essas ponderações o fizeram se questionar quanto a si mesmo. Será que amava Hoseok também? Não podia negar que apreciava o moreno muito alem do que já havia apreciado qualquer outro ser na Terra, Mas era Amor de fato? Alias, O que era exatamente Amor?

Riu soprado se si mesmo lembrando que sempre julgara por amor o sentimento que havia carregado por Jungkook antes de tudo de ruim acontecer. Quando os traumas vieram, jurou para si mesmo que nunca mais se permitiria a tal coisa, no entanto, agora se via com um sentimento incomparavelmente maior pelo investigador, e nem havia tido tempo de se barrar para evitar que seu peito queimasse daquela forma. Antes, achava que nunca mais sequer fosse gostar de alguém mesmo se quisesse, e agora, se via praticamente dependente do sorriso escandaloso de Jung Hoseok.

Mas preferiu deixar de pensar naquelas coisas todas antes que enlouquecesse. Lentamente e com muito cuidado, distanciou-se aos poucos do corpo adormecido do maior, se esgueirou para fora da cama e, na ponta dos pés, foi ao banheiro, pegou sua escova de dentes, pasta e pente, já rumando para o banheiro do corredor com o intuito de não fazer barulho algum que pudesse despertar o Jung do seu sono tão tranquilo e bonito.

Já sentindo o estomago roncar, Jimin fez sua higiene, penteou os cabelos e perdeu alguns minutos sorrindo para a própria imagem no espelho, irrevogavelmente melhor, sem olheiras, sem o tom pálido que sempre trazia, uma aparência francamente saudável. Fazia tempo que não tinha noites de sono tão tranquilas e sem pesadelos como as que havia tido nos últimos dias. Claro que na noite anterior não havia dormido de um todo bem, mas só o fato de não acordar gritando e com todas aquelas memórias ruins lhe nublando acerca do que era real e o que era lembrança, já fazia-o sentir-se renovado. Seria Hoseok a resposta praquela calmaria mental toda? Não saberia responder, mas de qualquer forma, não era como se tivesse importância, já que algo lhe dizia que talvez pudesse até ter finalmente se curado de fato daqueles pesadelos horríveis.

E foi pensando nas “curas” pros seus possíveis problemas, que se lembrou da mais recente, e imediatamente sentiu as bochechas queimando e assumindo o tom róseo característico. Uma vergonha imensa lhe tomou em cheio quando olhou através do espelho para o Box atrás de si e se recordou do que fizera durante seu banho na noite anterior. A vergonha que sentia não era exatamente por ter se masturbado. Via tal ato quase como uma necessidade biológica, era homem afinal. A sua vergonha se residia no fato de ter imaginado alguém ali consigo, de ter quase que visto, - tamanha a realidade do que sua mente criara - Hoseok lhe tocando e juntamente a toda essa timidez, misturou-se novamente o sentimento de desejo, de vontade.

Assim como na noite pretérita, Jimin questionou o que estava acontecendo consigo. Nunca havia se visto tão desejoso quanto a outra pessoa, nunca havia se excitado assim tão fácil. Pensou sobre as outras experiências sexuais que teve, principalmente em Taehyung, já que nem pensava em Jungkook como uma experiência em si, e foi aí que notou uma peculiaridade.

O Park via Taehyung nu quase que diariamente. Riu de tal constatação, mas era verdade. O moreno e ele próprio nunca foram de muitos pudores e sempre se sentiram em liberdade de saírem despidos do banho, de se trocarem na frente um do outro e isso desde criança, e o que mais chamava a atenção de Jimin quanto a tal percepção, era o fato de que mesmo com todas aquelas situações, nunca se viu excitado pelo amigo. Todas as vezes que transaram, sua ereção era causada pelos remédios e por mais que achasse o Kim extremamente atraente, ele não mexia consigo daquela forma, assim como nenhum outro cara havia mexido após o estupro e também como nem pornografia o endurecia, ao contrario do que acontecia com a maioria dos seres viventes nesse planeta. Toda essa apatia ele sabia ser efeito do medicamento, sabia que muito raramente conseguiria ter uma ereção sem um estimulo direto – isso, se tivesse – e pensar em tais coisas lembrando de como ficara na noite passada só de ver o corpo do policial, o deixava com uma grande interrogação pairando na cabeça.

Ele estava tomando os remédios da forma correta, como sempre tomara. Não havia tido nenhuma sobredose ou deixado de tomar alguma pílula, então sua excitação na noite anterior não teve raiz química, e com todas essas ideias por fim, acabou aceitando. Sua excitação era Hoseok em si e sorriu admirado mais uma vez com isso.

“Quando eu pensava que você já havia feito por mim todo o bem possível nessa vida, vem esse seu corpo e me cura da ultima ferida...” Ria soprado.

No entanto, seu estomago roncou ainda mais alto, lhe lembrando que estava perdendo tempo demais naquele banheiro e logo saiu do cômodo rumando a cozinha, já pensando em panquecas e em um simples bule de café comum, já que na casa não tinha sua maquina de expresso para fazer o amado americano de Hoseok.

Enquanto esperava a água ferver, se viu curioso sobre que tipo de programa fariam naquele dia. A chuva intensa cai do lado de fora da casa e uma leve frustração lhe acometeu sobre, obviamente, não poderem fazer passeios externos e se questionava sobre que saída o moreno acharia para aquilo. A água por fim, atingiu a temperatura ideal e Jimin logo se pôs a preparar sua bebida, adoçou ainda no bule, ignorando completamente a parte do “sem açúcar” que era o preferido de Hoseok e já ria pensando no contra-argumento.

“Isso aqui não é um americano! Melhor reaprender seus hábitos quanto ao café se quiser namorar um barista!”

“Namorar”

Soltou um suspiro e chegou a se surpreender sobre como aquilo já não lhe incomodava mais. Enquanto preparava a massa das panquecas, silenciou sua mente para prestar a atenção no que seu peito dizia, e foi bem clara a resposta de que não, não precisava daquele titulo para saber a importância que tinha para Hoseok e principalmente, a que o policial tinha para si. Assim que viu a frigideira também na temperatura ideal, despejou uma boa quantidade da massa nela, esperou alguns segundos e com o pulso firme sobre o cabo da panela, impulsionou rapidamente pra frente, depois pra cima, arremessando a panqueca no ar e logo em seguida capturando-a novamente, com a perfeição digna de um mestre-cuca e logo o sorriso orgulhoso que havia se formado em sua face, deu lugar ao susto.

- WOW! Alem de todos os talentos que já mostrou, você também sabe girar panquecas? – Ouviu a voz rouca de um Hoseok recém acordado e ao virar-se para ele, viu escorado no batente, trajando apenas a calça do pijama, os cabelos desgrenhados e o rosto amassado, e tal imagem fizeram o barista respirar fundo para conter a vontade de agarra-lo e imediatamente voltar a atenção para o fogão, ignorando completamente a existência do policial ali.

Depositou a panqueca pronta num prato, refez o ato de derramar massa na frigideira e aguardava que desgrudasse do fundo, indicando que poderia vira-la, quando sentiu uma mão – nada casta, por sinal – Lhe apertando a cintura e depois deslizando lentamente para a frente do seu corpo, pousando espalmada um pouquinho abaixo do seu umbigo. Quando achou que já havia se arrepiado em seu limite, Jimin sentiu os lábios de Hoseok passeando pela sua nuca, lhe dando a pequena sensação de choque percorrendo o corpo e fazendo sua pele se eriçar ainda mais. Logo o outro braço do Jung lhe circundou e sentiu-se sendo puxado para trás, estacionando contra o corpo do policial. Mais alguns beijos no pescoço e quando sentiu a respiração do moreno contra sua orelha, achou que suas pernas falhariam na tarefa de lhe manter de pé e por fim, Hoseok mordeu bem fraquinho o seu lóbulo, quase lhe arrancando uma arfada.

- A panqueca está queimando... – Sussurrou ainda ao pé do ouvido do ruivo, em um tom que soava sensual demais para aquelas palavras, e Jimin, que àquela altura já tinha encostado a nuca no ombro do mais alto para apreciar melhor as caricias que recebia, sentiu como se um balde de água tivesse sido despejado em si. – Melhor prestar mais atenção nas coisas, Jiminie! – Concluiu o mais velho com um tom agora debochado na voz, já soltando o abraço. – Alias, Bom dia! – falou rindo, totalmente ciente dos efeitos causados no baixinho e dando um beijo na bochecha completamente vermelha do Park, já se encaminhando a mesa.

O Ruivo nem tentou recuperar aquela massa. Estava preta, bem queimada mesmo devido a sua distração, e tentando ao Maximo disfarçar sua vergonha por ter cedido de imediato aos pequenos toques do outro, se pôs a trabalhar freneticamente na atividade de concluir o café da manhã em meio a risinhos safados vindos do Jung e olhares baixos e encabulados oriundos da timidez do barista.

 Após terminarem a refeição, Hoseok pediu que Jimin vestisse roupas pesadas. Quando questionado sobre onde iriam, o mais velho se limitou a sorrir ladino e falar pro mais novo deixar de ser curioso. Uma bufada escapou do ruivo, já se levantando da mesa para se trocar e quando passou pelo investigador, esse lhe segurou o pulso e o puxou. O Park se desequilibrou e caiu sentado no colo do mais velho e aproveitando o ensejo, o policial lhe abraçou, apertou com força os dedos contra as costelas do barista que, mesmo tendo ficado de forma desajeitada sobre as pernas do moreno, sentiu perfeitamente bem as mãos dele lhe apertando e não demorou para o maior lhe puxar ainda mais para perto e lhe beijar forte.

Ainda que surpreendido pelo ato do mais velho, Jimin não hesitou em aproveitar a oportunidade e logo corresponder. Imediatamente levou ambas as mãos para a nuca de Hoseok e o osculo se aprofundava a cada segundo e com isso, foi a vez da surpresa preencher o peito do Jung, que não esperava tamanho fervor vindo do mais novo.

O Park, àquela altura, já não ligava mais pra o que deveria ou não fazer. Desde que havia se percebido “diferente” com relação ao moreno na noite anterior, desistiu de se frear ou de ser racional quando era tocado por ele. Pensava que não seria uma meia dúzia de beijos ou algumas “mãos leves” que os levariam de fato ao sexo, e com isso desistiu de se privar. Ele gostava afinal. Se sentia bem, queria de verdade sentir mais da pele macia do investigador e realmente sentia que podia confiar minimamente nele. Por isso resolveu que aproveitaria cada oportunidade que tivesse de demonstrar também fisicamente o quanto queria Hoseok consigo, mesmo que talvez tivesse que freá-lo caso percebesse-o avançando demais.

Já o policial não entendia absolutamente nada na mudança do mais novo. Sinceramente, o aperto empregado contra o corpo do barista fora quase involuntário e quando iria fazer menção a soltá-lo, se viu sendo correspondido no beijo com toda aquela fome que Jimin aparentava ter de si. A verdade era que o Jung não sabia exatamente como reagir ao que parecia ser um Park diferente de todas as faces que havia conhecido dele. Chegou a se questionar sobre onde teria ido a timidez quase palpável do mais novo – tão evidente menos de uma hora atrás - e apesar de um lado seu apreciar demais aquela “soltura” toda, ainda havia o lado que lhe recriminava, que lhe dizia que as coisas estavam sendo apressadas de uma forma que talvez estragasse tudo o que pensava, e por mais que desejasse o ruivo acima de qualquer coisa, deixou seu lado racional falar mais alto quando optou por afasta-lo sutilmente, quebrando o beijo e se apressando ao levantar-se e dizer que não tinham muito tempo e precisavam sair logo.

Jimin se sentiu levemente frustrado com o afastamento do mais velho. Não duvidou do fato de terem pouco tempo pois sabia que aquele café da manhã estava mais para um almoço devido ao horário tardio, mas mesmo assim se sentiu um pouco desconfortável. Se perguntou se por um acaso não havia se excedido e assustado o moreno mas logo afastou a ideia tendo na cabeça a lembrança da tarde anterior onde quem ousou lhe tocar um pouco mais fora justamente Hoseok, e a mudança de postura dele só serviu para deixar o Park ainda mais confuso, mas preferiu não dar importância, pois se conhecendo como se conhecia, se continuasse pensando naquilo, com certeza estragaria o dia deles.

A tarde daquele domingo, se seguiu tranquila. Jimin logo descobriu que o programa pensado pelo mais velho consistia em lhe mostrar como havia crescido e alguns detalhes da sua infância e adolescência. O primeiro lugar visitado fora o museu da cidade que tinha em sua maioria, maquinários agrícolas antigos, projetores do primeiro cinema do distrito e mais um monte de curiosidades acerca da cultura regional e tudo era observado com olhos brilhantes por parte do ruivo, que sempre vivera na zona urbana e sequer imaginava como a vida rural funcionava.

Hoseok compartilhou historias de quando era criança e vivia na fazenda dos avós, contou como havia se interessado pelo militarismo – após assistir uma serie de televisão que contava a historia de dois tiras –, Lhe levou até a escola onde estudara, mostrou o galpão, que agora estava abandonado mas que antes era ponto de encontro dos jovens da cidade, e quando a noite caiu, ambos já se viam exaustos e suplicantes por um banho quente e um filme qualquer na televisão até o sono lhes atingir.

Já estavam dirigindo de volta a casa das montanhas quando o mais novo se lembrou que não havia dado noticias a Taehyung e além disso, a ciência de que passaria mais uma noite a sós com o moreno, fez o menor necessitado de conselhos. Com tal constatação se lembrou dos celulares abandonados nos casacos que estavam na casa da avó e assim, pediu para Hoseok se poderiam ir até la, tendo o pedido prontamente aceito, deram meia volta e guiaram até tal residência.

Assim que chegaram, o Jung fez questão de entrelaçar os dedos à mão de Jimin, exatamente como havia feito no dia anterior, e dessa vez, o menor se permitiu e até apertou um pouco mais o enlace e quando a porta se abriu, mostrando um senhor baixinho de cabelos brancos e o barista sentiu até os ossos congelarem com o olhar lançado pelo mais velho a si.

- Boa noite, vô! A vovó está? – Questionou Hoseok, praticamente invadindo a casa, já que percebeu pela expressão do anfitrião, que não seria convidado.

- Está na cozinha. – O Olhar afiado do idoso se mantinha preso ao ruivo e quase que venenosamente, Hoseok ouviu-o continuando enquanto ele puxava o tal “namorado” em direção ao cômodo dito pelo Senhor Jung. – Esse é o seu “Amiguinho”?

- Não, vovô. Esse é Jimin, ele é meu namorado. – Hoseok respondeu simplista e não se deixou ficar para ouvir nada alem da bufada solta pelo patriarca e seguiu o corredor rebocando o mais novo consigo, ignorando completamente o desconforto que poderia surgir caso ficassem mais ali.

Quando chegou a cozinha, HinShee preparava uma efusão de ervas com um aroma maravilhoso. Assim que avistou os rapazes, desligou o fogo e apressou-se em abraça-los, já anunciando que o jantar não demoraria a sair e convidando-os para ficar. O Convite foi negado de imediato pelos netos – tanto o de sangue como o postiço, forma como passou a chamar o Park – E logo Jimin explicou que a visita deles tinha a busca dos casacos esquecidos como motivo, e querendo uns minutinhos a sós com a Avó para explicar sua falta de educação no dia anterior, Hoseok pediu ao rapaz para ir a edícula pegá-los, já que o mais novo conhecia o caminho. O barista assentiu alternando o olhar entre o policial e a idosa e logo deixou a cozinha rumando ao quintal.

- Vó, eu queria de verdade me desculpar pelo clima desconfortável que eu criei ontem. Eu sei que estou certo no que fiz e não me arrependo, mas não podia deixar de me sentir culpado por ter estragado o almoço. – Falou e logo a velhinha que estava atenta às panelas, se virou de frente para si, os braços cruzados sobre o busto e um olhar serio no rosto, davam ciência de que ela realmente ficara descontente e não acreditara na desculpa de “um compromisso de ultima hora” inventado pelo policial antes de partir.

- Hoseok, meu filho... Eu realmente queria lhe dizer que está tudo bem e que o que aconteceu não foi nada, mas tenho que ser sincera. – HinShee lhe olhou sobre os óculos e respirou fundo, já voltando a se concentrar no fogão. – Todo mundo percebeu que você e Jaebeom brigaram. Ficou muito feio pra você o fato de ter vindo da capital até aqui, socado seu primo e depois ido embora sem mais nem menos. Seus tios ficaram todos chocados com a sua atitude e por mais que perguntássemos ao seu primo o porque da briga, ele não falou nada, apenas disse que você é um louco e bateu nele sem motivo. – O investigador sentiu ainda mais raiva do Park por ter omitido a verdade, mesmo já esperando que ele fosse agir assim, e sua vontade foi de soca-lo o dobro. Como ousara ter falado tudo o que falou e ainda se fazer de vitima? – Mas eu vou ser franca com você, meu filho: Eu duvido muito que você tenha batido nele só porque quis, assim como eu conheço Jaebeom e sei que ele não é flor que se cheire. O que eu quero, é saber o que ele falou para tirar você, sempre tão calmo e centrado, dos eixos. – Hoseok respirou fundo. Não poderia mentir para a senhora, principalmente depois daquele voto de confiança, então engolindo o nó na garganta que lhe subia, respondeu.

- Vó, Jaebeom desrespeitou meu namorado. Pode parecer pouco, mas ele realmente se referiu a Jimin como se ele fosse só um pedaço de carne qualquer e demonstrou claramente ter desejo por ele e talvez até tentar tira-lo de mim. – Pausou ponderando se havia explicado o suficiente e se não tinha falado nada chocante demais aos ouvidos de uma senhora na terceira idade e ao vê-la lhe encarando novamente, continuou, tentando ilustrar melhor a situação. – Eu não quero falar exatamente as palavras que ele disse, mas acredite, seria desrespeitoso até se fosse dirigido à uma mulher da vida ou coisa no sentido. Jimin tem um passado bem pesado quanto a relacionamentos, ele tem uma serie de traumas e eu simplesmente me descontrolei quando meu primo falou aquele tanto de barbáries sem nem levar em consideração o tipo de pessoa que meu namorado poderia ser. – O Olhar do Jung caiu em direção aos seus pés e logo a matriarca pareceu assustada ao se lembrar de algo.

- Hoseok, você disse que seu primo queria algo como roubar seu namorado de você? – Falou a velhinha com os olhos arregalados e viu o neto assentindo. – Os casacos de vocês... Você guardou no quartinho da edícula? – Outro aceno positivo de cabeça do mais novo, dessa vez acompanhado de um franzir de sobrancelhas, estampando a confusão em seu rosto, e logo a mulher se pôs a empurra-lo. – Corre e tira o Jimin de la! Jaebeom ta hospedado naquele quarto! Anda filho, tira teu namorado de la! – Gritou a senhora fazendo o corpo todo de Hoseok se estremecer.

..

Apesar de relutante, Jimin acatou o pedido do mais velho. Realmente não se sentia confortável em andar pela casa de pessoas que ele conhecia pouco, ainda mais sozinho. No entanto, não precisava ser um vidente para saber pela troca de olhares entre a avó e o neto, que eles queriam alguns minutos a sós e já imaginava que o motivo da necessidade de privacidade deles para um dialogo, tinha raiz no ocorrido no almoço do dia anterior. Deu-se por vencido e, a passos lentos, encaminhou-se ao quintal, logo avistando em meio ao breu a sombra da edícula ao fundo e a tal porta onde havia visto Hoseok guardando os casacos, aparentemente aberta.

Suspirou contente. Finalmente teria seu celular em mãos outra vez e com isso poderia ligar para Taehyung, perguntar como ele estava, contar da viagem e o principal: Pedir conselhos sobre como deveria agir quanto a Hoseok e a tudo que estava sentindo. Sabia que ouviria uma interminável sequencia de piadinhas, sabia que o Kim iria rir de si e falar coisas descabidas, mas que por fim o ajudaria e, com um pouco de sorte na tarefa de driblar seus medos e sua timidez, quem sabe até pudesse voltar para cidade já sendo verdadeiramente “De Hoseok”.

O Sorriso se formava no rosto com uma facilidade imensa. O dia por si só já havia sido agradável e se via ansioso quanto ao que poderia ser feito no dia seguinte. Hoseok havia explicitado que todos os programas eram segredo e que Jimin só saberia o que aconteceria quando já fosse eminente e o ruivo achava uma graça imensa naquilo. Não que gostasse de surpresas – Odiava-as na verdade, devido a ansiedade desconfortável que lhe atingia em tais situações – Mas não podia ignorar a graça que havia no esmero que o moreno empregava em lhe esconder as coisas como se fosse uma criança travessa.

Ao passar pela porta de vidro do anexo, a escuridão lhe cobriu as vistas por completo ja que a fraca luz da lua não atingia ali,  e mais pelo tato e memória do que por ver algo, o Park caminhou até onde lembrava de ter visto a porta aberta. Passou pelo batente tateando a parede em busca do interruptor, sem sucesso algum, e depois de estar alguns metros já dentro do cômodo, um baque surdo se fez no espaço e ao olhar para traz viu a sombra da porta fechada. Andou até ela e tentou abrir, mas uma risada baixa o fez congelar no lugar em que estava.

- Ora, ora, ora! Se não é o barista mais bonito da capital me visitando no meu próprio quarto. – A voz ecoou no escuro, mas Jimin não precisava ver para saber quem era, e lembrar do pedido suplicante de Hoseok no carro, no dia anterior, fez com que o ruivo quase chorasse de medo do que poderia lhe acontecer ali. – Desistiu daquele magricelo e veio atrás de diversão de verdade, Primo? – A respiração do outro Park perto demais do seu pescoço o fez querer sair correndo e imediatamente Jimin pousou as duas mãos na maçaneta da porta e forçava-a tentando abri-la, desesperado.

- Eu só vim buscar as coisas que eu e o Hoseok esquecemos aqui ontem. – Sua voz saia tremula e o panico o cobria inteiro enquanto rezava para aquilo ser só um dos pesadelos que sempre tivera, mas ao sentir as mãos fortes de Jaebeom em seus braços o arrastando pelo cômodo, logo sendo jogado no que julgou ser uma cama e em seguida sentindo o peso de um corpo sobre si, percebeu que não era pesadelo algum. – O qu- O que você ta fazendo? – berrou quando sentiu seu pescoço sendo beijado e teve certeza que se tivesse comido algo, estaria vomitando naquele exato momento, tamanho nojo e repulsa que sentiu de ser tocado daquela forma sem permissão.

- Relaxa, Priminho! Só quero mostrar pra você como a gente “Se diverte” aqui no interior. – Uma risada soprada e uma mordida fraca no seu pescoço o fizeram tentar empurrar Jaebeom, em vão – Achou o que? Que só Hoseok ia poder se divertir com o seu corpinho? – E aquelas palavras eram tudo o que a mente de Jimin precisavam para lhe destruir.

“Achou o que, JungKook? Que só você ia se divertir com o gordinho?”

A lembrança daquela frase, a forma como estava sendo segurado, o medo, o pavor, tudo, absolutamente tudo naquela hora, fizeram Jimin ter a impressão de que viajava no tempo, de que voltava àquela quarta-feira fria em que a pior coisa da sua vida toda havia acontecido. Mas a frase do outro Park continua uma palavra que soou quase como mágica nos nervos do ruivo.

“Hoseok”

Ele era sua fortitude, e seria naquela hora também, então ao lembrar do policial, foi como se sua mente “clicasse” e Jimin percebesse que daquela vez, as coisas não precisariam terminar da mesma forma. Hoseok nunca agiria como Jungkook agiu e isso lhe deu a força que precisava para voltar a si e tentar se salvar. Começou a se debater e gritar pelo investigador a plenos pulmões, agradeceu aos céus por ter feito academia por todos aqueles anos, lhe conferindo uma certa força, e com isso passou a chutar, socar, “corcovear” como um louco até finalmente ouvir a porta sendo forçada pelo lado de fora, um segundo de silencio e depois um estrondo. Após o som da madeira se chocando contra o chão se desfazer, Jimin sentiu as mãos de Jaebeom lhe soltando e pode perceber que havia mais alguém ali.

A luz se fez e quando o barista achou que poderia abraçar seu amado, viu-o andando para o outro lado do cômodo, sentando-se sobre o tórax do primo e lhe socando com tanta violência que aquela imagem fazia o mais novo achar que o Jung havia se transformado em um berserk**. Os olhos dele estavam arregalados, os dentes trincados, mandíbula cerrada e dava para ver as veias do seu pescoço pulsando enquanto desferia cada um dos golpes com um vigor digno de um lutador profissional. O sangue praticamente jorrava da cara de Jaebeom e foi só ao vê-lo desacordado que Jimin se tocou da gravidade dos atos de Hoseok e correu para cima dele, tentando lhe segurar os braços e o pedindo para que parasse.

O Moreno demorou alguns segundos para voltar a si depois de sentir as mãos do ruivo tentando lhe mobilizar. Se levantou chacoalhando a cabeça e apesar do estrago na cara do primo ser assustador, não conseguia se arrepender. Mais uma vez sentiu uma mão lhe tocando e foi só ali que se lembrou da presença de Jimin naquele comodo e ao encara-lo a preocupação lhe cobriu.

- Amor! O que ele fez com você? Ta tudo bem? Ele te machucou? – Falava afobado, tateando o mais novo a procura de hematomas ou qualquer sinal que pudesse indicar um ferimento.

- Ta tudo bem, Amor! Ta tudo bem! Ele não conseguiu fazer nada! – Respondeu Jimin já o abraçando. – Graças a você, não aconteceu nada. – Se afastou brevemente e sorriu sutilmente sendo retribuído de imediato e logo foi abraçado mais uma vez.

- Eu juro que se ele fizesse mal a você, matava ele! Filho de uma puta! – Suspirou, e logo ambos ouviram um pigarreio. Hoseok e Jimin voltaram-se para a porta e deram de cara com o Avô do policial escorado no batente, sustentando o cachimbo entre os dedos.

- Quero saber quem vai pagar a porta... – Disse o velho rindo soprado e logo deixando-os a sós novamente. Aquilo soou tão confuso, que nenhum deles entendeu ou se pôs a tentar entender, Mas mesmo assim, o Jung mais novo sentiu seu peito mais leve: Havia um sorriso no rosto do velho.

Apressadamente, os dois pegaram seus casacos, se despediram dos avós sem maiores explicações – Hoseok confiando plenamente na possibilidade de Hinshee ter entendido o ocorrido – e rumaram para a casa da montanha.

Jimin se viu frustrado na viagem. Seu celular estava sem bateria, então só poderia ligar para o amigo no dia seguinte, mas de qualquer forma, preferiu não se preocupar tanto. A alteração totalmente justificável no humor do Jung lhe dizia que naquela noite “não corria riscos”, então teria mais tempo para falar com o Kim no dia seguinte e ao entrar em casa, já perto das 21 horas, foram diretamente a cozinha, onde cozinharam, comeram e limparam a bagunça toda que fizeram antes de ir a sala assistir algum filme. Nenhum deles sentiu necessidade de falar sobre o ocorrido. Jimin se sentia feliz por ter conseguido reagir e impedido que Jaebeom tivesse exito nas suas vontades e o olhar vigilante do mais velho sobre si o fazia achar graça sobre como ele estava preocupado quanto a algo que, graças a ele, nem chegou acontecer. Logo depois do fim do filme, ambos se encaminharam para o quarto para dormir exatamente como haviam dormido em quase todas as noites juntos: Com os cabelos vermelhos de Jimin, esparramados contra o peito agitado de Hoseok.

Na manhã da segunda-feira, o barista se viu surpreso ao acordar e ver-se sozinho no quarto. Ouviu barulhos vindos do andar inferior e imaginou que Hoseok estivesse preparando o desjejum, olhou para o lado e viu seu celular conectado à tomada, pegou-o e vendo já ser perto das nove horas, achou que aquele seria um horário perfeito para conversar com Taehyung, já que provavelmente estivesse a caminho do curso e assim poderiam falar sem atrapalhar os estudos. Apertou o botão “Discar” e aguardou, sendo atendido logo no primeiro toque.

“- EU VOU MATAR VOCÊ, PARK JIMIN!” – Berrou o Kim assim que a chamada completou. – “QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA SUMIR POR TRÊS DIAS SEM NEM ME LIGAR PARA DIZER SE ESTAVA VIVO OU MORTO?” – A indignação na voz do mais novo era quase palpável, mas mesmo assim, o barista achou graça da preocupação do moreno.

- Se estava tão preocupado assim, por que não me ligou você? – Uma pequena sessão de gaguejos se ouviu como resposta e Jimin riu. – Enfim, To ligando pra saber como estão as coisas aí... Você ta no curso? – Questionou e teve a impressão de ouvir uma terceira voz oriunda do outro lado da ligação.

“-É o Jimin, deixa eu falar com ele, caralho! Sossega!” – Aquelas palavras deram ao ruivo a certeza de que Taehyung não só havia faltado o curso como estava acompanhado e antes que pudesse ralhar com ele, ouviu-o lhe respondendo. – “Olha... Ta tudo muito mais que bem aqui, viu... Alias, tenho umas coisas pra te contar quando você voltar.” – Um risinho travesso escapou do Kim plantando uma pequena “pulga atrás da orelha” do Park, mas apesar da curiosidade, se viu mais aflito sobre os conselhos que queria pedir do mais novo, e tendo ciência de que Hoseok poderia aparecer a qualquer momento, preferiu encurtar o dialogo.

- Vou cobrar isso! Mas enfim, Tae eu te liguei porque preciso de ajuda. – Ouviu um “hum” do outro lado indicando que continuasse. – Eu não sei bem como falar isso...

“- Sugiro que comece do começo, Park Jimin.” – Interrompeu o sócio e sabendo que ele tinha razão, suspirou fundo e continuou.

- Tae, eu tenho sentido umas coisas estranhas quando fico perto do Hoseok...- Disse receoso e ouviu o outro quase que com um tom entediado.

“- Coisas estranhas, tipo?” – Questionou.

- Eu não sei como contar isso... – Proferiu sentindo as bochechas esquentarem ao se lembrar da noite em que se tocou pensando no policial e logo o Kim bufou impaciente do outro lado.

“-Jimin, seja direto, por gentileza! Enrolar não vai facilitar a vida de ninguém em nada!” – O Tom irritado do mais novo fez com que o ruivo, mesmo relutante por conta da vergonha decidisse falar de vez.

- Tae, anteontem eu fiquei de pau duro vendo o Hoseok tomar banho. – Falou rápido, mas tão rápido que o próprio Jimin ficou em duvida sobre as palavras que proferiu.

“- VOCÊ O QUE?” – O berro do amigo quase deixou Jimin surdo e antes que voltasse atrás e desistisse de conversar com “o ser mais escandaloso que já havia conhecido”, ouviu-o lhe interrogando como uma metralhadora desavergonhada e intrometida. – “Mas como? Ele fez alguma coisa? Ele ta te provocando? Ta tentando tocar em você sem você deixar? Alias, você ta deixando ele te tocar? Park Jimin, você ta me escondendo coisas? Cadê o meu amigo puro, casto e inocente que saiu daqui sem nem querer levar lubrificante? Jimin, pelo amor de Deus, use camisinha pra transar com esse cara! Não quero que você tenha um filho tão novo!” – Em outras circunstancias, obviamente Jimin riria como um demente das palavras do mais novo, mas ali, só conseguia sentir o frio na barriga sobre estar conversando acerca de um assunto tão intimo.

- Vamos começar do fim: Acorda, Taehyung! Somos dois homens, ninguém vai engravidar aqui, idiota! – Ouviu um murmúrio que parecia ser um “É verdade” vindo do outro lado e antes que o Kim lhe contestasse ou lhe falasse alguma asneira, preferiu concluir suas respostas. – E não! Ele não fez nada. Ele meio que tem me provocado mas eu acho que é sem perceber, sabe? – Pausou pensando no que responder sobre os toques, e optou por mentir aquela parte já que nem queria imaginar a gritaria que o Kim faria quando soubesse do que aconteceu na sacada da casa da família Jung e no quintal da casa em que estavam agora. – Ele em si, não me tocou e, por enquanto, não tentou nada...

“- Como assim ‘Ele em si’? Jimin, o que é que você ta me escondendo?" – Um silencio se fez e como se Taehyung tivesse a epifania do século, voltou a gritar do outro lado. – “PUTA QUE O PARIU, JIMIN! TU BATEU UMA PENSANDO NELE?” – A vontade do ruivo era de se enfiar num buraco enquanto agradecia aos céus por estar sozinho naquele cômodo, porque tinha certeza que se mais alguém estivesse ali, obviamente ouviria os berros do mais novo. No entanto, a questão de Taehyung fora algo direto demais para que conseguisse sequer brigar com ele, então o silencio permaneceu até o moreno corta-lo, já em um tom mais calmo. – “Ok, já entendi tudo. Você tem ficado excitado com a presença do Hoseok e não sabe como lidar com isso por ser algo que você nunca sentiu. Estou certo?” – Questionou e o mais velho suspirou aliviado por não precisar verbalizar aquilo tudo.

- Exatamente! E eu preciso da sua ajuda pra saber como agir e o que devo fazer... – Respondeu em um tom choroso, quase suplicante. Jimin sabia que naquele momento, Taehyung estava suspirando e massageando a fonte, exatamente como fazia quando se sentia enrascado e pôde ter certeza disso com a bufada que veio logo em seguida.

“- Tudo bem! Mas vamos por partes! Primeiro: Você quer?" – Ouviu um “Quer o que?” vindo de Jimin, e a vontade do mais novo foi de soca-lo. – “Como ‘quer o que’? Quero saber se é isso que você quer, se você quer transar com ele mesmo ou se quer fugir de vez, oras!” – Respondeu irritado e mais uma vez o ruivo se sentiu intimidado pela invasão que aquela pergunta trazia e novamente optou por não responder. – “Ok, já entendi que você quer sim. Minha dica é: Deixe rolar! Não há nada de ruim que possa acontecer depois disso.” – respondeu simplista e o barista quase conseguiu visualizar a imagem do moreno dando de ombros.

- Claro que coisas ruins podem acontecer depois disso! – Falou indignado e ouviu um “Aham, tipo o que?” Vindo do Kim. – Ora Taehyung, ele pode me deixar depois! E se ele só estiver comigo aguardando a oportunidade de transarmos pra logo em seguida me dar um pé na bunda? – Assim que concluiu a fala, uma sequencia dupla de gargalhadas ecoaram pelo telefone, e isso fez Jimin ter ciência de duas coisas. A primeira: Aquela ligação estava no viva-voz. Segunda: Aquela outra risada lhe era bem conhecida, mais especificamente a risada de Min YoonGi. – Kim Taehyung, desligue esse viva-voz agora! Min YoonGi, saiba que é muito feio ouvir a conversa dos outros, Ok? E você, Taehyung, me responda por gentileza, onde está a graça no que eu disse. – Falou com um ar raivoso e logo ouviu-o respirando com dificuldade por conta das risadas, mas tentando voltar ao normal.

“- É serio que você não percebe a quantia de coisas ridículas que acabou de dizer? Quantas vezes eu vou ter que mandar você acordar pra vida e olhar a sua volta? Jimin, olha tudo o que o Hoseok ta fazendo! Se ele estivesse contigo só pra te foder, já teria te largado ha muito tempo só pela frescura ambulante imensa que você é!” – Outra sessão de gargalhadas, e percebendo que de fato o Park não via graça alguma naquilo, o sócio assumiu novamente o tom serio da conversa e prosseguiu – “Olha Jimin, vou ser direto: Você quer, ele provavelmente também quer... Realmente não vejo problema nisso. Fora que, pensa pelo lado da evolução! Jimin, tu nunca sentiu isso por ninguém, então se dê uma chance, se permita! Eu tenho certeza que não vai se arrepender!” – O Ruivo ponderou por um momento e por fim não teria como negar que o mais novo estava certo. Ele queria e muito que tudo o que sua mente havia criado no banheiro na outra noite fosse real, e sabia que ainda não havia sido única e exclusivamente porque ele mesmo não havia permitido e pensando nisso, suspirou derrotado.

- Ok, mas como eu faço então? Você sabe que eu não tenho ideia de como se começa essas coisas e não sei nada sobre esses “joguinhos de sedução” – Falou com um tom debochado na ultima parte e fez o Kim concordar consigo com um murmúrio pensativo antes de prosseguir.

“- Olha... Pelo que eu sei da sua historia com Hoseok, se você chegar na frente dele e fizer um strip-tease ou algo no sentido, ele vai no mínimo, sair correndo achando que você foi possuído por uma entidade do mal já que ele sabe que você é bem tímido...” – Mais alguns segundos de silencio e por fim, a fala quase que derrotada do mais novo se fez novamente na linha. – “Olha, se você parar pra pensar bem, qualquer investida da sua parte vai soar estranho pra ele, então meu conselho é que você só deixe as coisas fluírem. Vocês estão sozinhos, uma hora ou outra ele vai sentir vontade de algo a mais, isso se já não estiver sentindo e você não estiver me escondendo. Então quando a mão boba dele começar a agir, apenas retribua. Af Jimin! Isso você sabe como fazer, sou prova viva disso! Só confie em si mesmo e deixe suas vontades saírem!” – Jimin respondeu com um “entendi”, ainda pensativo quanto a dica de Taehyung e após agradecer pela ajuda, já quase desligando a chamada, ouviu a ultima zombaria por parte do amigo. –“Jimin, não vai esquecer do frasco extra que eu coloquei na sua mala, ok? Apenas confie em você e em Hoseok e tudo dará certo! Não esqueça de me ligar para contar como foi depois.”

O Park pensou em uma sequencia gigantesca de palavrões para desferir contra o moreno, mas antes de verbalizar, a chamada já havia sido encerrada. Por fim, depositou o telefone novamente na mesa de cabeceira, levantou-se, fez sua Higiene e desceu para a cozinha, encontrando Hoseok nas escadas. Assim que se viram próximos um do outro, imediatamente o policial lhe agarrou pela cintura e lhe beijou para em seguida lhe chamar para o café da manhã, já lhe lembrando que teriam um dia cheio pela frente e Jimin só conseguia sorrir como um adolescente apaixonado.

“O Tae ta certo... Não tem como alguém que faz de tudo pra me ver feliz, estar comigo pensando em coisas tão fúteis. Se tem alguém nesse mundo que merece meu corpo e a minha alma, esse alguém é Jung Hoseok”


Notas Finais


**Berserk = Eram guerreiros nórdicos (não se sabe se eram reais ou apenas lendas) Que ficaram conhecidos por uma força sobre-humana e descontrolada. Ha quem chame de "efeito berserk" aquele estopim de raiva que toma a pessoa em situações extremas e lhe confere uma força considerada acima da normal para um humano. Ou seja, descontrole total da força fisica.

OK OK
Vocês ja devem ter percebido que a "cudocisse tour" estava no fim, e finalmente acabou. Nosso Jiminie ja aceitou a ideia de que quer uns +18 com Hoseok e ja vou adiantar que isso ta bem proximo.
Jaebeom se fudeu por ter tentado agarrar o Jiminie a toa e ao contrario do que todo mundo pode ter pensado, lembrar de Hoseok fez nosso redhair não se deixar abater e fazer com o primo o mesmo que deveria ter feito com o Jackson, tentado se defender.
Mais uma salva de palmas pra Hoseok pq ele merece!
Enfim meus amores, não tenho muito mais o que falar hoje a não ser pedir desculpas pelo atraso e agradecer por tudo novamente!
E pedir desculpas também pq prometi altos JiHope e não foi tão JiHope assim o capitulo, mas sinto que vcs se sentirão recompensados no proximo XD

UMA OBSERVAÇÃO
Eu postei no twt que as notas finais do ultimo capitulo ja estão escritas, e de fato estão, mas sinto que causei uma pequena confusão em vossas mentes então vamos esclarecer: A FIC AINDA NÃO ACABOU NÃO!!!!!
Ainda tem umas tretinha pra rolar e talz e prevejo algo em torno de mais 4 ou 5 capitulos pela frente, então se segurem nas cadeiras!
BTW, é isso mesmo mozamuzes <3
Tenham um resto de semana lindo e me perdoem a falta de inspiração geral (tanto no cap como nas notas) Tudo isso causado pelos ultimos dias corridos e pelo cansaço imenso que tenho sentido.
Não esqueçam que a tia Ash ama vcs <3
KissKiss
~~Ashmedhai


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