História Between the Flowers - Para seu bem

-Vamos Alex -Louis insistiu de modo manhoso- Preciso de sua ajuda para dançar.

Após o almoço e a discussão do plano para impedir o encontro, eu me encontrei com Louis e ele me chamou na casa dele, e adivinha para que?

Para dançar, André ia levá-lo para dançar no clube Dionísio para dançar e Louis quer minha ajuda para ensina-lo a dançar.

-Está bem -Eu disse colocando minhas mãos na cintura do mesmo- Vamos começar logo e acabar logo com isso.

-Por que a pressa? -Louis perguntou- Você tem que me ensinar direito.

-Só se você me pagar.

-E se eu te der um soco?

-Com esses braços? -Eu disse brincando, afinal tinha um porte físico, um tanto parecido, mas eu era um pouco mais alto- Duvido que consiga.

-Só me ensina logo merda!

O tempo passou e ele realmente não sabia dançar uma simples música lenta, triste.

-O André é tão fofo -Disse Louis- Ele realmente é diferente de toda aquela dedaleira.

-Ele é um idiota -Eu murmurei.

-Ele é o que?

-Uma anedota, ele é.… engraçado.

Louis deu de ombros, passamos o resto da tarde dançando até que ele aprendesse algumas danças.

Os pais de Louis nos convidaram para jantar, o pai de Louis fez questão de tocar piano para nós.

Eles são legais, cheio de cultura, até mesmo sabem que os gregos não quebram mais prato por ter sido considerado ilegal em se eu não me engano lá por 1930 ou mais, mas enfim, eles pareciam ser apreciadores da cultura e culinária grega.

Eles me serviram um delicioso polvo assado com ingredientes mediterrâneos, como azeite, manjericão, alho e uma pitada de sal e pimenta, junto de uma salada e Skordalia que é basicamente um purê de batata com alho, nozes, amêndoas e azeite.

-Então Alex -Disse Mariana a mãe de Louis- Ouvi dizer que você e sua avó são donos de uma floricultura, qual era mesmo o nome?

-A loja se chama Persefóni Kípos* -Eu respondi- Mas muitos donos de pousadas chamam a loja de Between The Flowers para os turistas que não conhecem direito nossa língua.

-Que interessante, ainda vou dar uma olhada na loja, o Louis adorou aquele óleo de jasmim, fico me perguntando quantas flores você deve possuir.

-Algumas compramos na fazenda dos Angelis -Eu comentei- Mas são só as mais exóticas que não crescem na Europa.

-Quais seriam? -Louis perguntou.

-Certas espécies de orquídeas... beladona...

-Mas a beladona não é venenosa? – Oliver o pai de Louis perguntou.

-Sim, se for manuseada do jeito errado, sim, mas eu não uso, não tem valor algum a não ser como anestesia ou mesmo dilatar as pupilas, ou aliviar a asma, mas o uso não é recomendado, então eu e minha avó deixamos essa ideia de usa-las para lá.

-Há outras flores que eles vendem? -Oliver perguntou novamente.

-Sim, camélias e papoulas, essa eu compro e muito, as sementes de papoulas são boas para fazer torta, ou a Verbena-Limão que pode ser usada para aromatizar aves.

-Gosta de gastronomia? -Mariana perguntou.

-Um pouco, quando se tem uma floricultura você acaba conhecendo quais são as flores que são comestíveis e podem ser usadas como ingredientes, assim podemos vender algumas em potes, como as sementes de papoulas.

-Os Angelis não vendem para mais ninguém? -Louis perguntou.

-Até poderiam, mas somos seus principais clientes na questão floral, mesmo porque somos a única floricultura da ilha, sem falar que todos os organizadores de casamento solicitam nosso trabalho para fazer arranjos, eles no mínimo compram as flores dos Angelis para nos dar como material.

Mariana assentiu pensativa, a conversa tomou um novo rumo sobre a loja de quadros deles, por falar nisso ainda preciso vê-la um dia, fica aqui na “Villa” então não há motivo para eu não ir.

Eu comia minha comida enquanto observava a conversa deles, o pai de Louis tocava piano muito bem, mas logo ele parou e se juntou a nós.

Comíamos com calma e saboreávamos nosso jantar grego.

Quando terminamos Louis subiu para tomar banho e escovar os dentes e tirar o cheiro de alho, quando retornou alguém tocou a campainha, era André, Louis se despediu de mim e de seus pais e saiu com ele.

-Eu também preciso ir, senhor e senhora Chevalier -Eu disse.

-Ótimo, volte sempre que quiser, ainda queremos saber mais sobres as flores e seus significados, ajuda muito na arte -Mariana comentou e abriu a porta para mim.

Fui para minha casa e tomei um banho rápido, coloquei uma roupa para sair, escovei os dentes e fui ao encontro de Amanda e Viola na entrada de Villa.

Lá estavam as duas, Viola com seu cabelo cacheado e Amanda de vestido vermelho e óculos escuros.

-Gente -Disse Amanda- Quando entrarmos no clube Dionísio, não podemos chamar a atenção.

-Querida -Disse Viola estalando os dedos- Você está usando óculos escuros à noite.

Amanda ficou quieta e depois bateu na própria testa, era cômico ela não querer chamar a atenção com aquilo.

Ela tirou os óculos e guardou na clutch dourada.

-Cala boca vadia! -Amanda exclamou para Viola- Não vem me corrigir!

-Falo a garota que foi acusada de assédio -Viola retrucou mostrando a língua.

-Vamos logo! -Eu disse- Deixem para se xingar depois.

Nisso saímos, uma empurrando a outra, estava vendo a hora de chegarmos no clube e elas estarem, descabeladas.

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O Clube Dionísio faz com que muitas pessoas julguem o livro pela capa, mas não.

Para todos um clube é um local barulhento onde todos dançam colados, mas não esse clube, Ánemos tem a intenção de preservar a beleza em todos os sentidos, é um café destinados aos geek, a dedaleira evita ao máximo aquele local, eles preferem o balneário, lá é basicamente o lar da ignorância, já o clube Dionísio é um lugar calmo, com uma pátio redondo cercado por colunas gregas com heras crescendo nas mesmas, elas simbolizam fidelidade, no mesmo pátio há uma área para dançar danças típicas de outros países, aqui é importante termos consciência de outras culturas, não apenas a nossa.

Seguimos Louis até ele entra no café, entramos juntos, por fora uma casa normal grega, mas por dentro um café com estilo vintage misturado com contemporâneo. As proprietárias deste local são trigêmeas de 19 anos, Mirela, Sofia e Veronica, uma com nome em latim e as outras duas em grego, Sofia é loira e tem olhos azuis, Mirela tem cabelos avelã e olhos também azuis, e Veronica tem cabelos castanhos, mas possui algumas mexas loiras e tem mesma cor de olhos que as outras duas, parecem até mesmo ninfas ou musas, Mirela tem cabelos longos já Sofia cabelos curtos e Veronica tem cabelo cacheados, a única coisa que difere as duas é isso e as roupas, mas mesmo as roupas têm o mesmo estilo vintage.

Louis e André andaram e se sentaram no bar do café.

-Ora essa -Disse Mirela usando seu vestido floral e um rabo de cavalo prendendo seus cabelos longos- Quem diria, André por aqui, uma raridade. Pensei que preferisse a praia do balneário.

-Eu sei... -André disse meio sem jeito- Mas... estou acompanhado.

Mirela olhou para Louis.

-Pelo visto desistiu de Viola -Mirela comentou.

-Quem é Viola? -Louis perguntou.

Não me lembro ao certo se Louis foi apresentado a ela, estranho, ele também mora na Villa, mas Viola acabou de chegar e isso explica tudo.

-Uma italiana que eu já gostei, mas agora gosto de você -André acariciou o rosto de Louis logo depois.

-Eu ainda não a vi -Mirela comentou.

-Conversei com ela no píer hoje cedo, ela parecia diferente, eu acho -André informou.

-Mal posso esperar para vê-la, ela ia me ensinar a fazer tiramisu de café -Mirela disse dando pulinhos.

Eu, Viola e Amanda nos sentamos em um sofá, em um lugar onde o “casal” não iria nos ver.

-Oi Alex -Disse Iris.

Espera.... O que?

-Iris! -Eu quase gritei se a mesma não tivesse tapando minha boca.

-Shh -Disse ela- Não vai querer ser descoberto.

-O que está fazendo aqui? -Eu perguntei.

-Vim ver a briga que vai acontecer caso o plano de vocês de errado, por falar nisso qual é o plano?

-Onde está Ana -Eu perguntei olhando em volta.

-Está lá no pátio, aqui dentro está um pouco abafado, por falar nisso eu preciso de um suco -Iris concluiu erguendo a mão.

-Ora essa -Disse Sofia-  Iris, Alex, Amanda e Viola.

Todos assentimos meio desconfortáveis em nossos lugares.

-Por falar nisso, Viola minha irmã está louca para falar com você, devo chama-la?

Viola balançou a cabeça negativamente.

-Por que não? -Sofia perguntou estranhada- Ela está bem ali conversando com o André e o novo namoradinho dele.

O namoradinho mexeu com Viola, fiquei um pouco incomodado só de pensar em Louis se divertindo com a dedaleira junto de André e provavelmente nos esquecendo, André só está naquele grupo porque quer, ele não é nada daquilo que a dedaleira é, mas tem medo.

-Na realidade eles vieram arruinar o encontro deles -Iris dedurou.

-O que? -Disse Sofia abaixando o tom de voz- Por que?

-Viola concluiu que gosta dele, mas pelo visto se não fizermos algo Louis vai ficar com ele -Eu disse.

-Pobrezinho daquele rapaz, ele parece ser tão gentil -Sofia concluiu- Seria cruel acabar com o encontro.

-Ou isso ou corremos o risco de ele se juntar a André na dedaleira -Eu disse.

Sofia estremeceu só de pensar naquilo, ela detestava, mesma que fossem dois anos mais novos que ela, a dedaleira era terrível, viviam provocando ela e as irmãs dela e mais um para aqu7ele time não era o melhor.

-Seguinte -Disse Sofia deixando a bandeja de lado- Eu ajudo vocês, mas aí a Viola me ensina a fazer uma Panna Cotta.

Viola aceitou.

Até agora o plano era... impedir que qualquer coisa romântica acontecesse com os dois.

-Vou dar um jeito em Mirela -Disse Sofia- Ela com certeza vai ficar elogiando os dois dizendo como eles formam um casal lindo.

-Pode me trazer um suco de laranja? -Amanda perguntou.

-Pode trazer um frappé de caramelo para nós três? -Iris perguntou.

Sofia assentiu e piscou.

 Ela andou até a irmã e falou que ela devia estar servindo os clientes, toda aquela conversa funcionou, ela deixou Louis e André de lado para servir os fregueses.

Porém aquilo não ajudou muito, André começou a acariciar o rosto de Louis e a sussurrar coisas em seu ouvido.

Eu, Iris e Viola e Amanda estávamos nos corroendo, Viola por causa de André, Amanda por causa do shipp, eu por causa de Louis estar se metendo com um cara da dedaleira e Iris porque seu Frappé ainda não chegou.

E agora?

O plano era péssimo e estava na cara, se não fizéssemos algo, Viola perderia um namorado e nós todos um amigo.

Sofia entregou nossas bebidas, aquilo me deu uma ideia, falei no ouvido de Sofia para que fingisse um “acidente”.

Ela andou atrás do balcão e ouvimos um barulho de máquina de café, ela saiu de trás do balcão com uma xícara pequena de expresso e fingiu tropeçar e jogar em cima do André.

André gritou de dor chamando a atenção de todo mundo.

Veronica apareceu da cozinha e gritou para Sofia e a mesma apenas fingiu estar arrependida e triste.

Mas o esforço não valeu, Louis apenas começou a rir se divertindo da situação, ele pegou guardanapos e ajudou a limpar a calça manchada de café de André.

André apenas ignorou e pegou Louis pela mão o levando para a porta que leva para o pátio.

Seguimos furtivamente eles, o pátio cheio de flores (plantadas por mim) e as colunas gregas em volta do mesmo, lá no centro uma pista de dança com chão de pedra, uma música lenta começou a tocar, havia alguns casais dançando, aquele devia ser o golpe final.

-Não temos escolha Viola -Eu disse- Nosso plano é uma bosta, diz logo para ele.

Viola hesitou no momento, mas quando viu que André estava prestes e colocar as mãos na cintura de Louis...

-André eu te amo! -Viola gritou chamando a atenção de todos.

André ficou parado por um tempo, Viola desceu as escadas em sua direção.

-André, eu comecei a gostar de você desde o momento em que começamos a conversar -Disse Viola- Agora eu sei que o que eu sinto é real, pois agora te conheço o suficiente.

-Sinto muito Viola, mas... -André pareceu hesitar um pouco olhando para Louis- Vou dar uma chance para Louis agora.

-Isso eu não vou deixar! -Eu exclamei e me juntei a Viola- Não vou deixar que você corrompa o Louis e o leve para a dedaleira.

-Não se mete virgem! -André disse.

-Falou o pegador -Eu disse- Viola gostava de mim antes de gostar de você, então fica quieto.

Nisso ele me empurrou com força e eu caí no chão.

-Ei! -Louis exclamou- Não tinha necessidade disso!

-Cadê a pipoca quando necessita -Amanda disse em meio ao silencio.

-Cala a boca espanhola! -André exclamou novamente.

-Epa! -Iris exclamou- Ninguém chama ela de espanhola a não ser eu!

-Cala boca você também cabelo de fogo!

-Fogo vai ser a sua cara quando eu esfregar ela naquele braseiro! -Iris apondeu para o braseiro aceso em um canto do pátio.

-Queima ele Iris! -Pela primeira vez vi Ana botando lenha na fogueira.

-Chega! -Louis Gritou- André você é um fofo, mas não vou deixar que trate as pessoas que me receberam com tal desdenho e Alex pare com esse ciúme.

-Ciúme? -Eu perguntei indignado-Eu apenas estou me protegendo.

-Do que? -Louis perguntou com um certo tom de raiva na voz- De encontrar um amor só porque você não quer encontrar, está na cara que o André não me merece, mas não precisava fazer tudo isso.

-Dane-se você Louis! -Disse André- Ainda gosto de Viola, eu apenas queria te dar uma chance, mas pelo visto ninguém quer que eu de.

-Tá na cara que você não me merece André, mas Alex, se estragar o meu encontro era esse seu plano então você conseguiu!

Nisso Louis saiu do pátio entrando de volta no café.

Eu não queria... quero dizer, queria..., mas apenas porque era o André, mas... talvez no fundo Iris estivesse certa as não suportaria vê-lo andando com o pessoal da dedaleira, ainda mais tão perto de Lucas que queria quebra-lo em dois.

Eu apenas me levantei e deixei Viola e André se olhando e olhando para todos os jovens que o observavam.

A esta altura começou a chover, eu saí a procura de Louis, não sei se ele foi para a casa dele, por um momento tomei rumo para ir até a Villa quando ouvi um berro, era Louis!

Será que a dedaleira pegou ele?

Ou serial killer? (O que era improvável)

Será que ele caiu das escadarias escorregarias por causa da chuva, não, a voz dele vinha na direção do píer.

Subi no píer e madeira, em meio as luzes amareladas acesas iluminando a água azul do Egeu, eu caminhei até o fim do píer, e lá estava Louis, soluçando e berrando para o horizonte, por falar em horizonte, ao longe dava para ver o farol de Ánenos, com sua luz indo e voltando ao longe, eu caminhei devagar ouvindo os berros de frustração que Louis dava, ele parou um minuto depois do último berro, ele estava chorando, o que estava se passando dentro da cabeça dele?

Seria o choro de tristeza por ter seu encontro arruinado ou talvez porque gostava de André, mas viu que ele não sentia o mesmo.

-Louis... -Eu disse com calma.

Ele levou um susto e quase caiu no mar, mas eu o segurei pelo braço.

Ele apenas voltou a encarar o mar sem me dirigir uma única palavra.

-É um bom lugar aqui, não? -Eu perguntei tentando puxar um assunto- Eu já vim aqui algumas vezes também para berrar ao horizonte, fiz isso pela primeira vez quando minha mãe morreu, aqui no píer é calmo...

Apenas silencio.

-Louis, vamos, não fique assim...

-Pensei que fosse meu amigo! -Ele exclamou.

-E sou! -Eu devolvi aumentando o tom de voz- Mas conheço Viola a mais tempo e André gostava dela.

-Mas ela não quis!

-E agora quer, ele ainda nutre os mesmos sentimentos, e não seria certo eles não ficarem juntos!

-E quanto a mim?! -Ele gritou.

-Você...

-Eu estava gostando dele -Louis abaixou o tom de voz.

-Me desculpe...

-Não tem como se desculpar agora Alex -Louis sentia tristeza e raiva.

-Faço o que você quiser! -Eu exclamei- Só não fica bravo comigo, desde que você chegou aqui, você parece ser meu melhor amigo de anos, nem mesmo a Iris supera você!

-Sério? -Ele perguntou.

-Sim -Eu disse- Agora vamos, eu vou te levar para sua casa.

-Posso ficar na sua? -Louis perguntou- Se eu for na minha, meus pais vão querer saber como foi o encontro e eu não vou querer falar sobre isso.

Eu assenti e o levei para minha casa.

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Após tomarmos banho e eu entregar uma camiseta seca para ele (por sorte a cueca não estava molhada), mal saí do banho e cheguei perto dele, notei a palidez, coloquei minha mão em sua testa, estava quente, devia ser a gripe talvez, afinal eu estou acostumado a andar na chuva de Ánemos, Louis talvez nunca esteve no meio da chuva, algumas vezes talvez, mas não como eu costumo ficar.

Eu peguei um guarda-chuva e saí no meu jardim, de lá colhi sálvia, entrando de volta preparei um chá, Louis não era fã de sálvia, mas bebeu o chá enquanto eu media sua temperatura, estava, não posso leva-lo a casa dele, não no meio dessa chuva, sem falar que ela aumentou desde que preparei o chá.

Eu arrumei o sofá cama para eu e Louis dormirmos, eu até poderia armar um colchão inflável para ele, mas era melhor ele dormir do meu lado caso ele precisasse de alguma coisa, ainda era oito horas, era uma sexta-feira, eu não sairia para trabalhar amanhã na floricultura, eu liguei a TV, e pedi para que Louis escolhesse algum filme para assistirmos, ele escolheu um chamado Le Chansons d’amour, era basicamente um musical homossexual, realmente emocionante e muito bonito, a naturalidade dos personagens em cantar, nada de pessoas dançando ou subindo nos carros no meio de Paris, aquele filme devia dar alguma lembrança a Louis, já que ele estava sorrindo em meio ao rosto quente e febril dele, era apenas uma simples gripe, não demoraria a passar, mas amanhã de manhã eu preciso informar os pais dele.

Assim que o filme terminou em um final feliz, eu desliguei a TV e fomos dormir, toquei o rosto de Louis, ele continuava quente, mas nada de tão grave assim, eu suspirei e fechei meus olhos, eu me entreguei ao doce embalo da chuva, me deixando levar pelos meus pensamentos.

Louis estava “bem”, quero dizer a salvo de André, em minha opinião claro, sem falar que um shipp foi realizado e isso me deixava satisfeito, só me sentia meio mal por ter magoado Louis, mas eu compenso isso outro dia, por agora vou cuidar para que ele fique bem, uma pena ficar doente em pleno verão, mas ainda assim é possível, por mais impossível que pareça.

Louis é meu melhor amigo e preciso fazer o que melhores amigos fazem, cuidam um do outro, sei que um dia ele vai me agradecer por ter estragado aquele encontro, mas por agora sei que ele vai ficar com raiva de mim, mesmo que pouca vai.

Continua.