1. Spirit Fanfics >
  2. Between the Flowers >
  3. Genciana - Você é injusto

História Between the Flowers - Genciana - Você é injusto


Escrita por: NorthernLigths

Notas do Autor


Oiiii!!!
Desculpa a demora.
Em minha defesa a culpa é das férias, sempre dá aquela preguiça para escrever, mas finalmente terminei este capítulo.
Boa leitura!!!

Capítulo 16 - Genciana - Você é injusto


Fanfic / Fanfiction Between the Flowers - Genciana - Você é injusto

“A chuva molha justo.

E também o injusto.

Porém molha mais o justo,

Pois o injusto dele furta o guarda-chuva”

Charle, Baron Bowen (1835-1894)

----

Já se passou uma semana!

Uma semana desde o que ocorreu e nenhum de meus amigos veio falar comigo.

Iris está brava por eu tê-la culpado, Amanda ainda estava brava por causa da merda do comunicador (Ela é rancorosa até mandar parar), Matt está com medo de vim falar comigo por causa da Amanda. Anastácia é a única que vem conversar comigo, ah, e Viola também.

Hoje era o dia do segundo festival do mês, Díkaii aigaíou, mais conhecida  pelos turistas como feira do egeu, nesse festival os comerciantes montam barracas em uma área de ilha que o moradores chamam de Aláti ston ánemo* (Sal ao vento), é basicamente um espaçoso e rustico deck de pedra em forma hexagonal, tem esse nome pelo fato de que o deck fica bem próximo do mar e é possível sentir o cheiro forte e salgado do mesmo, uma cerca de gesso que tem junto dela uma canteiro de flores que cerca quase todo o hexágono separando o deck do mar, eu me lembro muito daquela cerca com os canteiros de flores, foi há três anos atrás que eu e meus amigos ajudamos a plantar, o canteiro devia estar bem florido a esta altura.

Eu estava na loja arrumando as coisas para montar a barraca, é um costume neste festival, o prefeito premiar a barraca mais linda, no ano passado o clube Dionísio ganhou e no retrasado a barraca dos Angelis foi a vencedora.

Eu e Iris já vencemos uma vez e agora queríamos vencer de novo, bem... não sei se ela vai vir me ajudar a fazer a barraca.

Eram 14:00 hora da tarde, o festival seria as 17:00 horas e nem sinal da Iris.

Nesse momento Ana entrou na loja junto de Viola.

-Então? -Eu perguntei a Ana- Ela continua brava comigo?

-Para ser sincera... -Disse Ana olhando para cima por alguns minutos e logo depois voltou a olhar para mim- Não, ela não está, mas ela não quer falar com você para você pensar que ela está.

-Mas o que o Alex fez? -Viola perguntou- E o Louis? Há uma semana atrás ele estava tão feliz e animado e agora ele parece tão triste e abatido.

Essa doeu no fundo, adoro a delicadeza de Viola, ela te enfia uma espada no peito para logo depois dizer desculpa e dizer que estava mirando no pescoço.

-Alex deu um tapa em Louis -Ana respondeu.

-Ma che cosa orribile!* -Viola exclamou- Depois dessa io non voglio parlare con te!*

Nisso ela se voltou e foi em direção a porta.

-Viola volta aqui agora! -Eu exclamei.

-Va bene* -Ela disse e voltou.

-Eu até te ajudaria Alex, mas eu tenho que preparar a barraca dos vitrais -Disse Viola.

-E que tal juntarmos a barraca? -Eu recomendei- Você sempre faz sua barraca sozinha devido as condições de seus avós, nós podemos nos ajudar.

-Voglio anche aiutare -Disse Viola.

-O que? -Eu e Ana perguntamos em coro, por mais que conhecêssemos Viola há tempos, ainda não sabíamos totalmente a língua dela assim como ela também não sabia a nosso direito e por isso colocava algumas palavras em italiano.

-Quero dizer, vou ajudar -Disse ela com um certo esforço tentando se lembrar das palavras.

Eu e Ana assentimos e a mesma deu pulinhos.

:

As duas me ajudaram a colocar os produtos florais em caixas de papelão e os arranjos e vasos com flores cortadas para que delas eu possa fazer buques na hora.

Estava tudo quase pronto quando...

Ouvimos o som do sino que toca quando alguém entra, eu fui até a parte da frente da loja e lá estava Iris meio envergonhada.

-Veio falar comigo? -Eu perguntei.

-Mais ou menos -Disse ela- O wi-fi da pousada caiu aqui era o único estabelecimento próximos que tinha wi-fi então eu vim aqui, afinal, não posso deixar um homofóbico esperando pelas minhas patadas nele.

Eu soltei uma risada, até mesmo online, Iris arranja briga com algém, ela pode ser enfurecida, mas não vai deixar de ser minha amiga.

-Fico feliz que não esteja mais brava -Eu disse.

-A Ana te contou não foi?

-Contei sim -Disse Ana brotando atrás de mim.

-Vai ficar um mês sem dormir comigo -Iris disse fazendo bico- Está de castigo.

-Eu vou ficar -Disse Ana- Já você, eu não sei.

Iris revirou os olhos.

-Vamos logo arrumar as coisas para a barraca -Eu disse- O que passou, passou.

-Vou me lembrar de dizer isso caso um dia eu te de um soco Alex -Disse Iris me empurrando.

:

A barraca realmente ficou espetacular, Ana tinha feito algumas lanterna de vitrais coloridos, realmente ficou um toque... não sei ao certo dizer, hippie?

Ana tem muito talento nesta arte, uma das lanternas dela formava um céu noturno com estrelas amareladas e uma lua branca.

Ela tinha caprichado nos detalhes.

Eu olhei em volta e sim haviam várias barracas bonitas, a dos Chevalier estava com quadros magníficos inspirados na nossa ilha, não há sinal do Louis, apenas dos pais dele.

Eu realmente me sentia um pouco mal por causa disso.

Eu precisava me concentrar no festival, alguns turistas estavam chegando e ficando maravilhados pela variedade de barracas.

Eu realmente estava contente por estar vendendo muito, a nossa chamava a atenção, não só por ter produtos florais, como também chamava a atenção por causa das lanternas e outros objetos feitos com vitrais.

Minha avó ficaria muito feliz e por falar nela, ela devia estar saindo da casa dela e vindo para cá nos ver.

Nesse exato momento a mãe de Louis apareceu segurando um pacote retangular e achatado.

-Louis fez isso para você Alex -Disse ela, pelo seu tom de voz ela não parecia brava ou talvez não soubesse que eu dei um tapa no filho dela- E também escreveu uma carta.

Ela me entregou um pedaço de papel perfumado.

-Obrigado -Eu disse- Eu... já vou abrir o presente e ler a carta.

Ela apenas sorriu e voltou para a própria barraca.

Sem perder tempo fui para trás da barraca e deixei as garotas cuidando dela, não iam sentir minha falta por agora.

Assim que eu terminei de abrir o pacote eu me espantei, não por ser uma pintura, mas sim por ser uma pintura muito parecida com os meus pais, eu olhei por alguns minutos e era sim, eles eram iguaizinhos, eu me lembro, a única coisa que mudou neles foi a roupa, parece que Louis fez questão de colocar roupas medievais em ambos, mas aquilo não importava.

Eu chamei Iris e pedi para ela dar uma olhada.

:

-Impossível! -Iris exclamou olhando a para a pintura- Como ele saberia como eram seus pais, a menos que alguém tivesse dado uma foto para ele, mas quem?

-Eu -Disse minha avó, ela devia estar lá faz um tempo desde que Iris começou a olhar comigo o quadro.

-E por que...

-Ele pediria uma foto? -Minha avó me interrompeu- Para fazer este quadro para ti, ele me contou o quanto ele está gostando de você, e como você gentilmente o “rejeitou”, eu expliquei para ele a sua situação.

-E ele? -Eu perguntei.

-Leia na carta -Minha avó respondeu e se voltou para Iris- Acho melhor deixar Alex sozinho para ler a carta, vamos atender os clientes e manter a barraca estocada Iris.

Por mais que Iris fosse intrometida, ela sabia a hora que uma pessoa precisava de espaço.

Eu abri a carta e comecei a ler.

Alex, eu pensei em várias formas de escrever essa carta, eu fui conversar com sua avó, apenas para saber como surgiu todo esse medo, sei que já me disse várias vezes, mas sua avó me explicou de uma maneira que eu nunca esperei que você explicasse, meus pais estão vivos e eu não sei como é perder duas pessoas que são muito importantes para você, claro, perdi meu namorado, mas o que é um amor comparado a família?

Claro que meu namorado para mim era minha família.

Enfim, talvez no fundo não sejamos diferentes, ambos sentimos saudades de alguém, claro que estou com raiva de você, mas não posso te culpar, bem... não totalmente.

Por isso eu fiz este quadro, trabalhei a semana inteira nele, eu realmente quero que você tenha uma recordação de seus pais, mais do que uma foto ou uma caixa de música, algo que você possa olhar e pensar neles e em mim.

Eu... gosto de você, mas acho melhor não nos falarmos mais, não sei se nossa amizade será a mesma depois do que aconteceu, por isso eu espero que entenda o motivo de eu não querer falar com você

Sinceramente, Louis Chevalier”

Aquela carta doeu em meu coração, mais do que eu imaginaria.

Fui egoísta, mas não por que eu quis.

Embora... tudo que eu quis foi proteger meus sentimentos, mas acabei me prejudicando e prejudicando outras pessoas, especialmente Louis.

Eu gosto dele, realmente gosto e acho que não devo tentar fugir, não mais.

-Iris! -Eu a chamei.

-Que foi? -Ela perguntou- O que a carta dizia?

-Não importa -Eu respondi- Preciso ir falar com Louis, pode cuidar do quadro? Eu não vou poder leva-lo agora.

Iris assentiu.

-Ah! -Eu disse- E se puder diga quem ganhou, e se formos nós, guarde o troféu.

Ela assentiu novamente e eu saí do local da feira.

:

Eu fui até a casa de Louis e bati na porta.

-Quem é? -Louis perguntou.

-Eu -Respondo meio sem jeito.

-Sinto muito, mas não tem ninguém aqui que queria conversar com você.

-Vamos Louis -Eu disse de modo manhoso- Eu não quero que isso fique assim entre a gente, por favor, abra a porta para a gente conversar.

Eu pude ouvir Louis bufar do outro lado da porta, eu ouvi o som da fechadura.

Assim que Louis abriu a porta eu fui para cima dele, o abracei e logo depois o beijei com amor.

Ele até pensou em resistir no começo, mas se entregou ao abraço e o beijo.

Esse beijo se seguiu por alguns minutos até nos separarmos por causa de ar.

-Depois desse beijo -Eu disse- Você ainda está bravo?

-Oh não -Disse ele- Estou furioso.

Nisso ele me beijou mais uma vez, mas se separou segundos depois.

-Eu não quero ficar brigado com você -Eu disse com sinceridade- Não quero que isso fique assim.

-Sim -Ele concordou balançando a cabeça- Mas, acho que nossa amizade não será mais a mesma...

-Tem razão -Eu disse- Não será porque não seremos mais amigos... e sim namorados.

-Como?! -Ele perguntou incrédulo.

-Sim, você ouviu -Eu disse abrindo um sorriso- Cansei de fugir do amor, não adiantou nada, ou melhor, agora é tarde, já estou apaixonado por você e sei que ambos vamos sofrer muito se eu for egoísta e rejeitar esse sentimento.

-Você... realmente foi injusto comigo -Disse Louis- Eu... quero ficar com você, eu confesso que nunca pensei que ia gostar de você desse jeito, mas... depois daquele encontro no parque e depois de pensar, eu pude ver o quão bom você é, eu ainda tenho um pouco de raiva por causa daquele jantar, mas... eu posso me esquecer com o tempo, agora eu me pergunto, por que... pensando bem é melhor eu não perguntar e apenas aceitar que você me ama.

-O que acha de irmos para o festival? -Eu perguntei.

Louis assentiu e pegou as chaves da casa dele e juntos saímos de mãos dadas até o local do festival.

:

Assim que cheguei com Louis, Iris nos abraçou dizendo que vencemos, eu pouco me importei, era apenas um troféu, um objeto.

O meu verdadeiro prêmio estava ao meu lado.

Me pergunto por quanto tempo isso pode durar?

Dias, meses, anos...

Nunca se sabe, o tempo é de certa forma injusto com todos os corações apaixonados, posso dizer isso devido ao meus pais, mas... eles já não me entristecem mais... muito menos me amedrontam, apenas me faz pensar que meu pai amou minha mãe até o fim e minha mãe o mesmo.

E eu devo seguir esse exemplo.

Vou amar Louis até fim e eu espero que ele faça o mesmo.

Eu te amo Louis Chevalier.


Notas Finais


O que acharam?
Podem comemorar, esse é m,eu presente de natal para vocês meus leitores que eu amo muito.
Feliz natal para você!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...