História Between you and me - Prato que se come frio

Como quem não queria nada, me aproximei de Stefan e comecei a falar com ele, nossos rostos estavam com uma curta distância. Damon queria provocar? Então vamos provocar. Ele ditou as regras do jogo, só estou seguindo as instruções.

Elena: Aqui está um tédio. Já que estamos sem nada pra fazer, o que acha de jogar vôlei de praia?

Stefan: É uma boa ideia, mas um minuto e eu iria dormir. Vou lá buscar a bola!

Elena: Tudo bem, te espero aqui.

Fiquei parada, só esperando Stefan. Enquanto isso, tirei minha saída de praia e fiquei apenas com meu biquíni. Peguei meu protetor, passando vagarosamente e em seguida andei até onde estava minha toalha de praia. Me abaixei lentamente, empinando bem a bunda, o colocando lá em cima da toalha. Virei meu olhar para onde Damon estava, ele não conseguia sequer desviar o olhar, seus olhos me encaravam, percorrendo todo o meu corpo. Era tão clara sua expressão de desejo e ao mesmo tempo identifiquei raiva no jeito que me olhava. Depois de algum tempo Stefan estava de volta, e com a bola em mãos. Fomos em direção a rede que estava no meio da praia e nos posicionamos em nossos lugares.

Stefan: Vou te dar uma vantagem. Pode começar!

Ele me olhou desafiante, parecia dizer somente com os olhos que ele ia ganhar.

Elena: Não seja tão convencido, te garanto que eu jogo muito bem. Não se engane com esse rostinho!

Falei sem controlar o sorriso que surgiu no meu rosto. Não suportava que me desafiassem. Sempre tratava logo de mostrar que estavam errados.

Stefan: Então tudo bem. Não posso esperar pra ver!

Antes que começássemos o jogo olhei novamente, com rapidez, para a direção que Damon e a Multiopções estavam. Lauren parecia fazer de tudo para atrair sua atenção, já ele olhava pra mim com uma expressão nada amigável. Retribuí com um sorriso irônico e voltei minha atenção para Stefan e para o jogo. Nós nos posicionamos nos nossos lugares, ele de um lado da rede e eu no lado oposto. A bola ia de um lado para o outro e com pouco tempo marquei alguns pontos. Stefan também não ficava atrás, tinha uma habilidade para o jogo. Um tempo depois quando a partida terminou eu marquei 13 pontos e Stefan 9.

Elena: O que você dizia mesmo?! Que ia me dar uma vantagem...

Ele me olhou sorrindo.

Stefan: Admito que você é boa no vôlei.

Elena: Nada a dizer?

Stefan: Eu estava enganado Elena. Satisfeita? Você joga muito bem!

Elena: Assim fica melhor!

Antes que continuássemos conversando, alguém chamou nossa atenção.

Damon: Vejo que estão se divertindo muito. Eu e Lauren viemos aqui para a próxima partida!

Lauren: É, sim...

Lá estava a expressão enojada de Lauren, parecia que tinha sido obrigada a participar.

Stefan: Tudo bem! Você e Lauren, contra mim e Elena.

Dito isso ele piscou pra mim. Não tinha chance contra nós dois no mesmo time.

Lauren: Claro! Isso vai ser ótimo!

Quando ouviu que ia ficar no time de Damon, Lauren se animou por demais. Idiota.

A partida começou. O jogo em poucos minutos já estava a nosso favor. Tenho que admitir que Damon jogava como ninguém, mas com Lauren do lado... ela é uma pedra no caminho. Sempre que lançávamos a bola pra ela, deixava cair no chão. Dizendo que tinha medo de quebrar a unha. Sério isso? Eu estava pasma com tanta bobagem vinda de uma só pessoa. Quando eu menos esperava a idiota de Lauren jogou a bola no meu rosto. Não deu tempo de nada, o impacto me fez cair pra trás. Quando olhei pra frente, vi um par de lindos olhos azuis. Damon estava perto de mim e esboçava preocupação.

Damon: Elena, você está bem?

Elena: Ah, sim. Foi só uma pancada de leve.

Stefan também se aproximou. Minha cabeça começou a rodar e uma tontura leve me invadiu. Meu corpo pendeu pra frente.

Damon: Logo ali têm um quite de primeiros socorros. Vêm comigo, vou te ajudar.

Elena: Não precisa de tudo isso por uma simples pancada.

Damon: Se você se sente tonta não é uma simples pancada. Não discute comigo!

Ele não deu tempo que eu falasse mais nada e saiu me carregando. Mas antes disse para Stefan ficar ali e disse que voltávamos logo. Chegamos em uma salinha pequena e ele foi até a mesa pegar a caixinha de primeiros socorros.

Elena: Olha, você não precisava fazer isso! Já disse que estou legal.

Minha voz saiu amarga. Não conseguia parar de pensar que ele estava todo amigável com Lauren a pouco.

Damon: Você pode deixar de ser teimosa por um minuto?

Elena: E você pode parar de ser tão fingido?

Damon: Agora eu sou o fingido? Quem estava cheia de sorrisinhos pra cima do meu querido irmão era você. Sem falar que estava se exibindo por aí, pra qualquer um ver!

Eu estava pronta para rebater, mas antes que pudesse proferir qualquer coisa, vi que Lauren entrava pela porta.

Lauren: Ai Elena, como você está? Eu sinto muito não queria ter feito aquilo. Mas você também não deveria ficar tão distraída e...

Elena: Escuta aqui ô rainha das vadias, distraída uma pinoia. Agora deixa eu te mostrar o que vai doer.

Eu já me preparava pra me levantar e partir a cara dela. Não consegui essa proeza, já que Damon me segurou e me impediu.

Damon: Já chega vocês duas. Lauren eu te mandei ficar lá, enquanto eu cuidava do que você fez com Elena. Mas se preferir podemos tratar isso com o diretor. Não sei se ele será tão compreensivo!

Ela saiu com a cabeça baixa e Damon se aproximou novamente de mim com o quite nas mãos.

Elena: Não preciso que me defenda!

Olhei no fundo dos seus olhos e disparei.

Elena: Quer saber? Vocês se merecem.

E saí pela porta. Com tudo isso, até me esqueci da tontura. Stefan já vinha em minha direção.

Stefan: Elena, como está se sentindo?

Elena: Bem, bem. Não foi nada demais.

Stefan: Se você quiser podemos ir andar de barco. Para você esvaziar sua mente e relaxar um pouco.

Elena: É uma boa ideia!

Andamos para o barco, onde já haviam várias pessoas. Só quando o barco começou a fazer a volta percebi que Lauren também estava dentro. Ela só pode estar me perseguindo. Ela olhou em minha direção e me lançou um olhar irônico. Se é assim que ela quer, assim que vai ser!

Stefan e eu nos aproximamos da borda do barco, bem perto de onde ela estava. As ondas do mar estavam calmas e nós não tínhamos saído pra muito longe da praia. Sem pensar duas vezes empurrei ela em direção ao mar, que caiu de pernas pro ar. Ela se debatia, nadava e pedia ajuda. Por incrível que pareça, estava gritando que seu cabelo ia ficar ressecado, mesmo com a boca cheia de água. O marinheiro lançou uma corda para ela, que subiu rápido.

Marinheiro: Tudo bem senhorita?

E ela soltou os cachorros pra cima do pobre moço.

Lauren: Você acha que estou com cara de quem está bem? Olha o meu cabelo!

Ela levantou algumas mechas no ar, com a expressão zangada. Isso me lembrava um cachorro com raiva.

Lauren: Está louca garota? Não tem juízo?

Surtava Lauren, enquanto rangia os dentes.

Elena: Vamos admitir você estava precisando de um banho. Isso é pra você aprender a não me provocar, e a não chegar perto do que é meu.

Me olhou confusa, sem entender o que eu falava. Melhor assim, não seria bom que ela desconfiasse de nada. Dito isso saí de novo para onde eu estava.

Stefan: Elena, você é maluca!

Elena: Vou levar como um elogio.

Stefan: E é! Finalmente alguém pra colocá-la em seu lugar.

Ele não conseguia controlar os risos.

(...)

Quando a volta de barco terminou, voltamos para a areia. Mal pude pensar em qualquer coisa, Caroline se pôs na minha frente.

Caroline: Precisamos conversar!

Eu a olhei seriamente.

Elena: Eu sei, é melhor falarmos no quarto. Assim ninguém poderá nos interromper.

Fomos até lá e sentamos na cama.

Elena: O que você quer que conversemos?

Caroline: Elena, faz um tempo que eu notei que você está estranha. Principalmente quando o assunto é Matt. Têm algo que queira me dizer?!

Elena: Eu não sei bem como vou te contar isso... Eu e Matt também nos conhecemos desde pequenos, então é difícil acreditar...

Caroline: Acreditar? Acreditar no quê?

Elena: Caroline! Matt não é totalmente sincero com você.

Caroline: Elena, o que você está falando? Pode ser direta?!

Elena: Que Matt está te traindo.

Ela me encarava com os olhos arregalados.

Elena: Eu sei que é difícil de acreditar, mas eu não podia...

Caroline: Realmente difícil de acreditar...

Elena: Eu... sinto muito... mesmo!

Caroline: Difícil acreditar que minha melhor amiga está inventando mentiras pra estragar minha relação com o meu namorado!

Elena: Mas, o quê?

Eu a olhava incrédula.

‘’ Confiança é o único compromisso de uma amizade’’.

- (Publilius Syrus)