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História Between you and me - Confidencie seus segredos


Escrita por: Nencye

Capítulo 22 - Confidencie seus segredos


Fanfic / Fanfiction Between you and me - Confidencie seus segredos

Eu estava sentada na minha cama, pensando em como as coisas andavam confusas ultimamente. Afinal, o que eu sentia por Damon? Ele era uma incógnita para mim. Tudo que estava se passando... eu não sabia o que ele pensava. Só sabia aquilo que todos já conheciam. Então como podia ser amor? Eu precisava entendê-lo melhor, saber do que ele gosta e do que não gosta. Preciso disso, para enfim esclarecer meus sentimentos, ou então não sei como iria continuar com isso. Saí dos meus confusos pensamentos com a entrada de Bonnie no quarto, ela vinha com uma expressão indecifrável no rosto.

Elena: O que é isso aí?

Falei, apontando para o papel que estava em suas mãos.

Bonnie: Você lembra daquela inscrição que a gente fez ano passado?

Fiz uma cara incerta, não lembrava de nada agora. Bonnie, percebendo minha confusão, completou o que ia dizer.

Bonnie: Nós nos matriculamos para o desfile de modelos que vai acontecer agora. Eu fui saber na direção se tinha como voltar atrás, mas não. O diretor disse que uma vez feita a inscrição não há o que fazer.

Revirou os olhos. Agora eu compreendia o que ela dizia. Nós colocamos nossos nomes no ano passado, junto com Caroline. Na verdade, nem queríamos ir, mas Caroline nos convenceu, como sempre. Ela estava tão empolgada que não podemos negar. E aqui estamos agora.

Elena: Não é tão ruim! Nós podemos apenas desfilar, vai ser rápido. Já que não há o que fazer, tentaremos aproveitar o momento...

Bonnie: Nós fizemos isso por Caroline e agora ela nem sequer nos olha no rosto! Qual o sentido disso?

A olhei nos olhos, entendendo o que ela estava sentindo agora.

Elena: Então, podemos considerar isso um ato de amizade. Por tudo que nós três passamos juntas e que mesmo que estejamos brigadas, as coisas vão ser como antes. Tenho certeza, que no fundo ela vai querer que estejamos lá!

Bonnie: Se é assim, vale o esforço! Mas se Caroline continuar assim, não sei se nossa amizade poderá voltar a ser como antes. Tudo tem um limite Elena!

Não pude retrucar, sabia que ela estava certa. No fundo eu sabia. Mas era difícil aceitar que tudo poderia nunca voltar a ser como era. Mas isso não vai ficar assim! Eu iria dar um jeito nisso.

Elena: Você sabe que dia vai ser o desfile?

Bonnie: Não, mas tenho certeza de que quando estiver perto vamos ficar sabendo! Todo mundo só vai falar disso!

Elena: Não deixa de ser verdade! Eu queria continuar falando com você, mas tenho que descer para a biblioteca, o professor passou um trabalho e não posso adiar mais para fazer!

Bonnie: Vai lá, nos falamos mais tarde!

Fui em direção a biblioteca e entrei. Comecei a vasculhar entre as prateleiras, entre os mais diversos livros. Achei o que eu procurava: um livro sobre a história do passado e mais alguns detalhes. Estava tão entretida que nem percebi quando alguma pessoa se aproximou de mim. Stefan, ele estava muito próximo do meu corpo. Tanto, que eu me desequilibrei devido ao susto. Troquei os pés e fui em um impacto para frente. Senti os braços de Stefan me acolhendo, impedindo que eu caísse no chão. Seus olhos instantaneamente encontraram os meus. Meu rosto ruborizou.

Elena: Quantas vezes eu ainda vou cair? Sou um desastre ambulante!

Stefan: Eu tenho que me desculpar. Eu cheguei de repente e você se assustou. Incrível, que isso sempre acontece e eu sempre te seguro!

Elena: É uma grande coincidência mesmo! Obrigada por isso!

Eu ainda estava nos seus braços, então fiquei de pé, com o rosto ainda rubro. Só queria me enfiar em um buraco e sumir daqui. Tamanha a vergonha que estou sentindo.

Stefan: Não precisa ficar vermelha Elena!

Ele deu alguns passos, até ficar próximo a mim e levou sua mão até minha bochecha, apertando de leve.

Stefan: Nós somos amigos! Isso é normal!

Ele sorriu, deixando uma fileira de dentes brancos a mostra.

Elena: Você pode parar? Está me deixando roxa de vergonha!

Nós rimos da situação em que eu estava. Stefan olhou para o livro que eu estava segurando em minhas mãos trêmulas.

Stefan: Hum... século XX. Você vai fazer algum tipo de pesquisa?

Elena: Sim, para história! Um trabalho rápido. Vou ter que fazer pra entregar amanhã, mas confesso que não sei por onde começar.

Stefan: Então você está com sorte! Eu entendo um pouco sobre isso, se quiser posso te ajudar.

Elena: Se não for te atrapalhar...

Stefan: Não comece com isso! Então está acertado, vou te ajudar! Vamos?

Elena: Sim.

Nós dois sentamos em um sofá pequeno que tinha na biblioteca e começamos a fazer algumas pesquisas. Stefan, sabia muito sobre esse tema.

Stefan: Então, apesar dos esforços dos funcionários, a produção do aço continuava baixa, o que fazia com que os fornecedores buscassem um método para aumentar os lucros e...

Eu o olhava concentrada.

Stefan: Eu estou falando demais, não é? Se não estiver acompanhando pode me dizer!

Stefan me olhou envergonhado.

Elena: Ah, não! Estou entendendo! Você fala disso com tanto interesse que é meio impossível não entrar no clima do que é falado.

Seus olhos mudaram um pouco, eu notei uma certa energia neles.

Stefan: Você é a primeira pessoa que me diz isso! Normalmente me falam que eu devia deixar de ser tão focado!

Elena: Não entendo porque, isso é uma coisa boa!

Nós continuamos estudando e Stefan inclinou seu corpo na direção em que eu estava, para pegar um livro próximo. Seu corpo estava tão perto de mim, que eu conseguia sentir seu perfume, invadindo minhas narinas. Ele ainda não estava alcançando, então se esticou um pouco mais, fazendo com que seu tronco encostasse na minha barriga. Eu precisava sair dali, agora.

Elena: Stefan, muito obrigada pela sua ajuda! Mas eu consigo acabar sozinha. Daqui a pouco as aulas começam e eu tenho que ir.

Stefan: Não foi nada Elena. Quando você precisar!

Seus olhos encontraram os meus uma última vez, antes que eu saísse dali com a respiração entrecortada. O que acabou de acontecer ali? Voltei para o quarto e quando Bonnie me viu, saiu, me puxando junto.

Bonnie: Nós já estamos atrasadas para a aula! É melhor irmos logo ou vamos levar falta. O professor Salvatore não suporta atrasos.

Fomos para a sala. Dessa vez, eu sentei em uma cadeira lá no fundo. Não queria olhar para Damon agora. Eu não sabia como agir, então vou fazer o que sei fazer de melhor, me esconder dos problemas. Ele entrou e seus olhos percorreram a sala. Quando seus olhos azuis encontraram os meus, baixei a cabeça, cortando o olhar imediatamente. Ele colocou suas coisas em cima da mesa e começou a explicar algo sobre estruturas algébricas. Eu prestei atenção a tudo, mas sem olhar uma só vez em seus olhos. Quando ele terminou, já tinham várias coisas pra anotar no quadro. Eu peguei a caneta e comecei a escrever rápido. Essa era uma das minhas manias: quando estava chateada, concentrava meu pensamento em outra coisa, sem me importar com o mundo ao redor. Estava tão envolvida em copiar tudo, que nem percebi quando tocou. Não tinha mais ninguém na sala. Só eu e... Damon. Peguei meu livro na mão e dei passos para sair da sala, mas ele me impediu, falando.

Damon: Elena?! Tem alguma coisa errada com você?

Ainda de costas, respondi:

Elena: Comigo? Nada! Tudo na mais perfeita ordem... estou bem.

Damon: Ah, é? Então por que não olha pra mim quando fala?

Elena: Eu... só preciso ir.

Damon levantou e fechou a porta na chave. Se virou para onde eu estava e colocou os dois braços na parede, me prendendo no meio. Não tinha pra onde ir agora.

Damon: Eu fiz alguma coisa? Porque você não olhou pra mim uma só vez desde que eu cheguei aqui!

Pela primeira vez no dia, o encarei e todas as minhas defesas foram por água abaixo. Agora eu só era eu mesma. Sem mais máscaras ou disfarces.

Elena: Damon, o problema não é com você. É comigo!

Damon: Nem vem com esse papo clichê! Se eu fiz qualquer coisa, é melhor você me falar logo, ou então eu não vou poder...

Coloquei meu dedo indicador em seus lábios, o impedindo de falar, ele me olhou, inconformado e em silêncio. Mas Damon sabia ser persistente quando algo o interessava.

Damon: Não adianta tentar me distrair. Você não vai sair daqui, enquanto não me disser o que está acontecendo!

Elena: Eu... acho que precisamos nos conhecer melhor! Porque nós já ficamos tantas vezes e eu não sei quase nada sobre você!

Damon me olhou sério, eu não conseguia distinguir o que se passava no seu olhar.

Damon: Elena, você sabe que eu não gosto de falar sobre mim! É só que... eu não acho que nós precisamos falar disso pra continuar como estamos!

Elena: Eu penso totalmente o contrário! Não podemos continuar assim, se você não se abrir comigo e me contar um pouco sobre você. Damon, eu não estou pedindo muito. Só quero que confie em mim!

Ele suspirou e passou a mão pelo cabelo, várias vezes.

Eu estava gostando dele. Não sei ao certo o que estava sentindo, mas sabia que era algo mais. E não poderia continuar gostando de um fantasma. Porque é assim que ele é. Não me conta nada e só aparece quando é pra ficar comigo, mas não confia em mim.

Damon: Não é fácil, droga! Não é simples como você pensa! Eu não posso simplesmente sair te contando tudo isso assim. Elena, eu gosto de você, mas você tem que entender que...

O pouco de paciência que me restava se acabou depois de escutar aquilo.

Elena: A única coisa que eu entendo é que você não confia em mim! E sem confiança, não vamos chegar a lugar algum. Acho melhor colocar um ponto final nisso, antes que alguém saia machucado!

A quem eu estava tentando enganar? Eu já estava machucada, não tinha mais o que fazer. Damon entrou na minha vida e me deixou fora dos eixos e eu não conseguia mais lidar com isso. Não sem ele pra me ajudar. Mas pelo visto, estou sozinha nessa.

Seus olhos procuraram os meus com desespero.

Damon: Não é como você pensa! E eu não vejo como acabar com tudo possa ser uma solução!

Eu me virei de costas, prestes a sair dali, mas Damon me puxou pela cintura e juntou nossos lábios, com avidez. Eu me debati em seus braços, mas ele me apertou contra si com força, seu hálito de hortelã, invadindo minha boca. Sua língua trilhou um caminho pelos meus lábios e eu o mordi, não iria fazer aquilo. Ele separou nossas bocas e falou rouco.

Damon: Só está tornando tudo mais difícil. Sei que você também quer isso!

Juntou novamente nossos lábios, me imprensando na parede. Eu o empurrei, mas Damon não moveu um músculo. Ele desceu suas mãos até minha bunda e apertou ali. Gemi entre o beijo e ele sorriu. Esse idiota. Levei minhas mãos até o seu cabelo e o puxei com força, ele deixou seus lábios entreabertos e eu introduzi minha língua, movimentando em toda a sua boca. Coloquei minha perna entre as suas e friccionei nossos corpos, sentindo sua ereção. Depois, levei meus lábios até seu pescoço, o seu ponto fraco. Damon gemeu, afrouxando seu aperto sobre mim. Foi aí que eu me soltei dele, sem vontade. Queria continuar em seus braços, mas não podia ser tão estúpida assim.

Elena: Nunca mais faça isso! Você só está piorando tudo.

Damon: Eu não vou te deixar sair assim Elena! Me deixa te explicar...

Elena: Não quero ouvir mais nada que saia da sua boca. Vamos esquecer que um dia qualquer coisa aconteceu entre nós! Se você não acredita em mim, pra me contar sobre você, não posso continuar com isso!

Ele pareceu pensar por um momento e seu rosto era claro, Damon estava travando uma batalha contra si mesmo. Mas encontrei firmeza em seus olhos, como se tivesse tomado uma decisão.

Damon: Você está certa. Eu não posso ser quem você quer que eu seja, Elena... me desculpe! Mas vai ser melhor assim.

Um bolo se formou na minha garganta. Eu saí da sala e Damon não veio atrás de mim. Ele me deixou ir. Foi como se não fizesse diferença, como se eu não fosse boa o bastante para saber sobre ele. E eu me sentia vazia agora. Corri para longe dali, fui para o lugar mais distante que eu conhecia, o jardim. E lá caí em prantos, fiquei tanto tempo chorando que meus olhos ficaram inchados. Ouvi passos chegando perto.

Caroline: Elena?! O que está fazendo aqui?

Elena: Caroline, agora não! Eu realmente não estou com vontade de brigar agora!

Caroline: Eu só... te vi aqui, chorando! Não podia te deixar sozinha. Se quiser, pode me contar o que aconteceu.

Elena: Eu não sei o que está acontecendo comigo! Estou tão confusa e chateada! Eu só queria que ficasse tudo bem, que ele confiasse em mim...

Caroline: Ele?! De quem você está falando?

Eu fiquei calada, sem falar nada. Enquanto isso, mais lágrimas caiam do meu rosto, sem parar. Caroline se aproximou apreensiva e me abraçou, enquanto sussurrava pra mim.

Caroline: Vai ficar tudo bem! Eu estou aqui...mas ainda estamos brigadas!

Elena: Eu sei!

Falei enquanto retribuía seu abraço.

‘’Deus criou a amizade porque ele sabia que, quando o amor machucasse, ela seria a cura’’.

 

 

 

 

 



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