História Between you and me - Em pé de guerra

Eu ainda não conseguia acreditar, minhas mãos suavam e eu estava nervosa. Mas podia ser só uma simples coincidência. Acorde Elena, não existem muitos sobrenomes como Salvatore por aí. Lembrei de quando Stefan falou de um irmão, com quem tinha algumas desavenças. O destino quer brincar comigo? Fui tirada dos meus devaneios por Stefan.

Stefan: Elena, vamos entrar?

Elena: Ah! Sim.

Quando entramos na casa, eu fiquei surpresa. Era muito grande, além de ser sofisticada. A sala é muito bonita: Ampla, com móveis antigos, bem iluminada e com as clássicas obras de arte.

Elena: Uau. Estou impressionada Stefan. Sua casa é maravilhosa.

Stefan: Obrigado Elena. Meu irmão que decidiu tudo. Ele não me deixou dar palpites, mas no final eu gostei do estilo da decoração. Mas nunca vou admitir isso pra ele.

Eu ri. Lembro de quando eu brigava com meu irmão Jeremy e nenhum de nós dois dava o braço a torcer. E no fim nossa mãe sempre nos obrigava a fazer as pazes. Com essas lembranças fico nostálgica.

Stefan: Elena, tudo bem? De repente você ficou...

Não deixei que ele terminasse de falar e o cortei.

Elena: Está tudo bem. Onde vamos fazer o trabalho?

Stefan: No meu quarto, se não se importa.

Elena: Sem problemas.

Nós subimos as escadas e chegamos ao quarto de Stefan. Olhei ao redor, era bem arrumado. Stefan começou a pesquisar no seu notebook, enquanto eu ia anotando algumas informações. Estava com sede e perguntei a Stefan onde ficava a cozinha e ele me indicou o caminho. Desci as escadas e cheguei a cozinha. Procurei com os olhos onde estavam os copos e quando achei, peguei para beber água. É quando escuto uma voz atrás de mim.

Damon: Elena, mas o que diabos faz aqui?

Me virei para trás atordoada. O que eu mais temia aconteceu. Encontrar Damon aqui.

Elena: Eu vim fazer um trabalho da escola com Stefan.

Damon me lançou um sorriso irônico.

Damon: E aposto que você quis fazer o trabalho com Stefan para ficar mais perto de mim.

Elena: Mas quem você pensa que é? Não seja tão convencido professor Salvatore.

Seu nome era pronunciado com raiva entre meus lábios.

Damon: Quem eu penso que sou... O homem que te deixa louca com poucas palavras. O homem que você disse estar apaixonada Elena.

Essas malditas palavras me afetaram. Eu não podia negar, mas negaria mesmo assim.

Elena: Se quer pensar assim o problema é seu. Mas saiba que está enganado... E saiba que eu não ia me aproximar de Stefan só pra ficar perto de você. Você é um idiota que não merece o irmão que tem.

Eu sei que estava na casa dele e se quisesse podia me expulsar. Mas eu não podia ouvir Damon falar essas coisas e ficar calada. Eu não sou assim, e não vai ser agora que vou ser.

Stefan: Elena, você achou a cozinha...

Stefan iria continuar falando, mas viu que o estúpido de seu irmão estava em casa e parou.

Stefan: Damon, o que faz aqui?

Com seu inseparável sorriso irônico Damon respondeu:

Damon: Essa é a minha casa irmão. Anormal seria se eu não estivesse aqui.

Stefan não falou nada, só encarava o irmão com um olhar mortal. Os dois estavam prestes a se atacarem.

Elena: Stefan, acho melhor terminarmos o que viemos fazer.

Eu estava falando do trabalho de Alaric, mas Damon entendeu tudo errado.

Damon: O que será que vocês vieram fazer?

Ele fingia pensar, com a mão no queixo.

Damon: Não me surpreendo com você Elena. Mas você irmão... achei que tinha um melhor gosto para mulheres.

Antes que eu pudesse sequer pensar em ficar irritada Stefan já estava socando Damon, que recuava. Tudo aquilo estava acontecendo por minha causa e eu como uma covarde fugi. Não pensei em mais nada a não ser em sair correndo daquela casa. Rapidamente saí dali e em frente a casa chamei um táxi que vinha passando. Antes de ir embora vi Stefan chamando meu nome e Damon escorado na porta com uma expressão impassível.

(...)

Logo que cheguei a universidade fui rapidamente para o quarto. Por sorte, não encontrei nenhuma das meninas ali. Não queria ter que falar nada agora. Me joguei na minha cama e chorei, chorei como a muito tempo não chorava. Eu só atraia confusão, desde o dia quem meus pais morreram não consegui voltar a ser a mesma. E tudo isso estava me sufocando. Ouvi a porta se abrindo e me sentei na cama... Stefan estava aqui. Ele sentou na cama e me abraçou.

Stefan: Me desculpe Elena. Nada do que Damon diz é verdade, ele é um idiota.

Elena: A culpa não é sua Stefan, na verdade você é um ótimo amigo.

Ficamos mais um momento ali, só um ao lado do outro. Stefan não me conhecia bem, e nem eu a ele, mas sentia uma ligação entre nós. Não entendo como as pessoas podem achá-lo estranho ou desconfiarem dele.

Stefan: Eu preciso ir. Qualquer coisa, pode me procurar.

Elena: Eu estou bem agora Stefan. Mas obrigada.

Ele saiu e logo depois as meninas entraram pela porta.

Caroline: Elena, nós vimos Stefan sair daqui.

Bonnie: Está tudo bem?

Elena: Sim, eu só estava me sentindo um pouco mal e ele veio me ajudar.

Elas me perguntaram se eu já estava melhor e se precisava de alguma coisa. Agradeci, mas disse que não. As duas são minhas melhores amigas, nós sempre cuidamos umas das outras. Passado o mal momento, nós começamos a falar de outras coisas.

Caroline: O Matt marcou de nos encontrarmos hoje. Ele disse que eu não podia faltar e que iria dizer algo importante. Será que Matt irá me pedir em namoro?

Bonnie: Caroline, como já sabemos o Matt é um idiota e pegador. Você merece alguém melhor.

Caroline: Bonnie se você não parar de falar essas coisas nós iremos brigar.

Elena: Meninas não briguem. Caroline saiba que sempre estaremos aqui, seja lá qual for sua decisão.

Caroline: Obrigada Elena.

Ela lançou um olhar mortal para Bonnie que devolveu no mesmo nível. E eu suspirei. Odiava vê-las brigando. O sinal tocou anunciando o começo das aulas. Fomos ver qual a primeira aula de hoje: Matemática. Por que matemática tem que estar presente em tudo? Fomos para a sala e sentei em uma das cadeiras do fundo. Quando Damon chegou o ar estava pesado. Eu não direcionei meu olhar para ele uma só vez, só copiava o que ele escrevia na lousa. Chegou o fim da aula e eu apressei o passo para sair de lá, mas ouvi uma voz me chamando.

Damon: Elena?

Elena: O que foi agora?

Eu falei ainda olhando pra baixo, mas ele levantou meu queixo e olhou dentro dos meus olhos.

Damon: Precisamos conversar!