História Between you and me - Novas chegadas ou novas Tretas?

Já estava quase no fim da tarde e Jeremy e eu havíamos começado a decorar todo o jardim. Eu tinha ido no quarto de Stefan, só que ele ainda não tinha chegado, mas acabei encontrando Kol de novo pelo caminho, que me perguntou o que íamos fazer e se ofereceu pra dar uma ajuda. Eu aceitei e aqui estávamos nós, terminando de ajeitar o resto. Penduramos diversos balões vermelhos, com o formato de coração por toda parte e espalhamos algumas flores, deixando tudo bem romântico. 

Kol: Então Jeremy é seu irmão? 

Elena: Sim, o único. Você também me disse que tinha dois irmãos, não foi? 

Kol: Dois? 

Me olhou como se eu tivesse contado a melhor piada do mundo. 

Kol: Na verdade, só dois vem pra cá, mas eu tenho cinco. Elijah, é o mais santinho de todos, sempre colocando ordem na família e faz tudo isso com um terno impecável. Tem também Finn, que é o queridinho da mamãe, sem exagero, ele seria capaz de jogar a todos nós em uma fogueira, se esse fosse o desejo dela. 

Elena: Uau, eles parecem uns figurões! 

Kol: Isso porque você não conheceu os outros. Freya morou um tempo com nossa tia, mas quando voltou, botou pra quebrar na família, como vocês dizem. E os piores de todos, Niklaus e Rebekah. 

Parou de falar, atiçando minha curiosidade. 

Elena: Por que os piores? 

Kol: Você vai descobrir em breve! 

Fez um semblante misterioso, sorrindo logo depois. 

Kol: Isso aqui tá ficando ótimo. Uma serenata ficaria ainda melhor! 

Elena: Ninguém mais faz serenata. Vai dizer que você já fez uma? 

Kol: Eu? Claro que não. Mas se achasse uma garota bonita o suficiente não pensaria duas vezes... Você já reparou em como é linda? 

Me olhou com segundas intenções e nem pude pensar em matá-lo, quando Jeremy pigarreou atrás de nós. 

Jeremy: Pode parar de cantar minha irmã, se não te faço ver estrelas em dois tempos. 

Kol: Você que manda! 

Riu, pendurando outro dos balões. Depois de mais alguns minutos, olhei ao redor, finalmente tínhamos acabado tudo e estava lindo. A lua já aparecia no céu, nós nos divertimos tanto fazendo tudo, que o tempo passou voando. 

Elena: Valeu pela ajuda, Kol. 

Kol: Não foi nada, mas será que depois de tudo isso estou convidado pra vir também? 

Elena: Nem precisa perguntar, não é? Claro que sim. 

Kol: É, acho que não! Mas gosto de te escutar dizendo. 

Rolei os olhos. 

Jeremy: Precisamos nos arrumar, Elena. Estou tão nervoso. 

Elena: Não vai ter um piripaque, ein? Vamos de uma vez. 

Nos despedimos de Kol e subimos cada um para seu quarto. Assim que cheguei lá, recebi uma mensagem de Caroline. 

De: Caroline 

Para: Elena 

Bonnie está me deixando maluca aqui! Não sei como, mas logo hoje, bateu uma vontade louca dela ir no jardim, até parece que pressente tudo. O que faço? 

Respondi na hora. 

De: Elena 

Para: Caroline 

Hora de se produzir pra surpresa! Traz ela aqui. 

Segundos depois as duas apareceram na porta. Bonnie estava fazendo uma careta engraçada. 

Bonnie: Por que tenho a nada leve impressão de que estão me escondendo algo? 

Elena: Imaginação sua! Hoje temos uma festa bem badalada pra ir, então vamos nos arrumar de uma vez. 

Bonnie: Onde? 

Caroline: Sem mais perguntas, senhorita! Você está nos atrasando, vem e toma logo seu banho.

Ela ia andando, mas parou na porta do banheiro.

Bonnie: Nem uma dica pequena?

Caroline: Nada!

Elena: Nada!

Empurramos ela pra dentro do banheiro, que foi mesmo contrariada e quando Bonnie saiu de lá foi minha vez. Enquanto Caroline estava lá, Bonnie veio até mim, com os braços cruzados. 

Bonnie: Pode me dizer! Odeio ser a última a saber das coisas. 

Elena: Dizer o quê? Você tá pirando, não tem nada. 

Bonnie: Sei! Se não me contarem, daqui eu não saio e ninguém me tira. 

Elena: É que Jeremy chamou a gente pra ir numa festa, pra fechar bem a noite. Nada mais. Vai me dizer que irá negar um convite dele? 

Bonnie: Não! Eu mal posso esperar pra ir, já estou quase pronta até. 

Começou imediatamente a escolher o que vestir, em todo o armário. Ufa! Eu sabia que se falasse que foi convite de Jeremy, Bonnie não ia mais insistir. Caroline também saiu do banheiro, mas já sabia exatamente o que iria vestir. Segundo ela, tinha passado desde a hora que eu falei na declaração pensando no seu look. E era perfeito, como tinha que ser tudo que ela vestia. Um vestido curtinho, de cor roxa e colado ao corpo. E também botas pretas, com todo estilo e seu batom rosa choque. 

Procurei pelas minhas coisas algo também. No final, decidi pôr um vestido creme, apertado no busto e na cintura e mais solto pra baixo, com um cinto prateado. Para calçar, optei por uma sapatilha de salto e passei uma maquiagem leve. Nós duas nos viramos pra Bonnie, com os olhos brilhantes. 

Elena: Vem, deixa a gente te ajudar! Você tem que ficar incrível. 

Bonnie: E vocês? Porque não vão escolher suas roupas? 

Elena: Mas já estamos vestidas e divas. 

Caroline: Elena, está certa. Vamos ver o que você tem! 

Ela empurrou Bonnie pro lado, passando os dedos entre suas roupas. 

Bonnie: Ei! E minha opinião, não conta? 

Caroline: Conta, você vai escolher os acessórios! 

Caroline escolheu uma calça colada dourada e uma regata de renda branca, com um desenho de flor decorado na frente. Entregamos um salto bem alto pra ela e colocamos uma bolsa no seu ombro. Bonnie pegou seus brincos e pulseiras, colocando. Depois de arrumar o cabelo, com uma trança de lado, se maquiou, virando pra nós. 

Caroline: Acho que tá faltando mais alguma coisa, mas não sei o quê. 

Elena: Exatamente. E é o casaco! 

Joguei tudo pra cima, achando o que eu sabia ser o favorito de Bonnie. Um de couro, justo e bem bonito. Olhamos pra ela, de cima a baixo. 

Elena: Está perfeita! 

Caroline: É, mas temos que ir agora mesmo. 

Bonnie: E eu ainda nem sei pra onde! 

Elena: É uma surpresa que sabemos que você vai adorar! 

Dissemos pra ela fechar os olhos e a guiamos até lá embaixo aos tropeços pela escada. Quando chegamos no jardim, Jeremy já estava lá, apertando a gravata do paletó e parecia impaciente, segurando um microfone. É como Jenna costuma me dizer. '' No dia que seu irmão vestir um terno, ele só poderá estar queimando em febre ou perdidamente apaixonado''. E a segunda opção se encaixa bem. Também haviam várias pessoas lá, ao redor. 

Elena: Pode abrir os olhos! 

Ela fez isso na mesma hora e seus olhos verdes se arregalaram. Ela olhou tudo ao redor, surpresa com admiração no olhar. Tocou em um dos balões, olhando pra nós em seguida. 

Bonnie: O... que é tudo isso? 

Jeremy se aproximou dela, pegando nas suas duas mãos e a observando profundamente. Ele levou Bonnie até o balanço que tinha no jardim e a fez sentar lá, enquanto ficava de pé, na sua frente. 

Jeremy: A primeira coisa que eu quero dizer hoje, é que você está maravilhosa! Bonnie, eu nunca pensei que chegaria até aqui, ao ponto de me declarar pra alguém. Mas você não é qualquer pessoa, e sim a garota mais especial que eu tive oportunidade de conhecer. E se não fosse por você, eu já teria definitivamente pirado nesse internato, mas contigo, todos esse dias estão se tornando divertidos e eu não quero mesmo que acabe. 

Ela escutava tudo atentamente, sem nem se mexer do lugar. 

Jeremy: Sei que demorei bastante pra chegar até aqui e te fiz esperar. Mas eu acho que não é fácil pra ninguém admitir o quanto somos dependentes de outra pessoa. Mas eu consegui, porque te amo. E não, você não escutou errado. Eu te amo, como nunca pensei que amaria alguém. Me desculpa por demorar tanto tempo pra fazer isso e por todas minhas burradas. Mas agora, quero que comecemos de novo e juntos. 

Bonnie: Jeremy... 

Bonnie estava muito emocionada. 

Jeremy: E por acreditar em um nós, quero te pedir que seja minha namorada! A coisa que eu mais quero fazer é te perguntar isso, então estou muito nervoso e até com medo de receber um não. Mas não posso deixar de perguntar, porque é o que mais quero. Você aceita namorar comigo, Bonnie Bennet? 

Ele lhe entregou um buquê de rosas vermelhas, junto dos chocolates. 

Bonnie: Eu nunca poderia dizer que não! É claro que sim, Jeremy! 

Eles se beijaram enquanto todo mundo batia palmas. Caroline e eu sorrimos, batendo as mãos. Eles passaram um momento assim, até que se separaram. Começou a tocar uma dança romântica e os dois dançaram animados, bem colados um no outro. Todo mundo que estava em casal fez o mesmo e Caroline e eu nos entreolhamos, dando língua como duas crianças. 

Elena: Me tira daqui! 

Caroline: Só se você me tirar primeiro! Se aqui tivesse vodca nós poderíamos brindar a solteirice eterna. 

Elena: Não seja por isso, minha amiga. 

Ri, pegando dois sucos perto dali e nós brindamos, tomando no canudo, enquanto balançávamos a cabeça em negação. Passou um bom tempo de músicas lentas e a loira e eu subornamos o DJ pra rodar uma bem mais agitada. Jeremy e Bonnie improvisaram uns passos e foram pro centro do jardim, fazendo uma dancinha animada, enquanto ela rodava ao redor dele, jogando os braços pro alto.  

Caroline e eu subimos em cima do banco, dançando. Pulei alto, requebrando minha cintura, enquanto cantava alto e empolgada. Depois de um bom tempo se divertindo e até caindo de cima do banco direto pro chão, comendo grama, eu parei um pouco.  Jeremy e Bonnie se viraram pra mim, felizes. 

Jeremy: Sei que você já ajudou muito Elena, mas poderia fazer um último favor? 

Concordei imediatamente. 

Jeremy: Poderia nos encobrir pra que saíamos? É pedir demais, mas tenho mesmo que comemorar esse momento com minha namorada! 

Sorriu pra ela, frisando bem a última palavra. 

Elena: Sabe que eu não posso negar. Vão lá e aproveitem! 

Pisquei pros dois. 

Bonnie: Eu amo vocês duas, são as melhores amigas que alguém poderia ter! 

Abraçou a mim e a Caroline, saindo de mãos dadas com Jeremy. As pessoas começaram a se espalhar e Caroline e eu fomos pro refeitório, beber umas doses de tequila. Jogamos bastante conversa fora, enquanto beliscávamos alguns salgados e bebíamos, comentando tudo. Voltamos para o quarto, e eu joguei meus saltos pelo chão, me deitando na cama. Uns minutos depois e meu celular começou a tocar. Era o número de Damon. Caroline me olhou com as sobrancelhas arqueadas e eu sorri ligeiramente, entrando no banheiro e fechando a porta. Atendi rápido, animada. 

Elena: Você ligou na hora certa! Acabei de voltar pro quarto. 

Damon: Vejo isso como uma proposta tentadora de ir aí, me deitar com você e aproveitar essa cama da melhor forma. Como foi tudo com seu irmão? 

Elena: Correu tudo muito bem! Jeremy fez uma linda declaração e Bonnie até se emocionou. Tenho mesmo que te agradecer. Se ele tinha qualquer dúvida sobre fazer isso, a conversa que vocês tiveram o fez decidir finalmente. 

Damon: Eu não fiz nada, Elena. Ele só precisava de um empurrão pra fazer o que já queria. Tudo partiu de Jeremy. 

Elena: Não finja que não. Eu vi tudo e ele parecia mesmo te ouvir. Eu também apreciei muito suas palavras. 

Damon: Eu sei... o que está fazendo agora? 

Elena: Estou terminando de tirar meu vestido. 

Terminei de abaixar o zíper pra baixo, ficando apenas de lingerie, enquanto prendia meu lábio inferior no dente, mordendo. 

Damon: Você está me tentando, delícia. Não me faça ir aí arrancar toda sua roupa e te pegar de jeito. 

Elena: Não estou sozinha, então essa ideia está fora de questão. 

Damon: Não está sozinha? 

Perguntou com um tom de voz ácido e seco, que era incrivelmente erótico. 

Elena: Sabe o que as garotas malvadas fazem depois da festa, não sabe? Elas aproveitam muito. 

Damon: Elena, você está mexendo com fogo. 

Ele parecia querer se controlar, o que claramente não dava certo. 

Elena: Bom, eu considero Caroline uma excelente companhia. 

Falei travessa, enquanto enrolava mechas do cabelo. 

Damon: Você está implorando pra ser punida. Como seu professor, tenho a obrigação te castigar por falar asneiras. 

Elena: O que está esperando? Ainda não aprendi a lição, porque sou bem desobediente. Mas quem sabe se me der umas aulas particulares. Agora estou tirando meu sutiã, bem devagar e imaginando seus lábios em mim. 

Damon: Está ficando cada vez mais safada, Elena! 

Elena: Tive o melhor professor. Mas agora me diz você, o que está fazendo? 

Fui respondida com uma foto sua na cozinha, em frente ao micro-ondas aberto, onde tinha uma lasanha. Com uma das mãos, ele colocava seu cabelo pra cima , que insistia em cair pelos olhos. E como não podia faltar, um lindo sorriso sedutor. Sorri, passando o dedo pela tela do celular e colocando a imagem como papel de parede. 

Elena: Você nunca muda o cardápio, não é mesmo? 

Damon: Só quando estou com você. 

Elena: Como consegue ser tão gostoso, só comendo essas coisas gordurosas? 

Damon: Academia não é de todo mal, delícia... Nós não vamos nos encontrar pelo resto da semana, e isso é péssimo.  

Acabei de me lembrar, o professor substituto só vai embora na próxima semana. Segundo Bonnie, ele ensinava apenas em algumas salas, até a segunda. E nós fomos os felizardos que terão que aguentá-lo por mais um tempo. 

Elena: O que me propõe? Pedir ao diretor que te faça voltar antes? Acho que ia ser uma ótima ideia, se ele não desconfiar do meu súbito interesse no meu professor incrivelmente sexy. 

Damon: Não ia ser má ideia. 

Elena: Eu tenho uma bem melhor! 

Damon: Do que está falando? 

Elena: Isso você só vai descobrir amanhã, meu bem. Sonhe comigo... 

Desliguei a ligação, sorrindo. O que você está me fazendo, Damon Salvatore? Voltei pro quarto, vestindo meu pijama e indo dormir. 

(...) 

Já estava de manhã. Olhei pra cama de Bonnie e ela já tinha voltado e dormia profundamente, devia estar bem cansada depois das surpresas de ontem. Mas hoje era o dia de conhecer os alunos novos e elas não iam querer perder isso por nada. Abri as cortinas, fazendo as duas se levantarem. 

Caroline: Ah, Elena? Tá tão cedo! 

Bonnie: Caiu da cama? 

Elena: Não, vocês esqueceram que hoje os novos alunos vão chegar? Logo você Caroline? Que só falou disso o tempo inteiro. 

Ela tirou o edredom da frente do rosto, saltando da cama e correndo pro guarda-roupa. Bonnie apenas virou pro lado, se cobrindo mais. Fui até ela, puxando suas cobertas. 

Elena: Como foi tudo? 

Seu rosto se iluminou e ela sentou na cama. 

Bonnie: Jeremy foi perfeito Elena, como sempre! Ele me levou pra jantar e depois fizemos um passeio incrível em um dos lugares mais românticos que já fui na minha vida. Era um parque gigante, com tudo que você possa imaginar e com várias surpresas em cada lugar que íamos.  

Elena: Estou tão feliz por vocês! 

Bonnie: Eu também! E vou me levantar logo, porque mal posso esperar pra vê-lo outra vez. 

Elena: É assim que se fala. 

Ela se levantou, indo procurar o que vestir e eu fui pro banheiro, tomar uma ducha gelada, pra despertar de vez e escovei meus dentes. Quando saí, vesti uma calça, com uma blusa tomara que caia justa, e calcei um sapato de salto. Usei o secador e deixei o cabelo liso natural. Destaquei meus lábios com um batom vermelho e estava pronta pra arrasar. Esperei as garotas terminarem de se arrumar e nós descemos as escadas, indo pro refeitório. 

Avistei Stefan lá no meio pegando seu lanche e acenei pra ele, que me deu um bonito sorriso, retribuindo com a mão livre. O diretor apareceu de repente, e não estava sozinho. Ao seu lado havia uma garota loira, que parecia ter saído de uma revista, um homem alto, de roupa social e olhos claros, uma outra mulher que não tinha idade pra ser aluna e Kol. 

Diretor: Quero apresentar para todos vocês, os novos integrantes da universidade de Whitmore! Essa é Rebekah Mikaelson. 

A loira modelo deu um passo pra frente. 

Diretor: Esse é Kol Mikaelson e o que está ao seu lado, Niklaus Mikaelson. Como podem perceber pelos sobrenomes, são todos da mesma família. Irmãos pra ser mais específico. Rebekah e Kol irão estudar com vocês, mas Niklaus trabalhará na biblioteca. Então espero que vocês os ajudem a conhecer o internato e recebam todos calorosamente. 

Assim que ele disse isso, Kol me olhou sorrindo e piscando um olho. Alguém perguntou sobre a outra mulher que estava ao lado deles. 

Diretor: Essa é Rose Marie, nova professora de ciência de vocês! 

Não sei porque, mas eu não fui com a cara dela. Parecia ser uma megera, toda intocável, sem o mínimo sorriso, apenas passando as mãos pelo cabelo repicado, com a coluna mais reta que uma tábua. Quando eles saíram, acompanhados do diretor, os burburinhos começaram. E esse seria o assunto pelo resto da semana. Caroline gritou nos nossos ouvidos, balançando Bonnie e eu. 

Caroline: Alguém me belisca, que eu só posso estar sonhando! E que sonho gostoso! 

Bonnie deu de ombros, dando um beliscão nela e a loira gritou alto, fazendo todos os olhares virarem pra si. 

Caroline: Aí Bonnie, não precisava ser tão forte... Espera, isso é perfeito, porque estou mesmo acordada! 

Elena: Caroline, do que está falando? Você está eufórica e nós não entendemos nada. 

Caroline: Vocês viram o loirinho com nome de cavaleiro andante? Está ultrapassado, mas o que vale são os bons sentimentos, né? 

Elena: Niklaus? 

Caroline: Esse mesmo, ele me deixou sem palavras! E aquela cara de bad boy? Ele já grita confusão. 

Bonnie: Pra te deixar sem palavras, ele só pode ser de outro planeta! 

Elena: É mesmo bonito, mas não me diga que você... 

Caroline: Eu? Não vou fazer nada! Garotas, tenho mesmo que ir. Sabem como é, várias coisas pra pesquisar e muitas outras pra espionar! 

Ela deixou a cadeira, correndo na mesma direção que o diretor e os outros tinham saído. 

Bonnie: Isso me cheira a confusão! 

Elena: Mas o que seríamos nós sem uma boa confusão, Bonnie? 

Bonnie: Simplesmente nada! 

Encostei minha cabeça no seu ombro e nós olhamos pro alto, rindo juntas. O sinal tocou, pra aula da vez. Era a de matemática, só que com o professor substituto. 

Bonnie: Você tá com aquela cara de quem vai aprontar! 

Elena: Talvez. Mas só um pouquinho! 

Bonnie: E isso tem alguma coisa haver com seu professor sexy? 

Elena: Quem sabe... mas não vou assistir aula de matemática sem ele, não tem graça. Aposto que colocaram um velho no seu lugar. 

Bonnie: Velho é elogio, ele é um ancião. Já deve ter uns 70 anos. 

Elena: Foi o que eu disse. Então vou assistir a mesma aula que você, só que em uma sala diferente dessa vez!

Bonnie: Você não tem jeito! 

Elena: Ainda não viu nada. 

Saí correndo dali, como fez Caroline e procurei o quadro de aulas. Aula de matemática com Damon Salvatore, sala 12. Abri meu armário, pegando um livro qualquer, uma caneta e o caderno, indo pro corredor que levava até a tal sala. Me misturei no meio da multidão de alunos e entrei na sala, sentando em uma das cadeiras do meio. Todo mundo foi chegando e sentando em seus lugares.  

Ninguém me notou ali, o que comemorei mentalmente com fogos de artifício. Minutos depois Damon surgiu lá, fechando a porta e começando a falar com sua voz rouca e viciante, enquanto arrumava suas coisas em cima da mesa, subindo mais as mangas da blusa, deixando nos cotovelos. 

Damon: Um tempo longe e vocês já pensaram que iam se livrar de mim, não é? Novidade, estão errados. Porque voltei antes do previsto e pior do que nunca, só pra informar. Ainda tive tempo de corrigir as provas de vocês. Muito boas notas... 

Todos começaram a comemorar, animados. 

Damon: Pra repetir de ano! 

Completou e os alunos abandonaram a empolgação, reclamando. 

Damon: Hoje nós vamos estudar sobre as... 

Parou de falar ao me encontrar ali. Dei meu melhor sorriso, mandando um tchauzinho, ao mesmo tempo que olhava nos seus olhos surpresos e gesticulei pra que Damon continuasse falando, enquanto me ajeitava melhor na cadeira. Ele continuou, atordoado e começou a explicar tudo, sem deixar de me olhar de vez em quando. Todo mundo ouvia com concentração, fazendo várias anotações, mas eu só conseguia olhar pra sua boca bem desenhada, vermelha e perfeita pra ser mordida. Quando ele desviou o olhar novamente pra mim, mexi a boca, sem som. 

Elena: Gostoso! 

Seus olhos mudaram automaticamente, se tornando negros. Eu só sabia de uma coisa, depois dessa aula, eu não teria escapatória. Damon falava alguma coisa sobre estatística e probabilidade e eu não entendia nada, normal considerando que esse conteúdo está um ano a frente dos meus ou talvez fosse apenas porque eu não conseguia parar de pensar em como essa camisa apertada sobre seus braços fortes ficava ótima nele. Ele continuou explicando tudo e eu fingia anotar alguma coisa, enquanto todos faziam isso. 

Damon: A probabilidade é parte da estatística, que vai lidar com algo não previsto e é através dela que as incertezas poderão ser medidas. Mas claro que existe uma definição pra cada uma individualmente. A estatística por exemplo, nos ajuda a interpretar e coletar dados, para resolver o problema... 

Esse sotaque. Como eu amo a forma que ele puxa as palavras pro italiano de vez em quando e faz essa mistura de inglês e italiano, que me deixa viciada. Ele terminou a explicação depois de um tempo e passou os exercícios. Eu fiquei apenas observando Damon, mal esperando que tocasse o sinal, para que pudéssemos estar sozinhos. E depois de um tempo que parecia infinito, isso aconteceu.  

Todos foram saindo e eu fingi estar arrumando minhas coisas. Quando só tinha ele e eu, Damon trancou a porta, andando em passos perigosos e calculados até onde eu estava, me prendendo entre a lousa e o seu corpo, bem junto de mim. 

Damon: Estava com tanta vontade de me ver assim? 

Elena: Talvez, eu disse que ia te fazer uma surpresa e foi o que fiz... 

Rocei meu nariz no seu pescoço, sentindo seu cheiro amadeirado. 

Damon: Eu não esperava que você viesse, mas gostei muito! 

Elena: Muito quanto? 

Damon: Ao ponto de querer tirar sua roupa e transar aqui mesmo! 

Sussurrei no seu ouvido. 

Elena: Nossa, vejo que gostou mesmo. Mas por que não tirou? 

Damon: Porque... 

Pegou na minha cintura, me sentando com força em cima de uma das cadeiras e se colocou entre minhas pernas. 

Damon: Só eu posso te ver assim. 

Elena: Como eu me saí hoje? Fui uma aluna obediente, professor? 

Damon: Eu não te vi fazendo nada na minha aula, senhorita Gilbert! Mas se você me mostrar no seu caderno algum dos exercícios que passei hoje, nós vamos ter uma foda inesquecível. Agora! 

Elena: Será que não posso te mostrar amanhã? 

Damon: Não. 

Elena: Sabe que eu não fiz nada! 

Fiz uma careta. 

Damon: Então esqueça o que eu disse! 

Elena: Eu venho aqui pra te ver e é assim que você me retribui? 

Damon: Se você sobe até o palco, interprete com perfeição seu papel. 

Elena: Que malvado, professor! 

Empurrou minhas costas pra frente, espremendo meus seios no seu peitoral. Me remexi, friccionando mais. Damon beijou minha boca, com selvageria, ao mesmo tempo que abria mais minhas pernas, se colocando ainda mais próximo e empurrando sua ereção contra mim. Quando eu estava quase abaixando sua calça ali mesmo, ele me parou. 

Damon: O sinal já vai tocar! 

Beijou o topo da minha cabeça, me deixando irritada. Primeiro ele atiça, pra depois cair fora. Damon deu um tapa na minha bunda, andando até a porta. 

Damon: Na minha próxima aula, te quero de saia!