But there's a scream inside that we all try to hide
We hold on so tight, we cannot deny
Eats us alive, oh, it eats us alive
Yes, there's a scream inside that we all try to hide
We hold on so tight, but I don't wanna die, no
I don't wanna die, I don't wanna die[Bird Set Free - Sia]
O novo professor de biologia da escola East Blue foi apresentado aos alunos; Ele era novo, tinha uma aparência muito bonita – Os cabelos negros contrastavam com o tom claro de pele, que era coberta com algumas tatuagens aparentes nos braços e nas mãos, os olhos num tom diferente de cinza. – e uma voz que deixou todas as garotas da sala encantadas com ele. Trafalgar Law estava no auge de sua carreira, fazia seu doutorado e parte de sua pesquisa era trabalhar com alunos de ensino médio, então escolhera aquela escola e aquela turma para lecionar; Suas experiências passadas e seu currículo impecável lhe permitiram tal privilégio, além de claro, boas indicações.
Apresentou-se formalmente aos alunos, falando de sua vida acadêmica e de seus trabalhos publicados, mas sem demorar muito com isso. Começou a aula e a ministrou sem maiores problemas com os alunos. Fez cada um deles falar seus nomes e suas idades no fim da aula, uma dinâmica “para se conhecerem melhor”, mas sabia que não lembraria o nome de nenhum deles na aula seguinte.
Um dos alunos chamou sua atenção, Monkey D. Luffy, já que este tinha o mesmo sobrenome. Talvez dele ele se lembrasse nas aulas seguintes. Assim como sua amiga ruiva e tagarela, Nami Catburglar.
Suas aulas eram em dois dias da semana, quarta-feira e sexta-feira; Explicou aos alunos como seriam suas avaliações e trabalhos durante o ano que ministraria. Seus alunos pareciam, em geral, calmos e Law sentiu que não teria muitos problemas com aquela sala.
A aula prosseguiu calma, os alunos faziam poucas perguntas e Law as respondia cordialmente. Gostava de ensinar e tinha muita paciência para explicar quantas vezes fosse necessário e de todas as maneiras possíveis. A única coisa que o tirava do sério era que conversassem durante sua explicação; Perdia a linha de raciocínio e ficava gaguejando e desconcentrado. E foi isso que Luffy e Nami fizeram durante todo o horário de sua aula.
Respirava fundo quando os via tagarelando; Tentou ignorar depois da segunda vez, mas já estava realmente desconfortável por ter que interromper sua explicação para pedir que se calassem. Não chamaria a atenção deles, não eram mais crianças, mesmo se comportando como tal. Ficou aliviado quando ouviu a campainha, indicando que a aula terminara. Passou exercícios antes de liberar os alunos e ele mesmo sair da sala.
As aulas seguintes foram da mesma maneira, ele explicando, os dois parecendo duas velhas fofocando na frente de casa e a paciência sumindo aos poucos. Alguns alunos já percebiam que eles irritavam o professor, e chamavam a atenção dos colegas, que se calavam por um tempo mas logo voltavam a conversar. A aula mais calma que Law conseguiu ministrar foi quando a ruiva faltou; Ele conseguiu explicar seu assunto sem se desconcentrar nenhuma vez e não se sentiu irritado ou estressado quando saiu da sala.
Pensou em entrar com um pedido na diretoria, exigindo que os alunos fossem separados em salas diferentes, mas desistiu da ideia, lembrando que não era professor definitivo daquele lugar e nem seria. Resolveu que aquilo seria mais uma prática para sua paciência. Sempre fora muito paciente e tolerante afinal.
Os dias foram se passando daquele jeito. Ministrava as aulas em dois dias da semana, corrigia as atividades da turma em um ou dois dias e estudava para seu doutorado no restante do tempo. Durante essas correções, anotava quais eram a dificuldades de cada aluno, e com isso, percebeu que nem Luffy nem Nami entregavam as atividades. Não controlou seu sorriso sádico quando pensou na possibilidade de reprová-los sem nenhuma chance de recuperarem notas.
Mas sabia que não poderia ser tão mal assim, teria de pensar em uma maneira de fazê-los recuperar aquelas notas antes de ter que mandá-los para o conselho de turma. Mesmo que alguma coisa lá no fundo pedisse que ele os jogasse para lá com as piores observações possíveis em suas fichas.
No dia seguinte, depois de seu exercício de paciência de aturá-los tagarelando a aula toda, chamou-os, enquanto os outros alunos deixavam a sala. Luffy estava despreocupado, mas Nami estava tensa.
– Bem, não sei se perceberam, mas enchem meu saco durante as aulas... – Começou Law, sentado em sua mesa, sem olhar para os dois do outro lado do móvel. – Mas não os chamei aqui para isso. Como eu disse no primeiro dia de aula, os trabalhos contam como metade da avaliação de vocês nesta disciplina, eu já passei alguns e vocês não me entregaram nenhum. Eu realmente não me importo se vocês reprovarem, mas como professor preciso me esforçar para que o maior número possível de alunos passem na minha matéria, sem mesmo precisar passar pelo conselho.
– Tinha algum trabalho pra entregar? – O garoto perguntou, fazendo uma careta. – Do que era? Posso entregar semana que vem?
Law rolou os olhos; Toda sua vontade de ajudá-los indo ralo abaixo.
– Eu já passei mais de quatro trabalhos...
– Nós podemos entregar todos na outra semana? – Interrompeu Nami. – Por favor... Eu não posso ir para outro conselho!
O professor quase se permitiu sorrir com o sadismo que o atingiu.
– Os aceitarei com uma condição. Se não a cumprirem, não me importarei de mandar vocês para o conselho e nem de escrever coisas bem ruins em suas fichas.
– E que condição é essa? –A garota indagou desconfiada.
– Que fiquem calados nas minhas aulas, ou que, pelo menos, se sentem lá pro fundo, daí não precisarei aturar vocês tagarelando a aula toda, parecem até duas hienas rindo.
Luffy riu da comparação e deu de ombros, já a ruiva concordou imediatamente. O professor escreveu todas as atividades que a dupla devia em um pedaço de papel e entregou a ela. Os dois saíram da sala e deixaram um professor que realmente duvidou da capacidade de entregar todos os trabalhos em tão pouco tempo. Fora bom demais com quem brincara com sua paciência.
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