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História Bird Set Free - 14; Together


Escrita por: Trafalgarr

Notas do Autor


sumi por 6 meses mesmo, tava rolando umas parada macabra na minha vida etc etc, mas vou terminar isso aqui (msm que não tenha mais ngm acompanhando :') )

é nois que voa e boa leitura ~

Capítulo 14 - 14; Together


Fanfic / Fanfiction Bird Set Free - 14; Together

            Minha relação com o moleque ficou bem complicada. Eu não tinha tempo de vê-lo e ele parecia não se importar com a minha ausência, todas suas mensagens carregadas de conformismo e quando eu o ligava a sua voz apenas confirmava que ele sempre entenderia quando eu não pudesse vê-lo.

            Eu me incomodei com isso.

            Mas não sabia o que querer dele. Não sei como me sentiria se ele ficasse correndo atrás de mim ou algo do tipo. Talvez eu só quisesse que ele demonstrasse querer me ver ou pedisse para passar um tempo comigo.

            Outra coisa que me incomodava eram as expectativas que eu estava criando. Inconscientemente elas vinham crescendo e tomando proporções que eu não conseguia mais controlá-las. Não estava acostumado com isso, esperar algo de alguém, e mesmo não sabendo o que esperar, eu queria esperar algo dele.

            Tudo isso, toda essa confusão que minha cabeça tinha se tornado, só contribuiu ainda mais para o meu esgotamento mental. Muita coisa pra ler, escrever, trabalhos pra corrigir e quase nenhum tempo para tudo isso. Eu estava me cobrando mais do que devia, eu sei disso, mas o peso das responsabilidades me atormentava dia após dia, me deixando cansado fisicamente e um lixo psicologicamente.

            Não conseguia dormir direito há semanas, meu sono estava leve, me acordava por qualquer motivo, e quando finalmente conseguia pegar no sono, tinha sonhos com Luffy, o que me deixava visivelmente frustrado quando eu acordava.

            Era uma quinta-feira e eu teria aula o dia todo. Teria, se eu não tivesse acordado atrasado. Aliás só acordei por que meu pai bateu a porta do meu quarto, desesperado, pensando que tinha acontecido algo sério comigo. Era quase hora do almoço e eu tinha perdido todo meu dia.

– Você está bem? – Ele indagou pela milésima vez.

– Sim. – Falei, descendo as escadas. – Eu só... Dormi demais.

– Acho que você está se esforçando demais... Sabe, pegue mais leve consigo mesmo...

– Eu sei, eu sei...

            Ele me serviu o “café da manhã”, que já estava mais para almoço, por causa da hora. Eu comi em silêncio as frutas e o leite que ele me dera, o tempo todo sob seu olhar preocupado. Quase podia ouvir o riso debochado do meu orientador quando eu for pedir para que ele abone essa falta.

– Né... – O loiro chamou minha atenção, sentando-se a minha frente na mesa. – E... E o Luffy?

            Eu senti um choque passar por todo o meu corpo só de ouvir o nome dele. Me arrumei na cadeira, engolindo de uma vez o pedaço de maçã que eu mastigava lentamente. Ele percebeu a minha reação e me deu um olhar desconfiado.

– O que tem ele? – Perguntei, tentando disfarçar a curiosidade sobre o que ele perguntaria.

– Vocês dois... Como estão?

– Ah... Estamos... Eu acho. – Franzi o cenho e desviei o olhar. – Não tenho muito tempo ultimamente... A gente se vê poucas vezes e se fala por mensagem...

– Entendi... Pensei que você já tinha assumido a sua relação com ele...

            Fiz uma careta quando ele disse isso. Preferia ficar ouvindo a ladainha do meu orientador a ter que ter essa conversa. Perdi as contas de quantas vezes nós a tivemos nos últimos dias, sempre as duas partes apresentando os mesmos argumentos e sempre eu ficando de saco cheio.

            Não que eu não quisesse ter algo sério com o Luffy, a essa altura do campeonato era o que eu mais queria, mas não era tão simples. EU. NÃO. PODIA. Não dava, ele era aluno e eu professor, ele tinha que terminar o ensino médio e eu o doutorado, ele tinha 17 e eu quase 27; teria argumentos pra aumentar essa lista se fosse preciso. E o que Rosinante dizia? “Se você quisesse, nenhum desses problemas seria empecilho. ” Claro, esqueci que “querer” resolve tudo.

            Bufei em resposta e levantei, jogando minhas louças na pia e voltando para o quarto. Me tranquei e me larguei na cama, pensando seriamente em voltar a dormir, afinal, já tinha perdido o dia mesmo.

            E eu me deitei, tentando dormir, porém falhando miseravelmente. Já estava ficando irritado de tanto rolar na cama, até que eu tive a brilhante ideia de ir atrás dele. Fazia alguns bons dias que eu não o via, estava com muitas saudades e como já tinha estragado a minha rotina do dia, podia compensar desse jeito. Me levantei e me arrumei o mais rápido que consegui, ignorando meu pai na sala.

            Tentei ligar para ele assim que cheguei na frente da escola, mas o celular dava diretamente na caixa de mensagens. Resolvi esperar numa praça próxima, sentado em um dos bancos. Passei uns bons minutos esperando até que os alunos começassem a sair e mais algum tempo até que eu visse Luffy saindo com a amiga ruiva. Ele ficou na frente do portão conversando empolgado com alguns meninos de sua sala até que olhou em minha direção, vindo logo em seguida.

 

– Trao! – Me cumprimentou assim que chegou perto o suficiente, sorrindo logo em seguida.

           

            Sorri de volta, puxando-o para um abraço que ele retribuiu sem reclamar. Sentir seu cheiro foi o suficiente para um arrepio percorrer toda a minha espinha e fazer meu coração apertar. Não tinha noção de quanta saudade eu estava sentindo até agora.

 

– Tudo bem?

– Mais ou menos. – Respondeu, me soltando. Notei que seu sorriso diminuiu um pouco e ele desviou o olhar. – Precisamos conversar...

 

            Franzi o cenho, estranhando o pedido, já que normalmente ele evitava conversas comigo, e pela sua cara, era alguma coisa realmente séria. Senti seus dedos se entrelaçarem nos meus e seus olhos brilharem de uma maneira diferente, tristes de uma maneira que eu nunca tinha visto antes, como se ele fosse quebrar a qualquer momento.

            Concordei e seguimos para meu carro em um silêncio incomodo, ele se afastou de mim, andando a uma distância considerável, e dirigia o olhar a qualquer outro ponto que não fosse eu. No carro, o caminho foi feito da mesma maneira, era como se ele não estivesse perto de mim. Como se ele tivesse reerguido o muro que eu custei a derrubar entre nós. Isso me assustou numa proporção que eu nem sei explicar, me deixando bastante nervoso durante o caminho.

            Quando chegamos em casa, ele entrou relutante. Seguimos direto para meu quarto, e quando eu tranquei a porta, ouvi um suspiro vindo do outro. O sol da tarde batia forte na janela, sendo barrado debilmente pelas cortinas de tecido fino, dando um tom bonito para a pele dele.

 

– Nós precisamos nos afastar... – Ele começou, a voz tão baixa que mal passava de um sussurro. – Na escola já estão desconfiando da gente e eu realmente não quero te prejudicar...

– Eu não quero me afastar de você. – Respondi sem pensar, sentindo meu peito afundar e meu estômago arder.

– Isso é errado... – Ele continuou com a voz baixa, sentando-se na cama. – Sabe que se a escola descobrir, a sua carreira...

            É, eu sabia. Sabia que era errado. Sabia que nunca daria certo, que eu provavelmente estragaria tudo e sabia também que tudo isso só estava sendo mais um problema na vida de nós dois.

 

            Mas caralho, não sentia vontade de parar com este erro.

 

            Suspirei, me sentando na cama ao seu lado, mas sem encará-lo. Passei a mão pelo cabelo e tentei organizar a minha cabeça, mas eu já estava bagunçado demais para pensar em alguma coisa coesa.

            Eu sentia que esse dia chegaria, mas nunca tinha realmente pensado nele. Luffy fez uma bagunça tão grande com a minha cabeça que eu não conseguia pensar em muita coisa além de tê-lo em meus braços sempre que eu quisesse.

 

– Eu não sei o que fazer. – Confessei, me deitando na cama e fechando os olhos.

 

            Suspirei mais uma vez e senti Luffy se mexendo ao meu lado, ficando por cima de mim. Abri os olhos e encarei os dele, que estavam com o mesmo brilho triste de antes, porém um sorriso leve brincava em seus lábios. Ele aproximou seu rosto do meu e me deu um beijo, calmo, sem pressa e sem malícia nenhuma. Meus braços enrolaram-se em sua cintura, puxando-o ainda mais para perto de mim. Quando o beijo acabou nós ficamos abraçados por um tempo, em silêncio. Nada precisava ser dito afinal.

 

– Como estão as coisas para você? – Perguntei baixinho, temendo que o momento agradável acabasse.

– Estão bem, se quer saber. – Luffy respondeu no mesmo tom, afundando o rosto no meu pescoço, roçando o nariz e me dando arrepios. – Meu avô viajou novamente e eu paguei uma parte da dívida do meu irmão com o dinheiro que tinha guardado...  Acho que resolvi meus problemas por hora.

            Por mais que sua voz soasse confiante, eu não conseguia me sentir tão tranquilo quanto ele em relação a tudo isso. Me senti profundamente incomodado com o conformismo que ele encarava as coisas, mas não falei nada, apenas assenti e fiz um carinho em suas costas.

 

– E Nami? – Perguntei depois de outro intervalo em silêncio.

 

            Ele se levantou, apoiando o corpo nos braços apoiados ao lado da minha cabeça, me encarando. Crispou os lábios e desviou o olhar, finalmente entendendo a minha pergunta.

– Eu não... Não me vendi mais. – Respondeu, seco.

 

            Ele se levantou, sentando ao meu lado em posição de flor de lótus e ficou me encarando por um tempo, até que pegou minha mão entre as suas e levou até seus lábios e a beijou delicadamente.

 

– Eu gosto muito de você, me senti realmente sujo deitando com outras pessoas... Era como se meu corpo rejeitasse outros toques... – Luffy colocou minha mão em seu peito, descendo-a até sua barriga.

            Senti meu peito doer mais uma vez. Fechei os olhos e senti ele colocar a minha mão sobre seu membro, ainda quieto, por cima da calça, onde apertei possessivamente e ouvi um gemido baixinho como resposta. Sorri quado senti seu membro ganhando vida em minha mão, ele se abaixou, inclinando-se sobre mim, e me beijou, lenta e demoradamente.

             Eu o beijava e sentia todo meu corpo esquentar. Estava necessitado dele, todo meu corpo precisava dele como se precisasse de oxigênio, e no momento, eu estava sufocando.

            O puxei para mim, rolando com ele na cama e ficando por cima, o beijando com toda a vontade que estava sentindo, colocando uma de minhas pernas entre as dele, pressionando de leve o volume que estava ali. Suas mãos estavam fazendo um carinho gostoso na minha nuca, arranhando e me fazendo arrepiar algumas vezes, as correntes elétricas partiam de seus dedos e seguiam por minhas costas.

            Quando paramos de nos beijar, eu olhei em seus olhos, hoje tão profundos e brilhantes que eu senti que poderia me afogar neles. Eles pareciam dizer tantas coisas, mas, ao mesmo tempo, eram indecifráveis. Desviou o olhar depois de um tempo, virando o rosto, me oferecendo o pescoço de pele branquinha, o qual beijei e passei a língua, sentindo os arrepios na tez alheia.

 

– Trao? – Chamou baixinho, me fazendo afundar o nariz em sua pele, guardando seu cheiro.

– Hm?

– Posso pedir uma coisa?

– O que quiser.

– Promete que não vai me esquecer? – Sua voz saiu num fiapo de voz, como se implorasse.

 

            Levantei meu rosto, o suficiente para olhar em seus olhos novamente e ele estava chorando. Limpei suas lágrimas com a ponta dos dedos e ele fungou baixinho, mas não desviou o olhar.

            Eu suspirei. Não gostava de promessas, prometer era parte importante de criar expectativas, e embora as minhas já estivessem grandes demais, essa não era uma promessa que eu me negaria a cumprir. Luffy já estava entranhado em mim, como uma pequena tatuagem em meu coração. Tenho certeza que jamais esquecerei dele, de seus sorrisos, toques beijos e tudo mais.

 

– Eu prometo. – Sussurrei, beijando-o em seguida.

 

            Seu beijo foi entregue, tão intenso quanto ele poderia ser. Suas mãos foram desesperadas até a minha nuca, me puxando para si, aprofundando o beijo. Soltou alguns gemidos baixinhos por entre o contato, fazendo meu coração e meu corpo aquecer.

           Antes que eu pudesse pensar em mais alguma coisa, ele puxou a minha blusa, demonstrando o que queria. Tirei minha roupa tão afoito quanto ele, a excitação tomando conta do meu corpo numa velocidade incrível, correndo pelas minhas veias como fogo. Logo estávamos pelados, seu membro roçando diretamente no meu, causando arrepios que percorriam o corpo todo e voltavam até a pele sensível.

            Desci pelo seu corpo, beijando e mordiscando tudo que estava no meu caminho, enquanto suas mãos foram para meus cabelos, puxando levemente. Seus gemidos eram como música para meus ouvidos, complementados pelos arrepios da pele do outro sob a minha boca. Vê-lo excitado daquele jeito me deixava na beira da sanidade.

            Seus gemidos aumentaram quando tomei seu membro em meus lábios, assim como o aperto em meus cabelos. O gosto do pré-gozo esquentou a minha língua, me incentivando a chupá-lo, tão dedicado quanto ele sempre era comigo. O corpo menor arqueou-se na cama, buscando por mais contato, mas ele não me empurrou ou puxou, suas mãos apenas puxavam meu cabelo.

            Apertei seu membro com a língua, assim como apertava a base com uma das mãos, e suas bolas com a outra, recebendo um gemido alto. Ele chamava meu nome e gemia, mordendo o lábio em seguida, tentando se controlar. Seu membro tocava fundo em minha garganta, pulsando a cada vez que eu deslizava a boca pela extensão; Não demorou muito para que ele se desfizesse em minha boca, o corpo em espasmos, as mãos afrouxando em minha cabeça aos poucos. Engoli todo seu gozo, me excitando ainda mais, fazendo meu corpo todo arder.

            Quando levantei meu rosto, ele abriu os olhos aos poucos, um sorriso se formando em seus lábios, suas pernas se abrindo convidativas. Me estiquei até a mesa do lado da cama e abria a gaveta, pegando o lubrificante e o despejando o mais rápido que eu pude no meu membro e em sua entrada, que contraiu-se ao meu toque. Posicionei-me, forçando lentamente enquanto me inclinava sob seu corpo, sendo recebido por seus braços, que entrelaçaram-se em meu pescoço. Afundei meu rosto em seu pescoço, sentindo o seu cheiro, enquanto me afundava cada vez mais em seu corpo, sentindo seu interior me apertar em intervalos irregulares. Seus gemidos vocalizaram-se novamente assim que ele mexeu o quadril, me dando permissão para investir contra ele.          

            Começamos lentamente, sua voz rouca morrendo em meus ouvidos, suas unhas arranhando minhas costas e suas pernas entrelaçando-se em minha cintura, até que o prazer e a adrenalina nos levou a aumentar o ritmo, tão rápido e profundo quanto a posição nos permitia. Sentia meu coração batendo muito forte em meu peito, eu estava vivo, e sentia o coração do outro bater tão forte quanto o meu; Era uma conexão profunda, incrível.

            Continuei investindo contra seu corpo, já estava perto do meu limite, quando ele me puxou com as pernas, empurrando meus quadris ainda mais contra os dele e me prendendo naquela posição. Eu estava tão fundo dentro dele que sentia toda a extensão do meu membro ser pressionada em intervalos irregulares, em pontos diferentes, de uma forma tão deliciosa que eu tinha a sensação que derreteria a qualquer momento.

            Aquilo foi o suficiente para me fazer gozar, mordendo seu ombro com força o suficiente para deixar uma marca vermelha, sentindo meu corpo todo se desfazer em ondas contínuas dentro dele, ao mesmo tempo que ainda era massageado por seu interior. Apertei-o ainda mais contra mim, não querendo encerrar o contato, o prazer dando lugar a um medo infundado de perdê-lo a qualquer momento.

            Meu peito apertou, e eu voltei a mim rapidamente, quase não aproveitando a sensação de ter gozado; Senti meu rosto esquentar e lágrimas se formarem nos cantos dos meus olhos. Ainda respirávamos com dificuldade, os corpos cobertos de suor, totalmente imersos em nosso próprio mundo.

            E talvez a percepção deste nosso mundo foi o que me assustou mais: agora eu tinha plena noção que não era mais eu e Luffy, e sim que éramos nós.

 

– Tudo bem? – Ele perguntou baixinho, acariciando minhas costas.

– Sim. – Respondi, a voz falhando. – Desculpe.

            Me retirei de dentro dele e me deitei ao seu lado, onde fui recebido em seus braços, num abraço apertado. Suspirei, sentindo seu cheiro nublar meus pensamentos, me acalmando aos poucos.  Ficamos desse jeito por um bom tempo, o sono tomando conta de mim, tão sutil que não sei dizer ao certo quando dormi.


Notas Finais


eae :') vou ver se posto amanhã de novo, flw~


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