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História Bird Set Free - 05; Skirt


Escrita por: Trafalgarr

Notas do Autor


oi tudo bem eu sei que eu demorei
bem, eu passei por uma mudança de casa - que resultou em quase uma semana sem internet -, uma onda de manifestações na minha faculdade - que eu não participei ativamente, mas acabei me envolvendo de alguma forma - e minha depressão voltou com força total. A empolgação de me mudar foi só no primeiro dia, depois a bad bateu loucamente.

Enfim, perdões pela demora, acho que não vai mais acontecer. <3

Capítulo 5 - 05; Skirt


Fanfic / Fanfiction Bird Set Free - 05; Skirt

 

No sábado, meu pai resolveu que queria visitar o irmão dele, DoFlamingo, que morava numa cidade a umas 3 horas de carro daqui. Era normal a gente visitar ele umas três vezes no ano, mas eu realmente não gostava de ir, nem pela viagem, nem pelo meu “tio”. Ele era um babaca, daqueles com “B” maiúsculo; Falava o que queria e se ofendia quando ouvia o que não queria.

E aí você se pergunta “Mas Law você já é maior de idade, não precisa ir se não quiser.” e eu vos respondo: é, eu sou de maior e eu não preciso ir se eu não quiser, mas meu pai é dramático demais pra me deixar ficar em casa sem me deixar preocupado ou com um peso de uma tonelada na consciência.

E cá estamos nós viajando até a casa do amado parente do meu pai. Uma música aleatória tocava no rádio e as janelas estavam abertas; Papai dirigia e eu tentava me manter acordado para fazer companhia a ele. Estávamos conversando sobre assuntos bem aleatórios também, quando ele tocou no assunto “Luffy”.

– E aquele seu aluno? – Ele manteve os olhos na estrada. – Ele gostou dos bombons?

Pensei em dar uma resposta torta a ele, merecia por ter se metido na minha vida e, conhecendo-o como conheço, aquilo tinha segundas intenções. Bufei e me arrumei no banco do carro antes de responder.

– Não sei.

– Você, pelo menos, entregou a ele?

– Sim.

– Trafalgar Law, não minta pra mim...

– Eu não estou mentindo! – Aumentei o tom. – Eu dei os bombons a ele e agradeci por ele ter sido legal comigo quando passei mal, satisfeito?

– Sim... Mas vocês não se falaram mais depois disso?

Pensei em contar o que tinha acontecido com o menino, mas além de ter prometido a ele que não contaria a mais ninguém, meu pai provavelmente ia querer saber dele todo dia que eu voltasse daquela escola. E é, já estava gastando muito meus neurônios pensando nele, não precisava de mais um incentivo.

– Sim, nas aulas.

– E fora da escola? – Olhou rápido pra mim e eu pude ver um sorrisinho besta na sua cara.

– Não.

– Você deu seu número pra ele?

– Onde você quer chegar com isso?

 

Ele se calou, fazendo um bico. Seguimos o resto da viagem em silêncio, embora eu soubesse que ele queria continuar falando sobre aquilo. Quando chegamos, já era quase hora do almoço e eu estava com fome, ou seja, me tornei uma pessoa muito mais chata do que o normal.

Meu pai estava empolgado, andando a passos largos até a porta da casa do irmão e batendo. Logo fomos recebidos por ele. DoFlamingo era exótico, os cabelos loiros, igual ao do irmão, porém penteados pra trás. Roupas justas e coloridas e pra finalizar, um óculos pontudinho vermelho. E ele sempre sorria, mesmo nas piores situações, mas diferente do sorriso do meu pai, o seu não era nem um pouco gentil.

As visitas eram sempre do meu pai, antes eu achava incomodo, mas só de pensar em tudo aquilo na minha casa, eu agradecia por ele nunca ter ido lá. Ele era chato demais, não deixava as pessoas saírem da sala e ficava incomodado quando a visita demorava muito; Talvez fosse por isso que eu não me importasse tanto assim em acompanhar Rosinante.

Nos sentamos no sofá roxo e eles começaram a conversar. Não estava prestando atenção no assunto deles, daí comecei a mexer no celular. Tinha uma mensagem de um número desconhecido.

“Trafalgar-sensei?”

Não tinha foto no contato também, então não dava pra saber quem era. A primeira pessoa que me veio na cabeça foi Luffy, que foi a única pessoa que eu dei meu número recentemente.

“Quem é?”

“Nami, Luffy me deu seu número por que ele tá sem celular. :)”

Me arrumei no sofá, o estômago subindo um pouco, será que tinha acontecido alguma coisa com ele?

“Entendi. Aconteceu alguma coisa?”

“Não, ele está bem... Ele adorou os chocolates.”

“Que bom.”

“Né, Law-sensei... Eu tenho umas coisas que você adoraria.”

“Do que você está falando?”

“Disso.” E mandou uma imagem em anexo.

Enquanto ela carregava, pensei ser uma foto dela mesma. Tive que cobrir a boca com a mão pra disfarçar o susto que tomei quando vi uma foto de Luffy, sorrindo abertamente. Era lindo, seu sorriso, o brilho nos seus olhos e toda a foto em si.

“Eu não o vejo assim há muito tempo...” A ruiva mandou outra mensagem.

“Que bom que ele está feliz.”

“Sim, e é por sua causa.”

Olhei para a mensagem, sem saber o que responder. Que tipo de resposta poderia dar a ela, afinal? Voltei a minha atenção aos dois que ainda conversavam na minha frente, alheio ao que falavam, pensando naquela situação. Eu gostava de ajudar as pessoas, e era normal receber agradecimentos, sorrisos, abraços, presentes... Mas aquele sorriso... Eu nunca imaginaria ele sorrindo dessa forma, ainda mais depois de toda a tristeza que vi ontem.

“Fico feliz por isso.” Respondi.

Guardei o celular e fiquei olhando pro nada. Ainda tinha muita curiosidade de saber o que aquele menino passava, queria o saber o por quê de todo aquele desespero de ontem. Tinha curiosidade de saber também sobre quem tinha batido nele.

Me assustei quando meu pai me chamou, tocando no meu ombro e dizendo que já era hora de ir. Olhei meu celular e não tinha mais nenhuma mensagem, mas já tinha se passado um bom tempo desde quando chegamos. Nos despedimos de DoFlamingo, seu sorriso esnobe enquanto acenava sem entusiasmo.

O caminho de volta foi tranquilo, papai me fez um resumo de tudo que conversou com o irmão e algumas vezes eu fiz comentários sobre o assunto. Já começava a anoitecer quando chegamos em casa e ele parecia cansado; Liguei pra uma pizzaria e fomos assistir filme enquanto ela chegava.

– Law...? – Me chamou, se acomodando no sofá.

– Sim?

– Obrigado por ter ido comigo hoje. – E sorriu. – Eu realmente não sei por que ainda vou atrás do meu irmão... Ele sempre nos trata mal, não é?

– Ele é sua única família... É normal você querer ter laços com ele, mesmo que não tenham tanta afinidade assim...

– Você é a minha família, Law. – Ele falou sério, olhando em meus olhos. – Acho meu laço com você muito mais forte do que o que tenho com ele.

– Eu sei disso, pai... Já que você se sente assim, por que se obriga a ir visitá-lo? Ligações não seriam o suficiente?

Ele ficou em silêncio, pensando no que eu tinha dito.

– Talvez sejam. – Deu de ombros, voltando a atenção ao filme. – Será que essa pizza vai demorar? Eu tô com a fome de uns dez mendigos!

Me sentei ao lado dele e ficamos vendo filme, até que a pizza chegou. Jantamos enquanto assistíamos ao filme, e quando ele acabou, decidimos ir dormir. Me deu um abraço e foi para seu quarto; Segui pro meu e me deitei na cama, sem sono.

Pensei em ligar pro Kid e convidá-lo pra beber ou algo do tipo, mas depois de algum tempo, percebi que não era a companhia dele que eu queria. Era a de Luffy. Aquela curiosidade estava me corroendo por dentro e isso estava me incomodando, de certa forma. Eu era normalmente curioso, mas essa curiosidade raramente se aplicava a assuntos de terceiros; Mas agora aqui estava eu, quase meia-noite e imaginando as situações mais absurdas de explicar o por quê daquele moleque estar tão triste.

Mesmo que a foto que a foto que Nami me enviara hoje de tarde mostrasse um menino totalmente diferente. Aliás, que sorriso bonito. Sim, quando dei por mim estava olhando a maldita foto. Me julguem, eu estava admirando meu aluno de dezesseis anos.

Me assustei quando o celular vibrou, a notificação aparecendo na tela, indicando uma mensagem nova de Nami. Abri rapidamente a conversa, por que fiquei preocupado com ela me mandando mensagem tão tarde da noite.

“Law-sensi!1!!! Oiiiieee” A mensagem também estava contaminada de emojis aleatórios e eu me perguntei sobre a sobriedade desse ser.

“Nami?”

“Ei, qer ver uma coisa legalm?”

“?”

“Vai t custa uns 1000 berries, viu?? ahahah ha”

Mandou uma foto.

E quando ela carregou, eu demorei a assimilar o que era.

Mentira, eu entendi na hora. E paudureci na hora.

Luffy, sem camisa, usando uma saia colegial minúscula, cobrindo o rosto com uma mão, enquanto a outra estava na direção da câmera, como se tentasse impedir a foto. A pele branquinha contrastava com o tecido escuro do pano da saia, o corpo magro, porém levemente definido; As coxas também apareciam, não eram muito grossas, mas pareciam bem macias.

Depois de ver a foto o suficiente para decorar cada centímetro de pele exposta, comecei a olhar o cenário que ele estava: Parecia ser um quarto de menina, por causa da cama com os lençóis cor-de-rosa, mas tinha algumas garrafas de cerveja e de vodka pelo chão. Coisa certa aqueles dois não estavam fazendo.

Respirei fundo antes de esconder aquela obra-prima em uma pasta, se alguém achasse aquela foto ia dar merda, tanto pra mim, quanto pros dois. Tinha mais algumas mensagens da ruiva, mas nem quis mais ler, já estava com muita coisa pra assimilar só com aquela foto.

Larguei o celular e me virei pro outro lado, tentando dormir. Mas aquela imagem não saia da minha cabeça. Podia imaginá-lo daquele jeito na minha frente, queria tocá-lo e fodê-lo com aquela maldita saia.

Balancei a cabeça, tentando afastar aqueles pensamentos; Não eram certos. Ele era uma criança praticamente, era meu aluno e provavelmente fez isso por que estava porre. Não tinha nenhuma intenção de mandar aquilo pra mim, talvez nem a amiga mandaria se estivesse sóbria. Mas que tinha me deixado com vontade de tê-lo, isso tinha.


Notas Finais


hey, eu sei que fui uma pessoa otária e demorei muito, mas ficaria feliz com uns reviews e tal. <3


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