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História Bird Set Free - 09; kiss


Escrita por: Trafalgarr

Notas do Autor


oi eu sou uma otária mesmo me processem n

beijo pra Meizo que eu amo muito e queria que atualizasse incubus kissu *cof* opa tudo bom amor? HUUHUHDUHUHS

Capítulo 9 - 09; kiss


Fanfic / Fanfiction Bird Set Free - 09; kiss

 Não conseguia dormir. Meu coração palpitava e minha garganta estava seca. Luffy estava dormindo perto de mim. Alguns passos e eu poderia tocá-lo.

Ao contrário do que eu tinha pensado, eu ainda estava encantado com ele. Ainda me desconcentrava ficar perto demais, eu não tinha esfriado, como pensei que aconteceria depois que ele me deixou entrar em sua vida. Eu ainda queria tocá-lo, ainda o queria só com aquela maldita saia. E toda essa vontade estava me deixando tenso o suficiente para espantar meu sono.

Mas eu mesmo me freava. Ele sentia algo por mim; Algo grande. Eu tinha certeza que não era amor, pois esse sentimento era muito complexo, mas era alguma coisa grande, ainda assim. Era um sentimento tão forte que afastava dele os sentimentos de tristeza e morte. E eu não podia brincar com isso. Não é certo. Se esse sentimento não existisse, seria muito mais fácil ignorar os outros fatores e me render a esse desejo que estava quase me levando à loucura.

Me mexi na cama, tentando arrumar alguma posição confortável pra dormir. Minha cabeça fervilhava e mesmo que estivesse frio, sentia meu corpo quente. Estava com uma sensação incomoda, que estava quase beirando ao estresse, quando resolvi me levantar e ligar o computador.

Li alguns artigos que acumularam nos últimos dias e escrevi algumas poucas linhas da tese do doutorado. Respondi alguns e-mails e vadiei em algumas redes sociais; Quando vi a hora, já eram quase quatro da manhã e ainda nem um pingo de sono. Para minha sorte, hoje era domingo e eu não tinha nenhum compromisso.

Nenhum compromisso além de levar Luffy em casa. Passei as mãos no rosto, lembrando do garoto no quarto ao lado. Peguei o celular, passando as fotos e admirando-as, uma a uma. Tudo aquilo estava aqui perto de mim, mas tão distante ao mesmo tempo e isso me deixava um pouco frustrado. Como eu queria tocá-lo.

Larguei o celular de lado e levantei, decidindo ir na cozinha comer alguma coisa. Quando saí do quarto, olhei pra porta do quarto onde ele dormia e tive que me controlar muito para não entrar. Segui o caminho até a cozinha e acendi todas as luzes do cômodo, procurando alguma coisa pra comer. Peguei leite e algumas frutas e comi lentamente, sentindo minhas pálpebras pesarem um pouco, finalmente o sono estava vindo.

Terminei de comer e larguei as louças sujas na pia e fiz o caminho de volta pro quarto, fazendo o mesmo esforço de não entrar no quarto do moleque. Porém antes que eu chegasse no meu quarto, ouvi um gemido baixinho e ele fungando. Nem preciso dizer que eu larguei todo o autocontrole e abri a porta dele, devagar.

Ele estava encolhido na cama, todo enrolado com o cobertor, o que o fazia parecer uma bolinha de tecido. Luffy tremia e respirava com dificuldade, chorando.

– Luffy? – Sussurrei, me aproximando da cama.

– Trao... – Choramingou, desfazendo a bolinha e se virando pra mim. – Eu te acordei? – Seus olhos estavam vermelhos e inchados.

– Não. – Neguei com a cabeça. – Eu estou sem sono... O que aconteceu?

– Tive um pesadelo... Não consigo mais dormir... Foi um sonho muito triste...

– Ah... Foi só um sonho, não vai acontecer.

– Já aconteceu... – Ele tentou sorrir, o que resultou em uma careta. – Não se preocupe comigo.

– Dá pra ouvir seu choro de fora do quarto, impossível não me preocupar. – Falei em um tom leve.

Me sentei na cama, ao lado dele e ele se transformou na bolinha de novo, ficando de costas pra mim e escondendo o rosto.

– Quer me contar com o que você sonhou? – Perguntei e fiquei um bom tempo sem resposta.

– Com meu irmão... Sonhei com o dia em que ele morreu... – Finalmente respondeu, de debaixo das cobertas. – E com outra coisa... Mas... Não posso contar, desculpe.

– Tudo bem. – Coloquei a mão sobre o lençol e puxei devagar.

Eu queria vê-lo. E mais que isso, eu queria tocá-lo. Ele resistiu no começo, mas acabou cedendo e deixando eu tirar o lençol do seu rosto. Olhou pra mim, o olhar perdido e amedrontado; Era como um gatinho de rua.

– Foi só um sonho, Luffy. – Sussurrei e ele continuou me encarando, como se procurasse algo em meus olhos.

Ele parecia tão perdido que chegava a dar pena. Parecia tão frágil e indefeso que parecia que ele quebraria com qualquer toque. Me aproximei ainda mais dele na cama e toquei seu rosto, sentindo-o estremecer com meu toque. Ele fechou os olhos, inclinando o rosto em meus dedos; Suas bochechas ficaram vermelhas e ele começou a respirar com dificuldade.

Era a criatura mais adorável que eu já vi na vida. Continuei com o carinho até que pensei que ele tivesse adormecido, mas quando parei, ele abriu os olhos, me olhando. E céus... Aquele olhar... Tinha um brilho diferente, como se pedisse silenciosamente por alguma coisa.

Luffy se mexeu, sentando-se, deixando os lençóis caírem na cama e ficando de frente pra mim. Ele estava sem camisa, a luz do corredor mostrando a pele branquinha e como seu peito subia e descia compassadamente. Ficou olhando pra baixo um pouco, até que pegou uma de minhas mãos entre as suas, fazendo um carinho delicado.

Quando dei por mim, estava puxando seu queixo, fazendo-o levantar o rosto. Me aproximei o beijei. No começo foi só um toque bem leve, mas ele retribuiu e me beijou de volta. Senti ele apertar minha mão e então ele abriu a boca um pouco, me fazendo sentir seu hálito quente. Beijei seu lábio inferior, encaixando a minha boca na dele; Passei a língua em seu lábio, o corpo estremecendo com o contato.

Ele beijou meu lábio superior, sugando de leve e depois deslizou a boca para o debaixo; Pedi passagem com a língua, o que foi prontamente cedida. Deslizei a mão que estava em seu queixo até seu pescoço, chegando até a nuca e o puxando mais pra mim, aprofundando o beijo. Ele estava totalmente entregue em meus braços e eu estava quase derretendo por dentro. Vi estrelas sob minhas pálpebras enquanto o beijava e meu estômago estava tão leve quanto um balão.

Nos separamos por falta de ar, ele estava com as bochechas e os lábios vermelhinhos, a respiração errada e suas mãos tremiam ao redor da minha. Desci a mão de sua nuca até suas costas e fiz um carinho lá. Minha cabeça estava um grande vazio, estava entorpecido demais pra pensar em qualquer outra coisa.

– Trao... – Ele sussurrou, me puxando de volta pra Terra.

– Me... Me desculpe. – Falei, tirando a mão de suas costas e tentando me soltar.

Ele segurou minha mão, impedindo-me de me afastar. Fechei os olhos e tentei raciocinar direito, só conseguia pensar em o quanto aquilo era errado, mesmo que não conseguisse organizar na minha cabeça os motivos de ser errado.

– Desculpar pelo quê? – Luffy questionou. – Eu que deveria me desculpar, você é bom demais pra mim... – Baixou a cabeça, soltando minhas mãos.

– Luffy, eu não sou bom. – Puxei seu queixo de novo. – Eu... Você sente algo por mim que não posso retribuir, não por inteiro.

– Eu me contento com só um pouco de você. – Seus olhos imploravam por aquilo.

– Não posso... Eu não... Luffy, eu não quero machucar você... Não quero te dar esperanças e depois... Não posso fazer isso com você. – Balbuciei, vendo ele fechar os olhos.

– Tudo bem.

Ele tirou minhas mãos de seu rosto delicadamente e se deitou, se encolhendo sob as cobertas. Fiquei sem saber o que fazer, vendo-o tremer e fungar sob os lençóis, chorando. Me sentei direito na cama e cobri o rosto com as mãos. Não queria machucá-lo e acabei fazendo exatamente o contrário.

Levantei e fui por meu quarto, me trancando lá. Eu estava incomodado, irritado comigo mesmo e minha capacidade de estregar tudo; Não era a primeira vez que isso acontecia, com Kid tinha sido do mesmo jeito, porém dessa vez eu estava muito chateado. Não queria magoá-lo; Luffy não merecia ter o coração partido – mais ainda – por alguém como eu.

Ele não precisava de mais uma tristeza ou decepção na vida. Ele não precisava nutrir um sentimento e depois ver que ele não daria certo. Por que ele não daria; Eu vou sentir medo, vou me afastar e, por mais que eu goste dele e sinta uma atração forte, não me permitiria sentir mais do que isso. Não me permitiria me envolver mais do que isso.

Não, eu não conseguiria me permitir. Era medroso demais e me sentia bem assim. Não abandonaria minha zona de conforto, pelo menos não tão facilmente. A cultivei por muito tempo e não queria perdê-la dessa forma. Não podia negar que Luffy é especial pra mim. Nunca tinha me sentido tão bem ao beijar alguém e tão frustrado e incapaz ao vê-lo triste.

Acabei dormindo no meio de todo esse devaneio. Não tive nenhum sonho naquela noite, estava cansado demais e me pareceu que fechei os olhos por alguns segundos e já estava acordando de novo. Sendo acordado, melhor dizendo. Ouvia a voz do meu pai bem longe, até que senti alguém sacudir meu ombro.

Pisquei os olhos algumas vezes e tentei levantar, ainda não entendendo o que Rosinante falava por ainda estar com muito sono.

– Law! – Gritou, fazendo minha cabeça doer. – O que você fez?

– Ahn? Eu... Do que você tá falando?

– O Luffy foi embora. Você fez alguma coisa pra ele, não foi?

Franzi o cenho e passei a mão no rosto, afastando, ou pelo menos, tentando, o sono. Respirei fundo e tentei organizar meus pensamentos. Sim, eu tinha feito e não, eu não contaria isso ao meu pai. Olhei pro loiro que estava de braços cruzados na minha frente, ele parecia bem irritado, a testa vermelha e os olhos desafiadores.

– Eu não fiz nada pro moleque. – Falei, voltando a me deitar na cama. – Ele foi embora por que quis.

Senti o olhar do outro em minhas costas, como se pudesse ver através da minha pele. Ouvi ele bufar e sair do quarto. Voltei a dormir, mas dessa vez o sono estava mais leve e eu acordei algumas vezes, me assustando com sonhos confusos que eu tive.

Quando finamente acordei de vez, já eram quase quatro da tarde. Minha cabeça doía e eu me sentia mais cansado do que quando fui dormir; Desci e fui comer alguma coisa, meu pai não estava em casa e agradeci mentalmente por isso. Não estava com saco pra ouvir sermão agora, já que, com certeza, ele não estava satisfeito com o que eu tinha dito pela manhã.

Comi e voltei pro quarto, me largando na cama novamente. Quando fechei os olhos, quase pude sentir a maciez da boca do moleque na minha, assim como seu cheiro. Que diabos eu tinha feito? Suspirei. Já estava começando a me aborrecer comigo mesmo por pensar tanto naquele menino.

Peguei meu celular, mexendo em algumas redes sociais por lá e depois indo ler as mensagens; Nenhuma dele. Depois fiquei mexendo nele, sem realmente prestar atenção no que fazia. Larguei o aparelho e fiquei olhando o nada. Não conseguia pensar em nada mais além dele.

Eu estava perdido.


 


Notas Finais


sEGUINTE esse capítulo foi curto, só o Law pensando no cu alheio e dando umas bitoquinha né?

Me arruma uns 10 reviews ai que eu posto essa porra antes de sexta. :D

é nois q voa


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