-Por que... você está aqui? --perguntei, fracassando em segurar as lágrimas
Ele está aqui...
Aquele menino lá no Brasil, que eu me declarei com uma carta e ele leu e me rejeitou na frente do colégio inteiro esta aqui. O menino com o ego maior que o Monte Everest. O menino que eu mais odeio.
-Oh? S/N? Que interessante... É aqui que Walter Cidreira mora né? O que você faz aqui? --Ruan perguntou
-Você é filho de Walter? Ai.... --ele passou por mim e me empurrou com seu ombro, me derrubando no chão
Quando Mark percebeu a situação levantou imediatamente e segurou Ruan
-Ei quem é você? --
-Me solta asiático do pinto pequeno, eu moro aqui também --Ruan tirou a mão de Mark do seu ombro e se jogou no sofá
Eu me levantei com um pouco de dificuldade por causa da minha perna que estava doendo muito, mas isso não tem importância. Ele está aqui
-Eu quero uma explicação! --parei na frente de Ruan o impedindo de ver TV
-Você não mudou nada nesses dias s/n, cadê S/M? --deixei um suspiro de surpresa escapar
-Você é o filho de Walter que era para ter chegado só daqui a dois meses? --fechei a mão com força
-Sim. Maninha --
-Nã-Não me chame assim, seu cuzão de merda --cuspi as palavras nele
-Entendo, você ainda guarda rancor pelo que eu fiz na escola né? --mais lágrimas caíram. Não acredito que estou chorando na frente dele
Mark segurou minha mão e me arrastou para meu quarto, eu me sentei na minha cama e desabei em choro
Mark se sentou ao meu lado e deitou a minha cabeça em sua perna
Me virei e afundei meu rosto em sua barriga, nesse momento eu pude sentir bem o seu cheiro
Ele cheira a rosas, um cheiro muito bom.
-Quem é ele S/n?
-Ru-Ruan, aquele que me rejeitou, me desprezou e me humilhou na frente da escola toda --ele não disse nada, só me tirou do seu colo, enxugou as minhas lágrimas e me abraçou
Eu afundei minha cabeça na curvatura do seu pescoço, estava hipnotizada pelo seu cheiro doce de rosas e pela sua pele tão macia e delicada
Ele se deitou na cama comigo e me abraçou, meu coração saltitou e nesse momento eu fiquei sem ar
Por que está sendo tão legal comigo, seu pervertido? Eu realmente não te entendo
Se eu não estivesse ainda sentida por esse ocorrido, eu o teria expulsado do meu quarto, simplesmente porque teria lembrado do nosso "quase-sexo" mais cedo e teria ficado com muita vergonha, mas...eu não conseguia pensar em nada
Ele começou a cantar uma música baixinha perto do meu ouvido, odeio ter que admitir alguma qualidade dele mas ele tem uma voz linda.
Eu dormi com Mark cantando para mim e essa sensação de segurança quando estou em seus braços
O que está acontecendo comigo?
((...))
Quando eu acordei de volta, Mark não estava mais comigo, me levantei e desci para a sala
Ruan estava deitado no sofá todo jogado, de pernas abertas e sem camisa, quando me viu sorriu de lado e eu saí da li
-O que você faz aqui S/N? --ele veio atrás de mim-- cadê aquele asiático de pinto pequeno?
-Não fala assim dele!
-Então você ja viu ele pelado? --corei lembrando da minha punição incompleta
-Não é da sua conta --me sentei
-Sabe, eu ja sabia que iria morar com você. Meu pai me mostrou uma foto de sua mãe e a filha dela
-Humph --desviei o olhar.
-Sera que você ainda gosta de mim?
-Pode apostar que não --disse fria
-Você mudou bastante, está mais bonita --se aproximou-- então não vai se importar se eu fizer isso --se inclinou para me beijar, mas eu ergui a mão e bati em seu rosto
Ele se afastou com a mão na bochecha, totalmente surpreso
-Você não fez isso sua.... --quando ele ia me bater Mark apareceu e segurou seu braço
- agressão a uma jovem indefesa, que falta de classe
-Me solta, o que você é? O namorado dela? --Ruan tentou puxar seu braço mas Mark não soltou.
-sim, sou o namorado dela --Mark disse rangendo os dentes
-Hãn? Impossível! --Ruan arregalou os olhos
-Calado! Ninguém pode machucar meu cachorro! --então Mark socou seu rosto
-Ma-Mark para... --coloquei a mão no meu ombro, não quero que o Mark se machuque
-Saia --eu nunca tinha visto o Mark tão sombrio-- saia daqui! Eu estou te protegendo e você manda eu parar, está defendendo ele?
-E-Eu... --eu não sabia nem o que dizer
-Saia --abaixei a cabeça e subi correndo para o quarto
Tranquei a porta, me sentei e abracei meus joelhos
Eu só queria evitar que você se machucasse seu grosso
Desabei em choro novamente
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