História Blackouted Heart - 10 - No Happy Ending ( Final ) - ( I Love You )

...Mas...

...Acabei por não acreditar mais nisso.

-Ichi, você...
Murmurei, de cabeça baixa.

-Hm?

-...Gosta de mim?
No momento que perguntei isso, meu rosto se transformou rapidamente em um tomate.

-...!! Tch, não aja como se eu...!
O moreno se calou, no momento que comecei a lacrimejar.

-Você... Realmente gosta de mim?
Encarei o de roxo, com meus olhos já vermelhos.

-Ahn... Tch, claro, sua idiota.
Sorri tristemente, encarando o moreno que agora estava com seu rosto virado para o lado, ainda segurando minhas mãos.

-Humpf, idiota. Qual a dificuldade em falar isso?
Bufei, vendo o idiota corar mais e mais.

-Nenhuma! Tch! Eu... Gosto de você! Feliz??

-Nom.

-Que?! Eu te amo, porra!
Rosnou, com raiva, corando mais ainda enquanto eu ria.

-Calma, jovem, não precisa se exaltar. Eu... Também te amo.
Sorri, sentindo o mesmo me abraçar com força.

-Obrigado... Loira...
Senti lágrimas cairem nos meus ombros. Retribui o abraço com força, sorrindo sem parar.

-De nada... Bom, Ichi... Vamos no tal restaurante?
Sorri mais ainda, secando suas lágrimas na ponta dos pés.

-Hai...

Voltamos a andar com calma. Percebo que algumas pessoas nos encaravam como se vissem um doido. Ué? Rio fracamente, segurando com força a mão dele.

Quando chegamos ao restaurante, Ichi se sentou na mesa, enquanto eu pegava uma ficha. Nossa, que chique.

Sento à frente do moreno, encarando o mesmo feliz. Cara, que sonho.

Nunca pensei que algo assim aconteceria...

Parece até... Alucinação.

Pela primeira vez, vi aquele moreno sorrindo. Mas um sorriso verdadeiro, que me passava tranquilidade.

Eu tô quase chorando...

Começamos a conversar, e fazer algumas piadas aleatórias. Eu ria sem parar.
Cara, não tem como esquecer esse momento. Nunca.

Mas... Isso tá muito forçado...

Bom! Tanto faz.

Após terminarmos de comer, saímos do restaurante de mãos dadas, sorrindo sem parar.
Eu não estranhei as pessoas me olhando como se fosse louca, até porque estava distraída demais com algo mais.

Acabamos por sentar embaixo de uma sakura com pétalas caindo lentamente. Sentei no meio de suas pernas, enquanto o mesmo me abraçava e acariava meus cabelos.

-Eu... Realmente gosto de você.
Ouvi seu sussurro. - Posso ser um cara estranho e parecer não ter sentimentos, mas... Eu realmente te amo, Rafaela.

-Eu também te amo... Sabe, sempre fui alguém sozinha que os outros consideravam estranhas, mas... A partir do momento que te vi, a partir do momento que te conheci... Tudo voltou a ter cores pra mim...
Sorri, segurando suas mãos coradas.

-Nunca conheci alguém tão sincera assim.

-Digo o mesmo, você é a melhor coisa que já me aconteceu, não sei o que aconteceria se...

De repente tudo se escureceu. Nesse momento, eu não conseguia entender mais nada, tudo se tornou preto e branco.

O... Que...?

Tudo...

Tudo... Está como antes...

Eu...

Eu não entendi! O que aconteceu?!

-O QUE ACONTECEU?!
Me levantei rapidamente, percebendo que o moreno estava decapitado embaixo de mim e uma faca estava nas minhas mãos. - Não. Não... Não!
Olhei em volta, vendo minha mãe, meu irmão, os matsus... Todos mortos.

Isso não...

Isso não pode estar acontecendo.

Olhei diretamente para onde estava o amor da minha vida, e enxerguei meu pai, todo... Todo estripado!

NÃO! NÃO! NÃO!

Começo a rir loucamente, percebendo que tudo começou a ficar iluminado novamente, e eu estava prestes a enfiar aquela faca no meu peito.

Que...?

-Hikuro! Que foi?!
O moreno berrava, de olhos arregalados. - Não faz isso, por favor...

-Que porra... Eu juro que...

Começo a chorar desesperadamente, caindo nos braços do moreno que me encarava desesperado.

Do nada, comecei a rir loucamente, novamente.

Heh...

Heheh...

Entediante.

Sorri cínicamente, pegando aquela faca e enfiando no estômago daquele emo idiota.

Tch, eu odeio gente idiota.

No momento que a faca "tocou" em seu estômago, a mesma o atravessou como se aquilo fosse "água".

Que?!

Mas... Mas...

Eu matei ele!

Isso... Isso...

É loucura!

Após alguns segundos, "ele" some com uma simples fumaça.

Não. Isso não é real...

Eu... Eu...

Sorrio, começando a correr até minha casa. No momento que chego lá, percebo que ela estava vazia. Que...?

-Choro...? Kara-nii? Osomatsu! Jyushi-san! Todo-chan!!!
Volto a chorar sem parar, percebendo que estava completamente vazio.

Me encosto na porta, sorrindo, ainda com lágrimas caindo sobre meu rosto.

Isso...

...o que aconteceu?

Ouço sirenes vindas de fora. De repente, alguns tiras batem na minha porta.

-É a CIA! Srta. Gonçalves, abra a porta, já!
Ouvi berros vindos da rua.

Rio, erguendo minha faca. Abro a porta, com uma grande aura depressiva vinda de mim.

-O que foi, senhor...?
Sussurrei, encarando o tira com uma expressão fria.

-Sua mãe ligou para a emergência. Precisamos te levar conosco!

-Certo...
Sussurrei, soltando a faca, totalmente limpa, no chão.

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Insanidade.

Isso foi confirmado pelos médicos daquele lugar.

Problemas mentais.

Isso foi confirmado pelos médicos daquele lugar.

Ilucinações.

Isso foi confirmado pelos médicos daquele lugar.

Depressão.

Isso foi confirmado pelos médicos daquele lugar.

Eu era uma completa louca...

...eles, disseram, que meu destino era o hospício.

Eu odeio esse lugar.

Eu não quero ficar nesse lugar.

Eu definitivamente vou sair desse lugar.

...eu não sou louca.

Aquilo tudo...

...foi real, não foi?

Eu vou sair daqui.

E me vingar dessas pessoas que resolveram me denunciar.