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História Blood - Ele estava morto


Escrita por: winminsewk

Notas do Autor


Eai galerinha. Bem essa oneshot tá bem beathfic, bem slash, e claro, ela também está darkfic, eu realmente amo uma darkfic.
Espero que gostem e se houver alguma erro ortográfico me perdoe, meu teclado do computador não muito ótimo mas né, vamo fazer oq.
Primeiramente queria agradecer a Mandys, ela me ajudou muito nessa história e na capa da oneshot também, um beijo no cu pra você viada.
E a Eve, aquela maravilhosa, ajudou também na oneshot, um beijo na ppk pra você.
Aaah, eu tirei a ideia da fic em uma história no wattpad.
Espero que gostem sz

Capítulo 1 - Ele estava morto


Quando perguntam quem e você, o que você responde?

Na tentativa de responder a essa pergunta, talvez você conte a sua historia de sua vida, suas preferencias, emoções, crenças, enfim, tudo aquilo que faz você ver o mundo de uma maneira particular.

Você assistira a uma espécie de filme, com flashes do ultimo fim de semana, do sabor da sobremesa favorita, lembranças da infância mesclada com sensação de alegria, cansaço, tristeza... Ninguém, além de você, pode entrar na sua mente e assistir ao mesmo filme.

Talvez nesse flashes você se recordara de uma pessoa especial ou ate mesmo da sua família toda reunida.

No meu caso, sinto falta de todos, eu acho... talvez tenha algumas exceções.

Quando morri, que dizer, quando me suicidei, eu não sabia que sentiria tanta saudades assim da minha família.

Lembro de ver os berros de desespero da minha mãe que havia acabado de perder um filho e o meu pai tentava acolhe-la nos braços e chorava junto a ela. Me lembro de ver ali minha mãe segurando meu corpo jogado bem  no chão do banheiro enquanto minha alma observava tudo.

Aquela dor rasgava o peito e a alma ferozmente. Era uma dor descomunal. A minha mãe deitou o meu grande corpo em seu colo e se perguntava repetitivas vezes, o porquê de tal tragédia, ou melhor, porquê logo comigo, sua família.

Aquela cena fazia meu coração doer mas por muito tempo eu aguentei toda essa pressão que me atormentava, por muito tempo chorei no escuro do meu quarto encarando o nada, procurando motivo pra aquela dor sumir... Sei lá parecia que eu estava correndo em círculos e sempre parava no mesmo lugar, por diversas vezes eu tentei pedir ajuda, e tentei abraçar alguém como um pedido de socorro.

 Em matéria de educar meus pais foram os melhores, mas na matéria de atenção, eles pecaram. Sempre falava que minha hora estava chegando mas eles falavam que era apenas mais um drama, pois é não era um drama era só um pedido de socorro.

Fui tao fraco ao ponto de cometer um suicídio, a ponto de fazer todos sofrerem, logo eu que só  gosto de ver as pessoas sorrindo... Espero que eles já tenham me perdoado, todas as noites eu prometi que ia dar um beijo em cada um que prometi que cuidaria até depois que eu morresse.

A dor jamais poderia passar, aquela ferida nunca iria cicatrizar, a falta de carinho e triste, frases ditas como palavra pesadas demais ferem, tapas destroem. Suicidio. Quantas vezes você já pensou nisso? Em tempo, meus pensamentos eram voltados para esse assunto como o faria, com o que faria, porque faria...

Eles olhavam meu corpo e repetindo pra eles mesmos o porquê que eu fiz isso. Fui fraco mais um vez, só que dessa vez fui fraco pra sempre.

Já se passaram 15 anos des que me suicidei e agora vivo vagando pelo mundo, o mundo pelo qual escolhi deixar quando ainda vivo.

Fico observando o modo de vida das pessoas, vejo gente chorando no quanto e alguns se cortando e se matando. Dói ver alguém passando pelas mesmas coisas que passei.

Acho bom ver as pessoas mesmo que elas não possam me ver, talvez não fosse ruim ser um espírito ou talvez fosse bom ficar aqui nesse mundo, mesmo que meu lugar fosse no mundo dos suicidas ou, o mundo escuro. Onde o medo prevalece.

 

Quando eu estava finalmente pegando no sono, o barulho da porta soa alto, mostrando-se que pessoas haviam chegado. Ótimo, meu sono havia sumido.

Um novo casal entrou, com sorrisos bobos por causa da grandeza dos cômodos, dos detalhes da casa e ficando encantados com o que o corretor imobiliário falava sobre a casa rustica e preservada.

Novamente novas pessoas iriam morar aqui, não que eu achasse ruim mas tinha medo de fazer algum barulho ou quando eu os assustava mesmo que eles não podiam me ver.

 

Se passaram 2 semanas e eles já estavam morando aqui. Dessa vez era um casal gay que por sinal eram fofos juntos. Sempre os observa eles, e percebi os hábitos, modos e jeitos de cada um. Chen, era o mais bipolar, as vezes estava ranzinza e outras vezes parecia um amorzinho de tão fofo. Baekhyun era com certeza o passivo na relação. Ele me chamou atenção, o seu jeito proativo e amável, e fazia de tudo para alegrar o companheiro, mesmo sendo difícil.

Ele tinha mania de falar sozinho, sempre que eu estava perto eu o ouvia, era como se ele estivesse falando comigo.

Ele contava histórias da sua infância ou da sua família. Contava o quão divertido era quando foi criança. Falava das suas travessuras quando era menor, que fazia sair uma risada escandalosa, e eu ria junto por dentro. Eu completamente gostava de ficar com ele, ou melhor,  ficar ouvindo ele.

Mas também não aguentava ve-lo chorando, pois seu marido não dava mais atenção pra ele, não ficava muito em casa por causa do trabalho, quando estava de folga saía para beber com os amigos deixando Baekhyun de lado.

 

Com o tempo Baekhyun começava a falar mais sozinho, sempre contando suas histórias engraçadas, até que eu caí de ri e sem querer consegui quebrar uns dos vasos de enfeite que estava em cima da mesa ao meu lado.

 

— Até que fim você fez algum barulho. – respondeu Baekhyun, olhando diretamente no meus olhos.

 

Fiquei calado, era impossível ele estiver falando comigo.Ele pode me ver? Não, claro que não.

 

— Ou. Eu estou falando com você, Chanyeol!

— Esperai, você pode mer ver? Não, espera, como você sabe o meu nome?

— Pesquisei sobre você. Morreu com suicídio, né? Uau, você ficou bem famoso na época que morreu. Aparentemente passou até nos jornais.

 

Sai correndo e me tranquei no porão.

Isso era impossível, como ele podia me ver? Ou, como ele sabia que eu era o menino que se matou? Acho que em vez de eu assustar ele, ele que me assustou.

 
Fiquei um mês no porão, sem subir pra cima. Confesso que fiquei com muito medo, ele realmente me assustou.

Ele não falava mais sozinho, então percebi que falava era comigo, ele sabia que eu estava lá ouvindo, sabia da minha presença ou melhor, ele me via lá .

Então foi ai que eu tomei coragem e sai do porão, afinal eu gostava de ouvir suas histórias e eu queria fazer perguntas pra ele.

 

— Ai, até que fim voltou Chanyeol. Estava com saudades de contar minhas história pra você! Você não me fazia sentir sozinho.

 

Não respondi nada. Eu ainda estava completamente com medo.

 

— Desculpa-me. Eu não devia ter te assustado daquele jeito. – Baekhyun falou, olhando para o chão .

 

—  Tudo bem, você também não me fazia sentir sozinho, obrigado, eu acho. – falo com um tom mais baixo. — Posso te perguntar uma coisa?

 

ele fez um “ sim” com a cabeça e eu tomei coragem e perguntei.


         — Você realmente gostava da minha presença? Ou, só me queria perto porque você não tem atenção do seu marido? 


Ele abaixou a cabeça, então foi ai que percebi que fiz uma pergunta horrível.

— Ohh desculpe, não era minha intenção magoa-lo, mil desculpas...

— Tudo bem, você está certo. Meu marido não me dá mais atenção. Mas, eu não ficava conversando com você por causa disso, é sim porque eu realmemte gostava de contar coisa pra você e saber que você me ouvia. Ter alguém com quem conversar muda todo o seu dia, sabe? Alguém pra poder falar de tudo e de nada, alguém que fala uma bobagem, alguém pra confiar de verdade em meio a todas as coisas ruins que te acontecem. Esse tipo de gente, você não acha todo dia. Sinto que você é esse tipo de gente, sei que de todas as coisas que eu já falei nessa casa, você me ouviu. Sinto que posso confiar em você.
 
 
Tenho certeza que ninguém nunca tinha me falado isso, até hoje.

 

 

Semanas foram se passando, meses, é agora faz 2 anos que conheço Baekhyun. Faz 2 anos que me tornei tão proximo a ele, que não percebi que eu já amava ele. Eu realmente tinha me apaixonado por Baekhyun. 


       — Você sente saudades dele? Digo, do seu marido. — pergunto meio sem graça.

— Sentir ausência não é sentir saudade. É muito diferente. 

Chen continuava o mesmo. Sempre saindo com os amigos pra beber e sempre se esquecendo ao poucos o seu marido, Baekhyun.


Por tanto tempo que passei com Baekhyun, eu já amava ele. Eu havia me apaixonado loucamente. Meu coração está tomado por alguém que eu não posso chamar de meu.


             — Baekhyun, posso te perguntar uma coisa? 

— Claro, chanyeol! 

— Você acha que é possível alguém se apaixonar por mim? Se apaixonar por um espírito? 

— Já ouviu aquele ditado que amor não se vem em aparência, idade e forma? Então, é possível sim.

— Mas você não tem certeza sobre isso baekhyun. Eu só sou um qualquer espírito. 

— Tenho sim, porque eu me apaixonei por você Park chanyeol. Eu completamente me apaixonei por você.

 

Com o tempo, eu e Baekhyun estavamos falando iguais casais, estavamos mais próximos que tudo. E cada dia mais, eu amava esse garoto. 

Sempre que podia eu saía pra tomar um ar fresco e sentar sozinho no banquinho da praça observando as pessoas. Observando o modo de andarem, de comerem e de falarem. Era bom apenas observarem.

Quando voltei pra casa, e fui direto ao encontro de Baekhyun, contar sobre meu dia e perguntar como foi o dele. Era sempre assim. 

Sem conseguir achar Baekhyun pelos quartos e no porão, fui até a cozinha ver se ele estava ali cozinhado seu jantar. 
Até que vejo um papel em cima da mesa. Escrito com as letra dele: 

" Para: Chanyeol       
   De: Baekhyun 

 Hoje, Chanyeol, eu finalmente pensei em um jeito pra eu poder ficar com você. Sabe é ruim amar alguém que não pode ter-lo. Eu quero você, quero amar você, eu quero te abraçar, te beijar, te dizer coisas que todos casais dizem. Quero pegar na sua mão e sair por aí junto as minhas. Quero sua boca encostada à minha. Quero senti seu perfume. Quero pegar no seu cabelo. E hoje, eu finalmente consegui pensar em um jeito, até que fim. 
Por dentro jaz o que outrora foi um sonhador, visionário, otimista e desafiador. Simplesmente acomodei-me com a dor, lutar só a aumentava, parar de me debater poupou o mínimo para que eu tivesse uns poucos momentos de satisfação na minha vertiginosa queda rumo ao abismo que me encontro. Meu rosto sem expressão, essa melancolia estampada em meu ser de forma residente é o fedor que ultrapassa a barreira metafísica e se manifesta no físico. Já não consigo dormir, pensar, sonhar. Estou morto. Mas estou morto por você. Finalmente irei te ver, finalmente vou te encostar. 
Enquanto você está lendo isso, eu estou tentando entrar em seu mundo. Estou me matando, Chanyeol. Finalmente terei você,  Park Chanyeol. 
Me aguarde, que estou indo a caminho." 


Com lagrima na cara, joguei o papel no chão e corri. Corri o mais rápido possível. Corri tanto que faltava ar.
E lá estava ele, jogado na banheira com remédio ao seu lado. Sua barriga sangrava e sua rosto estava mais branco do que de costume. 
Ele estava morto. 
Ele estava completamente morto.
Ele era um suicida. Como eu.
Nossos caminhos finalmente vão se encontrar. 

 

E eu terei finalmente o Baekhyun pra mim. 


Notas Finais


eh nois, tmj.


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