Dezembro de 1996.
Chris havia saído para beber em um pequeno bar que havia perto de nossa casa, se a devo chamar assim. Eu estava com meu pai sentada enfrente à lareira quando minha mãe chegou e devagar ganhou a atenção do meu pai, que logo percebeu algo de errado.
— Querida, eu volto logo.
Ele se levantou após beijar levemente minha testa, eu sorri fraco. Sim, eu estava com medo. Logo me levantei e fui devagar seguindo as vozes, eu sabia me esconder muito bem, um dom meu.
— O que está fazendo aqui Ian? - Ouvi a voz do meu pai em um tom rude.
— Ora ora ora Mike...se esqueceu? - O homem jovem e bonito retirou de suas costas uma enorme espada prata.
— Não aqui...Lauren está em casa, ela não merece isso. É muito nova. - Meu pai falou tentando abaixar a espada das mãos do tal Ian.
Senti uma mão suave sobre meus ombros, minha respiração estava acelerada e tinha medo de olhar para o lado, o curioso é...que quando sinto raiva ou medo, meus olhos ficam vermelhos.
— Você é uma alfa e tão nova. - A mulher de cabelos castanhos sorriu sarcástica pra mim.
— Me deixe em paz. - Tentei sair dali mas a mesma me impediu.
Foi quando ela me arrastou para a sala onde meus pais estavam com aquele homem, minha mãe estava olhando o mesmo com ódio e meu pai tentava controlar a situação.
— Olá, pequena...como vai? - Ele disse soltando uma risada nasal.
Meu pai enfiou rapidamente suas garras no pescoço daquele homem o jogando para longe, minha mãe jogou a mulher no chão e uma briga brutal começou, eu sabia que aqueles dois eram humanos por estarem usando armas...meus pais obviamente iriam vencer, ou era o que eu achava.
— Por que está fazendo isso? - Meu pai perguntou olhando fixamente nos olhos do homem.
— Vocês são os últimos e irão morrer.
Foram as últimas palavras nas quais prestei atenção, já que tudo ficou em câmera lenta pra mim quando vi a mulher enfiar a espada lentamente dentro do coração do meu pai, minha mãe também já estava morta.
— Não!
Eu corri para perto do meu pai e o vi cair lentamente no chão, ele segurou em minha nuca e me olhou profundamente.
— Sangue se paga com sangue... Eu amo você, querida.
Eu não sei porque aqueles dois me deixaram viver, mas se deixaram com toda certeza vão se arrepender de ter feito isso.
Dias atuais.
Eu parei o carro na entrada da cidade, após tantos anos voltei aquela cidade, em busca de vingança. Eu desliguei o carro e saí do mesmo.
— Hey, por que paramos? - Chris saiu de sua Mercedes preta confuso.
— Eles estão aqui, não é? - Perguntei suspirando.
Senti a mão de meu irmão tocar meu ombro levemente, eu o olhei de lado e ele sorriu fraco, Chris é tudo que me restou, sem ele eu não sou nada.
— Prometemos isso à eles.
E com aquelas simples palavras toda a cena veio à tona, toda a dor que senti, tudo. Cada minuto, ver eles morrerem e não poder ter feito nada, foi a pior sensação do mundo.
— Não, eu prometi.
Deixei mais um suspiro no ar e voltei para o carro, eu iria até o inferno para encontrar esses dois desgraçados, eles vão sofrer tudo o que sofri.
Virgínia - 3:00 PM
Eu estacionei o carro e pude ver nossa nova casa, ela era uma mansão branca com altas janelas de vidro, uma piscina maravilhosa e árvores majestosas ao seu redor, era perfeita.
— Vocês que são os Jauregui? - Uma senhora ruiva disse abrindo um majestoso sorriso.
— Sim, somos nós.
Meu irmão respondeu e apertou a mão da senhora, em seguida eu fiz o mesmo, Chris assinou um papel e ela saiu em seu carro anos 90.
— É toda nossa. - Ele falou sorrindo largo e eu igualmente.
— Eu amo você, maninho.
Disse batendo minha mão na nuca dele levemente o fazendo rir, ele bateu em mim de volta e nós dois entramos na casa rindo.
Virgínia - 9:00PM
Eu saí da minha nova casa e comecei a andar pelo condomínio observando cada detalhe até que senti ser jogada no chão com uma força enorme.
— Hm... Me deixe adivinhar, vampiros?
Dei um salto me levantando e foi quando vi uma garota de cabelos loiros e bem alta, ela me olhava com as presas para fora e seus olhos estavam amarelados. Nós lobisomens sentimos cheiro de vampiros de longe, e eles, o mesmo com a gente.
— Hm... Me deixe adivinhar, uma loba metida a idiota?
Ela falou soltando uma risada nasal alta, coloquei minhas garras para fora rapidamente e minhas presas saíram também, junto com meus olhos avermelhados.
— Porra, é uma alfa.
Ela parecia estar com medo o que me fez sorrir largo, enfiei minhas garras em seu pescoço e a segurei apenas com uma mão, olhei no fundo dos olhos dela e sorri.
— Me chame de idiota de novo e eu acabo com você, loirinha.
Ela gemia de dor foi quando a joguei no chão, eu me afastei e me virei novamente para olhar para ela mais uma vez.
— Vampiros idiotas.
Eu ri alto e continuei andando pelo condomínio, pelo visto...já arranjei uma pequena inimiga. Coitados de quem tentar entrar no meu caminho, porque eu acabo com todos eles num piscar de olhos.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.