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História Blood, Sex and Rock'n'Roll - O que sabemos sobre vampiros de filmes.


Escrita por: VampireFoxy

Notas do Autor


Oláaaaa!!

Esse capitulo demorou um pouquinho pra sair do que geralmente demora ... Porem, antes tarde do que nunca não é mesmo?
Aos novos leitores .. sejam bem vindos.
Aos que ja me acompanham, obrigada por ficar.

VampireKisses!!

Capítulo 9 - O que sabemos sobre vampiros de filmes.


Fanfic / Fanfiction Blood, Sex and Rock'n'Roll - O que sabemos sobre vampiros de filmes.

                 Laura’s P.O.V

"Eu estava sentada no chão que estava coberto por uma espécie de toalha de mesa, um forro florido.. e ao redor haviam xícaras, bule e algumas coisas de comer, frutas .. como em um piquenique. Notei que usava um vestido daqueles de filme antigo e fazia uma adorável tarde em um lugar com uma paisagem maravilhosa. Muito verde, com um lago de fundo e um castelo magnífico mais adiante. Não tinha percebido antes mas havia alguém ali comigo, notei uma mão de repente me estendendo uma taça com vinho. Era ela, a moça de lindos cabelos escuros e olhos intensos .. deixei a taça cair derramando todo o líquido no vestido dela.

_ Ow, queira me desculpar. – Disse colocando uma mão sob a boca em espanto com meu desastre.

_ Tudo bem meu amor, não foi nada. Você sabe que no fundo eu acho esse seu lado desastrado adorável."

                                                                                             ...

Abri os olhos, .. esta era a primeira vez que sonhava com ela desde que descobri que a garota que aparecia pra mim em sonhos de fato existia. A minha colega de quarto.  E se referiu a mim com um “meu amor” .. Esses sonhos só me deixavam confusa. Porque raios eu sonhava tanto com ela? Olhei em volta vendo raios de sol entrar pela janela constatando o que parecia ser uma gloriosa manhã. Quem vê nem parece que um dia iluminado desses nasceu após uma noite tão sombria daquelas, e nem eu iria achar que aconteceu mesmo não fosse o curativo que eu tinha na testa tampando um machucado dolorido. Toquei sutilmente o lugar e não pude segurar o sorriso em meus lábios .. Carmilla não apenas havia salvado minha vida, mas também havia feito curativo em mim, não sei como mas ela me trouxe até o quarto cuidou de mim e posso estar enganada mas, acho ter visto indícios de uma preocupação verdadeira dela comigo. Ou pelo menos era o que eu gostaria que estivesse acontecendo.

Eu estava feliz pela nossa notável aproximação. Eu sei que o que ela fez por mim faria por qualquer outra garota que estive passando por aquela situação, mas uma grande parte de mim gostava de acreditar mesmo em todos esses sinais de que ela estava baixando a guarda.

 Suspirei sentando-me na cama e olhando pra ela deitada na outra cama em frente a minha .. ontem pela primeira vez ela ficou no quarto a noite e dormiu aqui comigo.

Repassei em pensamento tudo que aconteceu na noite anterior. A forma como ela me protegeu partindo pra cima daquele cara e bateu fervorosamente nele a ponto de eu ter que gritar seu nome e pedir que parasse. Como isso é possível?! Como ela sabe bater daquele jeito? ... Só agora depois de tudo se acalmar é que vejo o quão sexy isso foi.

Nada tira da minha cabeça a visão dele causando um baita corte em seu braço, mas não tinha machucado nenhum depois.

_ Garota, você é um enigma que preciso muito desvendar. – Sussurrei enquanto me levantava da cama olhando pra ela. Deitada de lado, descoberta, uma mão sobre a barriga e a outra apoiada acima de frente pro rosto, os cabelos negros espalhados deixando uma mecha caída no rosto, lábios entre abertos ... quem olha esse anjo aqui dormindo não imagina como pode ser toda nervosinha quando acordada.

A observei por um tempo segurando uma vontade inexplicável de colocar aquela mecha insistente de seu cabelo atrás de sua orelha e de tocar em sua pele tão branquinha. Ela usava um top roxo embaixo de uma blusa preta surrada e sem mangas com desenho de uma lua cheia estampada. A cor do top sobreposto ao tom de sua pele fazia um contraste que hipnotizava os olhos. Sua pele parecia um creme, sua pele pedia pra ser tocada.

 Olhei para minha cadeira onde me sentava para mexer no notebook e as coisas dela estavam lá. Organização é uma coisa que essa garota não maneja muito bem. As roupas que vestia ontem, a blusa com estampa de caveira e a jaqueta. Me lembrei do quão cheirosa ela estava quando chegou perto de mim no lual e não me controlei em pegar a peça de roupa e levar até o nariz inspirando aquele cheiro delicioso fechando os olhos. Eu poderia facilmente me viciar naquele cheiro. Ajeitei a roupa no encosto da cadeira quando notei uma coisa e peguei a parte da manga da jaqueta ... havia um corte lá. Um corte nitidamente recente, reto e causado por um objeto cortante. Um canivete talvez? .. Passei os dedos nas bordas da abertura do corte e notei uma pequena mancha do que parecia ser sangue seco em meio às dobras do tecido.

_ MAS O QUE?... – Exclamei mais alto do que deveria e prontamente levei a mão à boca me calando de olhos arregalados enquanto notava Carmilla se mexer um pouco na cama, por sorte não acordou. Eu não estava louca afinal, houve realmente um corte em seu braço, mas onde esse machucado foi parar? .. Quer dizer, se antes eu não estava louca agora eu iria ficar de vez. Peguei a sua jaqueta e enfiei na minha mochila, eu iria confrontá-la sobre isso e não lhe daria a chance de esconder a única prova de mim.

Fui me arrumar pra ir para minha aula fazendo o menor ruído possível para não acordá-la .. e já estava quase pronta quando fui até a geladeira pegar um leite pra tomar no café da manha, quando sem querer esbarrei no vidro de sua tal bebida de proteína fazendo o mesmo cair no chão.

_ Droga! – Exclamei baixinho fazendo uma careta,.. falhei miseravelmente em não fazer barulho. Num pulo Carmilla levantou-se da cama com os cabelos desarrumados perguntando se eu tava bem. Não pude deixar de sorrir achando aquela cena adorável.

_ Me desculpa Carmilla eu não queria te acordar foi sem querer e ... (me abaixei pra pegar o vidro caído. )

_ Aaaah, o que qui é isso? – Exclamei em voz alta surpresa com um líquido grosso e vermelho escuro que escorria da tampa derramando no chão. – Sério que você bebe isso? Quer dizer, isso ta parecendo sangue. E ta com cheiro de sangue. Ai meu Deus! Isso é sangue? – Ela soltou uma gargalhada com a minha confusão e rapidamente se enfiou na minha frente recolhendo o objeto, pegando um pano na pia pra limpar dizendo:

_ Relaxa loirinha! – Disse ela com sua aquela voz rouca, e foi quando me dei conta de que esta foi a primeira vez que ouvi sua voz ao acabar de acordar, e era ainda mais irresistivelmente rouca.

_ Isso era pra ser só uma brincadeira ... fiz pra pregar uma peça em você e suas amiguinhas pra saber se iriam mexer ou não, só isso.

_ Céus Carmilla, você tem um jeito muito maluco de pregar peças. Meu Deus!! – Ela soltou outra risada.

_ HA-HA não tem graça nenhuma!! – Falei de má vontade fechando a cara.

_ Pra mim tem, você devia ter visto a sua cara. E, aliás, você fica muito lindinha assim toda bravinha. HAHAHA

_ Bom, pelo menos eu fiz a nervosinha rir mais uma vez. – Eu disse levantando uma sobrancelha em tom de provocação. (ela tava flertando comigo, é isso mesmo? A mesma garota que nem Oi falava direito antes, agora flertava comigo .. eu estava acumulando pontos).

_ Às vezes você faz. Tem certeza de que você deve ir pra sua aula hoje?

_ Claro, eu estou bem. Além do mais as provas estão próximas e não posso perder aula à toa.

_ Bom você quem sabe, eu particularmente acho que deveria relaxar um pouco de ser tão certinha, afinal a sala, as aulas e tudo mais ainda vão continuar lá. Você pode repor a aula com suas amiguinhas. - Disse ela se jogando de volta na cama deitando de bruços abraçando o travesseiro.

_ Hey, esse travesseiro é meu!! – falei apontando.

_Ahhh, deixa de ser chata! Ele é macio eu gosto dele. E você não tem uma aula super imperdível pra ir? – Ela disse sem nem olhar pra mim.

_Tenho, como você mesma disse .. eu sou certinha. (e não tenho mãe reitora da faculdade) eu pensei comigo mesma. Afinal, terminar meus estudos era algo extremamente importante pra mim além da compreensão dos demais, que sempre me julgavam por não ser a típica universitária clichê, que mais se importava com lado da diversão que com lado dos estudos em si.

Olhei pro relógio e revirei os olhos .. Pra variar eu precisava correr. E foi o que eu fiz saindo carregando a mochila de mau jeito e batendo a porta.

Eu já sabia que iria passar por um momento interrogatório das meninas depois de ontem. Já vi que tinham varias mensagens, mas acabei nem checando elas direito.

Foi justamente o que aconteceu, passamos as aulas em um verdadeiro misto entre tentar prestar atenção nos professores e falar sobre a noite anterior mesmo elas já tendo ido a meu quarto à noite o assunto parecia não ter fim. Queriam saber também o que ficamos fazendo depois que elas sairam do quarto. .. Todas cheias de piadinhas é claro. Ficamos sabendo que o meu agressor além de ter ficado com sérios machucados causados por Carmilla, havia sido expulso da Universidade. Fiquei muito chocada com a notícia porque levar uma suspenção tudo bem, mas daí a ser expulso? .. Será que Carmilla estava envolvida nisso?

_Aposto que ela exigiu da mãe que expulsasse o garoto, e bem feito pra ele. – Disse LaFontaine

_ Eu achei a atitude dela louvável.. quer dizer, ela tem essa atitude toda de bad girl mas no fim ela protegeu a Laura, eu não quero nem pensar o que poderia ter acontecido caso ela não tivesse aparecido.  – Acrescentou Perry.

_É! .. todos disseram juntos e fez-se um silêncio em seguida.

_ Vocês não imaginam o que tinha naquele vidro da bebida especial dela que fica na geladeira. – Eu disse quebrando o silencio. – Um líquido viscoso vermelho de cheiro forte .. Sim, sangue .. ela quis pregar uma peça em mim me testando pra saber se eu realmente não iria mexer no que era dela.

_ Desculpa .. como é que é?! – Perguntou LaFontaine – Era sangue de verdade? – Cara essa menina é mesmo sinistra to virando fã dela, mas nem quero ver o que ela pode fazer em época de Halloween. .. Espera um pouco! .. Por falar em Halloween, pensa aqui comigo .. Ela é bem forte, dorme muito de dia, só sai durante o dia com óculos de sol, é uma garota bem noturna ..e ainda tem sague na geladeira? .. Ela só pode ser uma vampira.

_ Todo mundo bufou revirando os olhos num sentido de não dar credito ao que ela disse.

_ Nossa Laura, cuidado você esta correndo perigo. Deixa eu ver se não tem uma marca de mordida em seu pescoço. – Disse Perry passando a mão no meu pescoço arrancando risadas das meninas.

_ Nossa, que imaginação a de vocês hein! – Eu disse querendo por fim ao assunto. Mas a verdade é que eu fiquei pensativa quanto a isso.

De fato se fosse pra se basear no que sabemos sobre vampiros de filmes, Carmilla poderia ter sim características chaves pra isso, com exceção do fato de que vampiros não existem ... Mas ela era mesmo muito misteriosa, tinha sangue na geladeira (não acredito que pensei isso) .. era uma garota de vida noturna, tinha a pele muito branca (o que pode ser explicado ao fato dela sair mais a noite né .. ela não toma sol), era forte (Não é toda garota que consegue bater em um cara bem maior com pinta de atleta como ela fez), as vezes ela fala de uma forma tão cordial para uma adolescente, o que é raro devido ao uso típico de gírias, ... e isso tudo não passaria de bobagens não fosse o fato de eu ter certeza que vi o agressor fazer um corte no braço nela, e depois o corte sumiu. Eu tinha batido a cabeça então não tem como dar credibilidade a isso até eu encontrar provas esta manhã.  O meu lado jornalista investigativa estava gritando e eu precisava pesquisar afinal eu realmente me dei conta de que eu não sei quase nada sobre ela além do fato dela ser a garota mais linda que eu já vi na vida e que aparecia pra mim em sonhos.

Após as aulas, me despedi das meninas dizendo que precisava estudar .. As meninas se ofereceram para me ajudar com isso, mas recusei porque além do clima entre mim e Danny estar super desconfortável .. o que eu iria pesquisar teria de ser sozinha. No almoço Danny iniciou uma tentativa de aproximação, dizendo que sentia muito por tudo, que tinha bebido demais ... eu aceitei suas desculpas .. ela é uma amiga que eu gosto muito, mas o clima não mudou em nada mesmo assim. Eu ainda estava zangada com ela.

Cheguei à biblioteca e por sorte não estava tão cheia. Peguei o computador mais afastado abri a pagina de pesquisas e já digitei “Karstein” ... afinal, Carmilla não era a única pessoa misteriosa nessa família e se ela não me daria brechas de a conhecer melhor, não me dava outra escolha .. eu iria descobrir algumas coisas por mim mesma.

Lógico que este é um sobrenome conhecido, afinal há anos sendo reitora de uma universidade importante logo apareceram coisas relacionadas à família. Basicamente vieram coisas vagas, não achei nada relacionado à Carmilla, tinha mais sobre a mãe dela mesmo. Dean Karstein, .. reitora da universidade já a alguns anos, não descobri se tem marido ou nada sobre pai de Carmilla. Mãe de três filhos mas só vi menção ao Will (Carmilla tem outro irmão ou irmã?) Essa pesquisa estava levando a lugar nenhum. Aproveitei que eu estava com o site da universidade aberto e continuei a minha outra pesquisa que estava postando no meu blog. Recentemente descobri que não era a primeira vez que acontecia sumiço de alunos na historia do campus. O sumiço da minha ex colega de quarto não foi relatado e as pessoas nem acham que foi sumiço mas, acabei buscando noticias antigas e vi que de fato ocorreram sumiços relatados e desistências de antigos alunos. Em vários anos de existência da Universidade havia um grande numero de desistências de alunos, um numero a ser considerado. E notei que esse numero só aumentou nos últimos anos .. Estranho, Silas era uma universidade renomada na qual jovens adorariam estudar. O sumiço mais bizarro foi o de uma aluna há vinte anos atrás, Marina Kyle uma estudante de história. Abri a foto dela que saiu nos jornais na época e na noticia dizia que ela não tinha pais nem família conhecida, vivia no campus. Que historia triste. Parei um pouco a pesquisa, fiquei um pouco pensativa com tudo isso. Resolvi me levantar e pegar um café.

No caminho ate a maquina de café tive uma ideia .. eu poderia buscar a arvore genealógica dos Karsteins, assim quem sabe poderia descobrir mais sobre eles e eu não estava errada.

De fato esta parecia ser uma família e tanto. Não descobri pai da Carmilla, mas vi que havia um nome de um irmão Matty e isso respondeu a minha pergunta anterior. Quando finalmente vejo mencionar a Carmilla, ta escrito errado o nome “Mircalla” Aff sério?

Aprofundo minha pesquisa e olha só, nos antepassados dela eles tiveram uma Condessa que chique. Cliquei numa foto que dizia no título “Condessa Karstein e seus filhos – (Baile no grande salão – 1871)

_ O QUE? – Eu disse alto e a bibliotecária me olhou feio por cima dos óculos.

Cochichei um “Me desculpe” direcionado a ela e vidrei meus olhos na tela. O que era aquilo? .. a tal condessa se parece com a reitora, o filho do meio parece o Will, só que com terno e cabelos grandes, o filho do lado não reconheço e a filha da ponta .. Com cabelos bem longos usando um vestido desses que vemos em filmes de época, .. era a Carmilla! Ou melhor, quem era aquela? Se parecia demais.

Abri a imagem em um tamanho maior, infelizmente era uma imagem bem antiga com baixa resolução em preto e branco, mas pelo menos pude observar as letras miúdas que diziam ... “Condessa e seus filhos Matthew, Willian e Mircalla”.

Senti meu estomago embrulhar na hora, me senti tonta e senti minha visão escurecer. Segurei com força na mesa e respirei fundo .. o que estava acontecendo? O que era quilo que eu tinha descoberto? Eu tava confusa e minha cabeça rodando. Prontamente coloquei a foto pra imprimir, fechei todas as abas da pesquisa e fui saindo em disparada da biblioteca, eu tava me sentindo estranha.

_ Você esta bem querida? Esta muito pálida! – Disse a bibliotecária.

_ Estou sim, so preciso tomar um ar. – E saí sem olhar pra trás.

A biblioteca fica no primeiro andar e meu quarto fica neste mesmo prédio, porem no quarto andar .. geralmente eu não me importaria de subir as escadas mas nesse momento eu precisava do elevador.

Avistei ele já com as portas se fechando e correndo tentando carregar todas as minhas coisas de uma forma bem desajeitada nas mãos eu gritei:

_ Segura o elevador!! – Vi quando um par de mãos com unhas pintadas de preto segurou a porta, parei subitamente em frente ao elevador observando que Carmilla estava lá. Fiquei a olhando com a respiração rápida devido a minha breve corrida. Céus eu acho que vou vomitar meu estomago esta me matando.

_ A boneca vai entrar no elevador ou vai ficar só aí apreciando a vista? – Disse ela e fui entrando no elevador enquanto a porta se fechava atrás de mim.

Eu respirava fundo segurando ainda sem jeito os livros que estavam em minhas mãos, ansiosa sacudindo as pernas louca pra porta do elevador abrir e eu sair de lá logo. O enjoo no estomago não passava e me encostei no canto e fiquei esperando em silencio. Eu nem sabia como iria dirigir a palavra a ela depois do que vi na biblioteca.

_ Ei, você esta bem loirinha?

_Estou sim. – Falei com a voz falha sem a olhar.

_Não esta nada .. Olha pra você, esta tão pálida, esta tremendo e agitada. - Disse ela segurando meu braço e senti quando minhas forças nas pernas falharam.. Droga, eu não podia desmaiar de novo.

Ela me segurou rapidamente prendendo meu corpo contra a parede do elevador e num deslize deixei todas as coisas cair das minhas mãos.

_ Calma, isso mesmo respira .. você se alimentou direito hoje? – Ela me perguntou enquanto me segurava em seus braços.

_Sim .. é só cansaço mesmo, estou indo pro quarto agora. Vou ficar bem e ... (minha voz mal saía).

_ Xiiiiiu .. calma cupcake!! Apenas respira, o melhor jeito de melhorar nesse caso é respirar fundo. Vou te ajudar a ir ate o quarto.

Parei um pouco, com ela ainda me segurando enquanto eu apenas respirava fundo e sentia que realmente estava melhorando. O enjoo e a agitação passando.

_ Ok, estou melhor .. obrigada. – Falei meio desconsertada ao me dar conta do jeito que ela me segurava e tão próxima a mim.

_ Eu não disse que ia passar? – Ela falou me soltando devagar, ficando com as mãos ainda no ar como se pra voltar a me segurar a qualquer momento caso eu não estivesse muito firme.

Fiz menção em me abaixar pra recolher toda minha bagunça que caiu no chão antes que a porta do elevador abrisse e isso seria um desastre. Mas ela segurou meu braço.

_Deixa que eu pego pra você. – E se abaixou recolhendo umas folhas espalhadas.

_ Não precisa sério, eu já estou bem melhor. – Falei também me abaixando pegando um livro.

_ Ôh garota teimosa!!

Ficamos pegando os objetos caídos e nem percebi que carregava tanta coisa na hora que saí da biblioteca. Eu com certeza estava bem transtornada naquele momento. Fiz um montinho de livros empilhados do meu lado, e já ia pegar de suas mãos as folhas que ela recolheu quando notei que ela parou e ficou reparando uma das folhas com cara de espanto. Senti um frio na espinha ao me lembrar que a foto que eu havia acabado de imprimir estava no meio daqueles livros e folhas e sendo assim logicamente tinha caído junto... e estava agora em suas mãos.

Ela olhava da foto pra mim .. e de mim pra foto com uma das sobrancelhas levantada. La estava aquele embrulho no estomago querendo voltar. Ficamos nos encarando sem nada dizer, fomos ficando em pé lentamente. Desviei o olhar porque eu nem sabia como encarar ela naquele momento. Em uma atitude desesperada saí apertando os botões do elevador na tentativa de fazer ele parar em qualquer andar .. eu estava sufocando precisava sair dele .. foi quando sentimos um impacto e senti que paramos.

Olhei pra ela e vi que sua mão estava sobre o botão de emergência do elevador. Ela tinha feito à gente parar.

_ Você não sai desse elevador até me explicar direitinho o que significa isso. – Disse ela virando a bendita foto pra mim.



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