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História Blueberry - 5 Days: The little bunny and the pink cat


Escrita por: Tae-Chim

Notas do Autor


Eae!!
Então, galera, não se assustem kkkkkkkkkk. Sim, são 10 fucking KÁS de palavras. Ficou grande, e eu pensei "divido, ou não?" mas eu não quis! Porque ia ficar estranho, e nas notas finais eu explico o porque, mas whatever. Vocês vão ter uma longa semana pra ler todo, não tenho pressa, hohohoho.

Desculpem se algum erro tiver passado. Tenho que agradecer ao meu amiguinho Volpe que teve paciência de revisar tudo pra mim kkkk.

Boa leitura >:)

Capítulo 14 - 5 Days: The little bunny and the pink cat


Fanfic / Fanfiction Blueberry - 5 Days: The little bunny and the pink cat

Jimin POV

 

Faltava apenas meia hora para o nosso voo de volta para Busan - felizmente com o salário que recebemos enquanto atuamos no exército, foi possível que voltássemos de avião e não de trem.-, e eu já estava nervoso para voltar para casa. Ficaríamos apenas 5 dias lá, mas já era o suficiente para me deixar um pouco mais alegre, e quem sabe esquecer um pouco desses tempos horríveis em que fiquei longe.

― Tome cuidado, viu?! ― Hoseok me abraçava apertado, quase me esmagando. ― Não vá ficar dando trela para esses alfas abusados. Você é um soldado agora, mas ainda é um bebê!

― Não exagera, hyung...

― Tome conta dele, Jungkook!

― A-ah, sim...

Hoseok e Jin vieram nos deixar no aeroporto, já que Jin tinha um carro, e assim não nos atrasaríamos. Foi também uma oportunidade para nos despedirmos, embora não precisasse de todo aquele drama que Hoseok estava fazendo.

― O que vai ficar fazendo no feriado, hyung? ― Perguntei me afastando do abraço e ajeitando a minha roupa que ficou toda amarrotada. ― Você e Jin vão para algumas festinhas? ― Sugeri, mandando um olhar malicioso.

― Hunf, quem dera. ― Jin rolou os olhos cruzando os braços mostrando toda sua insatisfação. Pelo visto não ia rolar festinha ― parece que esse ridículo já tem compromisso. ― Respondeu olhando em direção à Hoseok, que deu de ombros.

― Sou uma pessoa ocupada, sinto muito.

Passados mais alguns minutos, o letreiro próximo a nós começou a piscar indicando que o nosso voo logo iria partir, então precisávamos embarcar. Fomos até o guichê fazer os últimos procedimentos.

― Hyung, quando voltarmos, preciso conversar algo com você. ― Hoseok piscou algumas vezes, curioso. Acredite ou não, desde quando Jungkook apareceu à noite falando que iriamos voltar para Busan, acabei me esquecendo sobre a conversa estranha que ouvi na cantina. E na correria para arrumar as malas, acabei não conversando nada com Hoseok. Também não adiantaria nada falar agora sem conseguir explicar com calma os detalhes. Seria melhor que eu desse esse feriado de paz para ele.

― Tá, tá, tá, agora anda logo que a moça já tá chamando.

― Boa viagem, Jiminie e Jungkookie! ― Desejou Jin nos mandando beijos voadores.

[...] 

Estava sentado do lado da janelinha, obviamente, como eu nasci primeiro em Busan, tinha todo o direito de estar ali. Observava as nuvens, e o tempo estava bom, para a paz do meu interior que morria de medo de aviões.

Teria algumas horas para refletir sobre o que vinha acontecendo em minha vida nos últimos meses, principalmente sobre Taehyung.

Sim, esse nome não saia da minha cabeça de jeito nenhum, e eu não me orgulhava nenhum pouco. Mas eu também não era de ferro. Como poderia ignorar tudo o que aconteceu? Todos... Os beijos.

E que beijos...

Balancei a cabeça nervoso para espantar aquelas imagens e sensações que teimavam em voltar. Só queria entender como aquele orelhudo conseguia me abalar tanto. Eu o odiava, odiava demais! Mas, por mais mágoa que eu tivesse, não conseguia resistir ao que sempre me conquistou em Taehyung, que era o seu jeito doce e inocente. Tudo nele parecia tão puro e sincero, e embora eu gritasse bem alto que ele estava querendo se aproveitar de mim, no fundo eu sabia que não era assim que eu realmente me sentia. Então por que? Por que Taehyung fez o que fez há cinco anos atrás? Por que ainda havia uma sombra atrás de si repleta de mistérios e segredos que por alguma razão ele fazia parecer que eu não sabia nem do começo?

Suspirei me sentindo derrotado, e outra lembrança veio à tona. Lembrança essa que por acaso estava sentado ao meu lado: Jungkook.

Pelo visto eu sou uma péssima pessoa para forçar conversas pois não consegui falar nada com Hoseok, nem com o meu irmão. Estávamos, até então, sem tocar no assunto da noite da cantina. E era claro que eu não queria conversar com ele sobre o que ouvimos e sim sobre o que fizemos.

― Aish... ― acabei deixando escapar devido à frustração. O que eu estava tentando ser? Um ômega que de madrugada beijava o irmão escondido, e de dia beijava o ex-melhor amigo também escondido? Isso era ridículo. Eu nunca fui assim.

― Algum problema, hyung? ― Depois de muito tempo Jungkook finalmente resolveu abrir a boca para falar algo. Lhe mandei um olhar irritado. Algum problema? Eu tinha vários! E um deles era ele próprio! E tudo porque eu estava sempre assim, sentado, esperando que ele tomasse alguma atitude!

― Nada não, bebê. ― Sorri forçado, e ele percebeu a irritação na minha resposta e riu. Virei o rosto com as bochechas infladas. Eu tinha dois alfas, e ao mesmo tempo não tinha nenhum. Que situação de bosta.

― Você não me engana. ― Senti a sua mão pesar sobre a minha, apertando-a. Virei o meu rosto para encará-lo, bem zangado, mas não surtiu muito efeito, já que o sorriso dele só aumentou. ― Fala o que é.

― E adianta eu falar? Ou melhor, talvez eu devesse aproveitar, já que você não pode sair correndo do avião quando eu quiser conversar de algo né?

Acordei virado no Jiraya.

― Hum... ― por um instante o seu olhar ficou triste, e logo me senti um idiota, minhas palavras devem ter sido muito duras. Arg! ― Me desculpa, hyung. ― O olhei confuso, mas ainda calado. Desculpa pelo o que exatamente? ― Prometo que vou compensar nesse feriado.

― Ah... ― tentei argumentar, mas... Jungkook fazendo aquela carinha triste e desolada era demais pra mim. Eu não queria brigar. Não com ele segurando a minha mão tão firme como estava. Eu realmente tinha um coração muito mole, e era por isso que estava me sentindo um idiota todo esse tempo. ― T-tanto faz. ― Arqueei as sobrancelhas, fazendo uma careta de desdém. Mas só serviu para fazê-lo rir novamente. Internamente eu estava rindo, mas ninguém precisava saber.

― Não fique bancando uma de fofo. ― Pude ouvir essas palavras já bem próximas ao meu ouvido, seguido de um estalo macio e molhado em minha bochecha. Corei imediatamente com aquele beijo tão casual. Jungkook era um enigma para mim.

― J-Jungkok, olha só... – o chamei, com a voz fraca e baixa. Esse garoto me desconsertava todo. Ele me olhou curioso, aproximando o rosto para me ouvir melhor, mas ao invés de falar logo o que eu queria, acabei por me distrair observando os seus lábios entreabertos e rosados. Tão tentadores. – Eu... Eu... – Teria problema beija-lo ali no avião? Acho que não, ninguém estava prestando atenção mesmo. Me inclinei mais um pouco, já fechando os olhos, e senti que ele não recuou. Ele não ia me impedir.

― Vocês desejam alguma coisa? ― Perguntou a aeromoça me assustando. ― Oh, eu... eu interrompi vocês?

― N-não, você não interrompeu nada! ― Escondi meu rosto com a minha mão como se estivesse muito pensativo em meu canto. Claro, eu estava pensando em várias coisas importantes, assuntos de trabalhos, será que ela não conseguia ver isso?

― Vocês têm coca cola? ― Jungkook perguntou como se nada tivesse acontecido.

― Temos sim.

― Coca-Cola? Isso faz mal, beba suco. ― Falei ainda com a mão sobre o rosto, tentando disfarçar a minha vergonha e contendo a vontade de voar na aeromoça.

― Parece que o seu namorado se importa com você. ― ela riu enquanto anotava o pedido.

― Não somos namorados! ― Tratei logo de corrigi-la. Ela arqueou as sobrancelhas. ― Somos irmãos! ― Vi seu semblante ficar surpreso, e só depois percebi a idiotice que tinha dito ― digo, vocês têm Pepsi?

― T-temos sim.

― Ótimo. – Eu ia me envenenar com refrigerante.

[...] 

Estávamos finalmente em Busan. O ar parecia até diferente, sentia uma familiaridade com o local. Ficamos longe por quase dois meses, mas para mim já era quase uma eternidade. Quando botei os pés no jardim e avistei os arbustos que toda manhã meu pai regava, saí correndo puxando a minha mala de rodinhas. Logo mais à frente eu já via uma pessoa de pé na porta de casa mexendo no celular.

― J-Jimin? – Ela virou o rosto arregalando os olhos. Sim, era eu! ― Jungkook? V-vocês...

― Mãe! ― Gritei pulando em seus braços lhe abraçando com força. Ah, como eu estava com saudade daquele abraço. ― Mãe...

― Mamãe! ― Jungkook nos abraçou logo em seguida, cobrindo o meu corpo, formando um abraço triplo. Parecíamos duas crianças chorosas.

― Ai, vocês nem avisaram que chegariam tão cedo! Queria ter ido buscar vocês no aeroporto. ― Falou ela se separando da gente.

― Queríamos fazer uma surpresa. – Respondeu Jungkook. Ela sorriu, parecia que nem estava acreditando que nos via vivos ali bem na sua frente.

― Vamos, entrem, o pai de vocês está fazendo o almoço. ― Com o maior sorriso do mundo, ela abriu a porta e finalmente estávamos em casa.

Depois de muita choradeira e abraços, fomos finalmente almoçar. Nossos pais pareciam bem, estava com medo de que minha mãe estivesse se sentindo sozinha, ou que o meu pai tivesse começado a fumar com desgosto por ter os dois filhos no exército. Mas acho que dois meses sem os filhos não era o suficiente para tudo isso.

― Então, por que vocês pediram para que a gente voltasse pra cá nesse feriado? ― Perguntei enquanto comia uma tigela de kimchi.

― Sua mãe e eu precisamos ir para uma reunião em Wonju para nos encontrarmos com outros líderes e discutirmos sobre alguns assuntos.

― Uau, mas pra reunir todos os líderes, deve ser algo sério.

― Sim, bastante. ― Pela cara do meu pai, o assunto era sério o suficiente para ele não dar nenhuma pista sobre o que se tratava. Também não tentei saber mais.

― E como essa reunião vai durar o feriado todo, achamos que era melhor que vocês ficassem aqui cuidando da casa.

― Mas temos seguranças por aqui. ― falou Jungkook.

― Mas as pessoas precisam de alguém que ocupe o nosso lugar enquanto não estamos aqui. Eles têm que saber que embora não estejamos presentes, nossos filhos estão. ― Nossa mãe explicou. O mais novo apenas assentiu terminando de comer o seu arroz.

― Tudo bem, podem ficar tranquilos, vamos cuidar da casa, prometo não botar fogo nela. – disse por fim encerrando o assunto.

Terminado o almoço, conversamos por mais um tempo. Contamos como era a vida lá no exército, o que fazíamos e aprendíamos. Minha mãe estava muito preocupada com a nossa alimentação, principalmente a de Jungkook que era cheio de frescura com mil e uma alergias. Mas felizmente estávamos vivos até então. Nosso pai ficou orgulhoso de termos aprendido a lutar, e nem acreditou quando contei que sabia lutar com facas, embora fosse mais seguro que eu ficasse longe delas.

Depois de matar a saudade, fui para o meu quarto. Nossos pais logo partiram, pois não podiam perder o voo. A casa era só nossa. Fiquei deitado na cama do meu quarto, nem lembrava mais como era adormecer num colchão bom que não doesse as minhas costas. Resolvi ir até o quarto de Jungkook e chamá-lo para fazer alguma coisa na rua, ou apenas passar o tempo juntos, queria passear com ele por Busan, como sempre fazíamos.

― Ei. ― Bati na porta do seu quarto a abrindo. Ele estava sentado de frente para o computador, com os fones de ouvidos e os olhos vidrados na tela, só de bermuda. ― Quer sair pra fazer alguma coisa?

― Não, eu tô jogando. ― Respondeu sem desviar o olhar o olhar da tela.

― Vai passar o dia todo ai?

― Já tem um tempão que eu não jogo.

― Hum... Tá certo.

Não ia ficar insistindo. Quando Jungkook se enfiava naquele computador, não tinha que o tirasse dali. Fiquei torcendo para que ele perdesse todas as partidas. Como não estava grudado nele, resolvi sair sozinho.

Optei por ir até o mercado e ver se encontrava algo de bom para jantar, já que nossos pais não deixaram nada pronto. Queria preparar algo para o viciado comer, uma torta ou um salgado. Não que eu fosse algum cozinheiro, mas poderia tentar. Estava com o dia livre mesmo. Parei na sessão de congelados e procurei algo que não parecesse tão cancerígeno e que não fosse precisar chamar os bombeiros caso algum incidente acontecesse.

― Jimin oppa?

Virei o meu rosto de imediato, pois conhecia aquela voz.

― Lisa! ― Sorri ao reconhecer a menina.

― Você voltou para Busan e nem avisou?! ― Ela veio ao meu encontro me dando um abraço afetuoso.

― Lá na base a gente quase não pode usar internet. O jeito foi vir de surpresa mesmo, esperava falar com o pessoal quando já estivesse por aqui...

― Você parece um pouco diferente. – Ela sorriu enquanto os seus olhos me analisavam de cima a baixo.

― Ah, é só a minha cara de cansado mesmo. – Ri de minha própria desgraça. ― E o que tem feito enquanto estava fora? Continua entregando cartas?

― Sim. Mas estou estudando para entrar numa boa faculdade esse ano. ― Sorriu se mostrando confiante. Aquilo me alegrou, ficava feliz de saber que alguém estava conseguindo seguir o que queria.

Conhecia Lisa desde que ela veio com a família se refugiar em Busan. Era uma das poucas amigas que tinha, e apesar de ser mais nova, nos dávamos bem. Sentia a sua falta. Às vezes nas férias ela aparecia lá em casa e passava o dia jogando comigo e Jungkook. Achava engraçado como ela nunca queria perder pra gente, muito menos para o meu irmão. Os dois eram muito bons em tudo o que faziam, então criavam uma rivalidade enorme, que eu achava fofo.

― Oppa, vai ter uma festa hoje a noite lá na casa do Song Kyunsun. Por que você e o Jungkook não aparecem por lá? Os nossos amigos vão, acho que ficarão felizes em ver vocês.

Ponderei por um momento. Uma festa? Logo hoje? Não sei se era uma boa ideia.

― Chegamos de viagem hoje, acho que é melhor deixar para depois.

― Não!! ― Insistiu segurando na minha mão. ― Só Deus sabe quando vocês estarão aqui de novo, vamos aproveitar!

― Ah, não sei, Lisa. Eu estava planejando ir pra casa fazer algo para comer... ― olhei para as caixas de nugets em minhas mãos.

― Onde está o Jimin Oppa que dizia que nunca estaria cansado demais para dançar? – Ela deu um riso debochado, queria mesmo me provocar. Ah, Lisa... Você sabia como jogar, não é?

Sorri fraco, ela havia tocado num ponto fraco meu.

― Olha só, garota. – A puxei pela mão. – Ele ainda está aqui. – Nós dois rimos, e com aquilo mais do que confirmei a minha presença na festa, e daria algum jeito de fazer Jungkook tirar a bunda daquela cadeira do computador e vir comigo.

Os meus planos realmente eram fazer nugets e passar a madrugada vendo séries e conversando com os meus amigos pelo celular. Mas uma festinha não faria mal, né? Seria melhor poder ver todos pessoalmente.

 

Acabei dando um jeito de convencer Jungkook a vir na festa comigo. Não queria ir sozinho, e por mais que o meu irmão fosse um chato antissocial, eu não era, e também não iria deixá-lo se definhar naquela cadeira jogando aqueles jogos estúpidos. Prometi que faria o que ele quisesse depois, embora eu nunca fosse cumprir a promessa. No fim ele acabou vindo.

A festa não ficava muito longe, era no quarteirão ao lado. Song Kyungsun era um velho conhecido meu. Estudamos juntos, e ele na infância gostava muito de implicar comigo por eu preferir ficar dançando a ir jogar futebol com ele e os outros garotos. Enchia o meu saco falando que se eu quisesse ser um alfa líder, não poderia perder tempo com coisas de ômegas. Que ironia.

Jungkook usava uma touca vermelha, uma blusa preta, lisa, uma calça escura e suas Timberlands nos pés. Já eu, estava com uma blusa de manga comprida listrada, uma calça de couro preta, da mesma cor dos meus coturnos. Na base a gente andava parecendo uns mendigos, então hoje aproveitei para me produzir bem. Iria mostrar que Park Jimin estava de volta naquela porra.

― J-JIMINIE!

Foi a primeira coisa que ouvi assim que chegamos na casa de Kyunsun. A música já estava alta, com várias pessoas bebendo e dançando. Mas nada daquilo foi o suficiente para ofuscar a minha chegada, afinal, eu não passava despercebido lá na base, aqui não seria diferente.

― Lizzy! – Exclamei de volta abraçando a menina bem mais alta que eu.

― Sua peste, você voltou e nem avisou! ― Trincou os dentes me dando um cascudo. ― E é Lizzy Noona pra você! ― brincou afagando os meus cabelos. Em seguida desviou o olhar para a estátua atrás de mim. ― Jungkookie! ― Sem vergonha nenhuma a beta correu para apertar o meu irmão num abraço sufocante.

― O-oi, Noona. ― Respondeu envergonhado. – Quanto tempo.

― Nossa, você está tão crescido! Wah... ― ela olhava Jungkook de cima abaixo, como se fizessem dez anos que não se viam. ― Você já pode beber? ― Virou-se para mim. ― Ele já pode beber?

― Ahm... Bem, tecnicamente não, mas, ele bebe. Soldados podem beber.

― Ui, ai sim! ― Sorriu dando umas batidinhas nas costas do mais novo que apenas sorriu constrangido.

Lizzy, ou melhor, Sooyoung, seu nome verdadeiro - mas que não usava pois dizia que antes de ficar famosa queria que todos já tivessem esquecido o seu nome de pobre - sempre foi uma de minhas melhores amigas. Nos tempos de escola, ela e Taehyung viviam brigando pois um queria me levar para ver filme, e o outro queria me levar para criar novas coreografias de dança. Eu sempre tentava dar atenção para os dois, mas Taehyung na maioria das vezes ganhava, o que me rendia a horas extras aprendendo coreografia dos grupos favoritos de Lizzy para dançar com ela nas festinhas e eventos da cidade.

― Vocês já viram o Ren e o Minhyunk? ― Lizzy perguntou enquanto nos puxava para dentro da festa. A casa, ou melhor, a mansão era enorme.

― Não, né, amiga, acabamos de chegar. ― Respondi óbvio. Mas não demorou muito para que os ditos-cujos aparecessem bem em nossa frente.

― Olha se não é a dupla mais inseparável de Busan, Park Jungkook e Jeon Jimin.

― Ha-há, palhaço. – Respondi dando um aperto de mão em Minhyunk. Esse besta fazia essa piada desde que eu fui morar com Jungkook, e não cansava disso.

― Há quanto tempo, Jiminie! ― Falou Ren me abraçando. E logo em seguida apertando Jungkook.

Ren e Minhyunk só viraram meus amigos no ensino médio, então eles não chegaram a conhecer Taehyung. Me viam sempre pra cima e pra baixo com Jungkook, e brincávamos que mais grudados que nós dois, só Ren e Minhyunk.

― Qual foi, seu vagabundo, você tá cuidando direito do seu irmão?! ― Perguntou Minhyunk à Jungkook.

― É claro que estou. Não tá vendo como ele tá aqui bem bonitinho? ― O mais novo respondeu todo cheio de si.

― Isso é verdade. ― Lizzy riu assim como os outros dois. ― Contem a novidade para eles!

― Que novidade? ― Eu mal havia chegado na festa e já tinha fofoca.

― Eu estou grávido. ― Revelou Ren.

― E eu vou ser pai. ― Completou Minhyuk.

― Que coincidência. ― Jungkook riu. ― Ao mesmo tempo.

Ren riu franzindo o cenho pela reação de Jungkook.

― Minhyuk e eu vamos ter um filho. ― Completou.

Ok, agora eu estava surpreso.

― C-como assim? Vocês dois?! ― Eu apontava para o ômega e o alfa a minha frente, intercalando entre um e outro, com os olhos arregalados. ― E o seu plano de arrumar um alfa bem rico em Seul, Ren?!

― Minhyuk será rico, e iremos morar em Seul. ― Riu, olhando para o alfa ao seu lado de modo cúmplice. Era um bom plano.

― Espero que você apareça para as comemorações hein, seu vacilão. ― Minhyuk me deu um leve soco no braço, mas eu estava chocado demais para me importar com isso.

― E aí! ― Foi então que Lisa brotou trazendo consigo vários drinks. ― É aqui a festinha particular dos melhores amigos de Busan?

― Menina, você ainda toma mamadeira, larga esse mijo de satanás. ― Lizzy brincou, recebendo uma careta birrenta da mais nova e pegando um dos drinks.

― Agora que Jimin oppa e Jungkook estão de volta, a gente tem que comemorar para lembrar dos velhos tempos! ― Gritou empolgada, mas a sua voz era abafada pela música alta.

― Mas gente, não faz tanto tempo assim que nos mudamos... – comentei enquanto encarava a bebida vermelha em minhas mãos.

― Foi tempo o suficiente pra esses dois fazerem um filhote, então, foi muito tempo.

A festa seguiu. Conversei com várias pessoas que encontrava pelo caminho. Alguns velhos amigos da escola, outros da vizinhança. A festa estava bem animada e divertida, tocando vários tipos de música, a maioria pop e eletrônica, para a minha alegria. Jungkook sempre sumia de minha vista, e decidi que não ficaria no seu pé essa noite. Já passávamos tanto tempo juntos na base que hoje ele estaria livre de mim.

Estava descansando um pouco num dos sofás do que parecia ser a sala de estar da casa dos Song, enquanto terminava de tomar o meu drink, que já era o terceiro da noite. Lizzy já havia me feito dançar todas as coreografias de After School e TVXQ. Ela era apaixonada por esses grupos do milênio passado, e eu não entendia porquê, mas fazia o que ela mandava. Agora precisava me recuperar um pouco, antes que ela surgisse me pedindo para ir na pista pagar mais algum mico.

― Oppa, o que faz aqui sentado? ― Perguntou Lisa enquanto se juntava ao meu lado no sofá.

― Tô descansando a minha bunda pra rebolar mais depois. ― Respondi, arrancando uma risada escandalosa de Lisa, que já deveria estar mais pra lá do que pra cá. ― E você? Já caçou os teus alfas-oppas por aí?

― Hummm... ― bebericou a bebida com um sorrisinho questionável. ― Sabe... Eu queria a sua ajuda para uma coisa.

― O que? Não vou chegar em ninguém e pedir pra ficarem com você. Vai lá sozinha.

― Não! Não é isso! ― Ela abanava as mãos nervosa. ― Eu queria algumas dicas... ― parecia que ela estava hesitante, mas eu estava bem tranquilo, apenas curioso. ― Sabe... eu queria dicas de como conquistar o Jungkook.

― O que?! ― Exaltei a voz, quase me engasgando com a minha bebida. Ela me olhou estranho, mas logo me recompus, cruzando as pernas, bem inabalável. ― Digo, como assim, amiguinha? Do que você está falando? ― Prossegui um pouco irônico, me fazendo de sonso, mas ela nem notou, e só continuou a falar.

― Sabe, eu... eu sempre senti uma coisa a mais por ele, mas não tinha certeza do que era. Você brincava dizendo que faríamos um belo par e eu achava besteira, mas só depois que vocês foram para o exército que eu vi como eu deixei passar... ― permaneci calado. Lisa estava bêbada e me trollando, era isso. Será que eu já poderia rir, ou ela ficaria brava porque não caí na brincadeira? Fiquei calado. ― Me dê dicas para conseguir algo com ele, por favor. Você o conhece tão bem.

― Ah, conheço sim! – Ri, e ela se animou. ― E muito. Demais. Super. Você nem tem ideia.

― Vai me ajudar então?

Na minha mente pensei em várias maneiras de surtar. Mas Lisa era minha amiga, era um bebê aos meus olhos, eu tinha tanto carinho por ela, mas... Jungkook? Ela queria que justo eu desse dicas para ela ter uma chance com ele?

É claro, Jimin. Quem mais conheceria Jeon Jungkook, senão você, o irmão dele?

Mas se eu soubesse mesmo de algo, não estaria esse tempo todo nesse chove não molha.

Droga.

― É... claro. ― Sorri forçado tentando ser um bom amigo. ― B-bem... Sabe, o Jungkook ele é meio lerdo, então, se você quiser algo, vai ter que colocá-lo contra a parede. – Ela me olhava atenta, parecia até que eu estava falando os números da loteria ― Você pega na nuca dele, e mete logo um beijo. Ele vai tentar fugir, mas você não deixa. Ele vai fazer isso umas duas vezes, na segunda ele vai pegar na sua cintura...

― Como sabe de tudo isso?

― Porque ele me pega. Digo... ― bêbado só fala merda. – Ele me conta as coisas com detalhes.

― Então ele tem experiência...

― Um pouquinho sim.

― Tudo bem então. Me deseje sorte!

― Boa sorte, Lisa. Uhul! – Levantei o copo de drink em comemoração, vendo Lisa toda saltitante sumir no meio da multidão indo atrás do seu alfa... que era o meu irmão. Num gole só, tomei todo o restante do meu drink. Esperava que o efeito viesse logo. ― Lizzy! Lizzy! Vem aqui comigo dançar no pole dance!

[...] 

― Jimin, eu tô muito mal... Desde que a Nana foi embora, eu tô assim... Bebo, bebo, e boto tudo pra fora. ― Lizzy choramingava enquanto segurava uma garrafa de vodka que só Deus sabe onde ela arrumou. Não sei se eu estava puto por ela ter tomado a vodka toda sozinha, ou por eu não ter uma garrafa também.

― Calma, ela vai voltar. ― Tentei consola-la. Lizzy era apaixonada por Nana desde mais nova. Mas a alfa preferiu seguir a carreira de modelo no exterior e ir embora de Busan. Lizzy achava que um dia ela voltaria para buscá-la e as duas viveriam juntas em Paris, e eu dizia que ela seria uma boa escritora de fanfic de tanto que acreditava nas próprias ilusões. ― Não chora não. Nana não ia querer ver você assim, toda esparramada no chão com o rímel todo borrado desse jeito, chorando por ela.

― V-você tem razão. ― Concordou se levantando, ou tentando, enquanto fungava, retendo o choro. ― Me ajuda a achar o banheiro, eu vou vomitar.

― Que bom que você ainda avisa que vai vomitar né.

Peguei em seu braço e a levei para o banheiro mais perto. Deixei ela lá e fui dar uma volta. Haviam espaços que eu ainda não havia visitado. Tantas portas trancadas, me perguntava o que elas guardavam. A decoração estava impecável, bem melhor que a festa lá no bar da base no primeiro dia que chegamos. Mas ainda sentia falta do karaokê e de Hoseok para dançar no palco comigo.

Passei por uma porta vermelha que estava entreaberta e acabei por ouvir alguns barulhos. Curioso como eu era, depois de tanto passar por portas trancadas, quis ver o que havia na única aberta. Mas assim que meus olhos captaram aquela imagem, eu desejei imediatamente ser cego por pelo menos 5 minutos.

Aquela era a porta de um quarto, e dentro dele estavam nada mais, nada menos que Lisa e Jungkook. Os dois se beijavam de modo intenso, no maior amasso. Aparentemente Lisa seguiu à risca as minhas dicas. Não sei se me lamuriava ou se me orgulhava dos meus ensinamentos terem dado certo.

Dei meia volta e saí dali, felizmente minhas mãos estavam vazias, pois qualquer coisa que eu tivesse no momento iria servir de arma para eu matar alguém, nem que fosse um chiclete de tuti-fruti. Eu ia xingar um palavrão.

― Oh! Finalmente encontrei a estrela da festa, Park Jimin!

Depois de horas em sua casa foi que finalmente encontrei Song Kyunsun. Com os cabelos loiros, e uma camisa social branca com os botões abertos, ele me recepcionou, me entregando logo uma bebida. Não sabia se ele estava bêbado demais para lembrar que eu era o ômegazinho dançarino, ou se eu estava com muito sangue nos olhos pra lembrar que ele era o alfa otário que me atormentava.

Naquele momento ele seria o alfa que eu descontaria toda a minha raiva. E não seria com socos.

― E aí, Kyun. Quanto tempo, hein? ― Respondi lhe dando uma piscadinha, bebendo um pouco do drink sem cortar o contato visual. Querendo ou não, ele havia ficado um alfa bem bonitinho.

― Ouvi dizer que agora você é soldado, né. Mas deixou de dançar?

― Em dias de semana as minhas missões são na selva, no fim de semana são na pista de dança. ― Menti, mas precisava parecer fodão e bem descolado. Ninguém precisava saber que eu ficava limpando o banheiro dos dormitórios.

Ele sorriu, parecia que gostava de saber que eu ainda era o ômegazinho que amava rebolar ao invés de chutar uma bola.

― Que tal a gente bater um papo?

― Claro, vamos.

Peguei em sua mão, e ele saiu me levando pela mansão. A música ainda era alta, e as pessoas ainda dançavam feito loucas. O clima estaria perfeito, se eu não estivesse tão frustrado.

Nos sentamos num sofá mais reservado, longe de toda aglomeração para que tivéssemos mais privacidade. Conversamos sobre coisas avulsas, enquanto ele me fazia alguns elogios, e eu os retribuía. Aquele papo chato antes da pegação, só para não dizer que nem rolou um climinha antes.

― Você está um pouco mais diferente, Jimin... ― ele segurou no meu queixo, enquanto com o dedão alisava os meus lábios. ― Sabe, nunca achei que fosse te ver de outra maneira.

― As coisas mudam. ― Sorri me inclinando mais para frente, e avançando nele.

― Nossa. ― Ele riu, surpreso com o beijo sem aviso prévio.

― Shh. ― Não era hora de papo. Eu estava com raiva, estava puto, e não queria perder tempo com ladainha. Talvez eu me arrependesse disso depois? Obviamente, mas só o que eu queria era ter algo para me vangloriar no dia seguinte, quando Jungkook me contasse sobre ele e Lisa.

“Uau! Você e Lisa? Hum... sabia que eu fiquei com o Kyunsun? Pois é...”

― Você tinha aquela carinha de santo, mas é bem safado, Jimin. Aposto que aprendeu bastante coisa lá no exército.

Sorri meio sem graça, enquanto ele beijava e chupava a pele do meu pescoço, me prensando contra o sofá com o seu corpo pesado. Os seus toques não eram ruins, até sentia algo bom.

― Eu gosto de ômegas do seu tipo. São os melhores. ― Suas mãos agarraram em minhas coxas e não pude evitar de soltar um gemido, que passou despercebido pela música alta. ― Lá no meu quarto eu quero ver o que mais você faz.

― N-no seu quarto, é?

― Claro, estamos na minha casa. ― Sorriu óbvio, pressionando os seus lábios contra os meus num outro beijo intenso. Ele me apertava com força, mas tudo era tão estranho. Por um instante abri os olhos, e foi quando eu vi aquela figura caminhar em nossa direção, arrancando Kyunsun de cima de mim. ― Ei!

― J-Jungkook?! ― Exclamei assustado me encolhendo no sofá.

― Vem. ― Sem falar nada, ele me puxou pela mão, me tirando do sofá a força. Mas Kyunsun segurou na minha outra mão me fazendo ficar.

― O que pensa que está fazendo, imbecil? Não vê que está nos atrapalhando? – Grunhiu furioso. Jungkook se manteve impassível.

― Solta ele. ― Ordenou.

― Solta você, seu merda. Teu irmão não é o santinho que parece não.

― Foda-se, tô mandando você soltar ele.

― Jungkook!! – Falei entre os dentes já vendo a multidão se formar em nossa volta, enquanto os dois disputavam para ver quem arrancava o meu braço primeiro. – Para, me deixa! Ai! ― Choraminguei quando Kyunsun deu um puxão forte no meu braço a ponto de doer.

― É, não ouviu o que ele falou? Mete o pé! ― Kyunsun gritou, provocando o outro.

― Não. ― Jungkook largou o meu braço e caminhou até Kyunsun. Pegou a sua mão livre e num golpe rápido e a torceu, fazendo com que o alfa caísse no chão de dor, me soltando.

― O que é isso?! ― Me espantei vendo a cena, mas sem que eu pudesse fazer muita coisa, Jungkook me agarrou pela cintura e me colocou em seu ombros, sem nenhuma dificuldade, e saiu me carregando como um saco de batatas, enquanto eu balançava as pernas e socava as suas costas. ― Jungkook? Me solta! Eu tô mandando você me por no chão! Seu surdo! Idiota! Idiota!! Imbecil!!!

Fui gritando e esperneando assim até metade do caminho para casa quando ele finalmente me pôs no chão. Irritado, comecei a lhe dar vários socos no peito, mas ele me ignorava e continuava me arrastando pelo braço.

― Seu retardado, você vai ficar me ignorando até quando?! Já não basta lá na base que você fica fugindo de mim? Você ficou bravinho quando viu outro alfa me beijando foi? - Gritava, e aos poucos podia ver o seu semblante neutro se contorcer – Você achou que eu ia ficar esperando você pra sempre né? Correndo atrás... Mas não vou! Você não sabe o que quer!

― Para! – Ele gritou soltando a minha mão com força. Me calei por um instante, massageando o pulso. ― Que inferno, será que você não entende que eu estava tentando te proteger?

― Me proteger de quem? Do lesado do Kyunsun?

― Não, foda-se o Kyunsun. Estou falando de mim!

Ri confuso, não estava entendendo nada.

― Do que está falando?

― Esses dias todos têm sido difíceis pra mim, e você não imagina o quanto. Essa época... eu tenho que ficar me controlando pra não fazer nenhuma besteira... E por mais que eu tentasse, você estava sempre ali, me tocando, me tirando do sério, me seduzindo...

Ele falava enquanto caminhava, e eu ia seguindo os seus passos, tentando olhar nos seus olhos.

― Se controlando por que?!

― Porque eu não queria fazer nada com você movido pelos meus instintos, Jimin!

O encarei sério. Ele estava se controlando esse tempo todo? Mas por que? Por que ele ficava sempre tão frustrado quando me via e fugia de minhas investidas? Por mais tímido que ele fosse, ele estava até demais.

― Você tem agido tão estranho ultimamente... imprevisível.... Quando você me tocava, nem parecia o mesmo Jungkook sempre tão cauteloso...

― É assim que os alfas ficam quando o cio se aproxima, não é?

― V-v-você o que? Você... Você... Por isso você estava tão...

― Já chega. ― ele abriu a porta de casa me dando as costas. ― Não sei nem pra que fui pra essa festa, eu sabia que cedo ou tarde eu não ia aguentar. ― Tirou os sapatos e jogou para um canto qualquer na sala. ― Eu vou ficar o feriado todo trancado no quarto, sozinho.

― Mas, Jungkook, é muito doloroso ficar só.

 ― Eu não ligo.

Sem me dar chance alguma para conversar, ele subiu as escadas e só pude ouvir a batida forte da porta de seu quarto. Suspirei fundo me sentando no sofá. Toda essa loucura eram os seus hormônios reagindo à chegada do cio? Como eu não notei isso antes?

[...] 

No dia seguinte acordei deitado em minha cama. Apesar de estar bêbado na noite anterior, ainda consegui tomar banho e botar uma roupa para dormir. Refleti por alguns instantes, lembrando de tudo da noite anterior. Se eu não estivesse louco, Jungkook estaria trancado no quarto lidando com o cio naquele momento.

Me levantei e fui até ao quarto ao lado. Eu já conseguia sentir o cheiro forte que vinha de lá, o cheiro de Jungkook. Era real. Encostei o ouvido na porta, e escutei alguns gemidos e arfares. Aquilo foi o suficiente para fazer o meu corpo estremecer.

― Jungkook? ― Chamei, mas sem obter nenhuma resposta. ― Jungkook, você tá aí? Me deixa entrar. ― E nada. Eu sabia que ele estava, mas precisava de alguma resposta, não iria embora de jeito nenhum. ― Jungkook!

― Vai embora! – Gritou finalmente.

― Não. Deixa eu entrar, por favor! ― E continuei batendo.

Não demorou muito para que ouvisse o barulho da tranca se abrindo. Ele abriu uma pequena brecha, só conseguia ver uma listra do seu corpo. Estava sem camisa, usando apenas uma calça de moletom.

― Vai embora. ― Falou novamente.

― Não. ― Empurrei a porta e finalmente entrei no quarto. O cheiro de Jungkook estava tão forte que quase me sufocava. Não era ruim, mas era diferente, e aos poucos ia me dominando sem que eu percebesse.

Ele revirou os olhos e voltou para a cama, deitando de costas para mim.

― Então fica aí. ― Se encolheu na cama. Insistente, corri e me deitei atrás de si. Não conseguiria mais ficar tão longe, não com aquele cheiro forte me atraindo, e me fazendo ficar excitado só por traga-lo. ― Desiste, Jimin.

― Me deixa te ajudar. ― Falei baixinho tocando de leve as pontas dos dedos em suas costas desnudas. A sua pele estava quente e suada, ele deveria ter passado a noite toda com dor.

― Eu não vou fazer nada com você. ― Sua voz entrecortada mostrava o quanto ele tentava se restringir. Mas nós dois sabíamos que só seria pior.

― Se você não quer fazer, então eu faço. ― Levei a minha mão em volta de sua cintura e a pousei em sua ereção, por cima da calça. No primeiro instante me assustei, assim como ele. Estava tão duro já. Segurei com força, e ouvi quando ele gemeu na mesma intensidade. ― Ninguém precisa ficar sabendo. ― Proferi baixinho no pé do seu ouvido, massageando o seu membro. Jungkook arfavam resistente, mas lá embaixo eu obtia as respostas que queria. Ele estava gostando.

― J-Jimin...

― Gosto quando você me chama pelo nome. ― Provoquei deixando que a minha voz saísse rouca, sem parar com os estímulos que o faziam estremecer. Apesar de conscientemente o desejar, minhas ações já estavam fora de controle. Só faltava Jungkook ficar também.

Subitamente, num movimento brusco, Jungkook se virou, ficando por cima de mim, segurando com força os meus dois pulsos ao lado da minha cabeça.

Ficamos nos encarando por alguns instantes. Ele parecia estar travando uma guerra em seu interior. Um lado queria avançar em mim e o outro queria me jogar para fora da cama. Mas se dependesse de mim, o primeiro ganharia.

― Kookie... ― gemi o seu nome, virando o meu pescoço e expondo a minha pele. Ele se aproximou, deslizando o a ponta do nariz por toda a extensão do meu pescoço, farejando o meu cheiro que eu sabia que ele gostava tanto. ― É todo seu.

Começou a desferir leves beijos na minha pele. Os lábios quentes e molhados, a sensação era boa, mas ficou ainda melhor quando os beijos passaram para chupões e lambidas. Eu gemia em aprovação, e sua boca subia, beijando o meu maxilar, o canto da minha boca, até finalmente pousar em meus lábios. Ele não soltava os meus pulsos de jeito nenhum, e diferente das outras vezes, era ele quem totalmente controlava o beijo, ditava o ritmo e a profundidade. Parecia que o gosto do beijo estava ainda melhor dessa vez, ele chupava a minha língua e mordia os lábios. Provavelmente ficariam tão marcados quanto o meu pescoço, mas seria um mero detalhe.

Nos separamos do beijo pela falta de ar. Ele fechou os olhos, como se quisesse voltar a si.

― Jimin, eu não estou aguentando... Mais...

― Pare de se segurar. ― Falei firme.

― Você tem certeza disso? ― Seus olhos voltaram para mim, transbordando em desespero e confusão. ― Eu não sei o que posso fazer...

― Só faça.

E com aquelas palavras, ele avançou novamente em minha boca, mas com mais agressividade e desejo. Puxou os meus pulsos pra cima, levando o meu corpo pra frente, me fazendo ficar sentado e então me puxou para o seu colo. O encarei atônito, seus olhos agora tinham um tom escarlate, as pupilas dilatadas como nunca havia visto antes.

Com as mãos ágeis arrancou a minha blusa com certa facilidade, a jogando em um canto qualquer. Avancei em seu pescoço, arranhando as suas costas, enquanto ele fazia o mesmo em mim.

Era assim que começava, meu coração batia forte só de pensar no quanto eu o desejava e finalmente estava tendo passe livre para fazer o que eu queria.

Jungkook me empurrou para trás novamente, e com toda a sua ansiedade, retirou as minhas calças, com cueca e tudo. Não tive nem tempo de fazer um charminho falando “espera!!” Pois quando vi, meu membro já estava totalmente exposto e duro, bem na sua cara. Com o pouco de vergonha que ainda me restava, me encolhi um pouco botando a mão no rosto, agora ele sabia como eu ficava todo esse tempo em que ele me rejeitava, me beijava, fugia, e eu acabava sempre tendo que me aliviar de algum modo. Aquele era o meu verdadeiro eu.

Ele deu um sorrisinho de canto, passando a língua nos lábios, como um lobo que se preparava para saborear a sua presa. Segurou na base do meu pênis, e acabei por soltar um gemido. Era a primeira vez que tínhamos um contato tão direto e íntimo.

― Você... ― tentei falar, mas fui interrompido pela sensação da umidade da sua boca cobrindo toda a extensão da minha ereção. As sensações eram novas, e eu não sabia o que fazer. Ele parecia gostar do que fazia, me sugava lentamente, usando a língua a cada vez que subia e descia com a cabeça. Não sabia se ele tinha alguma experiência naquilo, mas ele sabia o que estava fazendo, e eu estava gostando. ― J-Jungkook... Isso não tá certo... Eu... Eu quem deveria estar fazendo... Em você... ― falei com dificuldade me agarrando aos lençóis, enquanto sua boca trabalhava lá embaixo. Ele interrompeu os movimentos, retirando o meu pênis de sua boca, e dando uma última lambida na glande, com a ponta da língua, rindo para mim.

― Quero saber qual é o seu gosto.

― Meu gosto? – Nunca havia tido diálogos assim com ele. Jungkook não parecia mais aquele garoto bobo e hesitante. O seu alfa interior estava finalmente dominando e me deixando sem fôlego.

― Sim. ― Ele sorriu se debruçado em cima de mim, tomando a minha boca em um beijo enquanto com uma mão segurava o meu membro úmido pela sua saliva. – Eu sempre tive curiosidade. Se o seu cheiro era bom, imaginava que o gosto fosse também.

Ele imaginava isso?

Sorri um pouco constrangido, mas Jungkook sempre com pressa, correu ate a gaveta da escrivaninha e pegou um pote, já colocando os dedos e levando até a minha entrada. Uma parte de mim estava feliz, afinal, apesar dos pesares, ele ainda tinha consciência de que por eu não estar no cio, não teria lubrificação natural, então ele precisaria me preparar antes. Mas por outro lado, apesar do meu desejo, eu ainda tinha um pouco de medo do que estava por vir.

Quando um dedo seu me penetrou com delicadeza, fechei os olhos. A sensação era incomoda e estranha, e apesar de seu dedo deslizar com facilidade para o meu interior, ainda tinha a sensação de invasão. Logo depois ele inseriu mais um dedo, e começou a movimenta-los devagar.

― Jimin... Você tem certeza de que quer continuar com isso? Ainda dá tempo de parar... eu acho? ― A sua frase era educada, mas os seus olhos vermelhos nem tanto. E eu imaginava que ali era o seu último resquício de equilibro.

― Tenho... ― falei arrastado olhando nos seus olhos. Ele sorriu satisfeito, retirou a calça de moletom que ainda trajava, e finalmente se posicionou entre as minhas pernas.

Gritar foi a minha primeira reação ao sentir o seu membro me penetrar. A sensação dos dedos nem se comparava com o que eu sentia agora. Respirei fundo, ele apoiou as mãos ao lado do meu tronco no colchão, e então começou a se movimentar. Era a minha primeira vez, eu sabia que seria ruim, mas não sabia que tanto. Uma lágrima escorreu no canto do meu olho, mas eu não iria parar, e nem ele.

Vendo como eu não estava bem, ele passou a me beijar no rosto e no pescoço, mas a sua movimentação lá embaixo era constante. Aos poucos eu ia me acostumando e meu corpo reagia melhor depois do susto. Agarrei nas suas costas, fincando as unhas, gemendo baixo no seu ouvido. Agora ele sabia que poderia investir ainda mais.

Suas mãos desceram para a minha cintura, apertando com força e possessão. Me arrastou mais para perto dele, e assim passou a se movimentar com vais velocidade, deixando a sutileza de lado. Me agarrava aos lençóis do colchão tentando descontar de algum modo aquela onda de prazer que só crescia em meu interior. Meus gemidos ainda eram retidos, mas eu gostava. Gostava de ver os seus olhos que brilhavam em um vermelho intenso por entre as festas da franja molhada pelo suor.  Ele me encarava para ter a certeza de que além dele, eu também estava inteiramente ali.

― J...Jun... ― Tentei chamar o seu nome quando já estava chegando ao meu ápice. Meu sêmen jorrou caindo sobre o meu abdômen, e logo depois de mais algumas investidas, ele se desfez em meu interior, e caiu de bruços ao meu lado na cama.

Fechei os meus olhos, respirando fundo, cansado e logo apaguei.

 

Despertei novamente sentindo a sua boca beijar o meu ombro. Ainda sonolento e confuso, notei que o céu já estava mais escuro do que quando havia pegado no sono.

― Jungkook? ― Indaguei me virando para ele e segurando o seu rosto com as minhas mãos. Estávamos os dois nus na cama, deitados um de frente para o outro. Ele me segurava pela cintura, e olhava no fundo dos meus olhos, com intensidade. Suas íris ainda vermelhas e o cabelo bagunçado lhe davam um ar sexy. Eu ficava sem fôlego só de olha-lo. ― Isso é real? ― perguntei ainda meio abobado, e ele riu, me beijando.

― Felizmente sim. ― Sorriu entre o beijo. Suas mãos deslizaram até a minha bunda, a segurando com força. A sensação de ser tocado ali, sem uma calça para atrapalhar, era infinitamente melhor. ― Você é tão gostoso, Jimin. ― Sussurrou tão sensual que fechei os olhos. Ainda com as mãos em mim, ele se deitou de barriga pra cima, e me colocou sentado em cima de si. Arregalei os olhos surpreso. Ele já estava pronto pra outra?

― M-mas já? ― Apoiei as mãos sobre o seu peitoral. Sua pele era macia e lisa, e agora eu podia ter a melhor visão possível do seu abdômen definido logo abaixo de mim.

― Aquela foi só a primeira do dia.

Engoli em seco. Senti algo duro me cutucar nas costas, me virei para trás, e lá estava ele, completamente rígido, apenas me esperando. Não pensei muito, o segurei em minha mão, que parecia pequena demais aquilo. Acabei me virando de costas, e me deitando sobre o seu corpo, ficando com o rosto na direção do seu membro, e deixando a minha traseira totalmente exposta para ele.

Comecei a massagear como achava que deveria fazer. Tudo ali era novo para mim, e os meus instintos diziam que eu não deveria temer. Aumentei a velocidade do sobe e desce quando lá ao fundo o ouvi gemer.

― Isso... ― proferiu, segurando a minha bunda, e engolindo o meu pênis. Foi a minha vez de gemer.

E para não ficar para trás, tratei logo de colocar o seu em minha boca também. Passei a vida toda pensando que jamais faria aquilo. Tinha a plena ideia de que não me sujeitaria a chupar um alfa sequer. Mas lá estava eu, chupando o pau de Jungkook, como se só aquilo fosse me manter vivo.

O quarto estava um silêncio só. O único som era de nossas bocas e línguas chupando um ao outro. Se continuasse daquele jeito, iria gozar ali mesmo, dentro de sua boca. Mas antes disso, ele se levantou e me puxou, me reposicionando para como estava antes.

― Senta em mim, Jimin. – Falou. Não pensei duas vezes, arrebitei a minha bunda, e mirei para que descesse diretamente sobre si. Fui introduzindo aos poucos, dessa vez não estava doendo tanto, mas ainda era estranho. Quando o meu interior foi totalmente preenchido, comecei a fazer pequenas movimentações para frente e para trás. Parecia que ele estava maior. Via os seus olhos fecharem enquanto eu ria de seu desespero para que eu começasse a fazer o que eu fazia melhor: rebolar. ― Vai logo, Jimin. ― Grunhiu já impaciente.

Me levantei lentamente, e voltei a sentar. Fiz isso algumas vezes, até começar a acelerar. Apoiando as minhas mãos no seu tronco, quicava e deixava que a minha bunda o engolisse, meu quadril não tinha freios, eu me sentia tão sujo.

― Então você gosta quando eu rebolo assim? ― Provoquei entre um gemido e outro.

― G-gosto.

Eu iria acabar descobrindo sobre todas as coisas que Jungkook gostava e não me contava.

Suas mãos agarraram em minha bunda, me fazendo parar com os movimentos, e abaixo de mim agora era ele quem se mexia, na velocidade que só ele conseguia. Arranhava as laterais de suas costelas, e sentia o seu coração bater, mas não sabia dizer se era tanto quanto o seu membro que pulsava dentro de mim.

Acabei me desfazendo, e logo em seguida, gritando o meu nome, ele se desfez também cansado. Apaguei ali mesmo, em cima de si.

[...] 

Despertei e o céu já estava escuro. Olhei para o relógio em cima do criado mudo, e ele marcava 4 da manhã. Minha cabeça estava confusa, me virei para o lado, Jungkook dormia abraçado a mim em um sono profundo. Com medo de despertá-lo, saí de fininho da cama, sem roupa nenhuma, sentindo apenas a friagem da madrugada e fui para o banheiro, pois precisava de um banho.

Esfregava o rosto debaixo da água quente, precisava pôr a minha cabeça no lugar. Uma parte de mim ainda parecia não acreditar em tudo o que estava acontecendo. Comecei a rir sozinho, meio bobo e envergonhado, lembrando do garoto nu que estava dormindo comigo agora pouco. Jungkook estava bem diferente do seu normal. Não que a sua personalidade tenha mudado, mas, pelo menos suas atitudes eram inéditas para mim. Então esse era o lado bom do cio, afinal. A face da lua escondida de Jungkook.

Coloquei uma blusa e uma bermuda, pois estava frio, e desci para a cozinha. Fazia tempo que não comia, por isso estava faminto. Como estava tarde, preferi não fazer nada no fogão. Peguei algumas torradas e passei uma geleia de morango e fiquei lá comendo sozinho.

Em meio a minha solidão, senti algo envolver a minha cintura por trás, seguido de uma respiração quente no meu pescoço.

― Acordou, foi? ― Indaguei rindo, colocando a torrada na boca. Jungkook virou o meu corpo, me fazendo encará-lo. Seus olhos com o mesmo vermelho intenso de antes já arrepiavam os pelos do meu corpo. Seu cabelo estava molhado, ele havia tomado banho. ― Está com fome?

― Não. ― Respondeu simplista depositando um selinho em meus lábios. Fiquei um pouco sem jeito com a sua atitude, ele não costumava ser afetuoso a não ser que eu começasse algo.

― Acho melhor você comer.

― Também acho. ― Riu, aproximando o rosto do meu pescoço, dando leves beijos em minha pele. Os pelos de minha nuca se arrepiavam só com aquilo. ― Que tal eu comer você?

― J-Jungkook! ― O repreendi dando um tapa em seu ombro, sentindo as minhas bochechas pegarem fogo, e ele só ria. ― Eu tô falando sério...

― Eu também. – Segurou com força na minha cintura, e me trouxe para perto de si, colando os nossos corpos ainda mais, e selando nossas bocas em um beijo, com gosto de morango. Envolvi os meus braços em volta do seu pescoço, agarrando nos seus cabelos, e a cada mordida e chupão, eu os puxava com mais força. Estava nas nuvens. Ficar em seus braços era tão bom que poderia ser eterno.

Jungkook segurou nas minhas coxas, e me colocou no colo, sem parar o nosso beijo. Me levou até a mesa onde normalmente comíamos, e me deitou lá, de barriga pra cima. Se debruçou sobre mim, beijando minha boca e meu maxilar, deixando a sua mão deslizar para dentro da minha bermuda, já encontrando o meu membro levemente desperto.

― Calma... ― pedi enquanto ele prensava meu corpo contra a madeira dura da mesa. Ele continuou apertando a minha ereção por cima da cueca, e eu percebia que ele já estava na mesma situação. ― V-você vai quebrar a mesa... ― continuei, ofegante. Ele rugiu irritado e impaciente, mas me pegou no colo novamente e me levou para a sala, me jogando no sofá, espaçoso o suficiente para nós dois. Ele se jogou sobre mim, roçando a sua ereção contra a minha, e deu uma leve mordida em no meu lóbulo. Deixei escapar um gemido manhoso, e ele gostou.

― Você gemeu pouco nas primeiras vezes. Eu quero te ouvir. ― Proferiu, aumentando os movimentos de fricção com o quadril. Fecheii os olhos tentando lidar com a onda de tesão que invadia o meu corpo.

― A culpa é sua. ― Respondi desafiador. Ele me encarou sério. Engoli em seco. Será que ele havia ficado bravo?

Sem falar nada, novamente me pegou no colo e subiu as escadas comigo. Por alguma razão ele não quis voltar para o quarto dele, então fomos para o meu. Com um chute ele abriu a porta, e me jogou na cama. Arregalei os olhos um pouco desnorteado, vendo a sua figura estendida em frente a porta tirando a roupa.

Ele caminhou até mim, não sabia se olhava os seus olhos escarlates tão brilhosos, ou o seu pau já totalmente duro. Não que eu estivesse diferente.

― Já que você quer tanto, vou te foder direito agora, hyung. ― maldito!

Jungkook me segurou, e com facilidade me virou de costas na cama. Eu estava tão perplexo e excitado com as suas atitudes que nenhum som saía da minha boca. Ainda.

Arrancou a minha bermuda e a minha cueca com tanta raiva, que pareciam que elas eram as suas arqui-inimigas, deixou-me apenas com a blusa. Senti quando suas mãos apertaram a minha bunda, tão possessivo, logo depois dando uma leve mordida em uma das nádegas, a beijando e lambendo. Eu gostava quando ele me tocava ali, fato era que já me agarrava ao lençol da minha cama para me conter. Acabei dando um grito quando subitamente ele parou de beijar o local, e desferiu um tapa.

― Jungkook... ― nessas horas parecia que o meu vocabulário era reduzido a “aaah” e “jungkook”, não conseguia falar mais nada. Ele se deitou sobre mim, mostrando que estava com dois dedos na boca, os chupando.

― A sua bunda é tão deliciosa, hyung, você sabe, né?

E após isso, os dedos que estavam em sua boca, foram para a minha entrada. Por agora ele estar usando saliva e não lubrificante, foi um pouco mais difícil. Quando terminou de me preparar, desferiu outro tapa, agora na outra nádega.

― Fica de quatro. ― Mandou, e assim o fiz, empinando a minha bunda, ficando de joelhos, já o sentindo roçar em minha entrada. Estava tão estranho, me sentindo tão exposto. Me perguntava se era errado gostar tanto de estar daquele jeito, só esperando para ser fodido.

Jungkook me penetrou de uma vez, e um rasgo se formou em minha garganta pelo urro que dei. Ele começou a se movimentar, enquanto eu me agarrava aos lençóis com tanta força que iriam rasgar a qualquer momento. Parecia que nessa posição ele conseguia ir mais fundo. Começou a acelerar e aprofundar nas investidas, e a cama balançava e rangia de acordo com o seu ritmo. Eu gemia, gritava o seu nome, assim como ele, conseguia ouvir a sua respiração forte mostrando o quanto ele estava trabalhando.

Foi então que ele pegou os meus dois braços e os puxou para trás, fazendo o meu tronco levantar um pouco.

― Vamos, hyung, quero te ouvir mais alto. Com o rosto no colchão você não vai gritar. ― Seu tom era até um pouco sádico, e por vezes me batia uma vergonha por ter o meu, até então, irmão mais novo, falando comigo daquele jeito. Ele começou a me puxar mais rigidamente pelos pulsos, e a penetrar com mais força e avidez, o único som que residia no quarto era das suas coxas se chocando contra a minha bunda, de forma tão excitante que só ficou melhor quando não aguentei mais, e me permiti a gemer e a falar o quanto eu queria que ele me fodesse. Naquela posição ele conseguiu finalmente acertar o meu ponto sensível, me fazendo revirar os olhos, estava perdido em tanto prazer, como nunca antes na vida.

Meu limite chegou, e me desfiz, contraindo todo o meu corpo, mas ele ainda continuava, e me penetrou mais algumas vezes seguidas até que gozasse pela terceira vez naquele dia.

― Ah... hyung... ― ele caiu ao meu lado, e eu ri do seu estado. Parecia que havia saído de uma luta, todo suado e bagunçado, o peitoral subindo e descendo pela falta de ar. ― Jimin...

― O que? ― Indaguei baixinho, o observando com ternura. Ele abriu os olhos, e me puxou, deitando a minha cabeça sobre o seu peito. Encaixei o meu corpo no seu, enroscando as minhas pernas nas suas, alisando o seu peitoral, enquanto ele deslizava os dedos pelas minhas costas. Depositou um beijo em minha testa e deixou que a cabeça caísse para trás, adormecendo.

Antes de cair no sono também, fiquei o observando. Jungkook era tão lindo, tanto acordado quanto dormindo. Poderia passar mil anos ali deitado consigo, envolto por seus braços. Era a primeira vez em muito tempo em que eu me sentia feliz, e não me espantava em ser justamente ao seu lado. Eu o amava, era essa a única coisa que eu tinha certeza naquele momento.

― Boa noite.

E assim adormeci, naquela segunda noite do feriado... E do seu cio. 


Notas Finais


AE PORRAAAAAAAAA, FINALMENTE *JOGA CONFETE* AAAAAAAAAA, COMEÇOU A PUTARIA AAAAAAAAAA. Era o que vocês queriam, né, seus safadinhos, tava todo mundo sedento que eu sei grrrrrrr.
Ficou bom? Não sei, mas também se tiver ficado ruim, não me falem, sou sensível.

Eu tinha várias coisas pra falar aqui, mas agora não me lembro mais de nada...
Só queria pontuar uma coisa: espero que ninguém ache estranho Ren e Minhyuk terem um filhote, estamos num universo ABO, se alguém vier me gongar por causa de Mpreg eu vou xingar um palavrão >:(

E eu não dividi o capítulo porque não queria fazer 1 com "enrolação" (lembrando que aqui não tem encheção de linguiça, tudo é importante) e outro só com lemon, ia ficar muito feio.

Eu fiz uma fanart nova de Jikook, pra quem é otaku, vai gostar: https://twitter.com/chappy_suey/status/898684839276158977

Agora vou ver se me concentro numa fic que estou escrevendo com uma amiga, ela vai ser Yoonseok e Jikook, vamos ver se sai logo do papel grrr.

Bjs, é nóis. ♥


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