História Boy Meets Evil - Uma Surpresa não Surpreendente - Dyhu

***DYHU***

As aulas foram chatas pra caramba.

 "“Que droga, o Yoongi é tão preguiçoso que não vem pra aula em dias ensolarados.” "

Fiquei pensando nisso as aulas todas quando percebo que o céu lá fora começou a fechar e o sinal tocou, começo a guardar meu material escolar e vou até meu armário.

Ly – Tchau Dy, boa sorte com o Suga!

SH – Até mais, Livy não perturbe ela!

Reviro os olhos vendo Sun repreender Livy.

Dy – Calem a boca!

Me despeço das meninas indo em direção a saída, caminhando na direção de casa, o sinal fecha e começa a cair um leve chuvisco.

"“Ah que ótimo, isso que dá reclamar” "

Penso mordendo o lábio. Os carros passam e o sinal abre, quando olho pro outro lado da faixa de pedestres avisto um garoto de cabelos e olhos extremamente negros sob um moletom de capuz preto destacando a pele branca como açúcar refinado, ele estava segurando um capacete de moto.

"“Ai cara eu só posso estar sonhando”"

Pisco os olhos com força e percebo que era real, mudo o curso pra outro lugar evitando ele, mas no fundo eu queria que me visse e me oferecesse carona.

SG – Heei! Dyhu?

Ele chama e meu coração para. Me viro relutante sob a chuva que agora estava um pouco mais forte, olho pro outro lado da rua e não vejo ninguém. Faço biquinho brava por ter me deixado enganar, me viro disposta a seguir meu caminho quando tropeço e sinto braços frios me segurarem.

SG – Olhe por onde anda, e tome mais cuidado!

Tomo um susto e me afasto dele rapidamente.

Hy – Olha aqui seu pervertido, se me tocar assim mais uma vez eu arranco seus olhos!

SG – Ssssh, você vai se molhar!

Hy – Quem se importa? Aisshh

Me solto dele e vou até a cobertura de uma loja ali perto, na frente do Shopping.

SG – Ok, estou indo embora... Boa sorte com a chuva.

Percebo a chuva só aumentando, e antes que eu pudesse entrar na loja o dono coloca a plaquinha de fechado.

Dy – Eiii! ME DEIXE ENTRAR POR FAVOR!

Suplico, mas o homem me ignora e dá as costas, bato algumas vezes no vidro, percebo que nada acontece.

""DROGA! DROGA!""

SG – Última chance.

Dy – Odeio você!

Ele sorri me provocando

“"Deus porque isso?”"

Lanço um olhar bravo a ele.

SG – É assim que você trata o seu salvador? Hmm... Bom saber...

Cruzo os braços esperando que ele fosse um pouco mais sensível, mas ele apenas me olha segurando aquela droga de capacete.

Dy – Salvador? Eu... Ai, vê se não me enche!

Ele ri e se põe no meu caminho, bato com o rosto no peito dele outra vez e coro. Sinto o cheiro salgado de praia que vinha dele por um momento e me afasto. A chuva estava me encharcando, quando sem mais nem menos ele me puxa e me leva até um estacionamento do Shopping.  Antes que eu pudesse ao menos perguntar o porque daquilo ele estende a mão pra uma moto nova, era lançamento daquele ano, ultima geração XV860, olho boquiaberta e ele sorri satisfeito.

SG – É só um brinquedinho novo. Quer testar comigo?

Dy – É claro que não.

Pisco pra ele rindo baixinho.

SG – Sabe que não tem escolha, não sabe?

Sorri convidativo. 

Dy – Tá, diz aí que tipo de traficante você é pra ter uma dessas?

Depois de gargalhar ele volta ao seu jeito sério e frio me olhando com elegância. Me veste uma jaqueta enorme de couro azul fosco e me entrega o capacete.

SG – Bom... Se quer mesmo saber, a partir de agora, trafico garotas bonitas!

Coro mais ainda enquanto ele me ajuda a subir na moto, ele passa a mão no cabelo jogando pra trás e coloca o capacete.

Dy – Idiota! Saiba que de jeito nenhum vou me abraçar ao seu corpo pra me segurar. Ãh-ãh! Nem pense nisso!

Ele me olha arrogante e sobe na moto de modo que minhas pernas se encaixem no banco. Coro e espanto o medo.

SG – Não precisa se segurar em mim... A não ser que esteja tentando viver. A escolha é sua!

Ele liga a moto e sai cantando pneus, em uma tentativa de me manter firme eu o abraço pela cintura.

"“Você fez isso só pra se aproveitar de mim, odioso”"

Depois de andarmos por vários lugares e sentir a liberdade de se andar de moto, ele para em frente a minha casa. Meio sem jeito, pego minha mochila e desço da moto, tiro o capacete e a jaqueta. Ele me ajuda e então eu me afasto. 

Dy – Obrigado pela carona eu...

Yoongi pigarreia me interrompendo.

SG – Não foi um favor, isso é uma dívida!

Me viro para enviar um olhar gélido quase adivinhando quais eram as intenções dele, mas quase que em um piscar de olhos, sinto um beijo na bochecha queimar minha pele, levo a mão e percebo que ele já havia se afastado. Quando a moto já estava longe, começo a rir histéricamente.

“"ISSO FOI APENAS UM SONHO DYHU”"                  

Penso e entro na casa, tiro as roupas molhadas, tomo um banho e janto com os meus pais. Depois subo até meu quarto.

Dy – Aquele beijo... Realmente aconteceu?

Me pergunto em um sussurro antes de dormir, e ouço a voz firme e sonolenta dele em minha mente

“SG – Não isso não foi um sonho!”

Pego no sono com esse pensamento e descanso.