História Breathe Again - Wincest - Eu desisto de você

Dean do lado de fora do celeiro, observou Sam se mover em suas obrigações habituais, chamou por Castiel, que o tocou e sumiram para dentro de uma lanchonete cheias das besteiras que Dean adorava comer, para passar o tempo, e assim Dean, entre um hambúrguer e outro, contou toda a conversa com Sam a um Castiel atento e pensativo.

Sam vendo que estava sozinho naquele local em meio as suas obrigações diárias, chamou por Ruby, para lhe avisar sobre o ocorrido e combinarem como seriam as idas dela na casa de Bobby para o alimentar com sangue, e assim que Ruby apareceu no celeiro, sua chegada foi sentida por Castiel na lanchonete, que avisou a Dean, e ambos voltaram ao celeiro de forma sorrateira, se esquivando entre as paredes finas de madeira e os blocos de feno seco que haviam ali, para escutarem tudo que era dito por ambos.

Ruby não teve chance de sentir a presença deles escondidos no local, pois Castiel se utilizando de seus poderes, ocultou a si e a Dean, da demônia, o que ambos não sabiam que era Sam que a tinha chamado ali.

Sam: Ruby...que bom que veio, preciso falar urgente com você.

Ruby: Que foi Sammy querido ? (Aquelas palavras doeram em Dean mais que uma facada, pois até isso Sam havia profanado com ela, o apelido carinhoso que era só deles, e a conversa nem tinha começado).

Sam: Eu tenho que ir embora desse lugar, Ruby, eu vou voltar com Dean para a casa do Bobby ainda hoje, e ele virá aqui mais tarde e quer falar com você também.

Ruby: Peraí...o que o Dean que falar comigo ? (Assustada, porque tinha medo de Dean, de sua raiva e de seus talentos extraordinários como caçador).

Sam: Ele já sabe o que houve entre nós Ruby.

Dean estava com tanto ódio contido em si, que mal conseguia se manter de pé, porque Sam, de certa forma o estava traindo novamente avisando a demônia sobre tudo.

Ruby: Sam, ele deve estar com muita raiva, e deve estar preparando uma armadilha para mim, eu não posso voltar aqui...ele vai querer me matar.

Sam: Eu sei. Mas será melhor enfrentar ele agora. (Sam estava atordoado, e nem percebeu o perigo que ambos estavam correndo com a ira de Dean no confronto).

Ruby: Eu tenho uma idéia, vamos embora, você vai comigo agora, acho melhor me mandar daqui o mais rápido possível, eu não estou gostando dessa história, e você vem comigo. (Segurou na mão de Sam, o puxando).

Sam: (Empurrando a mão de Ruby de si)... Não ! Eu não vou embora com você para lugar nenhum...eu tenho que voltar com Dean, essa é a última chance de ficarmos juntos novamente...e, eu não sei viver sem ele...eu não vou sair daqui com você...(Sam falou quase de um jeito inocente e essas palavras trouxeram um enorme conforto para a alma de Dean, que esboçou um sorriso).

Ruby: Você não entende, Sam ? Se você voltar com ele, nós não poderemos continuar com nossos planos, ele não vai deixar...e eu não posso abrir mão de nossos planos novamente.

Sam: Ruby, nós vamos caçar o Azazel de qualquer forma, e agora que estou mais forte com meus poderes, eu posso me virar...e quando eu precisar falar com você, eu te chamo....(Foi interrompido por Ruby).

Ruby: Você ainda não está pronto Sam, e tem que continuar se alimentando de sangue, senão vai enfraquecer...você precisa vir comigo. (Aquilo revirou Dean do avesso, estava com vontade vomitar).

Sam: Não, Ruby, eu não vou, eu tenho que ficar com o Dean...eu preciso dele mais que tudo...essa é minha última chance com ele.

Ruby: Hahaha...não me faça rir, Sam, você precisa de sangue de demônio, não do Dean. Eu não dou 24 horas para você me chamar querendo mais um pouco.

Sam: Olha Ruby, somos amigos, e eu não quero brigar com você, eu chamei você aqui para te avisar sobre Dean e minha escolha, e te dizer que quando eu precisar de você, eu te chamarei, você já sabe que estaremos na casa do Bobby, então...(Deu de ombros, como quem diz que era só ela esperar e atender ao chamado dele).

Ruby: Você é muito ingênuo mesmo, se pensa que ele te deixará fazer tudo que quiser quando estirem juntos, ele nunca vai admitir isso...seu irmão é um caçador, e um dos melhores que já vi, e pior que isso, ele é um caçador que ama você dessa forma louca e possessiva...o máximo que ele vai te deixar chegar perto de mim, é se for para me matar...(Deu uma pausa, olhou bem para Sam, pensativa)...Você não está me dando escolha Sam.

Sam: Do que está falando ?

Sam se viu imobilizado na parede por Ruby.

Ruby: Você vai comigo agora, e quando você se acalmar nós conversaremos, ok? (Foi se aproximando dele, para poderem sair dali).

Sam: (Com muito esforço devido a força o prensando contra a parede)...Não..por favor...não posso ir.

Ruby: Ah, você pode sim, e vai me agradecer depois. Fica calmo, que já vamos embora daqui e tudo vai ficar bem.

Quando Ruby estava muito próximo de Sam, Castiel deixou a presença deles ser sentida, e ela se virou, dando de cara com Dean e Castiel saindo detrás da enorme porta do celeiro.

Dean: Parabéns demônia, seu teatrinho foi muito interessante, só mesmo Sam para acreditar nas suas boas intenções....agora, faça um favor para você mesma, saia de perto dele. (Disse Dean empunhando a faca que mata demônios ).

Ruby: Não mesmo, eu não tenho medo de você, Winchester.

Dean: Não foi o que parecia, queria fugir, né mesmo ? Com medo de morrer, imunda ?

Ruby: É força do hábito, afinal, vocês, covardes, adoram essas armadilhas e palavras em latim...(Disse apontando para o chão onde havia uma armadilha para demônios) .

Dean: Beleza, me pegou...agora saí de perto dele.

Ruby : Ele vem comigo.

Dean: Não, e você sabe que não, pergunta para ele com quem ele quer ir...acho que perdeu essa luta, queridinha, e agora dá o fora daqui, enquanto deixamos.

Ruby: Você se engana muito, Winchester, ele precisa muito mais de mim do que de você. (Ela sentiu que Dean deu um pequeno passo para trás com essa afirmação, sentiu que o desestabilizou, e aproveitou o ponto para o atacar mais).

Dean: Pode ser, mas ele quer vir comigo no momento...e logo, ele não vai precisar dessa podridão que vem de você. (Falou menos firme, com menos convicção, o que foi sentido por Ruby novamente).

Ruby: Você nunca vai poder dar a ele o que eu posso dar...(sorriu)...e eu sei do que ele gosta e quer...e não falo só do sangue...(piscou o olho para Dean em provocação).

Dean: Solta ele agora, e vamos acabar com essa conversa.

Ruby: Ahhh, Caçador, sabe qual o seu ponto fraco ?...Ele aqui (apontou para Sam)...e você vai acabar morrendo por causa dele e todo esse amor vai morrer com você. Não existirá mais nada disso nele, nada de você nele, quando ele estiver comigo...eu tenho pena de você...ele sequer lembrou que você existia enquanto estava transando comigo...enquanto estava dentro de mim.

Dean: Cala a boca, e solta ele.

Ruby: Você não quer ouvir a verdade, caçador, ela dói, né mesmo ? Pois é, pergunta para ele o quanto ele adorou se libertar como um animal quando estava transando comigo, e aposto que ele nunca foi assim com você...ele só consegue ser ele mesmo, comigo...o que nós temos é especial...(Aquelas palavras estava enfraquecendo a autoconfiança de Dean, que se deixou atingir, e olhou para Sam, vendo ele negar com a cabeça, chorando e tentando se libertar).

Ruby: E sabe o que mais...você é patético. Não conseguiu segurar ele com você, nem quando estava na cama daquele hospital...e olha que aquela vez foi a melhor de todas... adorei cada minuto daquele sexo selvagem e maravilhoso, adorei, mais ainda, dele mentindo descaradamente para você...(Risos altos)...nós rimos muito da sua cara...eu quase fiquei com pena de você, caçador... doentinho e apaixonado...ele fazendo o favor de transar com você, por caridade, durante o dia, mas era só você dormir......que ele descia para se atracar comigo em qualquer canto escuro daquele hospital, buscando o que realmente queria e a quem ele realmente queria.(Deu uma pausa, vendo Dean abaixar a cabeça derrotado).

Ruby:...E tem mais, eu tenho a ele quando eu quiser, ele é dependente de mim agora, vocês só vieram aqui para atrapalhar nossa diversão, sabia que ele adora chupar sangue e transar no meio desse feno...acho que é alguma fantasia, sei lá...(riu alto novamente)...e você ainda vem aqui atrás dele...aprende, caçador, ele não se importa com você, ele sequer tocou no seu nome esse tempo todo que passou comigo aqui...vai embora, e fique com sua insignificância longe de Sam...ele é importante para o mundo, e você, não é nada.

Dean abaixou a cabeça se entregando a provocação, e pensando em tudo que ela dizia, o ódio de si mesmo e de Sam só crescia em seu peito, como podia Sam dizer que amava ele e sentia falta dele, e ao mesmo tempo ele ainda transava com a criatura, ali mesmo no celeiro, como ele podia ser tão maquiavélico e sujo, pensava Dean. Ele teve certeza de que Sam havia mentido para ele mais uma vez, e estava desistindo de o resgatar.

Dean: (Olhou para Castiel)...Cas, vamos embora. (Ruby abriu o seu melhor sorriso e olhou vitoriosa para Sam, que chorava).

Castiel: Não Dean, não podemos voltar sem o Sam, ela vai acabar com ele...e...ele será usado e vão matá-lo depois....Dean, por favor, não faz isso...

Dean: Eu não quero ouvir mais nada, Sam já fez a escolha dele, e não foi por nós ou por mim, ele e essa maldita se merecem...é com ela que quer ficar, senão já teria ido embora antes....eu que sou mesmo um burro e não percebi....(Olhou para Sam de forma que estivesse se despedindo, e Sam chorava ainda mais).

Sam: (Com muito esforço para falar, porque ainda estava preso)...Dean...não...Dean, por favor...não...Dean.

Castiel: Dean, pensa bem, ele quer vir conosco, você o ouviu antes quando ele não sabia que estávamos aqui, nós temos que ajudá-lo a sair disso, ele errou por causa da influência desse sangue maldito, que transforma as pessoas em demônios e Sam agiu conforme um, porque está bebendo dele, há muito tempo, é mais forte do que ele, que não conseguiria controlar isso enquanto está bebendo do sangue...ele não sabia o que estava fazendo...o sangue do demônio o dominou...ele não fez por querer...pode ver isso agora nos olhos dele...ele só é dominado quando está bebendo do sangue, depois quando o efeito passa, ele volta ao normal, eu posso sentir isso nele. Dean...por favor...eu te suplico....vamos levá-lo, não teremos outra chance de tirá-lo daqui e acabar com esse vício.

Dean estava pensando em tudo que Castiel estava lhe falando, naquele momento e queria acreditar em tudo, mas estava tão ferido que seus pensamentos só o levavam a um Sam cruel, que o machucou como ninguém jamais havia feito.

Castiel: Dean, por favor, ele ainda é seu irmão.

Dean: Castiel, ele não é mais....meu irmão não faria nada disso...faça o quiser, eu não quero fazer parte, quem tem que decidir alguma coisa aqui é ele, eu não posso impedi-lo de ir onde ele quiser e bem entender, então, eu que vou sair, quando você resolver tudo, me procura, que eu estarei por aí...(Dizendo isso, saiu do celeiro sem olhar para trás).

Castiel: DEAN !!! (Não respondeu e não olhou para trás novamente, o anjo respirou fundo, olhou a cena a sua frente, e Ruby sorrindo em tom bem debochado e Sam preso na parede atrás dela).

Castiel: Acho que não temos muita escolha aqui...então solta logo ele...sua maldita mentirosa...ou você vai querer me enfrentar ? (O anjo sacou de sua espada celestial, que mata qualquer ser, até mesmo anjos e demônios).

Ruby: (Soltou Sam da parede, que caiu de joelhos com as mãos na garganta onde havia sentido o aperto mais forte ao ser preso)...Eu vou embora, mas volto para saber a decisão final do garotão aí...e Sam me espera e se precisar é só me chamar...(Sumiu em fumaça).

Castiel se ajoelhou ao lado de Sam, e acariciou suas costas para que ele respirasse melhor, o acalmando, e com muita dificuldade, se levantou apoiando em Castiel, indo direto para a porta do celeiro, olhando em volta daquele terreno em frente, procurando por Dean, e não o encontrando, caiu novamente no chão, desesperado e chorando convulsivamente, Castiel estava de pé ao lado dele.

Castiel: Sam...(Ele levantou o olhar cheio de lágrimas para Castiel)...vem, vamos arrumar suas coisas, e depois vamos esperar os seus amigos chegarem, tá bom, eu vou te ajudar ...(Ergueu Sam pelo braço e o guiou até o banheiro, vendo ele lavar o rosto, respirar fundo apoiado na pia).

Sam: (Ainda de cabeça baixa, destruído por dentro)....Castiel...vai atrás dele, eu vou ficar bem...e temos tempo até Jim e Amy voltarem para casa...você pode levá-lo enquanto isso e vir me buscar depois...eu tenho medo do que ele pode fazer com ele mesmo...ele pode se machucar...vá atrás dele, por favor.

Castiel somente assentiu com a cabeça, sabia que era a mais pura verdade, o que Sam dizia, e assim, não foi nada difícil encontrar Dean vagando pela única estrada que passava por aquele lugar, estava sozinho  no acostamento, andando na chuva fina que caia, já estava todo molhado, e os pingos lhe caiam pelo rosto, embaçando ainda mais sua visão além das lágrimas que se misturavam a chuva. Estava com o coração partido mais uma vez, se sentia, como Ruby dissera, patético. Castiel parou na frente dele, o obrigando a parar.

Castiel: Vamos embora daqui...

Dean não conseguiu dizer nada, recebeu ao invés de um simples toque, um abraço de Castiel que o confortava, mesmo ele não tendo tido tempo de retribuir ao abraço, se deixou envolver pelo anjo, e quando se deu conta, já estava no quarto de hóspedes (que agora era seu) dentro da casa de Bobby, que foi prontamente chamado por Castiel e adentrou ao mesmo, preocupado, se deparando com Dean todo molhado e tremendo de frio, sendo sustentado por Castiel.

Castiel: Bobby ajuda a ele, ele tem que tomar um banho quente, colocar roupas secas e dormir o mais rápido possível, senão vai adoecer.

Bobby: (Todo carinhoso)...Vem filho, eu vou cuidar de você garoto...(Puxou Dean para o banheiro dentro do quarto)...Cadê o Sam ? Castiel, aposto que deu tudo errado...

Castiel: Não Bobby, só cuida do Dean, eu vou voltar para pegar o Sam, prepare tudo, ele terá que ficar preso uns dias...ele não vai aguentar ficar em abstinência do sangue sem ficar preso...volto assim que ele se liberar e depois te conto tudo...agora cuida do Dean, ele está muito mal agora...(Castiel fez um gesto indicando que o Dean estava mal no coração também, e Bobby compreendeu na hora).

Bobby ajudou Dean a tomar um banho bem quente, porque ele não tinha nenhuma reação a nada, o enxugou bem, e o vestiu com um pijama, o levou para cama, o fazendo deitar confortavelmente no colchão fofo e o cobrindo com duas cobertas. Bobby viu os olhos marejados de Dean, fez um carinho terno em seu cabelo, sentindo pena dele, sabia o quanto estava sofrendo, não sabia ainda bem o porquê, mas em se tratando de sofrer por causa de Sam, era sempre muito sofrimento para Dean.

Bobby: Não fica assim, filho, tudo vai ficar bem, você é muito melhor que tudo isso, você está acima disso, não deixa esse sentimento corroer sua alma. Eu vou preparar um chá para você dormir, tá bom ? Já volto. (Dean sorriu de leve para ele, que saiu do quarto).

Dean escutou as palavras de Bobby, mas sofria tanto, na verdade o sentimento era muito maior do que ele mesmo, era incontrolável, fechou seus olhos se lembrando das palavras da demônia que lhe feriram, afundou sua cabeça no travesseiro, e pensou que mais uma vez queria deixar de existir, para não sentir mais nada daquilo, estava tão cansado de lutar e sofrer, mas era sempre arrastado para aquele maremoto. De repente, abriu os olhos e viu Bobby com uma caneca na mão, o ajudando a erguer a cabeça, afofando os travesseiros para ele, dando a caneca em suas mãos, e o fitando, esperando que ele tomasse.

Bobby: Você vai se sentir melhor depois que tomar esse chá, ele é gostoso e doce, você vai gostar...toma tudo, vai...(Dean tomou um pouco, e realmente o sabor era muito bom).

Depois de algum tempo, Dean tomou o conteúdo da caneca todo, devolvendo-a para Bobby que só o observava, e não disse nada, vendo uma lágrima cair do olho de Dean, e aquilo acabava com Bobby, ele era forte, mas não quando se tratava de vê-lo sofrer, aquilo despedaçava o seu coração. Ele enxugou a pequena lágrima de Dean com o polegar, pegou a caneca nas mãos.

Bobby: Agora você vai dormi em paz...amanhã estará se sentindo melhor...não chore mais, filho, amanhã será um novo dia...(Fez um carinho no rosto de Dean, se levantou da beirada da cama e nem precisou ficar mais do que um minuto em pé, para ver que depois de se aconchegar nas cobertas, Dean dormiu pesado, o que fez ele respirar aliviado, e confiante que a erva calmante de seus feitiços, que tinha colocado naquele chá, o que faria dormir por mais de doze horas).

Sam arrumou tudo que possuía em sua mochila, deixou tudo pronto no local, alimentou os animais, organizou algumas coisas pendentes e se sentou na varanda da casa dos amigos, esperando por eles, que demorariam cerca de uma hora para chegarem, e antes que pudesse notar, Castiel surgiu sentado na cadeira ao lado.

Sam: Cas, você encontrou Dean?

Castiel: Sim.

Sam: Como ele está? Onde ele está? (Estava ansioso).

Castiel: Ele está muito mal, Sam, ele se sente muito mal com isso tudo que a demônia falou de você e falou dele também, e agora eu sinto que ele foi dopado por Bobby e está dormindo, em segurança no quarto dele.

Sam: Que bom que Bobby está com ele, e sabe o que faz, eu não quero que ele sofra, Castiel, eu sei que eu sempre faço tudo errado e machuco ele, mas eu nunca quis que ele sofresse assim, nunca...(deixou rolar mais lágrimas em seu rosto).

Castiel: Sam, você entende que estamos te tirando desse lugar para tentar fazer voltar a ser como era, ser você mesmo, e com isso você vai ter que parar de beber sangue impuro de demônio...você entende isso ?

Sam: Sim...eu queria desenvolver meus poderes para acabar de vez com Azazel e com essa ameaça da guerra, que acabaria com a Terra, e por isso que entrei nessa, Castiel. Eu queria poder exaltar a memória de nosso pai, me vingando dele, assim como ele perseguiu a vida toda, e acabou morrendo também, queria poder me livrar de me tornar um fantoche de Lucifer antes dele dominar a Terra, e poder viver uma vida normal com Dean, sem ameaças, e queria que Dean se orgulhasse de mim...eu não quis machucar ninguém, mas parece que foi só isso que eu fiz, até agora.

Castiel: Eu entendi tudo Sam. Mas todas as suas boas intenções foram alimento para o mal te convencer a seguí-lo.

Sam: Sabe Castiel eu não queria me apaixonar pelo Dean, por todos os motivos que já sabemos, mas eu não pude evitar, eu não planejei, e só, aconteceu, eu lutei contra muitas vezes, mas olha onde viemos parar...eu só faço ele sofrer...eu me sinto um lixo por isso.

Castiel: Sam...mostre a ele que você quer sair disso, não só diga, mas prove que você quer sair disso tudo por ele, para poderem ficar juntos novamente, prove que ele é muito mais importante que essa imundice toda...ele quer você tanto quanto você quer ele...então corra atrás do perdão dele e se mantenha longe de problemas que você sabe que vão fazer ele sofrer, como isso tudo que está acontecendo agora...

Sam: Você acha que eu consigo sair disso?

Castiel: Eu tenho certeza que sim, você é forte, e terá a força dele ao seu lado...mas você tem que realmente querer, Sam...querer por ele...

Sam: Eu quero.

Castiel: Então prove. Se entregue de coração e alma, para se recuperar e voltar a ser o que você era. Não force a barra com ele...dê espaço para que ele volte a te enxergar...do jeito que você realmente é.

Sam: Eu vou provar, eu vou fazer tudo que me pedirem, eu vou tentar com todas as minhas forças, eu prometo, Castiel.

Castiel: Vai ser muito difícil, mas confiamos em você, Sam, e depois que tudo estiver bem, aí sim, iremos todos juntos atrás desse demônio de olho amarelo...ok ?

Sam: Ok, será um dia de cada vez agora?

Castiel: Isso, uma vez eu disse para você amá-lo, não foi ? Então agora eu digo isso novamente, ame-o, que só isso vai te dar forças e um horizonte para se apoiar e conseguir superar tudo isso...nunca se esqueça...ame-o, Sam. (Tendo dito isso, sumiu, apontando para o carro que se aproximava da casa, eram Jim e Amy).

Sam enxugou uma lágrima, sorriu pelo conselho de Castiel, e se levantou rápido, recebendo com abraços seus amigos, chamando-os para dentro da casa, onde explicou que tinha chegado a hora dele voltar para cuidar de seu irmão, que infelizmente, teria que partir naquela noite mesmo.

Jim ficou triste pela partida do amigo, mas estava feliz por ver os olhos dele brilharem como há algum tempo não via, e assim se despediram, os três amigos, com a promessa de voltarem a se ver em breve, quando tudo estivesse melhor para Sam. E Jim agora iria contratar um funcionário para lhe ajudar naquele rancho, já que tinha conseguido um bom dinheiro nas viagens, enquanto Sam estava lá, e assim, também deu um cheque a seu amigo Sam por ter lhe ajudado tanto, o que foi negado prontamente por ele, mas seu amigo colocou o cheque em sua mochila sem que ele visse, e depois o abraçou apertado, para então vê-lo de afastar do rancho seguindo em direção a estrada.

Quando Sam saiu das vistas de Jim e Amy, foi logo tocado por Castiel, que apareceu ao seu lado subitamente, e em seguida, se viu em frente à casa de Bobby, na porta da frente, onde viu Castiel ao seu lado e entendeu sua viagem rápida. Castiel estava bem esgotado porque teve que usar toda sua força, diante do sangue de demônio o impedir de usar plenamente o seu poder de transporte e cura, como tinha acontecido no celeiro, anteriormente, onde também ainda havia armadilhas para anjos, que minaram todo o seu poder.

Sam entrou na casa de Bobby, e teve que esperar que o mesmo desfizesse a armadilha de demônio gigante que tinha na entrada de sua casa, para que ele pudesse passar, a refazendo em seguida, o que impediria Sam de sair pela porta da frente também. Se olharam, em silêncio. Logo, Bobby abraçou Sam, sem reservas, afinal, ele também era seu filho de coração.

Bobby: Ah, Sam, tanto que te avisei, que essa demônia iria te ferrar com o Dean...puxa, filho....porque não me ouviu ? Agora vai ser difícil seu irmão voltar pra nós. (Sam de cabeça baixa, chorou).

Sam: Você me deixa vê-lo ? Só um pouco, Bobby, por favor.

Bobby o levou ao quarto onde Dean estava dormindo, para que Sam o visse.

Sam sorriu ao ver Dean dormindo igual a uma criança, encolhido embaixo das cobertas, ele parecia tão em paz, tão dócil e tão desprotegido daquele jeito, era tão diferente do normal, quando sempre via Dean com o rosto com as feições pesadas, sem luz, sem sorrir, ou com lágrimas nos olhos. Sam teve mais certeza do quanto o amava naquele momento, ele era sua metade, que o completava, que o fazia respirar, e somente por ele o seu coração batia mais acelerado e por ele sentia um frio no estômago toda vez que o via se aproximar. Chegou perto dele na cama, quase sendo impedido por Bobby, que foi contido por Castiel, que num pedido velado, pediu para que ele deixasse Sam se aproximar de Dean, que sabia que não iria acordá-lo ou machucá-lo.

Sam se sentou ao lado de Dean na cama, admirou o rosto tão belo de Dean, e passou a mão devagar, num toque muito suave, se voltou para onde os outros estavam, e sorriu, como se quisesse que o vissem feliz por aquele contato, retornou para Dean, passou seus dedos pela boca dele, como a desejava, e depois, tocou em seu cabelo arrepiado, sentindo os fios macios e espetados dele. Se aproximou o máximo que podia dele, olhando fixamente para seu rosto.

Sam: (Falando bem baixinho)...Eu vou enfrentar tudo por você, só por você......se você me perdoar, eu vou te mostrar o quanto eu te amo...eu vou te provar que é verdade...e você nunca mais querer desistir de mim. (Ficou mais alguns minutos ali em silêncio, e se levantou, olhou no olhos de Bobby).

Sam: Agora vocês podem fazer o que quiserem comigo, eu vou compreender tudo que fizerem, como sendo para o meu próprio bem...então...vamos começar por onde ?

Bobby: Vem, vamos te mostrar os seus aposentos...(Abraçou Sam e o foi guiando até a porta, onde parou um instante, olhou novamente para Dean dormindo e continuou a ser guiado por Bobby).

CONTINUA...