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História Breathe Again - Wincest - O perdão que fez o anjo chorar


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Amigos;


Mais um dos capítulos bem difíceis de escrever,
mas consegui colocar a emoção no papel.

Desculpem o erros.

Boa Leitura !!!!

Capítulo 17 - O perdão que fez o anjo chorar


Fanfic / Fanfiction Breathe Again - Wincest - O perdão que fez o anjo chorar

 

Bobby desceu as escadas até o porão da casa, onde havia uma cúpula de ferro puro com milhares de armadilhas desenhadas em volta, para todo o tipo de criatura. Entraram na mesma, passando por uma porta de ferro com várias trancas por fora e por dentro, com uma janelinha pequena no alto da porta. Logo em seguida, viram uma armadilha para demônios gigante no chão talhada no piso, e outra no teto do local. Havia uma claraboia no teto que era muito alto, e por essa passava a luz do dia e o ar, ela era protegida por grades de ferro externas. Nada saía ou entrava ali.

   Dentro do lugar havia uma cama de solteiro bem simples com lençóis limpos, e amarras acolchoadas para os braços e pernas fixados nela, havia um frigobar num canto, algumas cadeiras de ferro, duas mesas pequenas retangulares de ferro encostadas nas paredes do local, uma cheia de livros, papel e canetas com uma cadeira na frente, e a outra com uma bandeja para transporte de alimentos. Haviam luminárias em todas as paredes do local, bem como nas duas mesas. A estrutura do quarto era redonda, devido ao revestimento de ferro, havendo um pequeno banheiro no local, dividindo o ambiente com mais paredes de ferro. O quarto era bem amplo, ficando todos os móveis encostados nas paredes e a cama bem centralizada no meio, sem encostar em nada. Via-se alguns instrumentos de caçador pendurados nas paredes, como algemas, estacas de ferro e prata, facas enormes de prata pura, armas para cartuchos de sal, espingardas de canos cerrados, cruzes antigas, terços e amuletos antigos.

Sam olhou tudo em volta, ele se lembrava daquele quarto sendo construído quando ele era criança, e, ele ficou com tanto medo do lugar que nunca mais se preocupou em entrar ali. E sentiu um arrepio nas costas ao pisar dentro daquele quarto, demonstrando todo o pavor que possuía.

Sam: Então é aqui que eu fico ?

Bobby: Sim, desculpe, mas não sabemos como você vai reagir a crise de abstinência.

Sam: Tudo bem, isso me assusta muito, mas parece necessário.

Bobby: Você ficará preso aí, por conta das armadilhas e mesmo que tente fugir com a porta aberta não vai conseguir, então para não se machucar não tente ultrapassar as armadilhas, eu deixei coisas que você gosta, e, tem uns livros. Tem água e algumas comidas na geladeira, além de roupas para você no banheiro, e nós estaremos sempre aqui com você, tentaremos deixar você o mínimo de tempo possível sozinho, tudo bem ?

Sam: Tudo bem. (Entrou no local, sentindo de imediato o poder das armadilhas, que o prendiam).

Bobby: Você vai ficar bem mesmo aí ?

Sam: Vou sim, pode ir descansar...eu vou tomar um banho e dormir um pouco também.

Bobby: Tá bom então, até amanhã.

Sam: Até amanhã...e Bobby...Obrigado por tudo, obrigado. (Disse sinceramente).

 Bobby acenou com a mão, fechou a porta de ferro que rangia alto, e trancou as travas pelo lado de fora, subiu as escadas com o pesar de ver Sam daquele jeito, trancado igual a um monstro. Mas não podia ceder.

Sam tomou banho naquele banheiro bem pequeno e um tanto incomodo, e se deitou na cama, buscando dormir depressa, e assim o foi, o dia tinha sido tão carregado de emoções e sofrimentos que seu corpo estava cansado sem notar. Dessa vez, seu último pensamento foi em Dean.

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No dia seguinte, Dean acordou com seu corpo revigorado, estava sentindo suas forças renovadas, depois daquelas muitas horas de sono profundo. Tomou seu banho e fez sua higiene matinal, desceu tomou uma caneca de café com alguns biscoitos, viu de longe Bobby mexendo em alguns carros no seu ferro velho particular no quintal e deu por falta de Castiel. Lembrou – se do dia anterior e pensou que talvez, Castiel tivesse ficado no rancho tentando convencer a Sam a voltar, mas de toda forma, não queria pensar em Sam, foi para a biblioteca de Bobby, e ficou pesquisando possíveis casos no computador dele.

Algum tempo depois, Dean ouviu vozes vindas do porão, e reconheceu a voz de Castiel, mas não sabia de quem era a segunda voz, e ficou curioso, e foi até lá, encontrando Castiel sentado no chão  com as pernas cruzadas do lado de fora da porta de metal que estava entreaberta, somente uma fresta visível do lado de dentro, onde notou que havia alguém sentado do mesmo modo que Castiel, só que um pouco mais afastado da porta pelo lado de dentro.

Castiel vendo Dean se aproximar, se pôs de pé, e puxou a porta de ferro fechando-a totalmente.

Castiel: Olha Dean, é melhor você se manter afastado dessa porta, aliás, é melhor você evitar descer aqui nos próximos dias...(Vendo o olhar inquisidor de Dean)...é o Sam que está aqui.

O coração de Dean automaticamente se revirou no peito, sentiu até uma certa vertigem, e se apoiou no corrimão da escada para não ir ao chão, todas aquelas palavras de Ruby vieram na sua cabeça rapidamente, o deixando zonzo.

Dean: O que ele está fazendo aqui embaixo ?

Castiel: Ele está preso no quarto de ferro com as armadilhas para poder se recuperar do vício.

Dean: Ele está preso ? Porque ?

Castiel: Porque não sabemos como são essas crises de abstinência e temos medo que ele se machuque ou machuque alguém, ou tente fugir antes de ser totalmente recuperado.

Dean: Mas se ele está preso, é porque ele não queria estar aqui.

Castiel: Não, você entendeu errado, ele aceitou vir para cá, ele se trancou por sua própria vontade, ele quer se curar disso.

Sam não conseguia ouvir muito bem a conversa do lado de fora, mas entendeu que era Dean que estava ali, e se aproximou o máximo que podia sem ultrapassar a linha da armadilha, era impossível ouvir claramente. Ficou estático sentando no chão frio, esperando Castiel voltar a conversar com ele, para saber o que Dean estava fazendo ali.

Dean: Tá bom, só quero saber uma coisa, Cas, ele não vai sair daí para ficar perambulando pela casa, vai ? Senão quem terá que sair daqui, sou eu.

Bobby: (Estava descendo as escadas, ouviu o que Dean disse, deu um tapinha de leve na nuca dele)...Idiota...que história é essa, seu irmão pode ir onde quiser, inclusive ele está preso por que quer ficar, e se você for embora daqui por causa da presença dele na casa, eu juro que antes de você chegar no portão, eu furo os quatros pneus do Impala à bala, escutou bem ???...Deixa de ser encrenqueiro, ele quer se curar, e temos obrigação de apoiar e ajudar...e você está incluído nessa...ele ainda é seu irmão...(outro tapa na cabeça)...idiota !!!

Dean: Tudo bem, Bobby, eu só não quero contato com ele, ajudo em outras coisas que precisarem, mas sem contato com ele...(disse subindo as escadas e sumindo na porta).

Bobby: Isso que vamos ver !!! (Sorrindo sarcástico).

Sam entendeu a parte da conversa que Dean não queria contato com ele, e ouvindo isso, se afastou da porta, e se sentou na cama ao centro, deixando toda sua tristeza aparente, sem se importar, ao ver que Bobby e Castiel o observavam da porta, agora aberta.

Bobby: Você ouviu né?...(Sam afirmou com a cabeça, fitando o chão)...Não fica assim não...dê tempo ao tempo...ele vai superar.

Sam: Tudo bem Bobby, eu mereço o desprezo dele.

Ninguém disse mais nada, não havia palavras para dizer que pensavam que era verdade de certo modo.

Dean foi para o seu quarto, fechou a porta, ficou com as costas encostadas na mesma, colocou as mãos na cabeça, e disse para si mesmo...”Ele está aqui, tão perto de mim, e eu não sei o que fazer”...Ficou pensativo por alguns minutos e resolveu se manter ocupado o máximo de tempo possível para não pensar mais, e saiu da casa apressado e foi para o ferro velho de Bobby e passou o dia todo remexendo nos carros que haviam ali, ora consertando uns, ora montando e desmontando outros, não voltando para casa nem para se alimentar, só retornando à noite, deixando Castiel e Bobby preocupados, mas não quiseram se intrometer, era melhor deixá-lo extravasar seus pensamentos, sua dor e seu amor contidos no peito, e nada melhor que a solidão de um dia inteiro para isso.

Quando anoiteceu, e não podia mais trabalhar nos carros, e estava exausto fisicamente também, Dean voltou para casa, e assim que entrou na mesma, notou que havia comida pronta na cozinha, feita por Bobby, como há muito tempo não se via, mas como seus meninos estavam ali, resolveu fazer um jantar caprichado para os dois. Dean foi para o seu quarto, tomou um banho rápido, se descobriu faminto, e voltou para a cozinha, se servindo de um bom prato da comida, se sentando à mesa, sozinho, porque sabia que os outros estavam cuidando de Sam, no porão, e preferia assim, ficar sozinho, por enquanto, mas de repente, Bobby entrou na cozinha.

Bobby: Nossa...você ainda está nessa casa, não te vimos o dia todo...mas fico feliz que esteja provando da comida que fiz, já que não veio para o almoço. Espero que esteja com fome, e coma tudo, você ainda tem que se alimentar direito.

Dean: Tá ótimo, tá muito bom, Bobby, não lembrava que cozinhava tão bem. E vou comer mesmo, tô faminto.

Bobby: Ok. Acho que foi um elogio, então, obrigado.

Dean estava se remoendo para perguntar por Sam, queria muito saber como ele estava, mas não podia se deixar levar, e ficou calado, comendo. Reparou que Bobby preparava um prato de comida, que acreditou ser para ele próprio, mas quando suspendeu o olhar para a entrada da cozinha ao sentir alguém o olhando, deu de cara com Sam, em pé na porta, com cara de assustado.

Sam estava de calça de moleton preto e camiseta azul, que realçava mais a cor de seus olhos, e Dean não conseguiu deixar de reparar nisso e em como ele estava bonito com os cabelos molhados e despenteados, por causa do banho que tinha acabado de tomar, assim trazendo o cheiro de sabonete e shampoo ao olfato apurado de Dean, que apreciou o cheiro dele com saudade. Ele ficou olhando como hipnotizado para Sam, por uns instantes que pareceram longas horas, e Sam o encarou até não aguentar mais, porque tinha medo das reações de Dean, e abaixou a cabeça, ainda de pé na porta, não se atrevendo a entrar na cozinha. E para variar, Dean reagiu da pior maneira.

Dean: (Se levantando e deixando a comida quase toda no prato, o levando à pia, e de costas para Sam)....Sam, não precisa ficar aí parado de pé, pode sentar para comer a mesa.

Bobby: (Que estava com o prato pronto na mão, se aproximou mais de Dean, vendo que ele não tinha comido quase nada, apesar do que tinha dito anteriormente)...Dean, você deixou tudo, pensei que estivesse faminto.

Dean: Estou satisfeito...obrigado Bobby, tava ótimo...já vou indo. (Virou-se para sair da cozinha, quando teve seu braço agarrado por Bobby).

Bobby: Dean, por favor, não faz assim, filho...você não comeu nada o dia todo, onde você vai ?

Dean: Vou dormir. (Arrancou seu braço da mão de Bobby, sendo até um pouco grosseiro, e saiu apressado, passando calado por Sam, que ainda mantinha seu olhar no chão).

Bobby: Sam, senta aí, pelo menos você ainda vai comer.

Sam: (Levantou a cabeça e estava chorando, e com a voz entrecortada)...Vou tentar Bobby, obrigado.

Bobby: Droga !!! Olha o que o seu irmão fez, você tá chorando novamente, por causa das grosserias dele, isso acaba comigo, sabia ?! (Bobby nunca falava de seus sentimentos, e realmente devia estar incomodado com o sofrimento de Sam).

Bobby respirou fundo algumas vezes, deu o prato que tinha preparado para Sam, e puxou a cadeira para ele, indicando que deveria se sentar, e assim o fez, e começou a comer em silêncio, enquanto as lágrimas rolavam em seu rosto, e com Bobby sentando ao seu lado, o observando com os olhos cheios de lágrimas também.

Bobby: Sam...eu amo vocês dois, sabe disso, não sabe ? (Sam olhou para Bobby, e concordou com a cabeça e deu um leve sorriso).

Bobby: Eu não aguento mais ver isso acontecer, entende ? Eu não aguento mais essa guerra sem fim entre vocês....estou muito velho para isso...e eu nunca pedi nada para nenhum de vocês e nem mesmo para John...mas eu tenho que pedir agora. Parem com isso, por favor...eu não vejo nada de bom vir disso, estou vendo que isso vai acabar muito mal....e eu só posso pedir para você, porque Dean é desse jeito, que você sabe...ele é cabeça dura, teimoso e orgulhoso demais...então, eu te peço que se dedique a se curar e ficar limpo, a sair disso tudo, volte a ser como era antes...só assim que ele vai te perdoar e acabar com essas brigas...entendeu, filho ? Eu que estou te pedindo.

Sam: (Chorava, enquanto tentava comer)...Humhum, eu juro que vou conseguir sair disso por ele, por mim e agora, mais ainda, por você...e Também te amo Bobby, você é nosso pai de coração...(Se colocou ao lado dele e o abraçou apertado pela lateral da mesa, separando o abraço, com a mão de Bobby bagunçando seus cabelos).

Bobby: Tudo bem, então coma longa antes que esfrie, e me diga se gostou.

Sam: Gostei, tá ótimo, eu vou comer tudo e acho que vou repetir...(Riu do Bobby, todo feliz com o comentário dele).

Sam realmente comeu tudo e repetiu, não tinha conseguido comer durante o dia, devido a crise de abstinência que o atacou e demorou horas para passar, com tonturas, enjoos e tremores, só melhorando com o toque de Castiel, para conseguir tomar banho e se alimentar, e como estava no seu estado normal, Bobby deixou que ele saísse um pouco do quarto de ferro, para respirar melhor, vindo a tomar banho no quarto de Bobby e se alimentar diretamente na cozinha. Já devidamente alimentado, Sam pediu a Bobby que o levasse de volta ao quarto de ferro, queria ficar sozinho um pouco, e não incomodar mais a Dean com sua presença ali dentro. Bobby, com o nó na garganta trancou por fora a grande porta de ferro, deixando Sam deitado em sua cama provisória.

Bobby subiu as escadas, quase correndo, para conversar com Dean, o encontrando todo arrumado e pronto para sair.

Bobby: Onde você vai Dean ? Pensei que fosse dormir.

Dean: Não vou não, preciso sair um pouco.

Bobby: Sair para onde ?

Dean: Não sei, talvez pra algum lugar onde eu não dê de cara com o mais novo demônio do pedaço, não é mesmo ? (Estava um pouco ressentido pela presença de Sam na casa).

Bobby: Você queria que eu fizesse o quê, Dean ? Deixasse seu irmão morrer nas mãos deles, era isso que queria ? Que ele fosse o bonequinho deles e quando cansassem dele ou quando ele cumprisse seu destino, o matassem, queria que eu permitisse isso ? Ou ainda quem sabe, eu deveria deixar Lucifer vir à Terra através dos poderes dele, e tomasse ele para si, para brincar com ele no inferno, junto com todos os demônios que nós mandamos para lá, para ele ser torturado eternamente por eles, é isso que você esperava de mim, hein ? (Bobby foi empurrando Dean, dizendo essas perguntas, até ele cair sentado na cama, já com os olhos cheios d’água).

Dean: NÃO !!! EU NUNCA QUIS QUE ELE SOFRESSE TÁ, EU NÃO QUERO AINDA, EU SÓ QUERO ELE LONGE DE MIM....(Gritou, se levantou e saiu batendo a porta, deixando um Bobby apático, parado no mesmo lugar).

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Dean entrou no Impala descontrolado, chorando, pensando nas duras palavras de Bobby, se ele queria isso mesmo para Sam, ele nunca tinha pensado por esse lado, nunca. Estava tão mais ocupado sofrendo sua traição, que nem se deu conta do que poderia ter acontecido se não o tivessem resgatado. E isso o feriu mortalmente, a que ponto chegava esses sentimentos dentro dele. De ter uma postura de puro ódio contra quem mais amava nesse mundo, mesmo sabendo que seria incapaz de odiá-lo, por pior atitude que ele tivesse, por pior que fosse a decepção causada por ele.

O bar mais próximo foi o destino de Dean, como sempre, e durante a noite, conheceu uma mulher muito bonita com quem flertou durante algum tempo e foi arrastado ao apartamento dela, não permanecendo no mesmo por mais que dez minutos, pois, por mais que tentasse e, até quisesse, não conseguia mais entregar seu corpo a ninguém, e por mais que tenha sido covardemente traído e humilhado, seu coração era fiel, e não se vingaria, ou, mesmo tentaria se desvencilhar daquele amor que o consumia, não seria justo consigo mesmo. Nada poderia se equiparar a estar com Sam, o seu verdadeiro e único amor na vida, e porque perderia tempo, deixando que usassem seu corpo e ele mesmo usasse o corpo de uma outra pessoa, a troco de uma boa dor de cabeça no dia seguinte e horas de arrependimento. Não conseguia macular seu corpo sem que atingisse sua alma, não mais, e naquele momento, onde sua alma ainda amava a Sam.

Ele tinha bebido muito, mas mesmo assim voltou para o bar, e bebeu muito mais, saiu totalmente bêbado de lá, como era de costume, perdendo a consciência de seus atos, voltou para casa, se sentindo aliviado por não ter consumado aquele desvio que iria lhe machucar, muito mais que a qualquer um, mas isso não significava que seu coração que já estava repleto de mágoa, não ficasse com muita raiva de Sam, por ter feito tudo aquilo com ele, e agora ele nem conseguia se entregar a outra pessoa.

O Impala foi estacionado as pressas no quintal de Bobby, e Dean saiu quase que correndo do carro, sem pensar no que estava por fazer, nenhum minuto, nem mesmo no caminho de volta havia pensado em nada, só deixou ser dominado por seus sentimentos mais sombrios, e a fúria descontrolada estava entre eles.

As horas passaram rápido e quando entrou em casa, já passava das duas da madrugada, olhou ao redor, percebendo que todos dormiam, e que Castiel deveria estar em alguma outra missão, que não estava na casa. Assim, com toda a rapidez, adentrou a porta que dava para o porão, e desceu, vendo a porta de ferro trancada por fora, se pôs a destrancá-la de forma abrupta, fazendo um certo barulho, acordando Sam que dormia sossegado na cama.

Sam levantou um pouco a cabeça tentando entender de quem se tratava, pois estava escuro, e a única luz no lugar era a da lua que entrava pela claraboia, quando viu que era Dean entrando e fechando a porta por dentro, tentou se sentar na cama, mas antes que conseguisse arrumar seu corpo, foi levantado com um puxão pelo tecido de sua camiseta sendo arrastado até a parede, e jogado contra ela de qualquer forma, batendo a cabeça com força no ferro que a revestia, ficando meio tonto com o impacto.

Dean: (Falava com a boca a centímetros da boca de Sam, que fechou os olhos de dor)...Abra os olhos, Sam, eu quero que sinta o que você fez comigo.

Sam: Dean...o que você está fazendo ? (Abriu os olhos e viu o rosto de Dean muito perto, que transparecia raiva e estava avermelhado, sentiu o hálito de bebida)....Dean você está bêbado...me solta, por favor.

Dean: Sente como estou por sua causa, e eu não vou te soltar Sam, sabe porque ?

Sam: Porque Dean ? Você está me machucando...(Dean se apertava contra ele, o forçando na parede, e fazendo o lugar do impacto da sua cabeça latejar).

Dean: Porque eu quero você agora, aqui. (Queria dominar Sam para provar que ele, também, não passava de sexo, assim como com as mulheres da noite e se vingar de suas traições).

Ele o apertou com mais força contra a parede, passando a mão na lateral do corpo de Sam, e tentava beijá-lo a força, enquanto o imprensava mais com o corpo no dele, fazendo ele sentir sua ereção.

Sam: Pára com isso, Dean, eu não quero. (Tentou afastar o corpo dele do seu).

Dean: Mentira, você quer sim, você sempre mente, vamos, deixa eu tirar essa sua calça que eu vou te mostrar o que você significa para mim, Sammy. (Estava fora de si, fazendo Sam ficar com muito medo dele).

Sam: Não, me solta, eu não quero, Dean, me solta. (Tentava se soltar, sem conseguir, Dean sempre foi mais forte que ele, apesar dele ser o mais alto).

Dean: Que isso Sammy, você não me deseja mais? (E se roçava provocativo, se apertando em Sam).

Sam: Não assim, eu amo você, mas não desse jeito.... me solta, eu estou te pedindo, por favor.(Sam estava com muito medo agora).

Dean o soltou, ambos com a respiração arfantes, deixando ele livre para se sentar numa cadeira, estava sem ar, e com muita dor na cabeça. Mas Dean foi atrás dele, e o segurou pelo cabelo, puxando sua cabeça para trás com força.

Dean: Você não passa de uma vadia para mim, e é assim que eu vou te tratar, e você vai gostar e vai pedir mais, não é assim quando você bebe o sangue daqueles imundos, saí por aí transando com qualquer um, de uma forma selvagem, como se fosse um animal, porque não quer comigo também ? Eu posso ser bem selvagem também, amorzinho. (Lambeu o rosto de Sam, que estava petrificado de medo).

Sam: Me solta Dean, por favor, me solta, eu não quero ouvir isso, me deixa em paz, saí daqui. (Sam começou a tremer involuntariamente e a chorar, soluçando alto).

Dean: Ahhh, não chora, Sammy, você não chorou quando estava com a sua amiguinha, me traindo, chorou ?

Dean: (Ainda agarrando o cabelo de Sam com força).... Sammy, não se preocupe, eu vou fazer com carinho, não vou te machucar, eu nunca machuquei nenhuma vadia que eu peguei por aí...(Sam virou o rosto pro lado, chorando, tentou escapar daquele puxão no seu cabelo, que doía demais, mas sem sucesso, e sem conseguir dizer nada, sentiu Dean tentar virar seu rosto de volta para beijá-lo).

Sam: Não. Pára. (Se esquivou do beijo dele).

Dean: (Ficou de pé, se afastando um pouco de Sam, largando seu cabelo,  indo em direção a porta).... Pára você de frescura, você não fica por aí choramingando meu perdão, dizendo que me ama, então, enquanto eu estiver aqui transando com você, eu deixo você me amar...(Riu alto)...todo mundo saí ganhando.

Dean olhou para Sam, o vendo se arrastar até a cama e ficar encolhido, abraçando aos seus joelhos, sem reação, e sentiu um certo remorso por seus atos, mas não podia parar, a raiva era muito grande e a vontade de ver Sam quebrado era maior que seu juízo. E Sam, mentalmente, chamava por Castiel, rezando para ele ouvir, já que as armadilhas para anjos haviam sido retiradas por Bobby.

Dean: Você foi para cama, pra se oferecer a mim, né mesmo ?......Eu sabia que você queria, você sempre quer, seja comigo ou com qualquer um....você é tão volúvel, e se você fizer direitinho e se comportar bem, eu trago um demônio para você brincar depois, isso é fácil para qualquer caçador. (Se aproximou da cama, e puxou Sam para si, com toda a força que podia, e logo em seguida o derrubando na cama com força, se colocando encima dele, segurou suas mãos no alto de sua cabeça, com apenas uma das mãos).

Dean: Agora relaxa, Sam, senão vai doer, porque não vou ficar te preparando, afinal  você gosta com força bruta...(com a outra mão tentava retirar a calça de Sam, que tentava se soltar, desesperado).

Dean: Pára de se mexer.

Sam: Dean, por favor, não faz isso, você não é assim, Dean, por favor, me solta, eu ainda sou seu irmão. ( Sam chorava com o pavor no rosto).

Dean: Você foi meu irmão, agora você é um demônio....e eu caço demônios. (Tentou beijar Sam a força, e esse virou o rosto).

Sam: Não, me solta, Dean. (Chorava e gritava).

Dean: Não vou te soltar, enquanto você não me der o que eu vim buscar. (segurou o rosto de Sam e mordeu sua boca, cortando seus lábios).,

Sam: Não me machuca, por favor.

Dean: Eu vou te machucar o quanto eu quiser, não foi isso que você fez comigo....agora é minha vez. (Rascou a camiseta de Sam, na altura do peito e desceu sua mão para tentar abaixar a calça de Sam novamente).

Sam: Dean, não, por favor, eu te imploro, não faz isso. (Sam tremia descontroladamente, sentia sua cabeça arder no lugar onde bateu na parede, e sua visão estava ficando pesada).

Dean: Cala a boca, Sammy. (Conseguiu beijar Sam, colocando sua língua dentro da boca dele, sem ser correspondido, e depois começou a beijar e lamber o pescoço dele).

Sam estava cansado de lutar, e mesmo com medo e com muita dor na cabeça, preferiu se entregar, assim tudo acabaria logo, e a ira de Dean se acalmaria, afinal de contas ele merecia ser tratado como Dean estava fazendo. Assim pensou, e ficou quieto e suas mãos deixaram de tentar se soltar, e Dean percebeu.

Dean: Que foi Sammy ? Vai se entregar....eu sabia...você é muito fácil. (Riu alto, encarando Sam nos olhos).

Sam: Acaba logo com isso. (Virou o rosto no travesseiro, chorando).

Dean parou todos os seus movimentos, e saiu de cima de Sam, que ficou olhando confuso para ele, que tentava se proteger colocando o lençol sobre o seu corpo e ficando em posição fetal, o mais encolhido possível.

Dean: Calma Sammy, eu não iria te pegar à força, não sou um monstro como você, porque está tremendo, está com medo de mim? ......(Riu debochadamente)......Quem deveria ter medo de alguém aqui, seria eu de você, afinal, quem é o demônio.

Sam: DDDean...(Sam tremia nervoso e chorava freneticamente)...porque?

Dean: Olha bem para mim, Sammy, você me destruiu, satisfeito, irmãozinho ? Você me matou por dentro, e não restou mais nada além dessa raiva que tenho de você...mais nada. (Se sentou numa cadeira, e ficaram em silêncio durante um tempo, acalmando as respirações).

Sam viu a descarga de sentimentos de Dean, sofreu muito com suas palavras e seus atos, mas sabia que aquele era o meio para chegar no coração dele, sabia que era o único modo dele se expor e baixar a guarda, depois de tudo que tinha acontecido. Aos poucos, Sam se acalmou mais, se sentou na cama com dificuldade, com muita dor no corpo e na cabeça, retirou a camisa rasgada, jogou o lençol em seus ombros, se levantou, e foi se aproximando dele e se sentou aos seus pés, não sabia o que dizer, estava com medo ainda, mas decidiu deixar fluir seu imenso amor por ele.

Sam: Dean, me perdoa, por favor. (Olhava para ele que estava de cabeça baixa, sem o encarar).

Dean: Não. (Deixou seu corpo relaxar mais naquela cadeira, toda aquela tensão estava se dissipando, e lembrou das palavras de Bobby, e tentou acalmar seu coração).

Sam: (Chorando ainda)...Dean, eu te amo demais, eu não posso deixar que isso continue entre nós...me perdoa ?  (Também lembrou das palavras de Bobby e do pedido dele, e tinha que aproveitar o momento).

Dean: Eu não consigo. Não dá. (Olhou Sam nos olhos).

Sam: Me perdoa, eu te imploro. (Segurou as duas mãos de Dean, que estavam em seus joelhos).

Dean: Eu te amei tanto.....(Segurou uma das mãos de Sam, olhando as duas mãos unidas em seus joelhos).

Sam: Eu sei...você ainda me ama ?

Dean: (Abaixou a cabeça mais ainda)...Mais que tudo.

Sam: Então Dean, me perdoa...por favor.....eu estou implorando, me perdoa. (Chorava mais).

Dean: Você é a minha vida, minha única razão de viver, porque você fez isso comigo ? Você me machucou muito...(Falava soluçando pela chegada do choro repentino, que vinha em grossas lágrimas, naqueles olhos verdes, que estavam mais claros agora).

Sam: Eu sei, eu me odeio por isso.... (Secou algumas lágrimas que desciam pela ponta do nariz de Dean).

Dean: Sammy, eu não aguento mais isso. (Sam sabia ao que ele se referia, e era ao sofrimento causado por ele e pela separação).

Sam: Você quer que isso acabe agora ? (Nunca mais teria outra chance como aquela, de Dean fragilizado daquele jeito e lhe ouvindo).

Dean: Quero.

Sam: Então, me perdoa, por tudo que é mais sagrado nesse mundo...eu te imploro, por favor, me perdoa, Dean ?

Dean: Ainda dói sabia?

Sam: Eu sei, mas essa dor só vai acalmar no seu coração, se você me perdoar. Me perdoa, Dean, por favor.

Dean: Tá bom, Sammy.

Sam: Você vai ficar comigo?

Dean: Sim.

Sam: Como a pessoa por quem eu sou perdidamente apaixonado ?

Dean: (Deu um sorrisinho de lado, achando graça de como Sam queria deixar tudo às claras)...Sim.

Sam: E vai ficar também como meu irmão, meu amigo, meu companheiro?

Dean: Sim para todas essas opções, Sammy. (Olhou nos olhos de Sam novamente, com um sorriso um pouco maior, apesar das lágrimas que ainda caiam por seus olhos).

Sam não aguentou e ficou de joelhos na frente dele, dando altura para ficarem cara a cara, e o beijou com um selinho demorado e o abraçou com força, bem apertado, matando toda a saudade, sentindo seu corpo amolecer nos braços de Dean, que retribuiu o beijo e o abraço, estava com um mundo de amor em seu peito, e tinha que dar a ele naquele momento, estava se sentindo muito mais leve e feliz.

Dean separou um pouco o abraço e puxou Sam, pela nuca, mas sem força, para dar um beijo muito mais profundo, puxando sua língua para dentro de sua boca, com carinho e amor, deixando uma acariciar a outra de um jeito calmo, e estava se entregando aquele calor do corpo de Sam, colando seu peito no dele, enlaçando seu tórax num abraço e acarinhando seus cabelos, quando sentiu algo molhado em seus dedos, na nuca de Sam, que gemeu baixinho com o contato, e Dean separou o beijo, e olhou em seus dedos.

Dean: É sangue, Sammy, eu te machuquei...(virou a cabeça de Sam para olhar melhor, e tinha um corte que merecia uns três pontos na nuca de Sam)

Sam: Não é nada.

Dean: Não, tá sangrando muito, vamos cuidar disso agora, vem.

Dean se levantou e pegou Sam pela mão, abriu caminho na armadilha e o levou para o seu quarto no andar de cima, pegando a maleta de primeiros socorros, deitou Sam de bruços na cama, com a cabeça virada para ele, limpou bem o corte e deu alguns pontos, com Sam morrendo de dor, e depois fez um curativo para não infeccionar.

Dean: Pronto, ficou bom o curativo, mais uns dias e eu tiro os pontos.

Sam: Obrigado...eu acho que vou descendo então. (Ficou meio sem graça, por estar no quarto de Dean e foi se levantando, mas Dean segurou sua mão).

Dean: Onde você vai ?

Sam: Eu vou lá pro meu quarto.

Dean: Não, você vai dormir perto de mim hoje, tenho que ficar de olho nesse ferimento aí, se bateu a cabeça tão forte, você pode passar mal.

Sam: Eu tenho que ficar preso, Dean, não sabemos as reações da abstinência ainda. (Disse com receio).

Dean: Verdade, tinha esquecido disso. (Fez um cara de chateado).

Sam: Você tem que vir comigo para trancar a porta.

Sem dizerem mais nada, eles desceram até o porão, Sam entrou na armadilha, Dean a refez, o obrigando a se afastar para o centro do quarto, e ele ficando do lado de fora da mesma, se encararam por um momento, agora com todo o amor que sentiam.

Dean: Parece que teremos que passar por isso, por um tempo ainda.

Sam: Sim, me perdoa por isso também.

Dean: Tudo bem, Sammy, eu vou dormir, ainda estou meio bêbedo. (Sorriu sem graça).

Sam: Você pode ficar comigo um pouco aqui, se quiser. (Pediu humilde, sem conseguir olhar para Dean)

Dean: Acho melhor não, me desculpa, eu não sei lidar com isso, eu não consigo. (Dean se referia ao sangue de demônio que havia em Sam, e a todos os sentimentos que aquilo traziam para ele, de ódio e repulsa, e ele não aguentaria ver, tocar, ou sentir ele desse jeito, caso ele tivesse uma crise).

Sam não disse nada, somente olhou para ele, muito triste, desviou o olhar e se sentou na cama, em silêncio. Dean com um peso enorme na alma, viu aquele olhar dele, com sentimento ruim de separação, saiu,  trancou a porta de ferro e foi para o seu quarto, tomou um banho e se deitou para dormir, pensou em Sam daquele modo, pensou no que ele havia feito naquela noite, se arrependeu e deixou uma última lágrima descer pelo seu rosto, mesmo que com o coração mais leve, e, dormiu. Sam trocou seu travesseiro, manchado de sangue, e se deitou, com muita dor ainda, e apesar de sentir a tristeza daquela separação, sorriu, porque conseguiu o perdão de Dean, olhou para o lado, ao sentir a presença de Castiel.

Sam:  Castiel, você está aqui há quanto tempo?....(Sorriu para o anjo).

Castiel: Eu estava aqui o tempo todo....(e sorriu para Sam).

Sam: Obrigado Castiel.

Castiel: Agora durma, Sam, quando acordar eu ainda estarei aqui. (tocou em sua testa e o fez dormir)

 Castiel se sentou na cadeira ao lado da cama, e sorriu ao mesmo tempo que enxugava uma lágrima de pura emoção de seus olhos azuis, sempre se emocionava ao ver o quanto o amor era perfeito.

 

 

 

CONTINUA....


Notas Finais


Obrigada pelos favoritos e por comentários que me inspiram diariamente.

OBRIGADAAAA.

A música é o chavão de Sam para Dean durante o capítulo. Muita emoção.

Apologize - One Republic


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