No dia seguinte, Dean acordou antes de Sam, ficou olhando ele dormir em paz, quase podia ver um pequenino sorriso, em seu semblante sereno, sabia que ele ainda se sentia mal por tudo que tinha feito e que ele mesmo não havia se perdoado e isso refletia diretamente na sua necessidade de se sentir seguro junto dele, como um casal, porque toda vida ele se sentiu seguro e protegido pelo irmão, mas tudo tinha mudado, e devido aos acontecimentos, agora não conseguia se sentir seguro nem pelo irmão e nem por seu amor, mesmo que a culpa fosse sua, não tinha segurança nenhuma na relação deles dois, por isso tinha tanto medo de perdê-lo.
Dean, analisando tudo que Sam expressou para ele durante a noite, acabou se lembrando de um presente que podia dar a Sam, e ele ficaria mais tranquilo com a relação deles, um presente que iria lhe transmitir uma maior segurança e a jura de amor eterno.
Ele foi até o quarto de Bobby, tomou banho e fez sua higiene, colocou uma camiseta branca e uma boxer preta, preparou um café da manhã simples, colocou numa bandeja, escondeu seu presente e voltou para o quarto, com um belo sorriso emoldurando seu rosto.
No quarto, agora deles, encontrou Sam ainda dormindo, e colocou a bandeja no criado mudo e subiu encima dele, por cima das cobertas, dando um monte de beijos no rosto dele, com todo carinho, o fazendo sorrir manhoso, o que Dean achou lindo.
Sam: Se for me acordar assim todo dia, eu vou ficar mal acostumado.
Dean: Bom Dia Sammy... (deu um beijo no seu rosto mais demorado) ...você é lindo de manhã e eu trouxe seu café.
Sam abriu os olhos e viu a badeja ao seu lado, sorriu mais ainda e se sentou na cama, Dean colocou a bandeja em seu colo.
Dean: Olha, eu trouxe só para você.
Sam: E você ? Já tomou café sem mim ?
Dean: Não, depois eu como alguma coisa, eu quero ver você comer tudo. (Sorriu).
Sam achou estranho, quando Dean ficou sentado de frente para ele sorrindo, com cara de bobo, olhando para ele, mas Sam achou que ele queria vê-lo comer, então pegou o guardanapo de pano para cobrir seu colo, para começar, e quando estava desdobrando, viu que tinha algo dentro dele, e ao balançar com cuidado sobre a bandeja, caíram duas alianças de ouro, e ele as pegou sem acreditar no que estava acontecendo.
Sam: Dean o que é isso ? (Falou já meio nervoso).
Dean: Alianças.
Sam: Mas o que significa isso?
Dean sorriu, pegou a menor aliança e colocou na mão esquerda de Sam, e encaixou certinho no seu dedo longo e fino. Sam estava olhando a cena, mas sem acreditar ainda.
Dean: Sammy, essas alianças eram dos nossos pais, e quando o pai morreu, eu as encontrei nos pertences dele e no diário dele, ele tinha escrito que quando ele morresse, queria muito que um de nós, ficasse com elas, que elas significaram amor eterno para ele e para a mamãe, Depois de tudo que passamos, de todos os problemas que enfrentamos, e, enfim, do nosso reencontro ontem, eu acho que ele e a mamãe ficariam felizes se as alianças ficarem conosco, uma com você e uma comigo, assim elas nunca irão se separar de nós, e nem uma da outra.
Sam: Nossa, eu nem sei o que dizer...eu...(todo emocionado e com a voz embargada).
Dean: Diz que você aceita usar, e eu também vou usar a minha, coloca para mim. (Sam pegou a outra aliança e colocou na mão dele, que estava estendida a sua frente).
Dean: Sammy, eu quero que você use essa aliança como símbolo do que eu significo para você, do amor que de errado se tornou essencial em nossas vidas, que se tornou o ar que respiramos, e que sem ele não somos nada e morremos, quero que toda vez que olhar para ela, você me sinta tocando em você e dizendo o quanto eu te amo, que você tenha a certeza de estarmos seguros no amor que nos une, como amantes e como família. E cada vez que você olhar para mim, e ver a aliança, você saberá que eu estarei pensando a mesma coisa, e verá o que você significa para mim e o quanto de você mora em mim, e que esse amor é eterno, assim como o amor que nos deu a vida, através dos nossos pais.
Sam não conseguiu dizer mais nada e abraçou Dean aos prantos de tão emocionado, nunca foi tão feliz como naquele momento, nunca sentiu amor maior que aquele, e sabia que nunca sentiria nada nem perto, e nem queria mais, afinal, não queria mais nada da vida, enquanto estivesse com Dean.
Depois dessa declaração perfeita, como disse Sam, e de tomarem café juntos, Sam colocou a bandeja de lado, esperou Dean acabar de tomar o café que estava em sua mão, pegou a xícara e colocou na bandeja também. Olhou para ele, que ficou meio perdido com a atitude de Sam, e o viu segurar sua mão com a aliança na mão dele que estava com a aliança também, mão esquerda com mão esquerda, e sorriu para Dean.
Sam: Acho que casamos...(Dean riu)...
Dean: Acho que sim, e ainda bem que você aceitou, senão eu iria ficar com cara de rejeitado...(Riu mais ainda).
Sam: Eu aceitaria de qualquer forma...e já que casamos...acho que esse mês será nossa lua de mel...certo?
Dean: Pensando desse modo, acho que sim. (Sam se virou e sentou no colo de Dean, que estava sentando ao seu lado na cama, e o segurou pela cintura, surpreso).
Sam: Então vamos consumar nosso casamento. (Disse se encaixando em Dean, se esfregando e ondulando lentamente nele, beijando e sussurrando em seu ouvido).
Para Dean, melhor do que o olhar de cachorrinho abandonado de Sam, era o seu olhar de sedução, como se ele estivesse em transe, meio que fascinado por ele, suas expressões de felino ficavam mais aparentes, quando ele apertava os olhos enrugando um pouco nos lados do seu nariz, parecendo um gato.
Dean: HUMMM....Sammy, você está me deixando doido, e assim todo tarado...tá demais....(Sam sorriu).
Dean agarrou o cabelo dele devagar, para não machucar no ferimento com o curativo e o puxou para um beijo ardente, cheio de paixão, entrelaçou suas mãos com as alianças, e colocou no meio dos corpos deles, perdidos no momento mais, perfeitamente, feliz da vida deles.
Eles prolongaram o máximo que puderem aquele momento, ficaram se beijando por um longo tempo, com as mãos unidas, com os corações unidos, sentindo suas almas se encontrarem em deslumbramento. Dean separava os beijos, para beijar o rosto e o pescoço de Sam, enrolando e bagunçando o seu cabelo, o deixando mais sexy. Sam sentia todo o desejo de Dean sobre si, e procurava os seus olhos, de um verde profundo, que sempre lhe revelavam a pureza da alma dele, e como, ficavam vitrificados, escurecidos e repletos de calor quando ele estava entregue ao desejo intenso. Sentia toda a virilidade de Dean em suas mãos fortes, entrelaçada na dele e o puxando para si, lhe transmitindo total segurança, e lhe tomando assim, era como se estivesse em sua fortaleza particular.
Sam: Você nunca vai me deixar, agora eu tenho certeza, obrigado, amor.
Dean: Nunca.
Sam saiu do colo de Dean, e se deitou ao seu lado, e o puxou para cima dele, tinha urgência dele, de sentir sua pele, seu cheiro e o sexo dele em si, e em seu subconsciente queria muito consumar aquele ato simbólico e aquela declaração de amor de Dean, queria se doar para ele sem nenhuma reserva, de corpo e alma, e não podia esperar mais nenhum segundo. Dean se encaixou entre suas pernas abertas, o sentindo excitado, assim como estava também.
Sam: Vem Dean....eu preciso de você agora..... (Sam o chamou para si, se apertando nele, abraçando o corpo dele sobre o seu, sem desfazerem o entrelaço de suas mãos com as alianças).
Dean o beijou demoradamente, e se separou um momento, tirando sua camiseta e cueca, com agilidade e rapidez. Passou a mão de Sam com a aliança, para cima de sua cabeça, voltando a entrelaçar, em sua mão esquerda com a aliança também, e a segurou ali, acima da cabeça dele, enquanto descia seus beijos pelo peito dele, tocando em sua pele macia com a pontinha de sua língua quente, parando para sugar de leve seus mamilos, lambendo-os, deixando molhados, e desceu sua outra mão pelo corpo de Sam, puxando e retirando sua boxer, que era a única peça de roupa que estava no momento, diante da noite de amor que tiveram, tinha dormido já quase de manhã, quando tomou um banho rápido e voltou para a cama somente com a mesma, enquanto Dean dormia pesado.
Sam se empurrava para Dean, e quando se viu livre da cueca, enlaçou a cintura de Dean com as pernas, o fazendo se colar nele, e atritarem suas ereções molhadas de pré gozo, e Sam se friccionava no corpo de Dean.
Dean: Calma, amor...eu estou aqui....(Sorriu do jeito desesperado de Sam).
Sam, não conseguia falar, de tão excitado que estava, e que se mexia sob Dean, de uma forma deliciosa, suspendendo seu quadril para se apertar na ereção de Dean, e depois rebolando e se esfregando nele. Até que segurou em sua mão livre o pênis de Dean, o fazendo se separar um pouco de seu corpo e o olhar nos olhos, quando sentiu que Sam estava colocando uma camisinha nele e o pênis dele dentro de si, mesmo sem nenhuma preparação, somente com o pouco de lubrificação do pré gozo deles. Dean entendeu o recado, e o penetrou, empurrando seu pênis todo de uma única vez dentro dele, e ficou parado, esperando a reação de dor de Sam, que se contorceu e gemeu alto, por causa da dor, mas ficou parado olhando em seus olhos.
Dean: Eu te machuquei, Sammy.....
Sam: Não....meu amor...eu quero você todo dentro de mim, assim, desse jeito... eu te amo...Dean...te amo.
Dean: Também te amo, Sammy.
Dean levantou um pouco seu olhar e viu as mãos ainda juntas e as trouxe para o meio deles, fazendo Sam olhá-las juntas e sorrir para ele, não precisam falar nada, conversavam no olhar, e assim Dean, admirado com o sorriso de Sam, começou a se movimentar bem devagar, e Sam jogou sua cabeça para trás no travesseiro, Dean se apoiou em seu ombro, com o rosto virado para o rosto de Sam, enquanto se controlava para ir devagar, mais sentindo um prazo absurdo, e quase não conseguia respirar, vendo Sam da mesma forma, quando ele apertava os olhos com a boca meio aberta, e arfante.
Dean passou a fazer um carinho nos cabelos de Sam espalhados pelo travesseiro, e desprendendo os que estavam grudados em seu rosto, e Sam acompanhava os olhos de Dean sobre si, o idolatrando cada vez mais. As mãos unidas se esticaram juntas sobre o lençol, sem se separarem em nenhum momento, e Dean, só deixava de olhar Sam em seus olhos quando o beijava com todo o amor que estavam expressando naquele momento, e ficaram assim, mãos e corpos unidos, onde só se ouviam os sons dos beijos, respirações e gemidos dos dois. Eles faziam amor, permitindo que as almas se tocassem, de uma forma única. Demoraram um tempo maior que o normal, acalmando o ritmo da excitação e do desejo, para se curtirem, se regozijarem um com o outro, até Sam gozar entre eles, sem sequer tocar em seu membro, somente pelos movimentos suaves e cadenciados dos corpos juntos e em movimento, e Dean sentindo Sam apertar seu corpo em volta de seu pênis, também gozou dentro de Sam, o olhando nos olhos, e o beijando com paixão, e ficaram juntos uns minutos, e Dean viu Sam sorrir, com o rosto vermelho, e saiu de dentro dele, também sorrindo, e se deitou ao seu lado, o puxando para seu peito.
Dean: Minha vida. (Sorriu, fazendo Sam o olhar e sorrir também).
Sam: Dean, nunca foi tão...mágico.
Dean: Então você sentiu também...foi a consumação do nosso amor.
Sam: Eu nunca vou tirar essa aliança do meu dedo, ela sempre vai te buscar onde você estiver...
Dean: E eu vou sempre estar aqui, com você.
Sam: Agora eu sei, mais do que tudo, que eu quero passar todos os dias da minha vida com você.
Dean sorriu e aconchegou Sam em seus braços, e dormiram mais algumas horas, sem compromisso, tranquilos por estarem juntos. Estava tudo mais que perfeito, que até os sonhos eram embalados pela presença daquela felicidade que sentiam, e assim, eram os melhores sonhos dos últimos anos de ambos.
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Passaram muitos dias como aquele, invariavelmente, juntos, não se separam por mais do que alguns minutos, faziam tudo juntos, e realmente aproveitaram as “férias” para fazerem coisas que nunca podiam fazer como pessoas normais, foram ao cinema (onde deram uns beijos no escuro e se divertiram com isso), compraram algumas roupas num shopping, passearam pelo parque da cidade que era rodeado de árvores e com um imenso lago no meio, onde curtiram um ótimo almoço ao ar livre e namoraram assim como outros casais homoafetivos e heteros que tinham no local.
Dean levou Sam para conhecer alguns bares do local, o que sempre saiam cedo, porque em todos sempre tinha mulher que se aproximava de Dean, e isso era motivo para a cara amarrada de ciúmes de Sam, que durava horas e acabava com a noite, e depois sempre faziam as pazes, porque Dean não olhava para o lado quando estavam juntos, sabia do ciúme de Sam. Já Sam levou Dean para conhecer um restaurante natural, que ele odiou e saíram de lá direito para a primeira lanchonete fast food, foram a alguns jogos de futebol americano, baseball e basquete da NBA, visitaram o bar da Ellen e Jo, suas amigas caçadoras, fizeram compras para a casa de Bobby e para reserva futura deles mesmos, assim como compraram alguns novos artefatos para as futuras caçadas na loja de ferragens e remédios e curativos na farmácia, bem como, lubrificantes, esses comprados por Dean, escondido e com vergonha de mostrar para Sam, não se amavam mais de camisinha, pois aproveitaram o tempo livre e fizeram exames necessários que atestassem a saúde sexual dos dois.
Dean fez Sam treinar tiro ao alvo nos fundos da casa de Bobby, inclusive com a as capsulas de sal, ensinou a Sam alguns rituais para se proteger de bruxas, fantasmas, vampiros e lobisomens. Dentro de casa, passavam muitas horas assistindo filmes, ou Dean assistindo programas bobos e morrendo de rir, enquanto Sam lia os livros de Bobby. Dean e Sam cozinharam algumas receitas na cozinha de Bobby, com Sam aprendendo a fazer torta para Dean, o que rendeu muitas piadas dos dois, fizeram alguns reparos na casa e uma limpeza no quintal de Bobby para agradá-lo, Sam gravou algumas músicas novas para Dean colocar no Impala quando estivessem viajando e Dean explicou cada uma das armadilhas e armas que tinham no carro e ambos leram e estudaram o diário de John.
As semanas foram passando e os dois sempre juntos, e cada momento que podiam eles se amavam cada vez de forma mais intensa e profunda, Dean aprendeu como tocar em Sam, em todos os lugares que o deixavam louco, na hora do sexo, e aprendeu seus pontos fracos e as suas manias no dia a dia, e o viu mais transparente do que se lembrava que ele sempre o fora, e Sam desvendou cada traço da personalidade forte de Dean, e devido as milhares de horas de conversas, o conheceu mais que a vida inteira, conseguiu extrair dele os episódios de sua vida que tinham formado sua autoestima baixa, seu jeito introvertido, calado e retraído, e todos envolviam a si mesmo, e assim forma explicações e justificativas de seus atos em cada episódio para ajudar a Dean, a ter consciência de que era lindo, perfeito, desejado e amado.
Esses dias foram realmente como uma lua de mel, diferentes daqueles dias anteriores em que tinham ficado hospedados na casa de Bobby, pois dessa vez, estavam muito mais íntimos e mais maduros, em todos os sentidos, já tinham sofrido o bastante para darem maior valor a cada momento juntos, e, já sabiam o quanto esse amor tomava conta da vida deles, a ponto de terem certezas e não mais medos e dúvidas.
Se amaram muitas e muitas vezes, e se depararam faltando somente poucos dias para o retorno do Bobby e o término das férias, mas nenhum dos dois ainda queria pensar nisso, tinham se prometido viverem aqueles dias sem pensarem no futuro ainda.
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Num desses últimos dias sozinhos, Dean estava dentro da casa preparando algo para jantarem, pois já estava anoitecendo, e Sam estava no quintal de Bobby, colocando o lixo pra fora, quando foi surpreendido pela presença de Ruby, entre os carros do ferro velho.
Ruby: Olá Sammy.
Sam: O que você está fazendo aqui, vá embora !!!
Sam deu as costas para ela, morrendo de medo de Dean a ver ali.
Ruby: (Segurou no braço dele com sua força demoníaca)...Espera...eu quero falar com você.
Sam: Não tenho nada para falar com você, nunca mais...me solta !!!
Ruby: Não vou te soltar enquanto não falar com você...eu estou aqui há vários dias esperando você aparecer aqui fora sozinho...e não vou embora agora.
Sam: Ruby você destruiu minha vida duas vezes e não vai fazer novamente...me solta agora!!!
Ruby: Destruí sua vida??? Eu não fiz nada que você não quisesse e aceitasse de bom grado, para não dizer que você mesmo procurou...se nem Deus mexe no livre arbítrio dos seres humanos, imagine eu...reles demônio....e não destruí nada...sua vida continuou sempre a mesma...o que foi abalado foi sua relação com o seu irmãozinho...e isso não é culpa de ninguém...muito menos minha...se vocês resolveram ser mais do que irmãos, né mesmo ?
Sam: Tá bom, Ruby, o que você quer ? E não se faça de inocente porque você se lembra claramente o que aprontou da última vez que nos falamos, as coisas mentirosas que disse desnecessariamente para o Dean e o que fez comigo.
Ruby: Ah Sammy, por favor, me poupe, eu sou um demônio, o que você queria, e tem outra coisa seu irmão é o caçador mais querido do inferno, depois que John morreu...eu não poderia perder a oportunidade de alfinetar ele, vê-lo sofrer um pouco...e eu não fiz nada com você...porque eu acreditei que você viria comigo...e não fosse correndo para o manda chuva do Dean....seu irmão barra amante.
Sam pensou um pouco apesar da raiva, e ela não estava errada em tudo, grande parte de tudo, a culpa era exclusivamente sua, por ter escolhido aquele caminho.
Sam: Fala logo então.
Ruby: (Soltou o braço dele)...Escuta Sammy...ainda podemos ser amigos, não precisa mais beber sangue senão quiser. E podemos deixar as coisas se acalmarem com o Dean, e depois se quiser retomar seus treinamentos num futuro, podemos fazer isso. Ou senão quiser, podemos somente ser amigos mesmo, afinal senti sua falta, como meu amigo, sabe.
Sam: Eu não tenho mais poderes, todo o sangue de demônio foi retirado de mim...e não haverá mais treinamento nenhum, e nem sabemos se iremos mais atrás do demônio Azazel, estamos muito cansados disso...ainda temos que pensar a respeito e no momento estamos de férias dessas coisas.
Ruby:“Férias"...(debochou)...caçadores de férias, por favor, não me faça rir...eu estou aqui numa boa...nem quero saber dos planos de vocês...só vim aqui pedir desculpas pelo que ocorreu e tentar ser sua amiga, e se um dia quiser, ou se vocês quiserem, um reforço na caçada de Azazel, podem contar comigo. Por isso deixei as coisas esfriarem um pouco com o Dean, quando for o momento certo, poderão conversar com ele e me chamar que venho para ajudar, ok ?
Sam: Tá ok. Eu tenho que entrar, antes.....(Foi interrompido)
Dean:...antes que o que, Sam ??? Tô curioso para saber ???
Dean tinha ido atrás de Sam, vendo que ele estava se demorando bastante, ficando apreensivo se alguma coisa podia ter acontecido com ele, já que não conseguiam manter armadilhas do lado de fora da casa, apenas alguns encantamentos e feitiços, que não afastavam as criaturas mais poderosas, anjos e demônios, e também já tinha colocado a mesa para os dois jantares juntos, como todos os dias. E quando olhou em volta, viu Sam conversando, a uma certa distância da maldita demônia Ruby, aquilo fez seu sangue entrar em combustão, e sem pensar em nada se aproximou, sem tentar se esconder, queria muito quebrar a cara dela, senão matá-la e tomar satisfação com Sam, senão dar na cara dele também.
Sam: Dean, não é o que está pensando...ela me prendeu com sua força de demônio e não conseguia me soltar, e acabei tendo que ouvir o que ela queria falar, eu fui obrigado.
Dean: É mesmo Sam ? Porque para mim, você parece que está bem soltinho agora. (Sam gelou com aquele jeito de Dean, estava mortificado de medo do que poderia acontecer com a relação deles).
Ruby: É verdade caçador, ele estava preso por mim, e eu só o soltei agora, eu vim aqui em sinal de paz, só isso. (Sam suspirou de alívio da Ruby dizer a verdade, e lhe ajudar com Dean).
Dean: Eu não tenho paz com demônios e nem falo com eles...a sua sorte é que eu estou sem a faca aqui, senão você já teria virado lenda...sua imunda.
Ruby: Eu só vim dizer que se resolverem caçar o Azazel, e precisarem de ajuda, podem contar comigo, até porque o Sam disse que não tem mais poderes e nem sangue de demônio nele.
Dean: Ah disse é? Então a conversa foi bem longa né, Sammy ? (Olhou torto para Sam).
Ruby: Dean, eu não quero problemas e não quero criar problemas para o Sam, como eu disse a ele, eu pedi esculpas por tudo que fiz e por tudo que eu disse para você e para ele naquele dia, e estou oferecendo minha ajuda, mas foi só isso mesmo.
Dean: Olha aqui, sua vagabunda, acha mesmo que eu confio ou acredito em alguma palavra que sai dessa sua boca, você é um demônio e nunca deixará de ser, se meu irmão acredita em você, problema dele, mas nós conhecemos bem vocês, e nem em um milhão de anos iremos compactuar com nenhum dessa sua escória, agora some daqui...e nunca mais procure por ele, entendeu, nunca mais...senão eu estarei esperando com uma certa faca e com um anjo a tira colo, entendeu ?
Ruby: Perfeitamente...tchau Sam.
Sam nem olhava para Ruby, estava em choque, e tinha muito medo mesmo de Dean, da atitude que esse encontro o levaria a tomar, eram sempre ruins, e já estava esperando por isso.
Ruby desapareceu, e Dean olhou para Sam de modo decepcionado e enfurecido, sem dizer nada, voltou a casa com pressa e a passos largos, entrou na cozinha, sendo seguido por Sam, que tentava colocar a mão em seu ombro sendo ignorado. Dean parou na cozinha, lavou as mãos na pia, e esperou Sam entrar atrás dele, e se virou para ele, apontando para uma mesa posta para os dois, com seus pratos feitos, e Sam olhou e voltou o olhar para ele.
Dean: Eu tinha ido lá chamar você para jantar, e porque eu fiquei com medo, lá fora não tem proteção. (Sam reparou que sua mão tremia enquanto a enxugava com o pano de prato).
Sam: Eu não fiz nada Dean, nada, eu realmente fiquei preso e depois que ela me soltou ela disse aquilo, de querer ajudar a todos nós, se resolvêssemos caçar o Azazel, como se quisesse dar um recado para você e para o Bobby, e por isso eu fiquei prestando atenção, depois que ela me soltou e foi só isso mesmo. Eu já estava com muito medo de você aparecer e não compreender o que estava acontecendo e levar tudo para o lado errado. Mas eu juro, eu não fiz nada, Dean, eu juro.
Dean escutou e sabia que era verdade por todos os motivos, pelo que presenciou e pelo que lhe disseram, entendeu o contexto da situação ali, sem ponderar que tivesse acontecido nada a mais, mas mesmo assim, aquele contato entre os dois era demais para ele, para sua cabeça, ele não conseguia se conter, e deixava a raiva e a mágoa de outra época, bem recente ainda, lhe tomar.
Dean: Sam eu não quero saber, eu não consigo lidar com isso direito ainda, eu só quero ficar sozinho um pouco, tá bom ?
Sam: Não Dean, por favor, fica aqui comigo. (Sam se aproximou dele tentando segurar sua mão, mas ele se desvencilhou do contato e foi para a porta da cozinha, colocou o pano em uma cadeira na mesa).
Dean: Eu quero que você coma, eu fiz pra você...eu vou dar uma volta por aí.
Sam: Você fez para nós dois, vamos comer juntos, por favor, você não precisa sair assim...(e tentou mais uma vez segurar a mão dele, mas ele não deixou, a suspendendo no ar, mas não saiu do lugar, ficando frente a frente com Sam).
Deam: Sam não me toca, por favor, não agora, tá bem ?...Eu vou voltar, pode jantar, eu perdi a fome. (Deu as costas, pegou as chaves do Impala penduradas na parede ao lado da porta, e saiu)
Sam: Dean !!! (Gritou para ele antes de vê-lo entrar às pressas no carro, mas ele não respondeu e deu ré e saiu).
Dean foi até o parque e sentou a beira do lago que estava iluminado pela luzes que haviam ao redor do mesmo, e ficou lá , controlando sua raiva e todo aquele sentimento de ciúmes que tinha dentro dele, sabia que estava errado de ter agido dessa forma, e por esse auto julgamento não foi parar em um bar como seria o óbvio em se tratando dele mesmo, preferiu somente esfriar a cabeça e voltar para casa mais controlado, o que causaria bem menos danos do que se voltasse bêbado. Ficou jogando pedrinhas no lago, refazendo todo o cenário em sua cabeça, e viu que realmente, Sam não tinha feito nada, que ele não estava mentindo como antes, e isso aliviou seu coração, e prometeu para si mesmo que confiaria nele, aquela experiência teria sido uma boa prova de que era possível essa confiança em Sam, e depois de cerca de uma hora já estava bem mais calmo e decidiu voltar para casa.
Sam desabou no choro sofrido, assim que Dean saiu, estava magoado, porque por sua própria culpa, Dean não confiava mais nele, era muito degradante ficar remoendo suas velhas atitudes para buscar o quanto tudo era sua culpa, e não de Dean, em ter aquela reação. Mas não deixava de lhe causar essa enorme tristeza, e assim não comeu nada, guardou calmamente os pratos na geladeira e toda a comida pronta, tomou um banho, tentando se limpar ao máximo com raiva de ter sido tocado no braço pela demônia, se vestiu com calça de flanela, camiseta e um casaco de moleton, porque estava frio naquela noite, e foi para o quarto de Bobby, pois não sabia se Dean iria querer dormir com ele aquela noite, o que lhe cortava o coração, mas tinha que deixar seu irmão à vontade. Pensou em como Dean iria chegar em casa, provavelmente bêbado e iria se fechar como sempre fazia, e era bom mesmo deixá-lo sozinho, e se lembrou que ele também não queria ser tocado, o que o fez chorar mais ainda, porque deveria estar com nojo dele. Pensou que ele pudesse chegar somente no outro dia, e isso lhe causou um frio na barriga, pois era um risco, que ele se deixasse levar por cantadas baratas de qualquer mulher de bar, e acabaria na cama com alguma delas. Enfiou sua cabeça do travesseiro, deitou de bruços, e chorou tudo que podia, aquilo era um pesadelo.
CONTINUA...
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