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História Breathe Again - Wincest - O adeus a John e o silêncio de Dean


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Amigos;

Resolvi postar esse segundo capítulo hoje, para poderem ter uma melhor noção do enredo da FIC, apesar de ainda estar muito no início.

E desculpem, porque no primeiro paragrafo do primeiro capítulo, algumas palavras saíram trocadas de lugar nas frases, foi o famoso erro de copia e cola, mas deu para entender o sentido da descrição que eu estava fazendo da beleza de Dean, afinal quem precisa dela, né mesmo, é só olhar para ele e ver a perfeição em forma de ser humano...kkkkkk.

Capítulo 2 - O adeus a John e o silêncio de Dean


Fanfic / Fanfiction Breathe Again - Wincest - O adeus a John e o silêncio de Dean

 

Sam chegou ainda de madrugada na casa de Bobby, que era bem afastada do aeroporto onde desembarcou, e Bobby foi buscá-lo, após Sam ligar milhões de vezes para Dean, e esse não atender, e ele resolver ligar diretamente para Bobby.

No caminho de volta, mantiveram uma conversa rápida, após se abraçarem longamente no aeroporto e entrarem na van de Bobby.

Bobby: Hein, garoto como você está com tudo isso ?

Sam: Ah, Bobby, eu sinto muito por não ter estado aqui quando aconteceu, talvez eu tivesse como ajudar vocês...eu fiquei pensando nisso, sabe.

Bobby: Pára com isso, Sam ! Tá tudo bem, os nossos amigos ajudaram na busca durante todo o tempo, e depois que o achamos, não tinha como ajudar mais, né mesmo ?

Sam: Do que você está falando Bobby, que busca ?

Bobby: O Dean não te .......???...(Bobby parou de falar e olhou Sam desconfiado que tinha falado demais).

Sam: Não Bobby, o Dean não me falou nada do que aconteceu, se é isso que você ia falar, mas, me fala você. (Disse cheio de mágoa e raiva de Dean).

Bobby: Sam, seu pai estava desaparecido há quase um mês, antes de recebermos uma pista do próprio demônio que o matou, e Dean foi sozinho buscá-lo, mas ele já estava morto, e o corpo estava abandonado em um galpão na beira da estrada, e ele trouxe o corpo até minha casa, seu pai estava caçando o demônio que matou sua mãe, ele estava obcecado com isso, e piorou muito nos últimos tempos, porque acreditava que estava muito perto de pegar o maldito, tanto que saiu para caçá-lo sozinho, não deixou nem que Dean o acompanhasse dessa vez.

Sam: O Dean não me contou nada mesmo Bobby, nem sabia que o pai ficou tanto tempo desaparecido, não sabia que o demônio que o matou foi o mesmo que matou nossa mãe, não sabia que Dean tinha ido resgatar o pai sozinho...eu não sabia de nada disso....Ah droga !!!...O quê tem de errado com ele, Bobby? (Disse Sam chorando).

Bobby: (Percebendo o choro de Sam e suas palavras)...Sam, seu irmão mudou muito depois que você foi para faculdade, mudou demais nesses últimos anos.

Sam: Como assim ? Bobby, me fala.

Bobby: Sam, ele é outra pessoa agora, ele não conversa com ninguém, vive muito calado, nem mesmo com John durante as caçadas, ele falava direito, ele bebe demais, passa quase todas as noites enchendo a cara, não se relaciona com ninguém, não tem amigos, não tem namoradas, mal fala com outros caçadores quando se encontram...enfim....ele não sorri mais e nem chora também...sabe...ele foi buscar o corpo do seu pai, dirigiu horas com ele morto dentro do carro, me ajudou com os preparativos para o ritual, ligou para você, passou o alerta da morte dele para os caçadores...e não chorou nenhuma vez...nem sequer uma lágrima, isso não pode ser normal...entende ? Ele me preocupa muito, Sam, ele se fechou de um jeito, que ninguém consegue chegar até ele. Ele não permite que ninguém converse com ele, e eu tenho medo de saber onde isso vai dar...muito medo de quem ele se tornou, e do que ele pode fazer consigo mesmo, ainda mais agora sem o pai.

Sam: Eu não sabia nada disso, meu pai nunca me falava abertamente sobre o Dean, mesmo que eu tenha perguntado várias vezes, ele sempre dizia que Dean ficaria chateado se ouvisse falando dele. E ele não fala comigo, Bobby, e olha que eu tentei e muito, durante todo esse tempo que estive na faculdade, ele nunca me ligou e nunca respondeu a nenhuma mensagem ou email que enviei para ele, simplesmente, nunca quis falar comigo no telefone, nunca...(Sam lembrou das palavras de Dean para ele, e diante das palavras de Bobby, percebeu o quanto estava errado, em pensar que Dean havia falado aquelas coisas porque estava sofrendo com a morte do pai deles, e descobriu que ele havia dito aquilo tudo porque realmente acreditava naquilo, acreditava que era verdade cada palavra que tinha dito, e isso doía demais no coração de Sam, e ele voltou a chorar baixinho, com a cabeça encostada na janela do carro, até chegarem na casa de Bobby, que respeitou o sofrimento dele, e se manteve em silêncio até descerem do carro).

Sam e Bobby se depararam com o Impala estacionado no quintal do Bobby, e Dean dormindo no banco do motorista, cheirando forte a bebida. Um olhou para o outro, e com consentimento mútuo, retiraram Dean de dentro do carro, que nem abriu os olhos, estava praticamente em coma alcoólico. Sam o carregou nos braços, no seu colo, até o sofá de Bobby, onde ele ficou até o outro dia. Sam foi para o quarto de hóspedes e Bobby para o seu quarto, mas como Sam não conseguiu pregar os olhos, acabou desistindo de dormir, e faltando pouco para amanhecer, com o coração apertado, ele foi até onde Dean estava, e sentou-se numa poltrona em frente a ele, que dormia pesadamente, assim supôs Sam.

Sam: (Sentando no escuro daquela sala, somente com os primeiros raios de sol entrando pela janela, muito tímidos ainda, Sam disse, mais para si mesmo, do que para qualquer pessoa ouvir)....Ah, Dean...O que aconteceu com você, meu irmão?...Porque você ficou assim?...Porque você  me odeia tanto ?...É isso, não é ?...Você me odeia, porque eu não quis ser caçador?...Mas tudo bem...mesmo você me odiando, eu vou tentar te ajudar...você precisa de ajuda, sabia?...Eu ainda te amo, irmão...eu nunca te esqueci...eu sempre te amei...e vou te ajudar...(levantou, deu um beijo na testa de Dean e voltou para o quarto para começar o dia).

Dean ouviu tudo que Sam havia dito, pois seus sentidos de caçador, mesmo ainda meio tonto pelo exagero da bebida da noite anterior, notaram quando ele se aproximou, mas não quis abrir os olhos, porque achou que era Bobby, indo a cozinha...ou alguma coisa assim...e após escutar Sam, esperou alguns minutos e se sentou no sofá e disse  sozinho...”Eu não preciso de você”...Se levantou de ressaca, apesar de ser muito resistente ao álcool, após anos de bebedeira, foi ao Impala, pegar algumas roupas na mochila, entrou, tomou banho e se preparou para o dia difícil que teria, fez café, tomou seu café com alguns remédios para dor de cabeça, pôs uma mesa para o café de Bobby...(e consequentemente de Sam, mas não era para ele, essa a intenção)...e foi preparar o local do “enterro” do pai, melhor foi preparar a pira, onde depois colocou seu pai e começou a rodeá-lo com os gravetos e lenha.

Sam, já estava de pé quando Bobby surgiu na porta para chamá-lo para tomar café, por volta das 10:00 hs, e desceram juntos para a cozinha, se deparando com a mesa posta por Dean, logo notaram a sua ausência do sofá, fazendo com que Sam tomasse um café rápido e saísse para poder ajudar ao irmão no que fosse preciso, Bobby foi separar algumas coisas para o ritual e a despedida, dizendo onde encontrar Dean e John, nos fundos de sua casa.

Sam saiu em direção ao local onde estava Dean, num imenso terreno com árvores e algumas plantas, e o corpo de John estava sobre uma pilha de imensas pedras, que formavam uma espécie de cama com quase dois metros de altura, onde haviam muitos gravetos e toras de madeira sobre a mesma, e por cima dela estava o corpo de John, enfaixado da cabeça aos pés como uma múmia, e encostado ao corpo, ao seu redor, haviam mais gravetos e madeiras, e Dean estava lá, encostado num pequeno muro de pedras que ficava ao lado dessa pira, olhando para o nada, ao horizonte, onde se via, somente terra em campo aberto, nos fundos da casa de Bobby. Sam se aproximou dele, indo direto em sua direção, deu meio parada, olhou para o corpo de seu pai ali, e foi até Dean.

Sam: Oi, Dean. (Se aproximou como quisesse abraçá-lo, o que Dean sequer virou seu rosto para o irmão, deixando esse com medo de seguir no seu intento e parou, apesar de muito próximo de Dean, que não o olhava e nem respondia, Sam desistiu, e virou-se para onde seu pai estava).

Sam: Então vai ser assim ?...O enterro dele...e para onde as cinzas irão ?

Dean: Não podemos recolher as cinzas, elas devem se desfazer ao vento.

Sam: Eu não sabia nada disso, eu nunca vi o enterro de um caçador.

Dean: (Pensando em mil coisas para desencadear uma discussão com seu irmão, calou-se nas agressões, mas em respeito ao seu pai)... Ainda falta o óleo que faz o fogo pegar na madeira, mas só ao meio dia, e ainda falta mais de uma hora, se quiser ir lá para dentro...e...(Sam cortou a frase de Dean).

Sam: Não quero não, posso ficar aqui com você?

Dean: Tanto faz.

Sam: Posso te perguntar uma coisa? (Com medo da reação de Dean, que não respondeu nada, somente voltou seu olhar ao horizonte).

Sam: Porque não me contou quando ele desapareceu ?

Dean: Porque não seria de seu interesse. (Dean se segurando ao máximo para não começar uma briga).

Sam: Mas era sim, Dean, sempre foi do meu interesse tudo que acontecia, ou que poderia acontecer, com ele, com o Bobby e com você também, e sempre será do meu interesse, tudo que vir a acontecer.

Dean, não desviou o olhar do horizonte e disse secamente.

Dean: Não precisa mais ter interesse algum no que acontecer agora, daqui pra frente, já acabou o motivo. (Apontou o dedo para a pira, para mostrar a Sam, qual era o motivo, o seu pai ali, morto).

Sam: Ainda terei interesse no que acontecer com você, afinal, você não está ali com ele, está ? (Sam rebateu, sarcástico).

Dean: (Num sussurro, mas que foi ouvido por Sam)...Mas eu queria estar.

Sam ficou sem palavras com aquela frase, que Dean supôs não ter sido ouvida, de tão baixa que disse, para sim mesmo, e foi até a pira continuar a arrumar os gravetos em torno de seu pai. Sam não podia deixar passar aquilo, como assim seu irmão queria estar morto ?

Sam: Dean, eu posso conversar com você, sem brigar, por favor ?

Dean: Não quero conversar com ninguém Sam, estou um pouco bêbedo ainda e também estou de ressaca e ...(iria dizer que estava triste e muito cansado, mas não podia dizer essas coisas para ninguém, muito menos para Sam, e parou de falar).

Sam:...”e”....o que ?...O que você iria dizer e parou de falar, Dean, o que?

Dean: (Sem ter como fugir, tentou ser mais honesto que conseguia sem tirar sua máscara)...Sam...olha...eu não to afim de falar nada com ninguém...como disse ainda estou meio bêbedo...eu não quero brigar com você, com ninguém, só me deixa em paz, ok ? Vamos só esperar dar a hora em silêncio, fazer o que tem que fazer, e depois cada um segue seu caminho, tá bom ? (E só nesse momento que cruzou os olhos com os de Sam, mesmo sem querer, e abaixou a cabeça na mesma hora).

Sam nessa fração de segundo que olhou nos olhos de Dean, percebeu todo o sofrimento contido neles, nunca tinha visto seu irmão tão triste, tão quebrado e pra baixo, seus olhos eram quase vazios de brilho, e por isso compreendeu aquela frase dele, que queria estar morto, percebeu de imediato que teria por obrigação e por amor, cuidar de Dean, resgatar Dean, o quanto antes, pois ele estava realmente péssimo. Um amor tão grande invadiu o coração de Sam naquele momento, que não se conteve e se aproximou de Dean, e segurou uma de suas mãos pelo pulso que estava ainda arrumando os gravetos, causando um susto nele.

Sam: Dean, olha para mim ! ...(Dean esquivou seu olhar)...Dean olha pra mim !...(Com medo, mas tinha que encarar, e Dean o olhou)...Cara...me dá um abraço, por favor...você não me abraçou desde quando eu cheguei....tem anos que não nos vemos...eu senti sua falta demais, senti tanta saudade de você....eu tô te pedindo...me dá só um abraço... (Dean entrou em pânico com aquelas palavras e com Sam segurando seu pulso, e se soltou, o empurrando para longe de si).

Dean: O que você pensa que está fazendo ??? ...(Falou mais alto do que deveria, gritando)...Eu só continuo aqui com você, pelo pai....e você só está aqui pelo pai também, fica longe de mim, eu não quero você ou qualquer pessoa, perto de mim...não ouviu o que falei antes...que assim que isso acabar...será cada um para o seu caminho e adeus...e dessa vez para sempre....entendeu? Agora, cala a boca e me deixa em paz !

Sam: O que eu te fiz, Dean? Vai, diz aí para mim, eu te fiz alguma coisa? E que história é essa de adeus e para sempre ? Você vai continuar sem falar comigo para sempre, é isso? (Sam começou a chorar e a gesticular nervosamente).

Dean: Você quer saber o que fez para mim Sam...vou te falar...e não esqueça nunca mais...porque não vou repetir....você tirou de mim a razão de viver...só isso...(falou dando de ombros em tom de deboche) ...é pouco para você ? Hum...E a resposta para sua outra pergunta é sim, é isso mesmo, eu nunca mais pretendo olhar para sua cara, quando isso aqui acabar...muito menos falar com você ? E poupe-me de suas ligações, mensagens, emails, ou,  seja lá que merda for de contato.

Sam: Como assim ? Fala comigo !...(Já suplicando para que Dean se abrisse com ele...apesar de Dean o ferir tanto)...Me explica como eu tirei a sua razão  viver ?...E porque não vai querer mais falar comigo, nunca mais, eu sou seu irmão, você é tudo que me resta de família, temos que ficar mais unidos agora.

Dean: (Já saindo de seu sarcasmo normal, entrando na fase de sem controle algum, que só Sam conseguia fazer com ele)......”Unidos?”...a minha família está ali...(apontando para John novamente)...você não é nada para mim, além de um estranho.

Sam: Não diga isso Dean, eu sou seu irmão...eu nasci como seu irmão...e você é tudo que me resta de família, e eu quero você na minha vida sempre...(Disse um tanto entrecortado pelos soluços de um choro de desespero que sentia).

Dean: Ahhhh...não quer não...(Falou alto e rindo de deboche)....Você ainda não percebeu, né ? Sam, tudo mudou, agora eu sei qual o meu lugar. Eu aprendi no dia em que você se mandou.

Sam: E qual é o seu lugar, Dean?...(Sam continuava chorando, e agora estava tremendo tanto de nervoso que teve que se encostar no muro, onde Dean estava anteriormente).

Dean: Meu lugar é bem longe de você. Você não vai querer ter um irmão sem estudos, esfarrapado, sem trabalho fixo, andarilho em sua mesa para jantar de visita...você não vai querer ficar se explicando, né mesmo? De onde eu surgi ? E eu nunca vou te expor desse jeito, porque eu não preciso disso, da sua piedade, em fingir que quer estar perto do irmão que não se encaixará aos seus padrões.

Sam: Isso não é verdade, e você sabe muito bem disso. Eu nunca reneguei vocês...eu só queria uma vida longe dessas coisas...que matam tudo que veem pela frente...olha o nosso pai, como ele acabou...Dean ? É crime não querer acabar como ele? Mas nem por isso eu quero me afastar de você, eu nunca quis, eu tentei de todas as maneiras possíveis manter contato com você...e foi você, que se afastou. Por que, Dean? Não pode ser só porque você tenha pensado isso.

Dean: Você tirou a única coisa que eu tinha de bom na vida...você me tirou a chance de cumprir meu dever de te proteger...essa era minha única missão...e você sequer olhou para trás quando pegou as malas e se mandou, você me deixou sozinho e sem qualquer razão para continuar....(Saiu sem sentir, mas a verdade veio à tona, e Dean se apoiou na pira para não cair no chão, suas pernas fraquejaram).

Sam : (Assustado com a confissão de Dean, queria saber mais, queria ajudar mais a fazer ele desabafar)...Então foi isso, Dean?...Eu era a razão de você viver, que você disse antes....Porque eu era a sua missão na vida, é isso?....Escuta !...Você não é um soldado, nunca foi, apesar do pai ter feito isso com você, ter te transformado em um...Eu fui embora para eu realizar o sonho de me afastar disso tudo, eu nunca quis isso para mim, e nunca quis isso para você também, eu quero ter uma vida normal, Dean, quero ter uma família e um emprego que dê para pagar as contas no fim do mês, entende ? E eu quero que você tenha a mesma coisa, eu não quero ter que fazer uma pira para “enterrar” você um dia? Entende isso? ...Não é porque eu fui embora, que eu apaguei vocês da minha vida, vocês sempre tiveram o lugar de vocês, e sempre terão...(e foi se aproximando de Dean mais uma vez, para tentar um abraço, um contato físico com ele, que pudesse o confortar, pois notou o quanto seu irmão estava calado, pensativo e com as mãos trêmulas, apesar de ele também estar tremendo).

Dean não percebeu a nova aproximação de Sam, estava perdido em seus pensamentos, se deveria ouvir o que Sam dizia, se iria se entregar aquela reconciliação com ele ou não, estava tudo muito estranho, e ao mesmo tempo sabia que teriam que enterrar o pai em poucos minutos, tudo parecia muito confuso em sua mente conturbada. E de repente, sentiu-se envolvido pelos braços de Sam, que o encaixou em seu peito, sem dar chances para que ele se afastasse novamente, e Dean ainda tentou resistir, forçando Sam para trás, mas esse se manteve firme no abraço, e Dean aos poucos foi se entregando àquele abrigo quente e terno, tão desejado, por tanto tempo sonhado, e ficaram assim, abraçados um bom tempo, colocando as barreiras de Dean abaixo, uma a uma, pelo menos por enquanto, se soltaram somente com a chegada de Bobby, com um jarro com o óleo sagrado dos anjos, para começarem o ritual de despedida de John.

Bobby derramou o óleo sagrado por todo o corpo mumificado em faixas de seu amigo, quase irmão, e por cima dos gravetos que rodeavam o corpo, e Dean se aproximou e ateou o fogo, e ficaram calados observando o corpo de John ser consumido pelas chamas.

Sam chorava calado, percebendo o quanto havia deixado de viver ao lado do pai, com todas as brigas e afastamento, se sentiu mal e arrependido de suas atitudes infantis, foi abraçado por Bobby, que chorava também, e que iria sentir falta de seu grande amigo.

Dean afastado dos dois, e do outro lado da pira, de frente para ambos, olhava fixamente para o fogo, sem derramar uma lágrima sequer, pensava que seu pai seria forte se fosse ele naquele lugar, e não se permitiu chorar, se corroendo por dentro, matando todos os sentimentos de desespero e de medo que sentia, por saber que seu pai, seu ídolo, seu herói, seu melhor amigo e companheiro de caçadas estava morto, sendo queimado diante dele.

Sam disse baixinho para Bobby.

Sam: Porque ele é assim, Bobby ? (Apontando discretamente para Dean, que nada percebeu).

Bobby: Seu irmão está no próprio mundo dele, ele se fechou para tudo o mais. (Aquilo doeu mais do que uma facada no peito de Sam).

Sam: Ele nem consegue chorar? Porquê ?

Bobby: Não se engane, ele está sofrendo mais que nós dois juntos, seu pai era tudo para ele, mas ele ainda deve estar em choque. Ele é muito forte, Sam, ele não se entrega, e prefere guardar tudo para ele, se trancou em si mesmo há muito tempo. (Bobby falou com pesar em suas palavras).

Sam sentia toda a admiração e amor de antes de partir por Dean, eles estavam lá escondidos dentro dele, ele temia por Dean e temia a Dean, ele queria ajudá-lo a se livrar daquele sofrimento estampado em seus olhos, mas não conseguia uma brecha sequer, e depois daquele abraço e de toda a discussão entre os dois antes do enterro, seria muito difícil ver Dean baixar a guarda novamente, e ele sabia disso, e decidiu, naquele instante que ficaria mais um uns dias por ali para tentar conversar com Dean, tentar se aproximar, de alguma maneira.

 

 CONTINUA.....

 


Notas Finais


Nesse capítulo posso citar uma música que é linda e se encaixar muito bem nos sentimentos de Dean. O nome é Nobody Sees, de Powderfinger.

Beijos e até o próximo, em breve !!!


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