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História Breathe Again - Wincest - Abra os olhos para não me ver


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Amigos;

Como disse no capítulo anterior, essa é a segunda parte
do momento mais difícil de escrever na FIC, apesar
de ter sido o primeiro de todos.
É muita emoção para pouco papel....kkkkk.

Desculpem os erros.

BOA LEITURA !!!!

Capítulo 25 - Abra os olhos para não me ver


Fanfic / Fanfiction Breathe Again - Wincest - Abra os olhos para não me ver

 

E no momento da partida de Dean :

 

POV SAM

 

Meu coração aperta tanto, parece que há um sopro gelado acompanhado de uma dor física que varrem meu peito pelo lado de dentro, deixando todo o meu corpo muito pesado, e as lágrimas chegam involuntárias aos meus olhos, não consigo controlar. Ainda quase posso sentir a sua presença próxima a mim, e é uma sensação boa, mas dolorosa ao mesmo tempo, porque eu estou aqui, pensando em você, e você se foi pra sempre.

A minha respiração falha, com essa certeza, vêm os soluços incontroláveis, sinto minhas mãos tremerem, fecho os olhos, minha visão está muito embaçada, e vem sua imagem novamente na minha mente, não consigo respirar direito, me esforço para ver seu sorriso em minha mente...Ah, Dean, por favor, tira isso de dentro de mim, acaba com essa dor...volta, peço para sua imagem na minha cabeça, mas continuo sem conseguir respirar direito, e esse peso no meu peito, só piora tudo.

Estou sem forças, meu corpo escorre pela parede e quando percebo, estou no chão, e nesse momento, quando toco o chão, vem um choque da realidade, você não está mais ali, e continuo a chorar, não consigo respirar direito, meu peito dói muito, e choro, muito mais do que chorei toda minha vida...e penso...como sou imbecil...é claro...minha vida é você...nada pode ser pior que ficar sem você, nada...

Não consigo me controlar, não consigo parar de tremer, não consigo enxergar, não tenho força para me levantar, mas a droga da minha mente não pára, e todos os pensamentos são em você, que se foi, e a culpa é minha, e vou morrer se não te ver novamente, como disse, e eu te amo demais, mas te machuquei e você foi embora e não vai voltar nunca mais, tenho certeza, eu preciso de você para continuar vivendo, mas estraguei tudo... DEAN !!! grito para o vazio do quarto.

Um pensamento egoísta vem em minha mente “Dean disse que nunca nos separaríamos novamente, você prometeu”, mas caio na realidade, porque eu causei a quebra de sua promessa também, até nisso eu o prejudiquei.

Você me devolveu a aliança, você não quer ser encontrado, não quer se lembrar de mim, e como vai se lembrar sem ela brilhando na sua mão ? Quando você olhar sua mão vazia, eu não estarei mais lá e nem em lugar nenhum, você vai acabar me esquecendo, mas eu mereço toda a dor que você me causar, eu mereço.

Porquê tenho que ter consciência e memória ? Nem sei dizer porquê, apesar de saber que tudo é horrível, que eu estou no chão sozinho para sempre e ferido de morte na alma, eu continuo a pensar em você, só você. Lembro dos seus olhos, do seu rosto de prazer, quando nos amamos, dos seus carinhos, das nossas mãos entrelaçadas sobre os lençóis, na parede com as nossas alianças juntas, do seu jeito de me amar, do seu calor, do peso do seu corpo sobre o meu, me tomando, me beijando apaixonado, me cheirando...nossa, lembro de cada detalhe da nossa primeira vez, de todas as nossas vezes, tudo era como um sonho muito bom, que acabou e agora eu estou na realidade desse chão, sozinho para sempre...Eu estou sozinho...e eu sempre tive tanto medo de ficar sozinho, melhor tive medo de ficar sem você...

Será o que você está sentido agora? Será que vai se lembrar também do que vivemos ? Porque eu te fiz chorar, tantas vezes ? Não, não, não...como eu pude ?? ...Onde você foi, para onde está indo ?? Você não pode sumir, não pode me deixar, você tem que me proteger... (Digo essas coisas na minha mente, tentando não ser tão egoísta e me preocupar somente com meu sofrimento). Eu realmente estou morrendo por dentro de saber que você está sofrendo, quero muito saber como você está e onde ? Mas não tem jeito de saber isso...não vejo futuro nenhum, porque te conheço muito bem...e sei que só irá parar quando estiver muito, muito longe, num lugar que não alcançarei jamais...mas e quanto a você estar cravado na minha alma, essa presença etérea vai me permitir a não sentir esse vazio ???

Tenho tanto para dizer para você... e não disse...só consigo repetir para mim mesmo o que eu diria para você, mas faltou tanta coisa ainda.... que eu valorizo cada segundo que passei ao seu lado na minha vida inteira...e agora, o que fazer com meu tempo? Eu sou um verdadeiro nada sem você, um espaço vazio, uma folha em branco. Eu não quero existir sem você, quero me calar para sempre, acabar com a culpa...mas algo dentro de mim, ressoa...será que as minhas lembranças de você vão acabar um dia ? Não vão. E elas são tudo que me restam de você, toda a minha existência de você, no meu corpo, no meu coração e na minha alma.

Não consigo respirar novamente, e continuo chorando, não me levantei desse chão, e é aqui que eu mereço ficar até morrer...não posso mais abrir os olhos, não quero ver o vazio.....sinto o tempo passar...quem se importa ? Não faz diferença, eu quero morrer aqui nesse chão....

O celular não parou de tocar durante muito tempo, mas tenho certeza que não será a sua voz nele, então quem se importa? As batidas na porta começam a me incomodar, alguém está querendo me tirar daqui, e eu não quero ir a lugar nenhum, quero morrer aqui nesse chão, eu tenho a impressão que se eu me mover, as lembranças vão sumir, eu vou deixar de existir, você não estará mais comigo. É isso, sinto uma sensação de morte, morte de mim mesmo, sem você. Penso nos momentos ruins de toda minha vida, que são vários, mas nada se compara ao que sinto agora, nesse chão, não chega nem perto...escuto vozes atrás da porta...me deixem em paz com as lembranças... preciso respirar você....

 A porta se abre, não preciso abrir meus olhos para saber que não será você, sinto alguém me chamando e me abraçando...não é você...é o Bobby, e ele está me perguntando umas coisas, que não consigo responder, não quero abrir meus olhos das lembranças...e não consigo respirar, a dor no peito volta com força total, cadê você ?  Bobby fala alguma coisa, e seu nome está no meio do que ele diz, tento entender, não consigo, mas entendo que se ele está falando de você, é porque não sabe de você também, e a droga da realidade volta, e volto a chorar compulsivamente, sem qualquer controle, não quero mais viver, não consigo mais, não quero sem você...achei que estava pensando essas coisas...mas acho que falei...e ouvi o Bobby, dizer, uma última sentença...que consegui entender...(Bobby) “Nós vamos achar ele, garoto, fica calmo.”

 Tudo ficou escuro por um momento, acho que desmaiei, e agora sinto alguém me arrastar para fora daquele local, me retirando do chão, me colocando no banco de trás de um carro...acordo percebendo onde estava...e começo a gritar, sem raciocinar...”Me deixem em paz, eu tenho que ficar aqui, se ele voltar e não me encontrar, ele vai embora de novo, me deixem aqui..” Bobby me interrompe...”Pára com isso, garoto, Dean se foi, ele não vai voltar”...choque de realidade, e estamos em movimento dentro do carro, sinto os braços de Bobby por trás dos meus ombros, eu não quero abrir os olhos, mas ele percebe que estou acordado, ele fala algo, não entendo nada, não me interessa, eu já ouvi o que ele disse antes, já é o suficiente, volto a chorar, com esse pensamento, respirar é difícil.

Sinto o carro parar, Bobby anuncia que estamos na casa dele, um fio de esperança corre no meu coração e abro os olhos e controlo minha respiração. Penso que você pode estar ali, me esforço para me levantar com a ajuda do Bobby, e consigo andar até a sala da casa, esperando a todo momento te ver ali, mas não existe ninguém. Sem você naquela casa, tudo escurece, sinto o frio do chão novamente, no meu rosto agora, e novamente alguém me arrasta, e não ligo, podem fazer o que quiserem comigo, não me importo, sinto uma picada no meu braço, e estranhando aquilo, me forço para ouvir o que o Bobby diz... “Você vai dormir agora, descanse, tudo vai ficar bem.” ....Penso, quem enganou o Bobby ? Nada, nunca mais vai ficar bem, mas estou me sentindo mais leve, e lembro de segurar na mão de Dean, ele me olha de um jeito apaixonado, com seu olhos verdes tão lindos, e me guia para um campo aberto, para ficarmos deitados na grama....e acho que vou sonhar com você, meu amor.

 

POV DEAN

 

Depois que saí daquele quarto, destroçado, sem rumo, sem pensar, entro no Impala, e dirijo o mais rápido que podia para longe, estava em choque, num estado de semi consciência, mas sabia que não queria que ninguém me visse chorar, muito menos ele...meu Sammy...bom a quem quero enganar, ele nunca foi meu, e agora menos ainda, ele era daquela demônia, daquela vadia maldita, da mesma espécie daquele miserável que matou nossa mãe e nosso pai, eu realmente, perdi minha família toda para os demônios...e dirigi para bem longe.

Era tanta angústia, tanta raiva, tanto amor...

Parei, nem sei quanto tempo depois, para conseguir retomar o fôlego, não consigo respirar mais, com aquele nó na garganta, encosto na lateral da estrada, onde não passa nenhum carro por mim, coloco minha cabeça no volante apoiada, tentando me acalmar, e acabar com aquele bolo na garganta.

Penso, que tristeza tão imensa é essa...não consigo sustentar meu corpo, por isso me apoio mais ainda no volante, que droga é essa está me dominando, levando minha alma, me assusto com isso, essa dor que está matando as minhas forças, que se coloca dentro do meu coração e deixou frio no meu corpo todo, sinto uma escuridão ao meu redor, me levando para um buraco vazio.

Saio do carro, no ímpeto de me afastar desse desespero, e corro pelo asfalto, buscando o contato com o chão firme, tentado me reerguer, mas quando de súbito paro de correr, sua imagem atravessa minha mente, aquela visão que tenho de você sorrindo com covinhas, rindo de alguma coisa sem graça que eu disse, depois vejo o seu rosto abaixo do meu na noite em que eu te amei a primeira vez, vejo seus olhos apertados e marejados pelo prazer,  vejo você chorando no “enterro” do nosso pai, quase posso tocar nessas imagens que estão somente na minha mente insana, lembro do seu cheiro doce e do gosto de sua boca, lembro do seu jeito de criança, ciumento, as vezes envergonhado e as vezes atrevido. Sorrio triste com as lembranças.

Minha cabeça pesa tanto com essas visões que tenho de você, que sinto que as lágrimas chegaram ao meu rosto, em meus olhos, e já algum tempo, sem eu sentí-las...coloco as mãos na minha cabeça, que dói tanto, eu quero arrancar tudo isso de dentro dela, de dentro de mim...”Droga SAMMM !!!... Você me traiu, traiu tudo que confiei em você, porque fez isso comigo ???"

Grito para ninguém, aquele nó está lá, achei que fosse melhorar, eu o quero tanto, desejo tanto, mas não posso mais, não suporto mais, minhas forças acabaram, e agora só quero sumir e esquecer de você...o desespero me domina, caio de joelhos no asfalto, porque me lembro que estou sem forças para continuar correndo de você, que me dominou e sugou tudo de mim, todas as minha vontades, mas nunca mais estará comigo, e vejo que nunca me devolveu nada, do que tirou de mim. A raiva se apossa do meu coração.

E as lembranças voltam com força na minha mente, mas eu não quero lembrar, eu quero te arrancar de mim, passo as mãos no meu corpo e arranco minha camisa, rasgando-o com toda força que me resta, para tentar tirar você do meu corpo, da lembrança da última noite que nos amamos, da sensação da sua pele na minha, mas você continua lá, e eu fracassei feio.

Não adianta tentar, nada vai tirar você de mim, percebo. Não adianta eu tentar, meu corpo não permite ainda, eu sinto isso, e noto, as lágrimas lavarem meu rosto e chegarem ao meu peito nu, e tudo que consigo ver agora é o seu rosto estampado na minha frente

Mesmo desesperado, lembrei que deixei você naquele quarto, sem ninguém para te proteger, até de você mesmo, sei que o instinto protetor fala mais alto nessa hora, não me permito sequer sofrer, não posso, devo fugir, mas não consigo me levantar do asfalto, só porque sei que você está sem proteção, fico confuso, mas prefiro morrer do que ter ciência que virei as costas para a minha obrigação final, de te proteger, a única obrigação que prometi a meu pai, e por meu pai, não posso seguir desse jeito, pego o celular no bolso da calça e ligo pro Bobby:

Bobby: Alô.

Dean: Bobby preciso de um favor...(falo carregado de dor na voz, mas me controlo).

Bobby: Oi filho...Tudo bem ? Do que vocês precisam ? Eu e o Castiel estamos indo daqui a pouco.

Dean: Bobby...eu vou te falar...e vou pedir para você não fazer perguntas, ok ? Por favor, venha buscar o Sam no hotel....(tento controlar ao máximo, falar o nome dele, mas me doeu muito, me fez começar a tremer novamente).

Bobby: Vou agora, mas não desliga, Dean, o que está acontecendo ? Porque você está falando assim e porque não está com ele ?

Dean: Sem perguntas, lembra? Obrigado por tudo que você fez por mim sempre, a minha vida toda...eu te amo, velho... (Começo a chorar, porque sentirei falta daquele velho caçador rabugento, de quem terei que me afastar também)...e por favor, te peço que cuide e proteja ele (não consigo falar o nome), por favor...Adeus Bobby.

Bobby: Espera Dean...(grita Bobby)...Onde você vai e ...Quando você volta, filho?

Dean: Bobby eu não vou voltar, me perdoe....Só proteja ele, eu te imploro...(Desligo o telefone rápido já sem nenhum controle, chorando e tremendo muito, deixei o telefone deslizar no meu ombro e cair no asfalto).

Em menos de um minuto depois de desligar, ainda tentando me controlar para levantar, senti a presença do anjo Castiel, ao meu lado, levanto meu olhar derrotado para ele, e digo:

Dean: Cas, chegou a hora de você cumprir sua palavra, me deixa ir, e volte somente se eu te chamar, por favor.

Castiel: Mas Dean...olha como você está...eu posso te ajudar...e...

Dean: Cas, adeus. Obrigado por ser meu amigo. (Ele me olhou muito triste, mas sabia que a palavra de um anjo não poderia ser quebrada).

Castiel: Adeus amigo. (Em respeito a mim e a sua palavra, ele também se foi).

Eram as últimas palavras do meu antigo Dean, dali para frente seria tudo diferente, seria o adeus final para aquele amor desmedido, para toda essa loucura chamada Sam, fiquei no chão ajoelhado, esperando me acalmar, parar de tremer, olhei minhas mãos no ar, ainda tremiam, olho a marca da aliança recém tirada de meu dedo, e olho a minha camisa em farrapos no meu corpo, e retiro a mesma, e jogo ao lado do telefone no chão, que toca com o nome de Bobby no visor...as lágrimas apertam e a dor não cessa, nem mesmo com a certeza desse fim.

Com muito sacrifício consigo me levantar, olho o telefone no chão e a minha camisa rasgada...e uma única palavra que saí da minha boca, que na verdade, estou repetindo, para que eu mesmo a escute ...”Acabou”...como se aqueles objetos no asfalto fossem a representação da retirada de Sam de mim, fosse o meu adeus a esse Dean, e acima de tudo a esse Dean apaixonado, que amou mais que tudo a seu próprio irmão, seu amigo, seu companheiro e seu amante.

Lembrei da promessa que havia feito na noite anterior ao “enterro” do meu pai, de que nunca deixaria ninguém me machucar novamente como Sam tinha feito, quando ele foi para a faculdade, mas que ironia, pois o próprio Sam havia me machucado tantas e tantas vezes depois daquela noite da promessa, e agora depois de, vergonhosamente, quebrar essa promessa para mim mesmo, não iria prometer mais nada. Mas nunca mais  deixarei ser machucado por ninguém, e irei cumprir pelo menos, somente mais aquela promessa de sumir e desaparecer para sempre.

Eu era mesmo muito idiota, burro e patético. Um fracassado. Mas agora, serei eu mesmo, somente eu...imune de dor e sofrimentos causados constantemente por você. Eu irei descansar dessa montanha russa de sentimentos.  

Saí daquele lugar, deixando camisa e celular no chão mesmo, não precisaria mais deles, assim como não precisaria de mais ninguém, caminhei até o Impala enxugando as lágrimas e reunindo o pouco de força que me restou, retiro uma camisa da mochila, jogada no banco do carona e a visto, coloco a chave na ignição, e sem olhar para trás, prometo a mim mesmo que irei dar sentido àquela última palavra dita pelo velho Dean, e parto sem rumo.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 

TRÊS ANOS DEPOIS

 

Tudo estava meio enevoado, naquela fria manhã de inverno, fazia tempo que não se ouvia nenhum som do lado de fora daquele quarto de hotel, estava nevando, de forma fraca, mas contínua.

Sam acorda, mas não abre seus olhos, tenta se adaptar ao frio que sente ao seu redor, pois o aquecedor do quarto estava com defeito, quando entrou nele, e não se importou em dormir somente com uma coberta fina que havia no quarto. E como sempre, seu primeiro pensamento do dia, daqueles últimos anos, foi em Dean, ele sempre acordava, mas antes de abrir seus olhos, via a imagem de Dean, e ficava se lembrando dele, não precisava se esforçar para isso, a imagem dele era sempre nítida, tanto quanto a imagem da realidade que, um dia, foi a sua, diferente das imagens do interior daquele quarto vazio, quando enfim abriu seus olhos.

Era a sua vida novamente chegando para lhe massacrar, após mais uma busca frustrada terminada naquele hotel de beira de estrada, onde havia chegado na noite anterior. Sam se senta na cama e se pergunta mais uma vez onde Dean poderia estar, era sempre a pergunta que iniciava seu dia.

Nessa pergunta pairava suas decepções, em nunca encontrá-lo, em nenhum dos lugares por onde procurou incessantemente em todo aquele tempo, após sua partida. Toda vez que tinha uma pista do paradeiro de Dean, mesmo que fosse uma remota chance de onde ele estava, Sam procurava chegar depressa ao lugar indicado, para somente perceber, que ele já havia fugido novamente ou sequer havia estado lá.

  Quase três anos de um silêncio absoluto, nenhum contato, nenhuma aparição nem ligação, nenhuma palavra trocada com quem quer que fosse conhecido dos dois ou de Bobby, somente algumas pistas vagas, dadas por amigos de Bobby, em sua rede de contatos, ou por caçadores em suas caçadas pelo país, após o alerta emitido por este, do sumiço de Dean.

Sam, de forma incansável, continuou correndo atrás das pistas e de Dean, por todo aquele tempo, sem trégua, corria feito um louco nas estradas, tentando alcançá-lo, sempre muito acima do limite de velocidade permitida.

 Sam estava obstinado a encontrá-lo, não via mais ninguém, não ouvia mais ninguém, nem aos apelos de Bobby, onde Sam ficava de guarda esperando a próxima pista. Não caçava, não saia para nenhum lugar mais, apesar da insistência de amigos, como Helen, Jo e a própria Jessie. Sam não se permitia mais viver sem Dean, não mais. Parecia uma obsessão.

Por incontáveis noites, Bobby saía de seu quarto no meio da noite para confortar Sam, ao ser acordado com o choro alto dele, mas somente conseguia abraçá-lo do melhor jeito que podia, até que ele dormisse por exaustão, o que era bem difícil, pois Sam sofria agora de vários males da mente, e a insônia era um desses.

Os dias se arrastavam para Sam, como se ele tivesse vivido somente um sonho com Dean, ainda mais depois de tanto tempo, e somente agora estava realmente acordado, essa era sua impressão do que sentia, mas se perguntava sempre, qual era o lapso de tempo em que poderia durar um sonho, porque queria voltar para ele, e não queria mais acordar.

Sam estava curado de seu vício pelo sangue de demônio, se curou, somente com a partida de Dean, sem qualquer tipo de tratamento, o choque foi tão grande, de perder Dean, que nem percebeu se teve alguns sintomas de abstinência ou não. Nos primeiros dias, não comia nada, não falava nada, não se movia, passou dias encima da cama, chorando, ficou muito fraco e doente, o que foi tratado por Bobby, assim nem percebeu se houve qualquer abstinência do sangue do demônio, porque não pensava mais nisso, aquilo havia destruído seu amor, sua vida.

Sam nem precisou ficar trancado mais que um dia inteiro no quarto de ferro, pois diante de sua apatia total para tudo que acontecia a sua volta, os anjos que o guardavam, o soltaram.

Bobby intensificou as armadilhas, e deixou Sam em paz com o sofrimento dele, que somente ficou sendo vigiado por anjos designados por Castiel, por mais alguns poucos dias, e depois, ascenderam ao céu.

O demônio Azazel, como era de se esperar foi derrotado e morto na luta entre os demônios e os caçadores com a ajuda dos anjos, e reforço de Rafael, Castiel e do próprio Bobby, assim esse pesadelo na vida de Sam tinha acabado. E a demônia Ruby sumiu, não foi mais vista por ninguém, apesar de, internamente, depois de um certo tempo, Sam a esperar dia e noite com a faca sempre a seu alcance, a mesma que Dean tinha deixado para trás.

Bobby ficou sabendo toda a verdade do que havia acontecido, pela boca de Sam, que confidenciou seu sofrimento, seus erros e a dor de sua perda, o que fez com que Bobby tivesse mais amor por seus garotos, e compreendeu melhor a relação deles, sem criticar e sem julgar, tendo para si como uma coisa inevitável, já que os dois sempre foram tão grudados, e viviam somente um para o outro, juntos e sozinhos toda a vida deles, praticamente. Bobby se compadeceu muito do sofrimento de Dean e de Sam, cuidando o melhor que podia de Sam, e tentando achar Dean. Sam somente confirmou tudo o que tinha acontecido e conversou abertamente com Bobby, sem mentiras, muitos meses depois, pois não conseguia falar sobre o que viveu com Dean, sem se deprimir, e esse era, também, um dos males de sua mente. A depressão.

Bobby, não culpou Sam por seus erros, apenas o confortou, porque o preço de sua culpa já estava sendo pago com o sumiço total de Dean, o que fazia Bobby sofrer também, pois amava muito esse seu filho cabeça dura, e sua preocupação com ele era imensa, sabia de suas tendências suicidas quando sofria, e sabia que tampouco ligava para sua própria saúde e segurança, e do jeito que sumiu, tinha medo de que recebesse “a ligação”, pedindo para reconhecerem seu corpo em algum buraco do país, morto por suicídio, por saúde debilitada ou por alguma coisa sobrenatural. Assim Bobby estudou e fez todo tipo feitiço de proteção para Dean, permaneceu apavorado durante todos aqueles anos, de ter que fazer uma nova pira em sua casa.

Após se recuperar, Sam começou sua busca alucinada pelo irmão, mas por não se alimentar bem ou dormir direito, estava constantemente doente, e nem se importava com isso, o que Bobby morria de preocupação sempre, pois até nisso Sam mudou muito. Antes era cuidadoso com sua alimentação e com sua segurança, mas depois do sumiço de Dean, podia passar dias sem sequer pensar em comer e corria feito um maníaco nas estradas, muitas vezes sem cinto e nem ligava para a proteção contra as coisas sobrenaturais que ainda o ameaçavam, e andava sem armadilhas no carro e nos quartos de hotel que se hospedava atrás de Dean. Bobby que muitas vezes, tinha que deixar armas dentro do carro dele, desenhar armadilhas no teto do carro, e colocar feitiços escondidos em sua mochila de viagem. Assim como, quando Sam estava com ele em casa, o forçava a comer nas horas certas, e lhe medicava quando estava doente.

Sam recorreu a tudo para encontrar Dean, rastreava cartões de crédito com os nomes que costumavam utilizar, visitava pessoas do passado de Dean, mulheres que tinham tido qualquer relação com ele, caçadores que haviam dividido serviços com ele no passado, amigos do pai deles, chegou a visitar a cidade natal e a antiga casa deles, mas não conseguia nenhuma resposta, absolutamente nada.

Sam recorria a Castiel muitas vezes, para tentar localizar Dean, mas esse somente se referia a uma promessa que havia feito, de que nunca mais iria até ele sem ser chamado, e o anjo cumpria sua promessa com afinco, apesar dos apelos constantes. Até o ponto que Castiel começou a aparecer com menos frequência, e agora quase nunca aparecia, para não dar falsas esperanças a Sam, ou mesmo a Bobby, que sempre o xingava por se recusar a tentar achar Dean.

Castiel nem de longe se deixou abalar por Sam ou Bobby, e se manteve firme em não se aproximar de Dean, até mesmo porque esse se cercava de armadilhas contra anjos, para evitar ser rastreado, o que era sentido por Castiel, que somente conseguia perceber que Dean estava vivo, quando esse não estava dentro do carro ou dentro de um hotel, onde as armadilhas eram constantes. E mesmo nesses momentos, Castiel não se esforçava para o localizar, somente ficava feliz por saber que ele estava vivo ainda.

A situação era desesperadora para Sam, pois todas as pistas que haviam conseguido durante todo esse tempo, falavam somente do Impala preto 67, que era visto em frente a um hotel, ou a um bar, ou a uma casa abandonada, mas as pessoas que davam a informação sequer o viam.

Dean havia conseguido o que queria, sumir, e assim, continuava desaparecido até aquele dia.

 

 

 

CONTINUA....


Notas Finais


OBRIGADA !!!!!
Por comentários fofos e lindos, e por
terem paciência em acompanhar.

A música desse capítulo é pouco conhecida
mas a letra é divina, e é do nosso momento atual,
mas para Sam do que para Dean, que ainda está sumido. :)

Life after you - Daughtry

BJSSSS!!!!!


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