1. Spirit Fanfics >
  2. Breathe Again - Wincest >
  3. O que foi feito de nós

História Breathe Again - Wincest - O que foi feito de nós


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos;


Esse capítulo teve que ser dividido em dois porque ficou gigante,
mas é bom para dar um ar de suspense....kkkkk....não fiquem bravos,
amanhã posto o outro, e é a continuação desse.
Como sempre digo, é muito sentimento para pôr no papel.

Desculpem erros.

Boa Leitura !!!!

Capítulo 26 - O que foi feito de nós


Fanfic / Fanfiction Breathe Again - Wincest - O que foi feito de nós

    

Sam após se acostumar ao frio cortante, pensou em Dean, e acalmou seu coração com a imagem de Dean dormindo ao seu lado na cama que era deles, no quarto que era deles, sentindo o calor do corpo dele ao seu lado, encostado nele, observando a respiração suave e calma do sono dele, sentindo seu cheiro, naquela cama quentinha com cobertas.....era uma lembrança maravilhosa, de uma vida que não era mais a sua, pois, sairia desse momento para mergulhar mais uma vez naquele frio e solitário quarto de hotel e no sofrimento de todos os dias de sua vida vazia e sem sentido algum.

Com muito sacrifício se levantou, tomou um banho rápido e escovou os dentes, arrumou suas coisas na mochila para retornar a casa de Bobby e esperar a próxima pista, seu corpo todo doía pela noite mal dormida embalada por remédios para dormir, que fazia uso, quando não se aguentava mais em pé, e também não conseguia dormir.

Assim, se preparou para deixar o hotel, mesmo sem comer nada, como era comum, ele não queria perder tempo com essas coisas e nunca tinha fome, e foi até a janela para verificar a neve, que caía quando ele chegou naquele lugar, queria saber como estaria o carro, quando puxou a cortina da janela, seu coração praticamente parou uns segundos, perdeu o ar, ficou sem respirar e suas pernas fraquejaram, diante da imagem do Impala Preto 67 estacionado ao lado de seu carro.

 

XXXXXXXXXXXXXX

 

Dean mal podia acreditar no que estava por fazer, mas era mais forte que ele, que não aguentava mais fugir, suas mãos tremiam como no dia em que partiu, para longe de Sam, seu coração estava acelerado de ansiedade, medo e saudade.

Dean estava se rendendo, depois de fugir tanto e por tanto tempo, quase três anos, ele voltava para se submeter ao encontro com Sam.

Estava cansado demais, seu corpo  bem debilitado, fatigado ao extremo, estava sozinho no mundo por mais tempo do que presumiu aguentar, seu corpo estava devastado, assim como sua alma e seu coração permaneceram por todo aquele tempo.

Diferente de Sam, ele sofreu calado e sozinho, sem ninguém para enxugar suas lágrimas, porque se fez de forte, e nunca entrou em contato com Bobby ou chamou por Castiel, apesar de sentir muita falta dos dois, e com isso ficou deprimido e bêbado por mais horas que conseguia se lembrar, durante os primeiros meses, após a separação.

Sua vida se resumia em seguir de cidade em cidade, nunca permanecia em nenhuma por mais tempo do que necessário para dormir um pouco, ficar nos bares ou se metendo em caçadas, que se fossem demorar mais tempo do que o previsto, ele passava as noites escondido no Impala, dentro de algum terreno baldio, um quintal de casa abandona ou no meio de uma mata, para não ser visto em nenhum hotel, por mais que algumas poucas horas, sem riscos de ser localizado, até banho tomava nos postos de gasolina e paradas de caminhões, enquanto abastecia seu carro, e lavava suas roupas em lavanderias nas cidades menores por onde passava.

Quando tomava conhecimento de algum acontecimento estranho em determinada localidade, através de suas pesquisas em jornais ou internet de lan houses, era para lá, que seguia o mais rápido possível, tentando sempre chegar antes de qualquer caçador, e, estava caçando qualquer ser sobrenatural, qualquer coisa que o mantivesse ocupado. Fazia o serviço limpo e bem rápido para não ser notado por outros caçadores ou pior, para que não lhe entregassem ao Bobby, e por consequência, Sam descobrir onde estava.

Dean sempre soube que Sam o procurava, durante todo aquele tempo, e temia encontrar qualquer caçador frente a frente, para darem a certeza de terem o visto, assim fugia dos caçadores também.

Sua única vida agora se resumia a caçar, o que fazia de forma quase suicida, entrava nos piores esconderijos de peito aberto, e sozinho, somente com suas poucas armas, e, para esses seres, ele não se escondia, e muito menos fugia deles, era sempre, encarar, matar e partir para longe e para a próxima caçada. E dentre os seres, a única espécie que não tinha encarado ainda, eram os demônios, que ficou sabendo estarem com medo de serem vistos na Terra, e serem caçados por humanos e anjos, após a derrota e morte de Azazel, o que o deixou muito feliz, em meio a sua vida de sofrimentos.

Toda essa atividade lhe rendeu muitos ferimentos pelo corpo, mas não tinha medo da morte, pois não tinha mais o que perder, então só feriam o seu corpo mesmo, não podiam mais lhe ameaçar, não tinham nada para usarem contra ele, além de seu corpo. Estava sempre se remendando em pontos nos seus cortes mais profundos, se enfaixando nas torções e costelas partidas e quando chegava a parar em um hospital era porque tinha ficado inconsciente e alguma alma caridosa o tinha encontrado, mas assim que acordava, recuperado ou não, fugia.

Dean ficou doente algumas vezes, mais por exposição ao frio nos dias e noites de neve, que passou dentro do Impala, e também pelo excesso de álcool, mas nada que alguns comprimidos de antibióticos furtados nas farmácias e antiácidos não resolvessem.

Sem vestígios, não tinha mais nenhuma das identidades antigas ou dos cartões de crédito falsos de seu passado, foram todos destruídos e eliminados, na mesma noite de sua partida, só não conseguia se desfazer do seu carro, seu único amigo e seu lar. Viveu de ganhos em jogos nas mesas de pôquer e sinuca, de serviços esporádicos em oficinas mecânicas que encontrava pelo caminho, e oferecia ajuda.

Dean não conseguia se manter sóbrio por mais tempo do que durasse uma caçada, quando evitava beber, mas assim que acaba o serviço, seguia para a próxima cidade e afogava seus pensamentos no primeiro bar que encontrasse. Quando ficava insuportável pensar e quando a razão lhe faltava pelo exagero da bebida, se aventurava nos corpos das mulheres, que lhe davam sexo e o alívio do corpo e dos pensamentos por algumas horas, e era só isso, não se permitia passar de um mero momento, nem mesmo conseguia se deixar acordar ao lado de ninguém ou se lembrar de seus nomes.

Nunca mantinha nenhuma conversa por tempo maior que o necessário para colher informações dos casos com as pessoas envolvidas, ou mesmo com estranhos que lhe atravessassem o caminho , não fez nenhum amigo, não visitou ninguém, não foi a nenhum lugar de seu passado.

Seu lugar era o Impala, passava mais tempo no carro do que em qualquer hotel da estrada. As vezes se pegava lembrando de Sam, de sua voz e de sua presença no banco do carona, e chorava sofrido e calado, por seu sonho que virou pesadelo.

Dean passou todo o tempo sufocando esse amor por Sam, mas sempre perdia drasticamente para seu coração e era pego por lembranças dele, recordava de cada noite que o amou, de cada despertar com Sam em seu peito, lembrava da pele, da boca, do gosto, da entrega de Sam, mas lembrava também de tudo que aconteceu, e que necessitava se enfiar num bar novamente, após limpar suas lágrimas.

Passaram-se longos anos, fugindo de Sam, e sempre sabia como fazê-lo, mesmo Sam chegando muito perto algumas vezes, mas só quando o próprio Dean permitia, para poder olha-lo de longe, revê-lo, naquela saudade que lhe oprimia nos dias e, lhe sufocava nas noites. E todas as vezes que conseguia ver Sam de longe, sempre levava alguns dias para se recuperar de seu estado de depressão, pois sempre se afogava em lágrimas e bebida em algum buraco no meio de um lugar qualquer, até se lembrar da traição e se convencer que deveria continuar a fugir de Sam, e daquele amor que o consumiu.

Não se compadeceu nenhum minuto sequer de Sam, apesar de muitas vezes assistir seu sofrimento e solidão escritos no seu corpo magro e maltratado. Ainda o amava, mas nada conseguia apagar a realidade, de que Sam merecia sofrer, e somente estava colhendo o que plantou com suas mentiras e traições.

Só que nesse dia,  foi diferente...

 

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 

Dean voltava de uma caçada que durou cerca de um dia inteiro, sendo que ele chegou na cidade, localizou rapidamente sua caça, um vampiro, após ter pesquisado os tipos de mortes anunciadas em jornais que se espalhavam naquela localidade, entrou no covil, no fim do dia, matou e saiu, e foi surpreendido com um outro caçador no local do covil, observando o Impala estacionado, e ele sabia, exatamente o que isso significava, que teria que fugir bem depressa, porém Dean estava muito cansado de tudo isso, e tentava agir no automático, esperou o caçador sumir do local, voltou para o Impala e para o hotel, onde tinha se hospedado há poucas horas, e recolheu tudo, tomou um banho rápido e saiu.

Já na estrada, se sentindo a pior das criaturas, começou a ser perguntar até quando conseguiria ficar desse jeito, seu coração estava muito apertado e foi invadido pelo cansaço e pela saudade que estava insuportável.

No limite da cidade, seguindo pela única estrada que dava acesso a mesma, Dean, num desses momentos de consciência, resolveu que seria também um dos momentos em que poderia observar Sam de longe, para poder acalmar seu coração, ele tinha certeza que seria questão de tempo para Sam aparecer, já que outro caçador viu o Impala, com certeza avisaria ao Bobby, assim saiu da estrada, escondeu o carro atrás de um outdoor cercado de algumas árvores, impedindo de ser visto, mas tendo uma ampla visão de qualquer carro que passasse naquela estrada.

Dean esperou algumas horas, quando avistou um carro se aproximar rápido, somente diminuindo a velocidade para passar pelo limite da cidade, e quando passou por Dean, esse já havia percebido que se tratava de Sam, de longe, pois era o mesmo carro que o perseguia e que sabia pertencer ao ferro velho de Bobby.

Dean olhou para Sam, como se o estudasse, e naqueles poucos segundos, escondido pelo outdoor, pode ver o quanto ele havia mudado, desde a última vez que se falaram, agora ele estava muito pálido e muito mais magro, notando que as olheiras que estavam em seus olhos davam um ar de muito sofrimento e muitas noites sem dormir, e somente naquele breve instante, depois de três anos, a dor e a raiva que sentia foram amenizadas, aquela imagem de Sam tocou fundo na alma de Dean, como se tivesse sido apunhalado no coração, sentiu uma palpitação, seu coração se acelerou, parou, congelou, todo o seu sangue estava fugindo para algum lugar fora do seu corpo.

E pela primeira vez, sentiu pena de Sam...

Dean se assustou com sua própria reação, entrou no Impala, tentando retomar seu caminho para longe dali, mas estava abalado demais, não conseguia recolocar a máscara da indiferença e partir, apesar de se sentir seguro daquele jeito, no seu mundo longe de Sam.

Dean se deu conta do que estava sentindo naquele momento em que conseguiu rever Sam, e mesmo que tão rápido, ele teve certeza que queria voltar, queria ver mais de Sam, saber mais dele, queria amar mais ele, queria proteger, queria cuidar e sentir Sam. Fechou os olhos, analisou tudo que estava acontecendo dentro de si mesmo, e enfim disse, já se entregando, após anos ...“É....Sam....não acabou... eu estava errado, o que eu sinto por você não acabou ” .

Seu coração, sua mente, sua alma e seu corpo eram de Sam, sempre foram, e aquele amor imenso não havia se apagado, e nem diminuído apesar de tanto tempo e da distância, e pior (ou talvez melhor) era que não havia sido esquecido, estava escondido, encolhido no seu coração. Dean se deu conta que havia perdido a sua própria guerra, e perdido feio, para seu amor por Sam, e assim retirou o Impala do esconderijo, fez o retorno e seguiu de volta para a cidade e para o hotel, onde sabia que iria encontrá-lo. Sempre se autoflagelando, dizendo a si mesmo que era somente o amor de irmão falando mais alto dentro de si.

Estava começando a nevar e a escurecer, quando ficou, ao longe, observando o carro de Sam estacionado no hotel, e Sam na recepção interrogando a atendente, que pelo modo que gesticulava, ele estava perguntando dele e a atendente informando que ele já havia deixado o hotel, vendo a decepção da perda no rosto de Sam.

Dean ficou aguardando por algum tempo, para que Sam se acomodasse no quarto e ele tomasse coragem de concluir seu intento de se mostrar e deixar ser encontrado por Sam, finalmente, se decidindo, apesar de lhe faltar coragem de ir de encontro dele, preferindo ser encontrado.

Já era madrugada quando estacionou o Impala dentro do estacionamento do hotel ao lado do carro de Sam, entrou, alugando um quarto para si, e atendente confirmou que ele estava sendo procurado, e forneceu o numero do quarto de Sam, por conta disso. Ele entrou no quarto, que escolheu sendo dois quartos depois do escolhido por Sam, tomou um banho quente e bem demorado, para acalmar-se, trocou suas roupas, se alimentou com os lanches que havia comprado antes de entrar no hotel, se sentou numa poltrona que havia no meio do quarto, e se deixou dominar por seus pensamentos, se recriminou por tudo, por sua covardia, por sua fuga ter durado tanto tempo, por seu completo sumiço, do porquê ainda se sentia ferido e de como esse ferimento estava mais cicatrizado agora, talvez por ter percebido, enfim, o real sofrimento no rosto de Sam, antes tão perfeito, tão lindo, agora estava tão apagado e sem vida, pensou que aquilo era culpa sua, ele causara essa dor, queria machucá-lo e vendo sua busca obstinada por anos a fio, tinha conseguido, mas a troco de quê, se ele também, estava tão machucado, perdido e sozinho, ao ponto de não aguentar mais fugir.

 Sabia que assim que Sam visse o Impala pela janela, que ele sairia desesperado a lhe procurar no hotel, o que deu um pequeno sorriso, por saber que seu amor ainda lhe procurava depois de tanto tempo, que talvez seria essa a prova de amor que poderia receber dele, e que isso queria dizer que depois dele, ninguém mais havia estado no coração de Sam, tendo a certeza de que Sam havia lhe amado de verdade, apesar de seu lado racional lhe mostrar as lembranças ruins, que logo o fazia se sentir um idiota caindo na mesma armadilha de sempre.

Não planejou nada para dizer a Sam, pois não saberia como agir de qualquer forma, tinha certeza de que ficaria muito nervoso, assim preferiu somente “deixar rolar”, e o que tivesse que ser dito ou feito aconteceria naturalmente, sem planos, ficava estranhamente calmo em pensar assim, seu coração estava tranquilo, não estava mais tremendo e não tinha o tal nó na garganta, sua mente estava tão absorvida em poder ver Sam de perto, que nada mais era percebido por seu corpo, que não reagia. E assim aguardou...

 

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 

O REENCONTRO

Sam ao ver o Impala estacionado ao lado do seu carro ficou tão afobado, nervoso e confuso, que não conseguia se mover, ficou estático, teve que se segurar no batente da janela para não ir ao chão, sua cabeça encostou no vidro para poder se apoiar, sua respiração arfante e seu coração pulando do peito, era tudo que se conseguia ouvir naquele momento, de súbito pensou ...”Enfim, obrigado Deus”, esperou se acalmar um pouco, não tirando os olhos do Impala, e num esforço sobre humano, saiu do quarto, sem pensar em nada, e foi até o Impala, olhou em volta e não havia nada nos bancos, nem a mochila de roupas e  concluiu que Dean estava hospedado em um dos quartos.

Não conseguia esperar ir até a recepção, para saber, e estava mesmo como medo, de que nesse meio tempo, Dean sumisse novamente, assim, num ato de profundo desespero, começou a bater de porta em porta dos quartos, e nem precisou ir longe.

Dean ouviu a batida na porta de seu quarto, após ter ficado horas aguardando que a mesma se fizesse, sentiu um frio na espinha, um embrulho no estômago e uma certa tontura, e como num transe, se levantou e abriu a porta.

E lá estavam, Sam e Dean se olhando novamente, cara a cara, olho no olho, após tantos anos.

Sam em choque e Dean, agora nervoso, ficaram na mesma posição se olhando por um tempo, sem dizer nada, Sam com um olhar de desespero contido e Dean com olhar amedrontado.

 Sam tomou a iniciativa, mesmo com medo de abraçá-lo, mas  maravilhado com a presença de Dean, tão real a sua frente, e sem falar nada, pegou na mão de Dean, a levando para seu próprio rosto, causando uma sensação de conforto e proteção, pela qual tanto ansiava, sua pele se arrepiou sentido o calor daquela mão, sem pensar o que estava fazendo direito, e sentido que seu peito estava agitando com as batidas de seu coração, levou a mão de Dean para cima de seu peito, bem encima de onde seu coração pulava, sobre a camisa, aquele mesmo gesto que Dean fez com ele no primeiro beijo deles, queria que Dean se lembrasse (e ele se lembrou na hora) e, com a voz lânguida, disse aquele nome tão presente em sua garganta:

Sam : De...Dean!

 Dean ficou entregue, como que obedecendo aos movimentos que Sam fazia com sua mão, sentiu, com tamanha saudade aquela pele do rosto de Sam, sentiu aquele pulsar rápido e forte em seu coração, ao tocar o peito dele, só conseguindo fechar seus olhos para melhor sentir, até ouvir a voz de Sam, naquele tom tão baixo, tão sussurrado, mas era a mesma voz que lhe fez feliz tanto tempo atrás:

Dean: Oi Sammy ! (Voltou a chamá-lo dessa forma, que só ele podia, sorrindo de lado).

Sam só pensava que era realmente Dean ali, na sua frente, falando o seu nome, lhe tocando, percebendo que sua busca havia acabado, sentiu um alívio na alma tão grande, que não segurou as lágrimas, estava feliz, com uma emoção que não cabia em si.

Sam se aproximou de Dean, segurando sua mão em seu peito, com um pouco mais de força, demonstrando todo o medo de que ele tentasse se afastar do contato, ao ponto, que as mãos ficaram entre os corpos deles, que estavam muito próximos, enquanto Sam encostou seu rosto no rosto de Dean, num toque muito suave e calmo, sua outra mão espalmou nas costas de Dean, como se o abraçasse e Dean repetiu o movimento, repousando sua mão nas costas de Sam, enlaçando o corpo de Sam naquele quase abraço, só separando os corpos por suas mãos entre eles, como se fosse uma cena em câmera lenta, Dean sentia Sam tremer, arfar baixinho em seu ouvido, sentia sua respiração, seu peito subir e descer, sentia o calor emanado daquele contato, sentia o rosto de Sam no seu com tanta delicadeza, sentiu Sam, muito devagar, buscar sua boca, deslizando seu rosto, sentiu os lábios de Sam sobre o seu, num leve roçar, manteve seus olhos fechados, aproveitando aquele sonho, o amor e a saudade eram os mais presentes no coração dos dois, não havia mais medo, apesar das dúvidas.

Dean queria Sam, até inconscientemente queria experimentar tudo daquela presença tão desejada, tudo se acalmava dentro dele agora, todo aquele furacão que durou anos estava se acalmando, se esvaindo lentamente, lembrou se de todo o sofrimento vivido, das lágrimas derramadas, de cada noite fria nos bares e no Impala, de cada mulher usada por ele e de cada beco sombrio em que se meteu, e tudo estava tão longe agora.

Dean aos poucos foi separando seus corpos, e principalmente, separando suas bocas, sem se aprofundar naquele beijo, que não passou de um selinho bem de leve, queria se conter, organizar seus sentimentos, queria ver mais de Sam, queria poder saber mais dele, queria saber se o motivo de seu sofrimento ainda existia, se Sam estava ali por ele mesmo, se Sam estava certo do que ele queria, achando ele, tantas dúvidas rodavam em sua cabeça, que não pôde evitar, a quebra daquele momento, que ele não conseguiria parar mais, senão fosse nesse exato momento.

Assim, ele se separou de Sam, deixando a mão dele, antes pousada em seu peito, se virou de costas para Sam, dando uns dois passos para frente, respirou profundamente, esfregou a mão na nuca para afastar os pensamentos ruins, abaixou a cabeça, fitando o chão, meio desnorteado, buscando o seu lado racional, que gritava para fugir dali, a todo custo.

 

 

CONTINUA....


Notas Finais


Gente, estou muito feliz por cada comentário que tenho recebido,
são todos fofos, lindos e alguns engraçados que me faz rir, muito obrigada,
de coração, estou muito lisonjeada. OBRIGADAAAAA !!!!

A música desse capítulo tem tudo combinando com o momento Sam para Dean.
E aposto que muita gente vai gostar.

When you're gone - Avril Lavigne


BJSSSSS !!!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...