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História Breathe Again - Wincest - Alma perdida e alma doente


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Amigos;


Mais um capítulo, e esse dedicado meio a meio:
Sam conta as consequências de seus erros e Dean conta o que passou em parte, porque
no próximo teremos mais Dean.
Não queiram matar o Dean agora, por favor....ele também sofreu lembrem disso. :)

Desculpem os erros.

BOA LEITURA !!!

Capítulo 28 - Alma perdida e alma doente


Fanfic / Fanfiction Breathe Again - Wincest - Alma perdida e alma doente

 

Dean estava com um semblante mais amigável que antes.

Dean: (Com o coração aos pulos no peito)...Sammy...vem jantar...eu improvisei alguma coisa para você comer...o Bobby mandou você jantar. (Riu sem graça).

Sam: ...O que ???...Você...(Não conseguia falar, não estava entendendo nada, aquilo era um sonho, ou tinha morrido e ido pro céu).

Dean: (Vendo sua cara de dúvidas)...Calma...eu explico...eu vim atrás de você, eu sabia que viria para cá...e acertei, ainda bem......eu cheguei quando você estava conversando com Bobby no sofá, e, sim, eu escutei tudo, e depois não tive coragem de falar com você, e você subiu, e o Bobby me mandou obrigar você a comer alguma coisa e saiu dizendo que volta só amanhã. Então é isso...vem, senta aí...

Sam se sentou, sem dizer nada, estava atordoado com aquele monte de informação e não sabia o que significava Dean ali na sua frente, ficou com medo de perguntar, mas queria saber se aquilo era o seu perdão ou se era somente uma estadia por uma noite para ele. No seu íntimo tinha um ímpeto de felicidade que não cabia em si, de vê-lo por mais tempo e tão perto de si, depois de tanto tempo.

Dean, serviu os dois pratos, colocando um na frente de Sam, servindo os copos com suco de laranja, que Sam adorava, e começou a comer naturalmente, como se sempre tivesse estado naquele lugar.

Dean: Vamos, pode comer Sammy....(Vendo que Sam não comia e somente olhava para ele incessantemente).

Sam começou a comer, parou um pouco, sentindo o sabor da comida de Dean e reconheceu na hora que ele que tinha feito, somente pelo tempero que usou, e sorriu tímido.

Sam: Você que fez o arroz. (Falou baixinho, mais para si mesmo).

Dean: Foi sim, está bom ?

Sam: Sim...muito bom .

Dean sorriu e observou que Sam comeu bem pouco, ficando preocupado com ele. E enquanto comiam, ficaram olhando um para o outro às vezes, e assim que acabaram, Dean logo retirou os pratos e os colocou na pia.

Dean: Pode descansar, eu cuido da cozinha.

Sam: Eu quero ajudar.

Dean: Não precisa, pode descansar um pouco, afinal você disse que seus olhos estão inchados, e estão mesmo (Riu, e não quis adentrar no motivo dos olhos de Sam estarem inchados de tanto chorar).

Sam achou tudo tão surreal, que nem conseguiu formar um pensamento daquilo, a presença amigável de Dean ali, e ele querendo ser agradável com ele, era tão estranho. De todo o modo, não foi para o quarto, por não saber qual a atitude tomar, assim ficou ali no sofá, sentando, e sem fazer nada, nem a TV ligou, somente recostou sua cabeça na parede atrás do encosto do sofá, fechou os olhos um pouco, e cochilou de cansaço, pois sono mesmo não tinha, por causa de seus problemas com insônia.

 Dean arrumou a cozinha rápido, queria se refugiar no quarto de Bobby, e esperava que Sam tivesse ido para o quarto do segundo andar, assim teria a desculpa de dizer que não conseguiram conversar como Bobby queria, isso tudo por mais puro medo e nervosismo, mas para sua surpresa Sam tinha ficado no sofá, e acabou adormecendo sentado.

Dean ao entrar na sala se deparou com a cena de Sam adormecido com os olhos bem apertados e a boca entreaberta e com o corpo todo torto no sofá, e apertou seu coração, notando como Sam tinha mudado fisicamente, estava muito abatido, seu rosto estava agora tão pálido e sem vida, e, tinha perdido muito peso. Resolveu pedir para que ele se deitasse direito ou fosse para a cama, afinal Bobby tinha mandado cuidar dele.

Dean: (Tocou de leve no braço de Sam)...Sammy...acorda !

Dean: Sammy acorda e vai dormir na cama...você tá todo torto aí.

Sam levantou a cabeça, como se ela pesasse uma tonelada e ainda confuso, olhou para Dean.

Sam: Dean...Dean, é você mesmo ?

Dean: Sim. (Sorriu para ele).

Sam: Dean se é você mesmo, você vai embora de novo?...Não vai, por favor.

Dean: É claro que sou eu, e não vou embora.

Sam: Você é uma alucinação. (Coçou os olhos com força e abriu novamente, e Dean ria desse jeito meio com sono ainda).

Dean: (Segurou na mão dele)...Vem Sammy...você tá precisando dormir.

Sam: Não...eu não quero...me deixa aqui.

Dean: Sammy vem, você vai para o seu quarto, vai dormir direito.

Sam: Não. (Fez uma cara de que iria chorar).

Dean: Porque tá fazendo essa cara, só estou pedindo para ir dormir.

Sam: Pode ir você, me deixa aqui, por favor.

Dean: (Se sentou em frente a ele)...Sammy, você está acordado já ? Você não está alucinando, sou eu mesmo e eu estou pedindo para você ir dormir...lembra que jantamos juntos e que eu expliquei que vim aqui atrás de você.

Sam: Peraí...eu já volto.

Sam estava tão estranho que Dean preferiu não discutir com ele, e o viu subir as escadas correndo e logo em seguida, com o rosto molhado, ele voltou e se sentou no mesmo lugar. Sam tinha medo de que se ele fosse dormir, Dean iria embora, e ficou apavorado só de pensar nisso, por isso lavou bem o rosto para despertar e poder ficar vigiando Dean de perto, até ter certeza de que ele não sairia daquela casa.

Sam: Podemos conversar, Dean? Sem brigar....podemos ? (Estava com a respiração ofegante e parecia mais animado e ansioso, se sentando rápido na poltrona em frente a Dean).

Dean: Tudo bem, eu vim aqui atrás de você, para conversar mesmo. (Se ajeitou no sofá, e estava um pouco mais calmo, mas sentia seu coração acelerado).

Sam: Por que você veio atrás de mim ? (Falou abaixando a cabeça e segurando uma mão na outra).

Dean: Eu queria te dizer umas coisas....(levantou, coçou os cabelos da nuca, e se sentou novamente)....Assim que você saiu do quarto do hotel, eu fui atrás de você...mas você já tinha saído do estacionamento...e como eu sabia que vinha para cá, eu saí logo atrás de você.

Dean:....Bom....Eu queria te explicar que eu não queria dizer nada daquilo que eu disse lá...eu...eu sou ruim com as palavras...lá eu disse algumas coisas erradas e muitas outras coisas que eu queria dizer, eu não disse...me desculpe...acho que ainda estou meio enrolado...e eu acho que estou sem beber há muito tempo. (Riu de seu próprio sarcasmo).

Sam levantou seu olhar, e viu Dean balançando a cabeça em negação, e notou como ele estava tentando organizar os pensamentos e as palavras, devido ao nervosismo, e sorriu.

Dean: Sammy....eu fui muito grosso com você lá...não era isso que eu queria...mas...eu me desacostumei com as pessoas, a manter uma conversa...eu fiquei esse tempo todo sem conversar muito com qualquer pessoa...e também eu tinha tanto pra te dizer e meus sentimentos estavam todos bagunçados, eu achei que estivesse pronto, mas acho que não estou ainda....

Sam: Pronto para quê ?...(Perguntou baixo).

Dean: Pronto para te reencontrar...eu acho.

Sam: Você ainda me odeia?

Dean: Não, claro que não, eu não te odeio, Sammy. Eu só tenho tanto sentimento guardado aqui que acabei atropelando tudo, e acho que te reencontrar foi o gatilho para tudo vir à tona ao mesmo tempo.

Sam: Eu acabei te pressionando né, te seguindo daquele jeito.

Dean: Não foi isso não, eu tenho que reconhecer que acho que passei tempo demais sem falar sobre tudo isso que aconteceu, novos sentimentos foram surgindo a respeito do passado e os velhos ainda estavam lá, e assim tudo foi se acumulando, entende ?

Sam: Sim. (Estava constrangido com aquela conversa).

Dean: Primeiro de tudo, eu não quero brigar com você, quero que você fique calmo e me ouça primeiro, por favor....eu vou te falar algumas coisas para que me entenda, mas vou começar do final...tá bom? (Sam assentiu).

Dean: Sammy, eu sabia que você estava atrás de mim, eu sempre soube, e naquele dia, eu realmente fiquei ali por que eu quis, eu estava tão cansado de fugir....eu não aguentava mais viver daquele jeito, e quando eu saí de uma caçada e dei de cara com um caçador analisando o Impala, eu percebi que você viria logo atrás, porque ele iria falar para o Bobby com certeza, e depois eu fiquei de tocaia na estrada e vi seu carro passar, eu vi você de longe, por um instante, mas o suficiente para um sinal se acender dentro de mim, um alerta de que era a hora de parar com aquela loucura toda, eu pensei muito mesmo, e voltei no hotel que eu tinha me hospedado porque sabia que você seguiria meu rastro até lá, e me hospedei novamente e fiquei te esperando a noite toda, apenas para pôr um fim nisso tudo e para poder ver você de perto, eu ....(deu uma pausa, tomando coragem)...eu estava com saudade de você Sammy.

Sam levantou os olhos e encarou Dean, que ao encontrar os olhos de Sam, ficou até vermelho com vergonha do que tinha falado, e não sustentou o olhar, virando o rosto pro lado, para algum ponto imaginário que ficou focando.

Dean: Então...depois quando você entrou no quarto, eu me atrapalhei todo, fiquei nervoso e me deixei levar por tudo que queria dizer ao mesmo tempo, e acabou saindo de um jeito agressivo demais e atrapalhado, mas acredite, que não era nada do que eu realmente queria....agora podemos voltar ao início, né ? (Sam estava gostando do que estava ouvindo, gostando não, estava adorando ouvir que Dean tinha saudade dele e que o tinha esperado).

Dean: Naquele dia, quando eu te vi, com aquela criatura maldita, eu fiquei com ciúme, com nojo.....eu senti tanto ódio e raiva de você e de mim mesmo...e quando eu fui embora, Sammy......(Abaixou a cabeça com as lembranças ruins)....eu realmente não pretendia voltar nunca mais, eu estava com tanta coisa na cabeça e no coração....(Não aguentou ficar parado, e se levantou e se virou de costas)...você tem noção do que você fez comigo? Você destruiu tudo que tínhamos, você me matou por dentro...tudo que sentia por você, todo amor que eu tinha por você, não foi respeitado ou reconhecido, era como se você nunca tivesse me amado de verdade, como se tivesse sido tudo um devaneio da minha cabeça, você me humilhou como ninguém nunca fez, não me deu valor nenhum, me deixou quebrado, matou tudo que havia de melhor em mim, tirou minha paz e minha alegria de viver...eu fiquei oco por dentro, como uma casca do que eu tinha sido um dia com você...eu me odiei por ter me permitido amar você dessa forma, eu me odiei por ter acreditado em nós, em você...(respirou fundo)....eu confiei em você, eu mergulhei de cabeça no que eu sentia e na nossa relação, eu não me preservei nem um minuto sequer...poxa...Sammy... eu nunca tinha me apaixonado por ninguém...e isso acabou comigo.

Sam: Eu sei, me perdoa...(Sam estava arrasado ao ouvir tudo aquilo que tinha feito a Dean).

Dean:...Espera...eu quero colocar tudo que estava preso esse tempo todo pra fora...por favor me ouça...(Pediu erguendo uma das mãos para Sam).

Sam: Claro, pode falar....(Sam enxugou as lágrimas que caiam em seu rosto).

Dean: ....Quando eu te deixei, eu fiquei um tempo vagando dentro do Impala sem parar em nenhum hotel, eu cruzei o país de carro, praticamente, eu dormia toda noite no carro, claro que pelo tempo que conseguia, porque era meio difícil dormir com tanta coisa na cabeça, e logo voltava para a estrada de novo e tomava banho em postos e nas paradas de caminhões....eu me sentia um lixo, eu queria me manter ocupado para não pensar em tudo que tinha acontecido, mas era impossível...sempre vinham imagens na minha cabeça, que quase me enlouqueciam...das coisas ruins que aconteceram, de você me iludindo, mentindo e me traindo daquele jeito, mas com o passar do tempo, essa fúria que havia em mim foi se acalmando, e virou mágoa, ressentimento e arrependimento.

Sam: Arrependimento ? (Sam quis esclarecer já com um nó na garganta).

Dean: Sim....sabe Sammy...eu tenho que te falar a verdade....eu me arrependi muito, muito mesmo....você pode até querer sair por essa porta afora depois do que eu falar...mas, sim, eu me arrependi muito de ter me relacionado com você, sem ser somente como seu irmão, porque não tinha escolha, afinal temos o mesmo pai e a mesma mãe, porque do jeito que eu estava, até disso eu teria me arrependido também.

Sam se levantou do sofá, e foi até a porta de entrada de costas para Dean, e deixou aquelas palavras penetrarem em sua alma, e sentiu o que deve ter sido o desespero dele, mas o pior era ouvir que Dean estava arrependido do amor deles, do quanto se amaram um dia, e de tudo que viveram juntos. Aquelas palavras o machucaram tão fundo que nem conseguia voltar a olhar Dean novamente, queria que o chão o tragasse e que ele sumisse para sempre, sentia na pele todo o mal que havia causado, e com certeza, foi a pior constatação das consequências de seus erros. Era muito pior do que se Dean o matasse, o espancasse ou que o entregasse para mil demônios, era pior que tudo que já tinha ouvido de Dean e de qualquer outra pessoa em sua vida. Se sentiu mal, sentiu que precisava sair dali, e foi até as escadas, e sem olhar para Dean.

Sam: Você...pode, me dá um tempo, por favor...eu quero continuar essa conversa, mas eu preciso....(Apontou para o alto da escada, e não conseguiu continuar a frase e subiu correndo, batendo a porta do quarto atrás de si).

Dean ficou na sala, sabia que tinha ido longe demais, para quem queria tentar conciliar, mas tinha que falar tudo, eram anos de palavras entaladas e escondidas em seu peito, e eram verdades.

Ficou ali parado no mesmo lugar alguns minutos, pensativo em tudo que estava acontecendo, respirou fundo, e subiu as escadas bem devagar, abriu a porta do quarto, viu Sam deitado na cama virado para a parede, e ouviu soluços e mais soluços, ele estava chorando muito, tossia e voltava a chorar, abraçado no travesseiro, deitado de lado, aquela cena era mais forte que Dean, ele não conseguiria aguentar nem em mil anos, ver Sam daquele jeito, uma coisa era saber o que ele tinha sofrido e outra era ver assim tão de perto. Então ele se sentou do outro lado da cama, aquela cama que incontáveis vezes tinha sido o palco do amor deles, e tocou as costas de Sam, fazendo um carinho, esfregando a sua mão de um lado ao outro, tentando confortá-lo. Sam sentiu a presença de Dean e o seu carinho, e não suportou só sentir o toque e logo se virou para ele, se sentando na cama, meio sem jeito e o abraçou com força, e Dean retribuiu o abraço prontamente, o apertando contra o seu peito, o abrigando ali, com seu rosto apoiado em seu ombro, enlaçou seus braços em volta do seu corpo trêmulo e inseguro.

Sam: ...Tudo culpa minha....(Entre os soluços de choro).

Dean:  Ahhhh....Sammy, pára de chorar, eu estou aqui, e não vou embora...eu quero ficar aqui com você, entendeu, eu quero.

Sam: Eu te machuquei tanto...eu sou um monstro.

Dean: Não, você estava confuso e viciado, hoje eu consigo entender melhor.

Sam: ...Eu fiz você se arrepender de mim !!!!! (Levantou as mãos em sinal de rendição, mas ainda continuou abraçado a Dean).

 Dean: Vamos dar aquele tempo que você pediu lá embaixo, tá bom, depois voltamos a conversar...agora, você vai ficar aqui, eu vou lá embaixo trazer alguma coisa para você se acalmar...cadê seus remédios, o Bobby disse que você está tomando remédios.

Sam: Estão na mochila...(Triste porque Dean não o desmentiu do que tinha dito de que ele tinha se arrependido dele).

Dean deitou Sam novamente na cama, o cobrindo com o cobertor, e desceu ao primeiro andar, achou a mochila de Sam abandonada na mesa de Bobby, e abriu, levando um susto, ao se deparar com alguns remédios com rótulos distintos, um antidepressivo bem forte, um para esquizofrenia e o outro era para insônia, também bem poderoso. Ficou assustado com aquilo.

Resolveu não pegar nenhum, foi a cozinha preparou um chá com ervas calmantes de Bobby, subiu as escadas e voltou para o quarto, encontrou Sam ainda limpando algumas lágrimas em seu rosto, mas não soluçava mais.

Dean: Há quanto tempo que você toma aqueles remédios ?

Sam: Há mais ou menos uns dois anos e meio. Porque eu não conseguia dormir mais, e o Bobby me obrigou a ir a um médico, que me receitou para eu poder dormir de vez em quando.

Dean:  Eu trouxe um chá pra você...aqueles remédios não são bons pra você...o que esse médico disse para vocês ? ...(Dean apoiou a mão nas costas de Sam, para que ele pudesse se sentar melhor na cama e beber o chá, levando um arrepio na pele de Sam).

Sam: Eu também fui a outros médicos, e fizeram alguns exames, e diagnosticaram esquizofrenia porque eu tive alucinações novamente e depressão. (Sam estava receoso do que Dean iria pensar dele).

Dean: (Com cara de espanto)....Meu Deus, Sammy.....você está doente...esse tempo todo...e como são essas alucinações ?

Sam: São com você. (Disse baixinho).

Dean: Como assim, comigo ?

Sam: Eu tenho alucinações de que estou conversando com você, como se fossem sonhos, onde vejo você,  e, estamos em algum lugar...o problema é que eu acredito nelas, mas não são reais, e eu estou sempre acordado....(Riu fraco)...e com isso, veio a depressão, porque antes, quando o quadro de alucinação acabava, e eu voltava a realidade de que você tinha ido embora...eu ficava sem conseguir dormir e sem comer por dias, as vezes, eu só chorava..... e o Bobby me obrigou a ir nesses médicos e fazer exames....e agora os remédios me ajudam, eu não tive mais tantas alucinações, e só assim que eu conseguia correr atrás de você. Os médicos disseram que eu desenvolvo esses quadros com os personagens dos meus medos....antes eu alucinava com Lúcifer e o Azazel...e depois com você...acho que porque eu tinha medo de nunca mais te ver, de você cumprir o que prometeu, porque eu não conseguia te achar nunca...deve ter sido isso...(Sorriu de cabeça baixa, muito corado de vergonha).

Dean: (Horrorizado)...Eu nem sei o que dizer...vem cá...Sammy...(Dean o puxou e o abraçou forte, com lágrimas nos olhos).

Após algum tempo, Dean separou o abraço e colocou a caneca de chá nas mãos de Sam, segurando-a para não cair, por cima das mãos dele, o que fez ambos pararem um segundo e se olharem fixamente, mas logo Dean cortou o contato, se afastou e foi em direção a porta do quarto, parando na mesma.

Dean: Toma tudo que vai te ajudar a relaxar e dormir, e qualquer coisa, pode me chamar, eu vou dormir lá embaixo, tá bom...(Disse e saiu do quarto, tentando controlar sua vontade de chorar e de agarrar Sam, o deixando meio confuso com a pequena fuga rápida do quarto).

Sam deixou a caneca na mesa ao lado da cama, e logo em seguida dormiu. Dean com um peso enorme na consciência por ter sumido tanto tempo com Sam doente, e em parte, por causa do sumiço dele. Se deu conta do porquê Sam parecia tão estranho e com aparência de doente, e chorou, se deixou levar por devaneios e dormiu na cama de Bobby, após beber o chá também.

 

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 

As horas da madrugada passaram depressa, e quando por volta das quatro da manhã, Sam acordou de um pesadelo que tinha tido com palhaços, que por sinal era sua única fobia. E se lembrou da noite anterior, e de que Dean estava naquela mesma casa que ele, e nem acreditou no que tinha passado, e sentiu ser tomado por uma felicidade gigantesca, e sem controle algum, desceu as escadas correndo, para saber se era real, e quando viu a porta do quarto de Bobby totalmente aberta com Dean dormindo tranquilamente na cama, coberto por edredom até o peito, de barriga para cima, com o rosto virado para sua direção, deu um grande sorriso, e se aproximou, deu a volta na cama, e sem pensar em nada deitou-se ao lado de Dean, embaixo do edredom e apoiou sua cabeça em seu peito quente, ouvindo as batidas do coração dele, sorriu igual a uma criança. Dean sentiu o peso do corpo de Sam parcialmente sobre o seu, e se assustou um pouco, até se situar que era Sam ali.

Dean: Sammy você devia estar no seu quarto agora...o que está fazendo ?...(Segurou nos braços de Sam, com muita paciência, tentando retirá-lo dali, e ele se prendeu mais a seu corpo).

Sam: Dean...não me tira daqui...eu só quero dormir com você...por favor...eu preciso saber que você é real.

Dean: Eu já te disse que eu sou real e que não vou embora daqui, eu quero ficar aqui. (Continuou tentando afastar o corpo de Sam, com carinho, segurando em suas mãos).

Sam: Só me ajuda...me deixa aqui um pouquinho só...me ajuda a acreditar. (Se apertou mais a ele).

Dean: Não Sammy, não faz assim...por favor. (Sam se encolheu mais, diante dessa recusa de Dean, tirou os braços do corpo dele, e ficou sentado na cama, com vergonha).

Sam: Desculpa, eu não fiz por mal. (Ficou com os olhos cheios d’agua).

Dean: Hei, não precisa chorar, só quero que você durma bem, na sua cama espaçosa, e eu juro para você que eu não vou embora, eu não vou sumir, ok.

Dean percebeu que Sam não havia feito aquilo com a intenção de o seduzir, mas sim a intenção que disse, ele estava com medo de que ele fosse embora no meio da noite. Ficou com pena de mandar Sam para seu quarto, mas ainda não conseguiria ficar próximo de Sam, dessa forma intima, ao ponto de dormirem na mesma cama, mesmo que fossem somente dormir, seria demais e muito cedo para Dean.

  Sam, envergonhado, deu um beijo no rosto de Dean, e voltou para o seu quarto, suspirando pesado, mas mesmo assim estava feliz, por ele estar ali com ele.

Quando amanheceu, Sam acordou primeiro, tomou banho e fez sua higiene matinal, descendo as escadas, deu uma nova conferida em Dean, que ainda dormia pesado, assim seguiu para a cozinha e preparou um café da manhã reforçado com ovos e bacon, pão, queijo, entre torta e o café preto.

Sam voltou para o quarto de Bobby, e Dean continuava dormindo sossegadamente, mas Sam ansioso, tocou sua mão para acordá-lo, mesmo querendo encher a boca dele de beijos .

Sam: Dean ! Quer tomar café da manhã comigo ?

Dean: Sammy...(sonolento)...você dormiu bem? Porque já acordou ?

Sam: Dormi, acordei para poder preparar seu café, vem...(Parecia uma criança puxando Dean da cama, para o forçar a se levantar).

Dean espreguiçou todo o corpo, fez cara feia, mas logo sorriu e se levantou devagar, indo para o banheiro,  Sam achando Dean lindo,  resolveu lhe dar espaço e voltou para a cozinha, antes que Dean visse a cara de bobo que estava fazendo, e porque não conseguia parar de olhá-lo. Dean fez sua higiene e foi para a cozinha também, vendo Sam de costas na pia, preparando alguma coisa para levar a mesa, se lembrou do tempo que estavam juntos e quase o abraçou por trás e deu um beijo em sua nunca, como gostava de fazer, só para ver como ele se arrepiava. Mas somente se sentou a mesa.

Dean: Que café completo esse hein !!!

Sam: É para você. (Abriu as mãos apontando para a mesa como se apresentasse o café para Dean) .

Dean deu o seu melhor sorriso, e quando viu a torta, sorriu mais ainda.

Dean: Sammy, torta !!! (Sem se dar conta, se ergueu um pouco da cadeira e deu um beijo no rosto de Sam).

Sam foi pego de surpresa, e Dean voltou a seu lugar, fazendo Sam ficar lhe olhando e levando a mão onde ele tinha beijado. Assim começaram a comer, com Dean tecendo elogios a cada mordida na torta, e Sam ficando corado e feliz. Dean não conseguia boas tortas na vida da estrada, era muito raro, e seu amor por elas era enorme, e ficou sinceramente feliz com a surpresa, e mais ainda ao pensar que todos os seus amores estavam na mesma casa, Sam, o Impala e a torta, e sorriu do próprio pensamento.

Após o café, Dean foi se sentar no chão da sala, com as almofadas, se lembrando de quando se amaram ali naquele chão em meio a elas, ficando com um ar meio nostálgico, e logo em seguida Sam se sentou no sofá, e ficaram assistindo TV que Dean tinha ligado. E o telefone tocou, Sam foi atender.

Sam: Alô.

Bobby: Oi Sam, tudo bem aí, já se mataram ?

Sam: (Riu)....Não ainda não....

Bobby: Já conversaram pelo menos ?

Sam: Um pouco.

Bobby: Dois idiotas...acho bom falarem tudo que querem um para o outro, se perdoarem e voltarem a ser amigos, ou seja lá mais o que for...(Riu baixo ).

Sam: (Disfarçou, apesar de saber que Dean estava prestando atenção)...Não depende mais de mim.

Bobby: De mim é que não depende, né mesmo ? Sam, trate de colocar seu irmão na linha logo, ele já sabe o que eu penso e o que eu espero de vocês, assim se resolvam logo, volto daqui a uns dias.

Sam: Onde você está ? Você sempre deixa a casa pra nós assim e some?

Bobby: Estou por aí, e o que interessa é que se resolvam logo, ouviu bem? LOGO, Sam, LOGO !!! . Tchau filho, manda um beijo pro outro idiota.

Desligou o telefone sem deixar Sam falar nada, bem típico de Bobby. Sam ficou com o fone na mão por um instante, olhando para ele, ouviu Dean rir e devolveu o fone para o aparelho, se sentando de volta no sofá.

Dean: Era o Bobby né, ele sempre desliga na nossa cara. (Riu).

Sam: (Riu)...Pelo menos ele mandou um beijo para você e disse que volta daqui a uns dias.

Dean: O quê ? (Parou de rir na hora).

Sam: É ele disse que volta em alguns dias.

Dean ficou visivelmente nervoso e incomodado com a informação dele,  não sabia como se comportaria durante dias com Sam, sozinho na casa, e foi tomado por uma agonia, disfarçou um pouco, mas já era tarde, Sam percebeu.

Sam: Que foi Dean ? Senão quiser ficar aqui comigo sozinho esses dias, eu posso ir visitar a Helen e a Jo.

Dean: Não é isso não.

Ficaram calados durante um tempo. Sam de cabeça baixa e Dean o olhou e depois desviou seu olhar e fingiu prestar atenção na TV.

Sam: Acho que vou dar uma volta lá fora !

Dean não disse nada e viu Sam triste sair pela porta que dava nos fundos da propriedade, onde havia a pilha de pedras do “enterro” de John. 

 

 

CONTINUA....


Notas Finais


Muito obrigada por comentários tão LINDOSSSSS
Estou nas nuvens...OBRIGADAAAAA !!!!!

A música desse capítulo é parte do que Sam vive ainda.

Here Without You - 3 Doors Down


BJSSSSS !!!!!!


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