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História Breathe Again - Wincest - Minha esperança que morre com o seu medo


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Amigos;

Segue mais um capítulo de muito sofrimento,
onde os lindos estão expulsando seus fantasmas.

Desculpem os erros.

BOA LEITURA !!!!!

Capítulo 29 - Minha esperança que morre com o seu medo


Fanfic / Fanfiction Breathe Again - Wincest - Minha esperança que morre com o seu medo

   

Sam foi até o muro de pedras, ao lado de onde foi feita a pira, e se sentou nele, sendo coberto pela sombra de uma árvore que havia no local, ficou olhando para o horizonte, pensando na parte da conversa com Dean que faltava acontecer, e pelo que tinha visto, Dean estava com medo de ficar sozinho com ele, o que demonstrava que não tinha mais volta, assim pensou .

Estava tão cansado de chorar, seus olhos ainda estavam inchados, mas mesmo assim não se controlou e deixou algumas lágrimas caírem, aquele comportamento de Dean acabou com a alegria de quando acordou.

Dean observava de longe, da janela da cozinha, e sabia que as lágrimas eram por sua causa mais uma vez, se lamentou, mas não tinha como evitar, Sam tinha que passar por aquilo tudo, independente se era a vontade dele ou não, e no momento não era, não mais.

Dean ficou dentro da casa, não foi até Sam, e esperou ele voltar, e assim que ele entrou.

Dean: Sammy, vem cá, senta aqui. (Apontou para o sofá, enquanto ele mesmo tinha voltado a se sentar no tapete do chão em meio as almofadas).

Sam obedeceu, ficando sentado de frente para Dean, que desligou a TV, se ajeitou, se sentando mais perto possível, e manteve seu olhar em Sam.

Dean: Você estava chorando de novo ?

Sam: ...Estava...(Disse triste, de cabeça baixa).

Dean: Sammy...eu...eu sei que tá sendo difícil...mas temos que passar por isso.

Sam: Tudo bem Dean...eu entendo.

Dean: Escuta, nós vamos conversar tudo que temos pra falar agora, nesse instante, e depois ....não sei o que pode acontecer...mas quero que me prometa uma coisa.

Sam: Sim.

Dean: Promete que não vai ter idéia de ir embora, como eu fiz, e eu te prometo que também não irei mais embora, tudo bem ?

Sam: Se você não for mais embora, eu prometo. (Dean concordou com a cabeça).

Dean se aproximou mais ainda de Sam, ainda no chão, quase a seus pés, pegou na mão dele e viu que ele ainda usava a aliança deles, o que não tinha reparado antes, olhou para a mesma, e sorriu de leve.

Dean: Você ainda a usa ?

Sam: Eu nunca a tirei.

Dean ficou muito sem graça com a resposta, e desconcertado soltou a mão de Sam, e a depositou no colo dele.

Dean: Sammy eu te contei como foi para mim quando nos separamos e como eu me senti com tudo aquilo, talvez tenha falado mais do que devesse, porque acabei te machucando tanto, mas é porque eu sofri mais do que acreditei suportar. Os anos que fiquei afastado, foram horríveis. Quando a raiva passou, eu passei a sentir muita saudade de você, eu tinha vontade de te ver novamente, e por muitas vezes eu estive muito perto de você, quando estava atrás de mim, eu ficava de longe, te observando, mas meu orgulho e minha dor não me deixavam me aproximar, entende ?

Sam balançou a cabeça que sim.

Dean: Você me perguntou no quarto de hotel, se eu tinha idéia do que você tinha passado durante esse tempo, mas eu te respondo agora que eu não só tenho idéia, como eu também sofri muito, Sammy. (Sam voltou a abaixar a cabeça, triste).

Dean: Eu sou diferente de você, sempre fui, eu não consigo expor o que eu sinto da forma como você faz, então eu guardei tudo para mim mesmo, até porque não tinha ninguém para me ouvir, e eu também não conseguiria falar, eu sempre ficava recluso no Impala ou num hotel qualquer com muitas garrafas de uísque quando a tristeza me pegava, e assim eu passei muitos dias e noites, entre uma caçada e outra, eu sempre mergulhava nisso, ou, eu entornava todas nos bares de cada cidade que eu passava, tudo para adormecer meu cérebro e anestesiar minha dor e a saudade. No início era pior, no primeiro ano, quando o sofrimento era mais intenso, e eu pensava que nunca mais iria querer te ver, eu me obriguei a aprender a viver sem você, como antes da nossa relação, minha alma ficou vazia, os dias eram todos sem rumo e nas noites eu sentia o peso de abandono no peito, mas era o que me restava, e acabei me conformando e me acostumando com a solidão absoluta.

Dean: Foram anos de muito sofrimento para mim também, até o dia que eu te vi, e não aguentei mais, como já te contei. Eu pensava em você todas as horas do dia e sonhava com você a noite, mas não podia chegar perto, e esse afastamento me ensinou uma coisa, muito valiosa, que eu posso viver sem você, que eu consigo viver sem você, mas acho não quero, você está no meu caminho, afinal. Acho que recuperei um pouco da minha própria autoestima e da minha autoconfiança também, e acho que foi de tanto ver o quanto você me procurava e desse tempo que passamos longe um do outro. Eu precisava disso, por incrível que pareça. Hoje, estou diferente, estou mais forte e mais completo, comigo mesmo.

Sam o olhou mais intensamente, achando que não tinha ouvido aquilo, com os olhos marejados por ter ouvido, resumidamente, que Dean não precisava dele para nada.

Sam: Posso te perguntar algumas coisas ?

Dean: Claro, o que quiser.

Sam: Você ficou com alguém durante esse tempo ?.... (Dean suspirou alto, sabia que essa hora chegaria, não achou que seria tão cedo na conversa deles, apesar de saber o quanto Sam era ciumento, mas tinha que ser sincero, mesmo Bobby já tendo lhe dito que Sam não esteve com ninguém).

Dean: Sammy, eu fiquei sim, eu transei com várias mulheres nessas noites em que eu estive em bares e estava bêbado, mas nenhuma delas passou de uma noite, ou melhor, de horas. Fiquei também com mulheres que estavam envolvidas com as vítimas nas caçadas, mas também não passaram de uma transa. Eu meio que voltei a ser como era na época em que caçava com pai, eu estava perdido demais até para saber o que estava fazendo e acabava me afundando nisso, até para esquecer um pouco de você, mas no final eu me sentia mais vazio ainda, quando acabava o sexo e o efeito da bebida. Era muito difícil as lembranças de nós dois não passar pela minha cabeça enquanto eu tocava ou era tocado por alguém, por outra pessoa, sem ser você. (Ficou observando a reação de Sam).

Enquanto ele falava Sam sentiu o ciúme enorme se apossar dele, e tentou não imaginar Dean sendo beijado ou tocado por outra pessoa, assim virou o rosto e não manteve mais o olhar em Dean, deixando seu coração gelar e sua respiração se exaltar com o excesso dessas informações. Estava com vontade gritar e sair correndo dali, mas não podia, porque ele o havia traído, e se Dean fez isso foi por que não tinham mais nada.

Dean parou de falar e viu que Sam tinha ficado bem abalado, e somente preferiu se calar.

Sam: Eu...eu...não fiquei com ninguém, sabia ?....(Não sabia o que dizer, mas o que disse parecia ser o mais certo a se falar no momento)...eu não quis e nem conseguiria, nem mesmo bêbado. (Riu fraco).

Dean: Eu sabia sim, mesmo sem eu perguntar, o Bobby fez questão de me dizer...(Sorriu, vendo que Sam falou sem sequer voltar a cabeça para ele).

Ficaram algum tempo em silêncio. Sam queria que Dean perguntasse dele também, mas como não o fez, transpareceu que ele não se importava com ele, só que no coração de Dean a mágoa ainda era presente, tanto que tinha medo de saber o que Sam fez nesse período, o que podia ser alguma coisa envolvendo a demônia, apesar de Bobby ter dito que ela sumiu, Sam poderia ter ocultado algum encontro ou coisa a mais com ela.

Sam: Eu não vou ficar te enchendo de perguntas, até porque você já me disse tudo, eu acho, mas eu só queria saber mais uma coisa...porque você se afastou do Castiel ? Ele não deu nenhuma explicação do que vocês tinham falado depois que você foi embora e ele foi atrás de você, naquele dia, o que aconteceu ?

Dean: (Pareceu ficar tenso)....Bem...quando ele veio até mim, eu estava num estado muito ruim mesmo, descontrolado, eu estava na estrada já, e eu pedi uma coisa para ele...e ele disse que não poderia fazer...eu fiquei com raiva...e antes disso ele tinha me prometido que ficaria afastado de mim, se um dia eu fosse embora de vez...e assim eu fiz ele cumprir a promessa.

Sam: Você fez ele prometer isso, quando ?

Dean: Quando eu soube que você tinha começado a mentir para mim de novo, mesmo depois que eu tinha dito que eu iria embora se eu descobrisse uma mentira sua, e eu já tinha descoberto, mas como te falei, eu relevei as mentiras por causa do vício, só não consegui fazer isso quando eu vi você me traindo.

Sam: E ele concordou em prometer que iria se afastar de você, depois que fosse embora?

Dean: Sim, eu fiz ele prometer.

Sam: Mas, acho que você não sabe, ele tentou te localizar algumas vezes, de tanto que eu e o Bobby pedimos a ele, mas ele não conseguia por causa de armadilhas de bloqueio para anjos que você colocou no Impala. Então, acho que ele quebrou a promessa né ?....(Sorriu)...Mais o que você pediu a ele quando foi embora, que ele não cumpriu ?

Dean: Eu...eu...olha é melhor não falarmos mais nisso...foi por conta de tudo que eu estava sentindo...depois que eu me controlei, eu vi que estava errado....e....(Foi interrompido).

Sam: Não me enrola...eu te fiz uma pergunta...(Sorriu de leve).

Dean: Não Sammy, deixa isso para lá.

Sam: Fala Dean, o que você pediu pro Cas que ele não quis fazer?

Dean: Tá bom...eu...eu pedi...(Sabia que esse seria o pior momento para Sam, pior do que dizer que tinha se arrependido dele e das mulheres que transou)....eu pedi para ele apagar minha memória...foi isso..

Sam: (Pensou)...Apagar sua memória, da nossa relação ?

Dean: Também..

Sam: Como assim ?

Dean: Eu pedi para ele apagar minha memória toda.

Sam: Toda ?

Dean:....É...... eu não queria me lembrar de você, em nenhum momento da minha vida...eu não queria me lembrar de nada...e assim ele teria que apagar tudo...mas ele não aceitou, disse que não era permitido.

Sam: Você não queria nem lembrar de mim, como seu irmão ?

Dean: ....Desculpe Sammy...mas não queria não...porque eu iria acabar querendo saber mais de você, e voltaria tudo...assim seria melhor ele apagar tudo mesmo...

Sam: Eu não acredito que pediu isso a ele, eu não posso acreditar....(Levantou e andou de um lado para o outro, com as mãos na cabeça) .....a que ponto chegou o seu arrependimento, hein. (Falou com revolta na voz).....Quando eu nasci você tinha quatro anos....você iria apagar tudo até os seus quatro anos de idade...e como seria isso?...Você não teria mais uma vida...uma história.. (Doeu no mais profundo da alma e do coração de Sam, realmente doeu mais do que saber do arrependimento de Dean pelo amor deles, ou, saber que ele transou com várias mulheres, ficou como se estivesse em estado de torpor).

Dean: Naquele dia era o que eu queria, esquecer, apagar tudo, não ter nenhuma história, com você nela...me desculpe.

Sam: O que foi que eu fiz, Dean ? Eu realmente não sei o que falar...eu não podia imaginar a que ponto eu levei você a sofrer...trocaria tudo, só para não lembrar de mim...trocaria suas lembranças do pai, do Bobby e de toda a sua infância e adolescência ....você viraria uma criança novamente, porque perderia tudo que aprendeu...nossa que loucura....(Abaixou a cabeça, resignado, sofrendo demais).

Mais um longo silêncio se fez, ficaram muitos minutos assim, sem nada para dizerem, cada um com seus pensamentos e sua dor.

Dean se sentiu um miserável contando aquilo, sabia a extensão do sofrimento que estava imputando em Sam, mas não tinha como evitar, todo esse sofrimento que ele também tinha passado, e não era questão de se vingar na mesma moeda, ele não queria ver Sam sofrendo mais ainda, mas era necessário que tudo fosse esclarecido. (Puxou Sam pela mão e fez ele se sentar novamente a sua frente no sofá).

Dean: Sammy, me perdoa ? Eu estava transtornado demais e não estava raciocinando direito.

Sam: “Me Perdoa”, você pede perdão de uma coisa que eu obriguei você a sentir e a fazer, eu que tenho que te pedir perdão até o resto da minha vida, e nunca será o suficiente, Dean, nunca...(Chorando).

Dean: Sammy eu já te perdoei. Foi difícil chegar a dizer isso para mim mesmo, mas eu já te perdoei, eu só não queria admitir, esse meu orgulho, não me deixou admitir e acreditar nisso, mas agora eu vejo que já te perdoei há algum tempo já.

Era a primeira vez que Dean dizia que tinha perdoado, ele tinha dito tantas coisas, mas que tinha perdoado era a primeira vez. Sam ficou sem palavras, era esse perdão que ele tanto buscava em todos os anos que esteve atrás dele, e no dia do reencontro naquele quarto de hotel tinha sido o que mais desejou ouvir, mas não tinha vindo, nenhum perdão, e isso o fez chorar novamente, era muita emoção, muita dor misturada com muita felicidade, estava doendo muito saber que Dean tinha se arrependido dele e que tinha preferido ficar sem memória a saber que ele existiu em sua vida e o jeito meio frio dele, saber das mulheres e ao mesmo tempo Dean estava ali na sua frente, não estava mais fugindo e ainda dizendo que o perdoava.

Sam: ...Você me perdoa ?....(Sam começou a tremer e suar frio, não estava acreditando que tinha ouvido mais esse bálsamo para seus ouvidos).

Dean: Sammy, sim, eu te perdoei já. Se eu não tivesse perdoado, eu acho que ainda estaria fugindo por aí, e não teria ficado te esperando naquele hotel, e acho que foi lá que percebi que já tinha te perdoado.

Sam sem pestanejar, e se deixando levar por suas reações mais uma vez, desceu do sofá, se sentou no chão também, e abraçou Dean, que o puxou com força, um envolvendo o outro com os braços. Num choro abafado.

Sam: Obrigado Dean, eu achei que nunca iria ouvir isso...obrigado...(Já soluçando)....Eu amo muito você...obrigado, Dean.

Dean: Agora, tudo vai ficar bem, Sammy. (Fez carinho nas costas e no cabelo de Sam, que se agarrava a ele).

Sam se acalmou nos braços de Dean, e depois, aos poucos, Dean o afastou de si, e ele percebendo, desfez o enlace. Sam ainda queria ficar mais, mas estava na hora de saberem como seria daquele momento em diante na vida deles.

Sam: Dean, e agora?

Dean: Agora, eu vou cuidar de você e te proteger de novo, a começar com essas olheiras. Pára de chorar, Sammy !!! (Brincou com ele, para amenizar a pergunta que tentava protelar em responder, porque ainda estava com medo de sua própria resposta).

Sam riu, mas ficou com a pergunta no ar, e precisava da resposta.

Sam: Dean seremos irmãos novamente ?

Dean: Sim, eu disse que vou cuidar de você, não disse ? Um irmão faz isso né?

Sam: Não é só um irmão que pode fazer isso. (Disse com certa malicia, instigando a resposta ainda).

Dean: Eu sei....mas nós iremos passar alguns dias juntos...então vamos aproveitar a casa e vamos fazer as coisas de irmãos que fazíamos...certo ?

Sam: Certo. (Entendeu que não era bom pressionar demais, e preferiu se calar).

Dean sabia onde Sam queria chegar, mas não podia dizer a ele que iriam se amar novamente como antes, porque, apesar de tudo, tinha um imenso medo, por tudo que tinha acontecido, e por tudo que tinham vivido longe um do outro, e sabia que se permitisse esse tipo de aproximação de Sam, não teria como voltar atrás, não queria somente usá-lo e não sabia se queria voltar a ter um compromisso com ele por causa do medo de sofrer de novo. Tinham que se conhecer novamente.

Os dois ficaram na sala, assistindo TV, até Sam ter a idéia de irem fazer compras para o Bobby, porque sabia que Dean adorava fazer compras, e assim foram juntos ao supermercado, fizeram compras, e depois almoçaram num restaurante de comida italiana, bem aconchegante, e já a tarde voltaram para casa, arrumaram as compras e resolveram curtir um filme que tinham alugado na locadora, cada um com um pote de sorvete na mão. Ficaram até tarde da noite ali, jogados na sala, trocando risos e conversando sobre as cenas dos filmes. O clima entre eles estava bem mais calmo, e parecia que tinham voltado no tempo.

Quando já era muito tarde da noite, Dean resolveu ir dormir, antes de Sam, e se recolheu ao quarto do Bobby, deixando Sam na sala, comendo o que sobrou de uma pizza que tinham pedido naquela noite. Ele tomou um banho quente e se deitou, queria voltar para a sala, mas estava realmente cansado e seu corpo pedia pela cama aconchegante e fofa, afinal foram  anos dormindo no carro quase todas as noites. Assim que se se deitou, dormiu com a sensação de paz que o dominou durante a tarde toda.

Sam ficou vendo filme mais algum tempo, quando notou que estava caindo um temporal do lado de fora, com muitos raios e trovões, assim, preferiu ir se recolher também, mas ao entrar em seu quarto no andar de cima, notou que a energia elétrica estava falhando, correu para tomar banho, e mal tinha acabado o banho, a energia foi interrompida, certamente por conta do temporal. Sam logo se deitou no escuro, mas sem conseguir dormir, começou a prestar toda a sua atenção ao barulho dos trovões e aos clarões dos raios que iluminavam seu quarto, o deixando um pouco nervoso, pois nunca gostara de temporais.

Em noites como essa, quando era criança, sempre tinha Dean para o abrigar em sua cama e o abraçar, dizendo que estava tudo bem, mas agora, depois de adulto, não podia se dar ao luxo de sair correndo com medo para a cama do irmão, até mesmo devido a situação deles. Pensou muito, e chegou à conclusão que Dean poderia deixá-lo dormir na sua cama devido ao medo de temporais, apesar de haver uma intenção maliciosa por trás dessa sua desculpa, o que o fez sorrir e ir direito até o quarto de Dean. Chegando, viu o irmão acordado também, mas deitado e com os olhos abertos, iluminados pela luz dos raios.

Sam se aproximou e parou junto a cama, do lado onde Dean dormia.

Sam: Dean, você não consegue dormir?

Dean: Ah...oi ...Sammy....acordei com o barulho do temporal.

Sam: Eu não consigo dormir...posso ficar aqui com você ?

Dean: Tá bom....deita aí....(Ficou meio aturdido)....você está com medo ?

Sam: Mais ou menos, eu ainda não gosto de temporais. (Sorriu sem graça e deu a volta na cama e se deitou, igual a Dean de barriga para cima olhando para o teto).

Dean: Lembra quando você era criança, morria de medo e sempre vinha para minha cama...(Riu)...eu sempre acordava com torcicolo porque você se espalhava na cama toda e eu ficava todo encolhido....(Riu).

Sam: Era bom saber que você estava sempre lá...eu era muito abusado...(Riu).

Dean: Isso era mesmo, você ficou mimado por minha culpa, eu fazia tudo que você queria sempre.

Sam: Hei....não sou mais mimado...(Deu uma cotovelada de leve nas costelas de Dean, rindo).

Dean: Você é mimado até hoje, Sammy, sempre foi...pergunta ao Bobby.

Sam: Não sou mais assim tá....eu cresci.

Dean: É mesmo.... Só no tamanho, porque você continua mimado.

Sam: Agora não tem ninguém para fazer minhas vontades, como posso ser mimado?

Dean: Aposto que Bobby fez tudo que você queria enquanto eu estava longe.

Sam: (Riu alto)...É...fez mesmo.

Dean: Viu, não falei.

Sam: E agora que você voltou, vai reassumir esse posto ?

Dean: Eh...não sei.... você não precisa mais disso....e nem de mim para isso....(Ficou sem saber o que dizer).

Sam: Ah preciso sim, afinal eu sou mimado né?...(Riu)...E sabe o que o mimado queria agora ?

Dean: (Caindo na brincadeira e sorrindo)...O que Sammyzinho quer?

Sam: ...Quero beijar você...vai fazer minha vontade ? (Se virou e olhou diretamente para Dean, claramente sério).

Dean: (Olhou de relance e o sorriso morreu em seu rosto)....Acho melhor não. (Ficou incomodado).

Sam segurou a mão de Dean que estava solta entre eles dois, e se aproximou do corpo dele, ergueu sua cabeça para ficar com rosto em frente ao de Dean e acima do seu peito, com o corpo colado na lateral do corpo de Dean.

Sam: Porque não?

Dean sentiu o toque em sua mão, era como brasa quente, e quando ele se aproximou daquele jeito, era uma sensação de familiaridade, sentiu seu corpo inteiro queimar de desejo e saudade, ao mesmo tempo que sentia aquela antiga sensação de frio na barriga. Sabia que significava que tinha que se controlar ao máximo. Olhou nos olhos azuis esverdeados de Sam, que nunca estiveram tão próximos desde que voltou, quase sentia um desmaio chegando diante da fraqueza que sentia nas pernas, e daquele olhar tão perto que via na luz dos raios e relâmpagos.

Dean: Porque ainda não sei....não sei se quero mais esse tipo de relacionamento com você....eu não estou pronto para isso.

Sam: Mas eu só te pedi um beijo. (Disse decepcionado, e se colou mais ainda em Dean, o provocando ainda, quase se esfregando nele).

Dean: (Segurou em seu corpo, o parando pelos ombros, doido de desejo) ...Sammy não...por favor...não.

Sam fingiu que não ouviu e desceu seu rosto em direção a boca de Dean, com a intenção clara de lhe beijar, mas Dean virou o rosto não permitindo o contato, fugindo dele.

Dean: Sammy, por favor, não !...Eu estou te pedindo...tá bom...eu não quero brigar nem nada...eu sei onde isso vai parar e não sei se eu quero isso de novo...eu não sei se eu posso controlar... com você fazendo isso.....(Afastou Sam e se sentou na cama de costas para ele).

Sam: Se controlar para quê, Dean?.....Você disse que me perdoava? Será que eu acho que confundi tudo ?

Dean: Perdoar você, não quer dizer que podemos ultrapassar essa linha novamente, de irmãos para qualquer outra relação a mais, eu te perdoei por tudo que você me fez e por todos os problemas que tivemos, mas já passou tanto tempo que muitas coisas se perderam, e eu quero continuar na sua vida como seu irmão e seu amigo ...acho que será melhor para nós dois.

Sam: Entendi...(Com voz embargada)...Você não me ama mais ?

Dean: Eu te amei muito Sammy, muito mesmo, como nunca amei ninguém e tenho certeza que nunca mais irei amar assim de novo, mas não sei o que sinto por você agora...sinceramente não sei...(Mentia, por que estava com medo e confuso demais, não esperava aquele tipo de  aproximação tão rápida de Sam).

Sam: Eu sinto muito...eu vou voltar para minha cama. (Disse cabisbaixo).

Dean: Não precisa fazer isso, mas não vamos mais tocar nesse assunto, tá bom...e só vamos dormir...só isso. (Voltou a se deitar, virado de costas para Sam).

Sam: Tudo bem...eu posso te perguntar uma última coisa, antes de ir dormir?

Dean: Tudo bem.

Sam: Eu posso ter esperanças Dean ? De um dia você e eu voltarmos a....(Dean o cortou na hora).

Dean: Melhor não....eu não sei mesmo....vamos ser somente irmãos, ok ?....Boa noite Sammy. (Disse com o um leve tremor em suas palavras que traduziam o seu coração despedaçado).

Sam: Boa Noite...só quero que saiba, que o que eu disse no quarto de hotel é verdade...eu ainda te amo muito...tanto quanto da primeira vez que eu te disse isso. Eu te quero e te desejo muito Dean. Volta pra mim....me dá uma chance de te provar que eu mudei....eu esperei por você esses anos  e esperarei o tempo que for....(Não conseguiu dizer mais nada, e as lágrimas rolaram em seu rosto, num choro abafado, que tentava esconder).

 Aquele jeito de Dean foi mais uma facada no seu coração de Sam, seria uma noite que não teria paz, pensando o quanto tudo era culpa sua, tinha perdido o irmão e o único amor de sua vida, reencontrou o irmão mais perdeu pra sempre o amor de sua vida, e teria que conviver com ele tão perto de si, sem poder tocá-lo, seria um pesadelo. Mas, pensou que pelo menos, ele estaria ali ao seu lado, e isso lhe bastava para lhe acalmar a alma, que clamava a presença dele. Seu corpo ansiava por Dean, em todos os sentidos, por isso nunca procurou ou se permitiu, sequer beijar outra pessoa, já tinha se sentido sujo o suficiente por tê-lo traído, não poderia  se profanar mais, e esperou por seu amor verdadeiro.

Dean ouviu tudo, inclusive o choro de Sam, mas fechou seus olhos, com o coração doendo no peito, mas como ele tinha o dom de se negar, quando brigavam, ele preferia continuar com seu orgulho inteiro e o seu amor em pedaços, não sabia de onde vinha essa postura idiota, como diria Bobby, mas não sabia o que pensar de tudo aquilo. Era o medo que o dominava, não queria sofrer mais, não tinha mais forças.

 

 

CONTINUA....


Notas Finais


MUITO OBRIGADA PELO CARINHO DE TODOS !!!!
Não poderia pedir mais, está sendo maravilhosa
a presença de vocês aqui. OBRIGADA.
Amei os comentários. :)

A música desse capítulo bem sofrido,
é bem parecida com o que Sam cantaria para Dean.

Lonely No More - Clay Aiken

BJSSSSSS !!!!!!


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