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História Breathe Again - Wincest - A construção do nosso próprio inferno


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos;

Mais um capítulo pura emoção para vocês.

Deixa eu lembrar, que essa é uma Long FIC, por isso existem tantos capítulos,
estou reduzindo os mesmos, mas mesmo assim, continuam longos.
Desculpem por isso, mas é muito sentimento para ser descrito, né mesmo.

Então BOA LEITURA !!!!

Capítulo 9 - A construção do nosso próprio inferno


Fanfic / Fanfiction Breathe Again - Wincest - A construção do nosso próprio inferno

 

 Sam acordou com a luz do dia invadindo o quarto, só se deu conta de onde estava após alguns segundos, sua cabeça doía muito, sua garganta estava muito seca e sentiu seus olhos inchados, o que se confirmou depois no espelho, estava olhos de quem chorou muito antes de dormir, e sabia o porquê.

Sam se arrastou para fora daquela cama, derrotado de todas as suas forças, tomou banho e fez sua higiene matinal, separou as coisas na mochila de Dean, com o mundo nas costas, e com o coração destruído. Sentia necessidade de Dean, de respirar o mesmo ar que ele, sentir seu calor, ouvir sua voz, sentir sua presença, seu toque, seu amor e se esforçou ao máximo para se concentrar em dirigir de volta ao hospital, sem causar um acidente.

Na recepção teve a notícia que o estado de Dean era o mesmo do dia anterior, ainda estava sedado e respirando com ajuda de aparelhos, não havia nem melhora e nem piora, o estado dele estava estacionado, como disse o Dr. Smith, após conversarem naquela manhã, e o médico também permitiu que Sam o visse mais uma vez, por alguns minutos pelo vidro.

Sam estava ali parado, com as duas mãos no vidro frio, como se quisesse tocar em Dean, alcançá-lo, mas não conseguia, e ele estava do mesmo jeito, pálido com profundas olheiras, com os lábios sem vida, dormia, mas sua expressão era como se sonhasse com alguma coisa nada boa, não se mexia, mas podia-se notar um leve franzir na sua testa e aperto nos olhos, o que apesar do que poderia parecer, deixou Sam mais esperançoso, pois isso afastava o aspecto de uma pessoa morta. Sam chorou, fazendo uma oração, sem pronunciar uma palavra, sentindo lágrimas quentes rolarem pelo seu rosto, quando sentiu ser apoiado por uma mão amiga em seus ombros, se voltando e encontrando Bobby ao seu lado, o abraçando apertado, e olhando fixamente para Dean, e foi a vez de Sam apoiar o mais velho que fraquejou nas pernas, e logo em seguida foram conduzidos por uma enfermeira de volta para a recepção, onde se sentaram em silêncio, Sam, de um lado, limpando as lágrimas de seus olhos e Bobby de outro lado, escondendo seu rosto com as mãos em sinal de preocupação e espanto. Até Bobby quebrar o silêncio.

Bobby: Como isso aconteceu, Sam ?

Sam: Nós achamos que era só uma gripe qualquer, e ele ficou com febre, mas como a febre passou, achamos que não era nada demais, mas a febre voltou muito alta depois e não cedia mais, mesmo com remédio, e ele estava muito mal, não conseguia respirar, e resolvi trazê-lo para cá, e descobriu que era essa pneumonia.

Bobby: O médico já me explicou o resto antes de eu entrar lá, eu não compreendo essa doença, ele é muito forte, ele nunca teve nada, e agora isso. Não me parece natural, e você sabe de alguma coisa ?

Sam: Não, aconteceu naturalmente. (Mentiu).

Bobby: Tem 100% de certeza disso, filho ? Porque não tá parecendo.

Sam: Tenho sim. (Não podia contar o que realmente aconteceu, porque Bobby o mataria, com certeza, ou melhor, mataria ele e depois mataria a Dean, por estar “namorando” o próprio irmão).

Sam não notou o que Bobby insinuava que a doença de Dean podia ser fruto de algo sobrenatural, como bruxaria ou coisa de algum demônio maldito, e contou ao Bobby a respeito de seu contato com a demônia Ruby, a mesma versão contada para Dean, afinal o segredo da proposta feita por ela deveria permanecer, e Sam nem teve tempo de pensar em nada a respeito daquilo, desde que conversou com ela, parecia que seu mundo tinha virado de cabeça para baixo.

Os dois, Sam e Bobby, passaram o dia todo dentro do hospital, entre cafés e lanches rápidos na lanchonete do lugar, ficaram até a noite, sempre esperando alguma notícia de melhora de Dean, que não chegou, seu estado era estável, os medicamentos ainda estavam segurando qualquer avanço da infecção pelo corpo dele, mas isso só queria dizer que não piorou, mas também não melhorou, deixando ambos preocupados, pois já estava completando 24 horas que Dean estava naquele hospital.

Cansados, e com Bobby precisando deixar suas coisas guardadas em algum lugar e tomar um banho, resolveram ir para o hotel passar a noite, tinham que reunir forças para ficar com Dean no quarto quando fosse transferido, era essa a esperança de Sam. Antes de irem, deram mais uma visitinha rápida ao corredor do CTI. Bobby, desenhou algumas armadilhas para demônios, fantasmas e anjos, no vidro e na porta, somente o passar do dedo em líquido transparente como água, deixando Dean protegido para mais aquela noite. Sam estava mais calmo, mais mesmo assim não conseguia conter seu sofrimento de ver Dean daquele jeito, sem reagir, e chorou no ombro de Bobby, que também disfarçou umas lágrimas.

Bobby: Calma garoto, ele vai voltar para nós, ele vai voltar pra você.

Sem dizerem nada, saíram daquele corredor, sendo seguidos pelos olhos atentos de Ruby, que possuindo uma enfermeira, acompanhava toda a evolução do seu feito, que era somente uma pedra no muro que queria erguer entre os dois irmãos, e seu plano estava dando muito certo, com Dean tendo ficado doente por culpa de Sam, que sabia que a culpa era dele, e talvez num futuro próximo, quem sabe, Dean, ficasse magoado mais ainda com Sam, por causa de suas infantilidades, sendo aquela somente a primeira e pior demonstração delas, afinal pretendia fazer mais armações em prol da separação dos dois.

Ruby foi até o quarto de Dean, tentou passar pela porta, mas não conseguiu devido a armadilha invisível que Bobby havia desenhado, e, pelo vidro mesmo, Ruby mentalizou, e conseguiu retirar aquela pequena partícula de sua essência má de dentro de Dean, que causou a doença, vendo um fumacinha preta sair dos lábios entreabertos de Dean e passar por debaixo da porta, sendo sugada de volta por Ruby, que sorriu satisfeita, e agora podia deixar Dean se recuperar sozinho. Não podia deixar o velho caçador descobrir nada, para não prejudicar seu relacionamento com Sam.

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No hotel, primeira coisa que Bobby reparou foi na cama de casal, mas não comentou nada, só dormiu nela com Sam ao seu lado, cada um com sua própria coberta, como pai e filho, e a simples presença de Bobby confortava e levava segurança ao coração de Sam.

Assim que amanheceu se arrumaram e foram direto para o hospital, deixando para tomarem o café da manhã no local, e quando chegaram foram logo recebidos pelo Dr. Smith, que estava deixando o seu plantão.

Dr. Smith: Bom Dia, senhores, tenho notícia sobre seu filho e seu irmão. (Bobby havia se apresentado como pai de Dean).

Ambos ficaram ansiosos, mas como parecia ser boa notícia, pela cara do médico, somente aguardaram ele continuar, e ele estava com o prontuário de Dean nas mãos, e deu uma boa olhada nele e continuou.

Dr. Smith: O Dean teve uma pequena melhora, que percebemos essa manhã. Os seus sinais vitais estavam melhores, sua temperatura corporal se estabilizou sem febre alguma, sua pulsação e pressão arterial estão normalizadas, isso quer dizer que a medicação começou a fazer efeito, talvez durante a madrugada.

Sam: (Com os olhos marejados de felicidade)...Então, doutor, quando ele vai poder ir para o quarto ?

Dr. Smith: (Sorriu)...Calma rapaz, ele ainda tem um longo caminho pela frente, ele tem que poder respirar sozinho, sem aparelho, e a respiração dele ainda não normalizou, mas se ele continuar respondendo bem aos antibióticos, a respiração deve se normalizar nas próximas horas, assim esperamos, e depois faremos mais uma tentativa de retirar os tubos, e vê como ele se saí, ok?

Sam: (Apertando as mãos do médico)...Obrigado doutor, muito obrigado mesmo, nós podemos vê-lo ?

Dr. Smith: Sim, claro que sim, ele ainda está sedado, por causa do respirador e para não sofrer dores, com os aparelhos nele, que são muito incômodos, mas assim que ele voltar a respirar sozinho, eu prescrevo a retirada da sedação.

Bobby: Tudo bem, obrigado doutor.

 O médico se despediu e os dois foram vê-lo pelo vidro. Sam parecia que tinha tido um choque de esperança dentro dele, e assim que chegou perto do vidro, colou suas mãos nele e disse, sem se importar com Bobby, até esquecendo que Bobby estava ali:

Sam: Dean, você está melhorando, viu, daqui a pouco você vai acordar, e poderemos ficar juntos novamente, eu estou com muita saudade de você, muita mesmo. Continua reagindo, por favor. Só continua lutando por mim, por nós e pelo nosso amor, por favor...Eu amo tanto você, volta logo pra mim. (Abaixou a cabeça, colando a testa no vidro, e choramingando, só que dessa vez de alegria).

Bobby ouviu tudo, quieto sem dizer nenhuma palavra, aquilo foi a confirmação para suas suspeitas, mas como sempre, deixou pra lá, os dois não estavam fazendo mal a ninguém e era até melhor assim, que as brigas acabavam e os dois ficariam mais felizes, Dean pararia com a bebida e as noitadas, e, Sam estaria protegido e cuidaria de Dean, assim sentia e pensava Bobby, que ficou até, de certa maneira, bem aliviado com a união dos dois “filhos”.

Bobby só foi tirado de seus pensamentos, quando viu uma pequenina quantidade de pó amarelado junto a porta do quarto de CTI de Dean, e disfarçadamente pegou um pouco no dedo, e sentindo o odor, era enxofre, e na mesma hora, matou a charada, algum demônio fez Dean ficar doente daquela maneira, e o mesmo demônio esteve naquele lugar atrás de Dean novamente depois que saíram na noite anterior. Aquilo preocupou o mais velho, que só se tranquilizou porque percebeu que o demônio se deteve na porta, não passando pelas armadilhas, não conseguiu chegar perto de Dean, mas não sabia o que aquilo queria dizer, porque estavam atrás dele, qual era o objetivo de deixá-lo doente, essa não era uma atitude de um demônio comum, que somente tentaria matar de uma vez só, numa luta corporal mesmo.

  Voltaram para a recepção, tomaram o café da manhã, bem mais leves agora, e enquanto Sam foi para a capela do hospital, Bobby resolveu passear pelo local para descobrir mais coisas, e Ruby, astutamente, acompanhando o caçador velho em seu encalço, se retirou do corpo da enfermeira, apagando sua memória durante o período de possessão, sem deixar rastros para serem descobertos, saiu rapidamente do hospital e voltou a ficar de prontidão, observando tudo de longe agora, do lado de fora.

 

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   No fim daquele mesmo dia, o médico voltou a dar notícias de Dean, que continuava com quadro de melhora de seus sinais vitais, mas ainda não respirava sem a aparelhagem e estava sedado, assim Sam e Bobby voltaram para o hotel, para passar a noite, como vinham fazendo, e na manhã seguinte foram ao hospital para tomar o café da manhã no local e acompanhar o quadro de Dean. Ficaram aguardando o Dr. Smith vir conversar com eles, o que demorou muito naquela manhã, e já era quase por volta do meio dia, quando ele apareceu, Sam e Bobby já estavam ansiosos, pois também foram impedidos de verem Dean no CTI, e não haviam dado o motivo.

Dr. Smith: Olá rapazes, desculpem a demora, mas somente agora que pude sair do CTI, e eu estava justamente com o paciente preferido de vocês. (Brincou o médico).

Dr. Smith: Antes que vocês me batam, pela cara que estão fazendo, vou logo dando as notícias do estado de Dean. Ele está bem, e eu demorei, porque ele deu sinais de que conseguia respirar sozinho, essa manhã, então fizemos os testes, e realmente, se confirmou, conseguimos retirá-lo do respirador artificial, do tubo de sua garganta, ele está respirando sozinho novamente, sem ajuda, e acabei de prescrever que a sedação seja retirada para que ele volte a acordar ainda hoje, agora só depende dele.

Sam: Que bom, muito obrigado doutor, e quando podemos vê-lo, quando ele poderá sair do CTI e ir para um quarto?

Dr. Smith: Essa é a parte chata. Vocês não poderão vê-lo até que ele seja transferido para o quarto, porque ainda temos que mantê-lo no CTI por  duas ou três horas, para acompanhar seu progresso na respiração sozinho, e qualquer emergência retornarmos com os aparelhos, e ele está cercado de profissionais fazendo outros testes nele, para saber se está tudo bem, depois de tanto tempo sedado e deitado num leito, por isso não podem vê-lo no CTI também, espero que entendam.

Bobby: Entendemos sim, sabemos que está fazendo o melhor.Obrigado.

Dr. Smith: Peço um pouco de paciência de vocês, mas acredito que a próxima vez que eu voltar aqui hoje será para levá-los ao quarto dele, ok?

Bobby: Muito obrigado doutor, nós vamos esperar aqui...(Sam chorava ao lado, todo emocionado, nem conseguia dizer nada).

 O médico saiu e ficaram somente os dois se abraçando, Bobby ficou fazendo carinho na cabeça de Sam, em seus braços como se ele tivesse dez anos de idade, até se acalmar e se sentar num sofá que tinha na recepção, e depois acabou cochilando no ombro de Bobby.

As horas passaram devagar naquele dia, porque a ansiedade de estar com Dean era muito grande, e Sam já estava ficando impaciente, nem tocou no seu lanche de almoço, que Bobby trouxe para ele, já que ele não quis sair para ir até a lanchonete do hospital, estava muito nervoso, andava de um lado pro outro, olhava o movimento pela janela, mexia em algumas revistas, sentava olhando pro teto por longos minutos, mexia do celular, leu um livro fino que Bobby havia trago a respeito de feitiços, até que por volta das 20:00 horas, o Dr. Smith veio até eles, na recepção vazia, onde haviam somente os dois.

Sam: (Quase tropeçando, foi em direção ao médico)...Doutor, que bom que está aqui, e aí, como ele está? Podemos ir vê-lo agora ?

Dr. Smith: Ele já foi levado para o quarto hoje de tarde, e estamos monitorando ele no quarto também, e vocês poderão ficar com ele de acompanhante, durante a noite somente um pode ficar dormindo com ele, mas durante o dia, como são só você dois, eu consegui que os dois ficassem com ele. Mas, antes de liberar vocês para irem vê-lo, tenho que passar algumas recomendações, tudo bem ? (Os dois concordaram com as cabeças).

D. Smith: Ele vai ficar com oxigênio no nariz, e não pode ser retirado, até que eu libere, isso é para ajudá-lo a respirar melhor, com um ar menos poluído que o oxigênio do ambiente, ele vai ficar tomando remédios e soro pela veia, assim terá um tripé junto dele o tempo todo, e isso vocês terão que manter com ele, não deixem ele retirar nenhum desses acessos venosos, ok ? (Os dois assentiram).

Dr.Smith: Agora, vocês devem saber como ele deve voltar, para que não se surpreendam com nada...ele deve ficar uns dias sem voz, ou com pouca voz, devido a ter sido entubado, o que irrita um pouco as cordas vocais e a garganta do paciente,  ele vai voltar com alguns sintomas dos dias parados e sem se alimentar com coisas sólidas, ele estará mais fraco do que o normal, sentirá enjoos constantes, e não conseguirá andar sem ajuda. Assim tenham muita paciência com ele...(Risos)...e ele ainda não acordou e esse retorno da sedação é um pouco complicado, ele vai ficar confuso, desorientado e deve se sentir fisicamente mal e com dores, qualquer problema, podem nos chamar pela campainha do quarto, se ele passar mal inclusive.

Sam: Obrigado Doutor, entendemos tudo e só estamos aqui para ajudar mesmo, pode deixar ficaremos atentos a tudo.

Dr.Smith: Então vamos lá !!!

Saíram daquela recepção como se saíssem do inferno, ambos sorrindo, felizes, andando atrás do médico, como se ele fosse um santo salvador, entraram num elevado, e seguiram para outro andar mais acima, e de depararam com um corredor cheio de quartos de um lado e de outro, e quando chegaram ao quarto de Dean, o médico abriu a porta lentamente, deixando a visão livre para Bobby e Sam.

Dean estava numa maca, um pouco menor que a anterior, com a roupa do hospital, e cobertores até o seu peito, um de seus braços estava preso com o tripé dos remédios e soro, e o outro estava livre, havia um cano muito fino em seu nariz que transpassava o seu rosto, e ainda estava pálido, mas sua pele parecia com um tom mais normal que anterior, estava visivelmente mais magro, com olheiras, e haviam algumas marcas roxas em seus braços, talvez de manipularem eles durante a internação. A visão era muito menos chocante do que a de quando ele estava no CTI.

O médico somente fez um sinal com a cabeça, como quem se despede, deixando os dois homens entrarem no quarto, que também tinha uma poltrona enorme e bem confortável, um sofá de três lugares, um frigobar, duas cadeiras simples, e uma TV suspensa que ficava quase no teto em frente a cama de Dean.

Sam e Bobby entraram. Sam estava com um frio na barriga, seu coração parecia que iria sair pela boca, estava acelerado, sua mente estava anestesiada, todo o nervoso e toda a tristeza se transformaram em alegria de poder tocar novamente em Dean, de poder saber que estava fora de perigo, que seu amor estava salvo.

Bobby se encaminhou para um lado da cama e Sam para o outro, estava com as pernas bambas e teve que se apoiar na própria cama de Dean, para suportar se manter de pé, se aproximou devagar, para poder acreditar no que realmente estava acontecendo, em como havia esperado aquele momento por todos aqueles dias infernais. Ficou observando todos os detalhes do rosto e corpo de Dean, como em um transe, até que esboçou um pequeno sorriso de alívio, e Bobby que o estava olhando, também sorriu, vendo como seus garotos ficavam bem, somente quando estavam juntos e vivos.

Sam estava encantando com a visão de Dean em sua frente, estendeu a mão, um pouco temeroso, e tocou levemente a mão dele, como se fosse um cristal muito frágil e tivesse medo de quebrar, sua pele estava na temperatura do ambiente, o que fez Sam sorrir novamente, a mão dele não estava gelada, aos poucos foi deslizando as pontas dos dedos por toda a mão, até segurá-la como num aperto de mãos, e entre as suas duas mãos, e não aguentando mais, se ajoelhou ali mesmo e beijou a mão dele, com tanta felicidade no seu coração, que não conseguia se conter, Bobby, puxou a cadeira para ele se sentar na mesma hora, vendo o estado emocional de Sam, que sem reclamar, se sentou e ficou por longos minutos com as mãos entrelaçadas na mão de Dean.

Bobby viu toda a cena, e percebendo que Dean estaria bem na companhia de Sam, e mais ainda, percebendo que Sam precisava daquele tempo sozinho com Dean, resolveu deixar o hospital.

Bobby: Sam, eu acho que vou indo, o médico disse que só um de nós podia ficar durante a noite, então, você fica, garoto, eu vou trazer as suas coisas e as dele para cá antes de ir, ok ?

Sam: Tudo bem.

 Bobby foi e voltou com as duas mochilas rapidamente, e deu um abraço forte em Sam e voltou para o hotel.

Sam estava sozinho com Dean no quarto, ele respirou fundo, fez uma oração mental, deitando sua cabeça na lateral da cama, sentado na cadeira, não haviam palavras suficientes em sua mente para agradecer essa nova chance, mas mesmo assim, agradeceu do melhor jeito que sabia. Ficou em silêncio absoluto por horas, olhando o rosto de Dean, tocando-o, arrumando seu cabelo, segurando suas mãos, verificando se a medicação estava pingando no acesso, observando a todo minuto se ele estava respirando ou se estava com frio, que até se esqueceu de dormir, e assim quando a madrugada chegou, e por exaustão abaixou a cabeça na lateral da cama e adormeceu por um bom tempo, com os dedos da mão de Dean entre os seus.

Já havia amanhecido quando acordou com um leve mexer dos dedos de Dean entre os seus, e deu um pulo, e num fôlego só.

Sam: Dean, tá me ouvindo ? Dean !!

Dean ouvia a voz de Sam muito longe, estava começando a voltar de seu estado inconsciente aos poucos, e muito lentamente, sentiu seus olhos muito pesados, não conseguia abri-los, sentiu seu corpo todo muito dolorido, havia uma dor grande nos seus braços, e sentiu uma de suas mãos presas, justamente a mão que estava com Sam, e tentava movimentá-la para entender em que estava presa, quando como se acordasse de um sonho, ouviu a voz de Sam novamente.

Sam: Dean, você está acordado? Acorda amor.

Dean se esforçou ao máximo para abrir os olhos pesados, e viu que estava tudo tão claro e embaçado, que voltou a fechá-los para tentar se acostumar com a claridade, tentando abrir novamente aos poucos, piscando-os várias vezes, até conseguir focar na imagem de onde estava, e ficou confuso, e  tentou falar, e não conseguia ouvir sua própria voz, ficando mais confuso ainda, ficando agitado, conseguiu mexer os braços, quando percebeu que um deles estava preso, passou de confuso para nervoso e começou a tentar se soltar.

Sam segurou os braços dele, vendo que ele estava com o olhar parado, tentando enxergar ainda.

Sam: Dean, calma, fica calmo !!! Está tudo bem. (Dean virou o rosto para onde estava vindo a voz de Sam, tentou falar e não conseguiu, e isso o deixou mais nervoso, e ficou tentando se soltar das mãos de Sam, até ele começar a falar).

Sam: Calma, hei! Calma, sou eu, Sam...fica quieto por favor...não se mexa ok. (Dean olhava para ele muito confuso com um olhar de criança perdida dos pais, em desespero).

Sam: Olha para mim, calma! Você está num hospital, talvez você não se lembre, mas nós viemos aqui porque você estava muito mal, você estava com uma febre alta que não passava, lembra disso? (Dean balançou a cabeça em negativa).

Sam: Sem problemas, você só está confuso, mas está seguro aqui, eu estou aqui com você e daqui a pouco o Bobby também estará aqui, e ficaremos juntos o tempo todo, tá bom...não vou deixar ninguém te fazer mal...entendeu ? (Dean concordou com a cabeça).

Sam: Eu vou te soltar, mas não pode retirar isso aqui, olha...(Virou delicadamente o rosto dele para o outro lado, mostrando sua mão com o acesso do soro, e Dean concordou mais uma vez).

Sam: Você está com um cano de oxigênio no nariz também, e mesmo que esteja te incomodando, não pode puxar, tá bom.

Sam: Você consegue falar? (Dean negou).

Sam: Tudo bem, isso é normal. Sua voz vai voltar aos poucos, você está aqui a quase quatro dias, e ficou internado no CTI, em estado muito grave, e eles tiveram que passar um tubo na sua garganta para você respirar através de um aparelho, e por isso está difícil falar agora. Mas fica calmo, tudo que você quiser, é só gesticular que eu estarei aqui para te atender...ok.

Dean olhou em volta daquele quarto e apontou de leve para o frigobar, e Sam entendeu que ele estava com sede, pegou um copo de água, levando a cabeça de Dean, e ele a bebeu com muita vontade, quase se engasgando, olhou agradecido para Sam, e segurou firme sua mão.

Sam: Você está sentindo alguma dor, alguma coisa está te machucando?

Dean passou a mão de leve nas costas, mas seu corpo todo doía bastante, e estava muito enjoado também.

Sam: Eu vou pedir para trazerem um relaxante muscular para você. Você está enjoado? (Dean assentiu).

Sam: Tudo bem. (Apertou a campainha do quarto)...Vou pedir para te darem alguma coisa para isso também.

Logo, duas enfermeiras chegaram e atenderam os pedidos de Sam, colocando os medicamentos no soro de Dean, que olhava agradecido para  Sam, e, quando as enfermeiras saíram, ele estava bem mais relaxado, seu corpo não doía tanto, e ficou somente olhando para Sam, com olhar apaixonado, virado de lado, com Sam sentado a sua frente na cadeira. Sam percebeu e se levantou um pouco e deu um beijo de leve na sua boca, deixando ele com cara de bobo.

Sam: (Sussurrou em seu ouvido antes de sentar novamente) ...Estava com saudades de você !!!

Dean sorriu, fechou os olhos e dormiu novamente, segurando as mãos de Sam, ficaram assim, até Bobby chegar, quando Sam se levantou, se ajeitou todo e contou tudo que tinha acontecido, e deixou Bobby com Dean, para poder sair um pouco e tomar seu café da manhã, a fome chegou com força agora, lembrando que não tinha comido nada no dia anterior inteiro.

Chegando na lanchonete, almoçou e resolveu sair do hospital para comprar uma torta para Dean, que amava torta, que sabia que odiaria a comida do hospital. Assim que atravessou o estacionamento do hospital foi surpreendido por Ruby, que estava encostada em uma árvore.

Ruby: Oi Sammy.

Sam: (Olhou para ela com certo ar de desprezo, falou e continuou andando) Olá Ruby.

Ruby: Eu estou aqui para saber se Dean está melhor ?

Sam: Está sim, porque?

Ruby: Só queria saber mesmo.

Sam: Duvido muito, demônios não tem sentimentos, diga logo o que quer?

Ruby: Bom, já que está falando nisso. Eu quero a sua resposta Sammy.

Sam: Não me chame assim, eu já te pedi, e não tenho sua resposta ainda. Eu estava muito ocupado pensando que meu irmão iria morrer sabe ?

Ruby: Eu entendo, ainda mais que ele não é só seu irmão, né mesmo Sammy?

Sam: (Parou de andar na mesma hora, e olhou com ódio mortal para ela) Do que você está falando, sua vadia?

Ruby: Não fica nervosinho não, qualquer um percebe que vocês dois estão se amando além dessa coisa fraternal, é só observar com atenção do jeito que você olha para ele.

Sam: Cala sua boca, você não sabe de nada.

Ruby: Ah sei sim, mas não se preocupe o segredinho de vocês está selado comigo, eu não tenho nada com isso, até porque vocês já iriam para o inferno mesmo, com ou sem esse casinho de vocês... (Deu um sorriso)...E, tem mais Sammy...vou dar um tempo para você, eu entendo o que estava passando, quando tiver a resposta é só me chamar. Manda um beijo para o Dean....(Sumiu na fumaça preta, que se desfez no ar).

Sam ignorou esse encontro, apesar de ter certo receio que a demônia espalhasse isso entre as criaturas que eles caçavam, porque seria um pranto cheio para tramoias e armadilhas contra os dois Winchesters naquele hospital. Comprou a torta e voltou para o quarto, encontrando Dean com os olhos abertos, olhando para a TV, que Bobby havia ligado, e estava sentado junto dele, segurando sua mão, todo carinhoso, provocando um sorriso de Sam.

Sam: Hei, você acordou, ou foi esse velho rabugento que fez isso heinnn?

Dean se virou para ele com sorriso enorme, o que Sam se controlou para não enchê-lo de beijos na frente de Bobby mesmo, mas só se aproximou dele, e passou a mão em seu rosto, abriu e levantou o pacote, mostrando a torta.

Sam: Olha o que encontrei.

Dean ficou todo afoito, mas Sam disse.

Sam: Você só vai comer depois do almoço, você tem que alimentar direito...(Foi interrompido pelo Dr. Smith entrando no quarto).

Dr.Smith: É isso mesmo, você tem que se alimentar muito bem de agora em diante....(Sam e Bobby se afastaram de Dean, para que o médico pudesse examiná-lo, começando a escutar o seu coração).

O médico fez alguns testes com Dean, confirmando que estava tudo bem, mas deixando a recomendação que ele teria que tentar ficar de pé e falar o quanto antes, e saiu para visitar outros pacientes. Vindo logo em seguida o café da manhã de Dean, que não quis comer nada, e só tomou um pouco de café, foi repreendido por Sam, que parecia sua mãe, e o estava tratando como uma criança, assim pensou Dean. As enfermeiras deram banho em Dean auxiliadas pelo olhar ciumento de Sam. Os três passaram o dia todo juntos no quarto. Sam e Bobby usavam o banheiro do quarto, e fizeram as refeições junto de Dean no quarto mesmo, que foi trazida por Bobby, e Dean na hora do almoço tomou somente uma sopa de legumes, mas comeu a torta quase toda, escovou os dentes, com muito esforço e ajudado por Sam, na cama ainda, não conseguiu se levantar, e dormiu. Enquanto ele dormia, Sam tomou seu banho no quarto, e ficou estudando alguns episódios de fenômenos naturais bem estranhos pela internet, como furacões e tempestades que estavam acontecendo, trocando idéias com Bobby a respeito.

 

 

CONTINUA...


Notas Finais


AGRADEÇO de coração todos os que favoritaram, os que leram,
os que estão acompanhando e os que comentam, todos tem um imenso valor
para mim. Muito Obrigada pelo carinho e a atenção.

Estou com vários capítulos para postar hoje e amanhã, então aproveitem a leitura.

A música desse capítulo é mais uma das que eu amo demais,
e se encaixa no momento.

STAY - Rihanna

Obrigada. Bjssssss


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