1. Spirit Fanfics >
  2. Bruxa Amaldiçoada >
  3. 2004: A morte de bruxas e bruxos

História Bruxa Amaldiçoada - 2004: A morte de bruxas e bruxos


Escrita por: MariaElisabet3

Capítulo 9 - 2004: A morte de bruxas e bruxos


Fanfic / Fanfiction Bruxa Amaldiçoada - 2004: A morte de bruxas e bruxos

Eu estava na sala. Minha avó me parou para conversar.

Avó: Você quer saber tanto o porque que temem um Adams, então sente-se.

Eu: E a escola?

Avó: Depois de ontem, uns minutos não vão fazer diferença. 

Eu: Estou ouvindo.

Avó: Em 2004 estava tendo muitos casos de supostas bruxas ou bruxos pelas redondezas. Ate então aqui na Filadélfia não havia aparecido um caso. As pessoas eram acusadas por mentirosos e interesseiros,  já que quem informasse sobre a existência de uma bruxa ou bruxo nas proximidades seria bem recompensado. E nem sempre precisavam de provas concretas para a condenação.

Eu: Não estou entendendo.

Avó: Para ter uma condenação, os acusados passavam por uma insuportável seção de tortura e a maioria das pessoas dizia logo que era praticante de bruxaria, mesmo não sendo.

Eu: O que isso tem haver com meu avô?

Avó: São várias perguntas, algumas mesmos sem respostas. Uma delas deve ser, existem bruxas? Essa pergunta não posso te responder. Mas seu avô, ele foi um dos condenados, diziam que ele tinha um comportamento estranho.

Eu: Deixa eu ver se eu entendi. Meu avô foi condenado por praticar bruxaria?

Avó: Sim. Alguém condenou e foi em  anonimato. Já tentei descobrir e nada.

Lágrimas desciam dos olhos dela.

Eu: E ele praticava?

Avó: Não. Kat, seu avô era um humano normal. E toda aquela história de que ele morreu de infarto era mentira.

Eu: Sinto muito.

Avó: É por isso que muitos temem a família Adams, acham que todos são iguais. Seu avô foi morto na praça junto com outras pessoas inocentes. Foi morto porque um vagabundo queria dinheiro e não se importava com a família dos outros.

Eu: Meu Deus.

Avó: Eu vi Katherine. Ele estava sendo torturado, ele tentou ser forte, ele não queria confessar algo que não tinha feito, eu sentia. Mas ele não aguentou, ele confessou algo que não tinha feito porque estava sentindo uma dor imensa. Eu vi isso tudo e não podia fazer nada.

Agora nós duas choravámos.

 Eu: Desculpe por ter feito você passar por isso. Desculpa por ter chegado atrasada aquela noite. Desculpa por ter faltado aula. Me desculpa por te evitar. Me desculpa.

Avó: Katherine, eu sei que não sou sua mãe, mas eu me preocupo com você. Sei que não é fácil uma perda mas temos que superar. E nos tornar uma adolescente rebelde ou algo do tipo não vai adiantar em nada.

Eu a abracei.

Eu: Te amo.

Avó: Eu também te amo minha filha.

Eu estava comovida e bastante triste.
Apesar de ter certeza que havia coisas que eu não sabia, eu sabia que não precisava ser aquele momento para ela contar. Então todo aquele papo de que coisas estranhas acontecem, poderia ficar para outro dia. E por isso resolvi tentar ser diferente e mudar um pouco, talvez a estranheza sumiria de vez.

Eu decidi não ir para a escola e ficar com ela. Passei aquela manhã tentando animar ela. Ficamos no jardim e cuidamos das plantas, assistimos tv, andamos pelo bairro, fizemos compras em um mercado e almoçamos.

Era de tarde eu resolvi ir com a bicicleta de Shirley na casa de Luna pegar as atividades que faltei pela manhã.

Eu toquei a campainha e logo alguém atendeu a porta.

Eu: Bia?

Bia: Oi.

Eu: Tem como você me emprestar seu caderno?

Bia: Claro. Entra.

Eu entrei e sentei.

Bia: Vou buscar, espera aí.

Ela foi.

Luna apareceu.

Luna: Por que você não foi para a escola hoje?

Eu: História longa.

Luna: Adoro histórias.

Eu: Essa? Creio que vocês já sabem.

Bia voltou e me entregou o caderno.

Bia: Aqui esta.

Eu: Obrigada.

Luna: Já sei?

Eu: Conversei com minha avó, estamos bem. Ela não me contou tudo, mas falou de algo que jamais poderia imaginar.

Bia: O que?

Luna: Essa daí é mais curiosa que eu.

Eu: Meu avô.

Luna: Eu sinto muito.

Bia: Sinto muito Kat. Nós sabemos da história.

Luna: Muita gente sabe.

Bia: Você não tá ajudando Luna.

Luna: Olha, se serve de consolo, você não é a única.

Eu: Sei que teve outros também.

Luna: E um deles foi a nossa tia.

Bia: Ficamos sabendo anos depois disso, assim como você.

Eu: Sinto muito.

Luna: Todas nós sentimos.

Eu: Eu tenho que ir. Vou colocar essas atividades em dia.

Bia: Ta cedo.

Eu: Tenho que ir mesmo.

Luna: Amanhã nos vemos.

Eu: Até.

Bia: Até.

Eu peguei a bicicleta e sai.

Quando chego no portão de casa me deparo com Charles. Ele estava entregando um livro ao motorista para dar a minha avó.

Eu desci da bicicleta.

Eu: Que livro é esse?

Motorista: Encomenda da sua avó.

Eu: Ah! Pode deixar que eu entrego. 

Motorista: Ta.

Eu: Você pode levar a bicicleta para mim?

Motorista: Claro Kat.

Eu: Obrigado.

O motorista entregou o livro a mim e se retirou com a bicicleta.

Charles: Preciso falar com você.

Eu: Eu não tenho nada para dizer.

Charles: Me desculpa. Eu fui grosso com você. Eu, eu não deveria ter falado aquelas coisas. Você não estava sóbria e eu deveria entender.

Eu: Mas não entendeu e me julgou antecipadamente.

Charles: Me desculpa.

Eu tirei a pulseira que ele tinha me dado de brinde na loja e dei a ele.

Eu: Não preciso disso.

Charles: Katherine.

Eu: Olha! Eu nem sei o porque a gente tá discutindo. Voce não passa de um desconhecido para mim e eu para você. Ah! Tenha um bom dia.

Pensamento: Quem ele pensa que é? Me humilha daquele jeito e agora vem com desculpas. Me poupe.

Eu fechei o portão e sai dali. Não esperei ele responder. Não estava afim de ouvir.

Entrei em casa e entreguei o livro para a minha avó.

Peguei o caderno de Bia e pus todas as atividades em dias. Eu só tinha faltado dois dias, mas havia tantas atividades que dormi em meio aos livros.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...