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História BTS: Camera Prive - Anin Geot Gatae


Escrita por: knamjaworld

Capítulo 11 - Anin Geot Gatae


Fanfic / Fanfiction BTS: Camera Prive - Anin Geot Gatae

Hoseok estava fazendo vitamina de frutas enquanto Jimin e Hyuna conversavam na sala.

— Jiminnie, você não tá entendendo. O beijo dele é mágico. — a garota estava empolgada.

Hoseok ouvia a conversa e concordava mentalmente com ela, enquanto cortava as maçãs.

— Percebi mesmo, você tava parecendo uma sanguessuga. — Jimin soava azedo.

— Por mim a gente transava ali mesmo. — Hyuna riu e Jimin jogou uma almofada nela.

— Querida, a gente só come pratos gourmet.

Hoseok riu baixinho, colocando as frutas picadas no liquidificador. Se ao menos Jimin pudesse experimentar o V nem que fosse uma única vez... Mudaria por completo sua opinião quanto ao que era verdadeiramente um prato gourmet.

— Mas que ele é gostoso igual a um fast food, ah ele é... — Hyuna suspirava.

Jimin deu de ombros.

— Aproveita bem então, já que você vai beijar aquele xexelento um monte de vezes mesmo.

Hoseok foi para a sala levando uma bandeja com as vitaminas. Entregou um copo para Hyuna, um para Jimin, pegou o seu e colocou a bandeja na mesinha, sentando-se no sofá.

— Eu tava pensando que o pessoal lá do Carmina Burana poderia fazer os figurantes do baile, a gente já tem até as roupas antigas. — sugeriu.

— Boa ideia, Hoseok! — Jimin elogiou.

Ficaram um bom tempo conversando sobre os detalhes, cuidando para que tudo ficasse perfeito e, a julgar pelo senso estético de Jimin e Hyuna, o filme ficaria visualmente lindo.

Ao anoitecer a garota foi embora e Jimin foi, como habitualmente, relaxar em sua banheira. Despiu-se e entrou de uma vez, fechando os olhos ao se sentir confortável. A água estava maravilhosa, quentinha... E aqueles olhos penetrantes então, nem se fala.

Jimin deu um pulo.

— Que olhos?!

Forçou sua mente a pensar em mil e um modelos de bolsas Chanel, óculos escuros e todo tipo de acessórios fashions. Voltou a relaxar e fechar os olhos.

Mas...

Aquele olhar intenso penetrando seus olhos quando estava em cima de Taehyung insistia em poluir-lhe a mente. Os estalos do beijo com a Hyuna, o modo como a imprensava contra a parede e novamente aquele olhar perigoso.

E o pênis. Ah, o pênis...

A língua pra fora também. A postura máscula contrastando com a personalidade brincalhona e meio infantil... Taehyung era um garoto que sabia ser homem.

E sabia muito bem usar isso a seu favor.

— Mas eu não vou perder meu tempo de jeito nenhum pensando em um prostituto sem eira nem beira! — vociferou como se fosse para alguém, porém era para si mesmo.

Yoongi.

Era nele que iria pensar.

O primeiro e único Yoongi. O garoto de aparência frágil e personalidade peculiar. “Ah... O meu Yoongi”, suspirou.

Ainda se lembrava perfeitamente dos dois no colégio. Yoongi, três anos mais velho, aparentava a mesma fragilidade de Jimin. Sempre ambos foram pequenos e franzinos. Por dentro, porém, Yoongi era como um dia nublado e Jimin, um belo dia de sol.

— Mas é claro que eu ia te olhar...

Jimin suspirava enquanto se lembrava das vezes em que disfarçadamente ficava olhando para o garoto. Sempre muito bem cuidado, educado e fino, porém também muito solitário e meio triste.

— E aquele dia foi mágico...

O dia em que Jimin se sentou com Yoongi no refeitório e com aquele sorriso fofo que transformava seus olhos em dois risquinhos, conquistou-o. Foram se conhecendo aos poucos e de um jeito mais tradicional do que gostaria de admitir.

No último ano de Yoongi no ensino médio, aconteceu, sob a luz do luar, o primeiro beijo dos dois, que veio acompanhado de anel e pedido de namoro. Lindo, lindo.

No ano seguinte em uma viagem ao Caribe, aconteceu a primeira vez. Ambos eram virgens, com a idade de 18 e 15 anos. E depois disso começaram a fazer amor com certa frequência. Jimin começou a gostar demais do ato e, consequentemente, gostaria que fizessem mais vezes, porém respeitava o ritmo do namorado, que era meio lento.

Aos 18 anos foi pedido em noivado em um jantar à luz de velas no restaurante mais caro e romântico da cidade. Novamente, lindo, lindo.

E estavam noivos desde então. Jimin contava agora com 21 anos e Yoongi, 24. Aos poucos os afazeres da vida adulta, ainda mais o emprego de Yoongi como crítico cultural em uma revista famosa, acabaram afastando-os um pouco. Nem falavam em casamento e Jimin achava muito incômodo quando alguém tocava nesse assunto.

Mas não ia pensar nisso agora.

Terminou o banho e foi para a cozinha. Hoseok havia lhe preparado uma salada de maionese com legumes e ovos cozidos, além de suco natural de morango.

— Nossa. — seus olhos brilharam ao ver a mesa posta. — Eu amo essa salada!

Sentou-se e pôs-se a degustar. Hoseok estava preparando um sanduíche para si mesmo.

— Acha que a Hyuna tá gostando do V? V não — corrigiu-se — Taehyung.

Jimin riu.

— Tá nada. Ele nem faz o tipo dela, não sei por que ela fica querendo agarrar ele tanto assim.

Hoseok sentou-se.

— Ah, eu acho o Tae bem bonito.

Jimin notou um brilho nos olhos do empregado e resolveu tocar no assunto.

— Vocês... Tipo... Já tiveram alguma coisa?

Hoseok riu timidamente.

— Mais ou menos. A gente já ficou algumas vezes, mas nunca foi nada sério. A gente nem sabia o nome um do outro, ele era conhecido como V e eu tinha o apelido de Hobi.

— Mas vocês davam aulas juntos pras crianças pobres, pensei que se conheciam bem...

— O Tae sempre foi muito reservado, ele não fala muito dele. Mas a gente se divertia bastante dando aulas para as crianças carentes da cidade. Não era sempre que o Namjoon deixava ele ir, mas ele sempre dava o jeito dele.

— Quem é Namjoon? — Jimin pensou de cara que fosse um namorado desses ciumentos e neuróticos.

Hoseok ficou vermelho.

— Ah... O Namjoon... É... O Tae morava com ele. — ficou sem jeito.

Jimin estranhou, alguma coisa aí não estava certa.

— Eram namorados?

— Não! — Hoseok prontamente negou. — Jamais eu ficaria com alguém comprometido.

E de fato, Hoseok tinha um caráter muito íntegro. Jimin tinha se esquecido da parte em que os dois ficavam. Não era preciso guardar essa informação.

Foi aí que a ficha caiu. Pelo que Hoseok estava dizendo, tudo indicava que as “ficadas” dos dois eram programas que Taehyung fazia. Sua língua estava pinicando para falar disso, mas não podia. Hoseok não havia dado uma brecha para que se pensasse que o garoto era prostituto e Jimin, em teoria, não sabia sobre isso.

— Então, você sentiu alguma coisa por ele?

Hoseok era bem discreto em relação a isso.

— Ele é um menino bom. Mas sabe, não dava pra rolar nada sério entre nós dois.

Jimin assentiu. Pelo jeito Hoseok não levava prostitutos a sério. Nisso ele estava certíssimo. Porém que havia um brilho nos olhos dele ao falar de Taehyung, ah isso havia sim.

— A Hyuna tá gostando de um cara que ela conheceu pela internet.

E contou, então, tudo sobre esse relacionamento. Deu, claro, muita opinião sobre o mesmo. Não contou, porém, que o garoto fazia parte de um site de strip, atendendo ao pedido da amiga.

Depois de ficarem um bom tempo conversando ambos foram dormir. Jimin abraçou um de seus vários travesseiros de pena de ganso importada e imaginou que fosse uma pessoa: seu amado Yoongi.

Aqueles olhos intensos, porém, perseguiram-no a noite toda em seus sonhos.

***

Em pleno sábado, Jimin acordou de bom humor. Tomou o café da manhã com Hoseok, cuidou pessoalmente de suas orquídeas, tomou um bom banho relaxante e ligou para o noivo.

“— Yoongi, se arruma que daqui a pouco eu passo aí pra gente sair.

— Quê?

— Você ouviu. Beijos.”

Arrumou-se impecavelmente, tirou várias selfies e então partiu para a casa do amado. Ao chegar foi recebido pelo empregado, que o levou até o quarto de Yoongi. Este estava deitado em sua cama, porém já bem arrumado.

— Vamos. — disse Jimin.

— Pra onde você quer ir? — Yoongi não era a pessoa mais animada do mundo

— Pra qualquer lugar. — respondeu puxando o garoto.

Saíram no carro de Jimin. Ambos estavam muito bonitos, pareciam bonecos. Passaram em uma joalheria e Jimin gastou uma boa quantia em joias para os dois (porém muito mais para si). Depois foram almoçar em um restaurante chique, como de costume.

Nesse meio tempo Yoongi acordou de vez e saiu do modo zumbi. Percebeu que Jimin queria ter um dia romântico e estava decidido a propiciá-lo ao companheiro.

Jimin passou o almoço quase todo falando sobre seu peso, que a academia estava fazendo um ótimo trabalho em seu corpo. Enfim, falaram sobre o feed do Jimin, sobre as joias que o Jimin comprara mais cedo, sobre como Jimin tinha bom gosto, sobre como Jimin era desejado pela população mundial... Tudo que pudesse girar em torno do ego enorme de Jimin. Mas valia a pena quando olhava para o sorriso do noivo, que estava particularmente mais alegre nesse dia.

— Eu estive trabalhando no meu personagem, acho que ele precisa de um pouco mais de espaço no filme. — disse Yoongi quando o assunto era o filme.

— Claro, se eu pudesse dava menos tempo pro Taehyung e mais pra você. — disse Jimin, comendo seu almoço italiano.

Yoongi riu.

— Eu não quero tomar o espaço dele. Aliás, eu nem conheço esse garoto ainda. — observou.

— Verdade. O que acha de ensaiar com a gente essa semana?

Yoongi pensou um pouco.

— Eu irei.

Jimin aplaudiu discretamente.

— O Taehyung é um garoto pobre e mulambento, mas faz direitinho a parte dele.

Yoongi encarou-o por um instante. Estava vendo um garoto muito bonito, bem arrumando, bem maquiado, com postura educada. Enfim, estava vendo ali o estereótipo de uma pessoa bem nascida. O tal Taehyung devia ser menos favorecido, pelo que Jimin estava falando. Yoongi não concordava em tachar as pessoas de acordo com seu nível econômico, mas Jimin adorava fazer isso. Porém dessa vez o noivo, Yoongi percebeu, estava tentando elogiar o rapaz. Esse, claro, era o mais perto de um elogio que Jimin conseguiria para um garoto pobre, mas pelo menos ele havia tentado.

— Que bom... — não sabia bem o que responder.

— Sabe aonde a gente vai agora? — perguntou Jimin todo empolgado.

— Não... — Yoongi estava meio desconfiado. “Por favor, não diz shopping...”, torceu.

— Pro shopping! — Jimin deu um de seus sorrisos Colgate.

— Que legal... — Yoongi tentava esconder o desânimo.

Saíram do restaurante e foram justamente para onde Yoongi não queria ir. Jimin, como sempre, estava maravilhado com o tanto de novidades que havia lá, Yoongi, por sua vez, lutava consigo mesmo para demonstrar estar se divertindo. Após experimentar várias roupas e acessórios, Jimin mandou que Yoongi fizesse o mesmo. Acabou comprando muita coisa para os dois. As coisas de Yoongi, claro, foram todas escolhidas por Jimin.

Yoongi gostou sim de seus presentes, Jimin tinha bom gosto. Porém enquanto para Jimin isso era o exemplo de prova de amor e dia romântico, para Yoongi não era. Mas estava tudo bem, o garoto loiro tinha um plano...

Após saírem do shopping ambos foram para a casa de Yoongi e, por mais que Jimin tenha insistido, acabaram não tomando banho juntos. Vestiram suas roupas novas e elegantes e foram para o cinema ao cair da noite.

Concordaram em assistir a um filme romântico. “Porém esquecível...”, pensou Yoongi. Comédias românticas clichês não eram seu estilo. Jimin, por sua vez, achava filmes assim bonitinhos e era o que importava.

— Será que você se lembra disso aqui? — perguntou Yoongi, pegando algo em sua mochila quando já estavam dentro do carro, ao saírem do cinema.

— O quê? — Jimin olhava curioso. Seus olhos brilharam mais que o Sol ao ver do que se tratava: a venda preta que usaram no motel. — Sério que você tá pensando em...

Yoongi o interrompeu colocando um dedo em seus lábios.

— Você verá.

E amarrou a venda nos olhos de Jimin.

Seguiram para o motel Orange, ou assim Jimin supunha, afinal aquela venda não estaria ali à toa. “Ah Yoongi, seu safadinho...”, deu uma risadinha. Yoongi olhou-o e sorriu de volta, ainda que o garoto não pudesse ver.

De repente o carro parou. Jimin tentou tirar a venda, mas Yoongi o impediu.

— Ainda não, Min.

Jimin se derreteu todo, esse era o apelidinho manhoso que Yoongi lhe dera na ocasião de suas primeiras relações sexuais.

Ao saírem do carro, com a ajuda de Yoongi, Jimin percebeu que o ambiente parecia aberto, pois sentia certo vento bater-lhe na face. “Uau!”, pensou. Yoongi abraçou-o por trás e lentamente tirou-lhe a venda.

A visão era magnífica.

Estavam em um lugar afastado da cidade. Não havia postes ali então era tudo escuro, o que permitia ver o céu de uma forma que Jimin jamais tinha visto. As estrelas pareciam brilhar mais, até dava para ver os traços da via láctea. E a lua... Ah, a lua estava enorme e brilhante. Jimin ficou um tempo hipnotizado olhando para ela.

Yoongi sorriu satisfeito.

— O que achou?

— Lindo! — Jimin exclamou.

Yoongi olhou para o céu.

— Eu sempre penso em você quando vejo o brilho da lua. Eu tinha que te trazer aqui. — dizendo isso beijou os lábios de Jimin, que recebeu o beijo com surpresa.

— É lindo mesmo.

O lugar era enorme e por todo lado que Jimin olhava não via nenhum resquício de modificação humana, era tudo natureza. Mais especificamente capim. O chão estava cheio dele. Yoongi pegou um grande cobertor fofinho e colocou-o sobre o chão, deitando-se e dizendo a Jimin que fizesse o mesmo. E ele fez.

Abraçaram-se e ficaram olhando para as estrelas, em total silêncio por um longo tempo. Jimin estava achando isso lindo, mas estava pensando que hora ia começar a parte interessante da coisa...

— Olhe com carinho para elas. Elas têm muito a dizer. — Yoongi apontou para as estrelas.

Jimin, infelizmente, não falava estrelês.

— Você não tem medo de alguma cobra picar a gente não?

“Sério que em meio a todo esse romance ele tá pensando em cobra?!” Yoongi não podia acreditar nisso.

— Não, esse lugar é dedetizado todo mês.

— Ué, pensei que fosse abandonado.

— Não é. Eu sempre venho aqui quando preciso fugir de tudo, sabe, venho aqui quando me sinto perdido de mim mesmo. Aqui é como o meu refúgio e de certa forma é também o meu lar.

Jimin não pode evitar imaginar um Yoongi barbudo, usando roupas rasgadas, tentando fazer uma fogueira no meio do matagal.

— Eu te entendo. — mentiu.

Yoongi subitamente sentou-se e ajudou o noivo a fazer o mesmo dando-lhe uma mão.

— Olha lá. — Yoongi apontou para algo brilhoso no céu. — Uma estrela cadente. Faça um pedido.

Jimin olhou bem para aquele astro luminoso e fechou os olhos, fazendo seu pedido. Yoongi fez o mesmo.

— O que desejou? — quis saber Jimin.

Yoongi sorriu e o abraçou.

— A gente só pode contar depois que se realizar.

Jimin sentiu-se seguro dentro daquele abraço quentinho. Acomodou-se. Olhava para aquele lugar tão longe de tudo, tão calmo, o vento soprando-lhe a face...

— Sabe, — começou, — eu não queria estar em nenhum outro lugar que não fosse aqui e agora com você.

Yoongi apertou ainda mais o abraço.

— Eu te amo, Min.



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