Yoongi levou o noivo para a faculdade. Quando chegaram estacionou e ambos desceram. Encostou-se no carro e Jimin escorou-se nele.
— Fala pro Hoseok vir me buscar.
— Ok, falo sim. Nem é como se ele tivesse aqui no carro, né... — Yoongi riu.
Ambos olharam lá dentro e Hoseok estava com os olhos fechados cantando baixinho a música que estava ouvindo em seu headphone potente.
— Definitivamente ele não está aqui. — riu Jimin.
— Bom, agora você tem que ir estudar.
— Nem me fale, odeio segundas...
— Dando uma de Garfield? — brincou Yoongi.
— Claro, dizem mesmo que eu sou um gato.
— Você é sim. — concordou, dando-lhe um beijo na testa.
“Na testa, porra?”, pensou Jimin. Ele queria era um beijo hollywoodiano para ostentar o noivo.
— Boa aula.
— Valeu. — disse Jimin, meio enfezado, se afastando.
Foi andando pelo corredor até avistar uma cena que ficava cada vez mais comum: Hyuna e Taehyung, o prostituto, juntos. Ela falava algo para ele, sorrindo, e ele exibia aquele sorriso quadrado horroroso. Jimin começou a mexer nos aneis novos e chiques que estava usando.
— Chegaram cedo hoje. — disse, cortando o clima dos dois.
— Acabamos de chegar. O Tae até trombou comigo. — disse Hyuna, rindo. — Gente, que anéis maravilhosos são esses?!
— O Tae é meio cego, tadinho... — disse Jimin, mostrando os anéis para a amiga enquanto encarava o garoto.
— Além de cego sou apressado também. As pessoas sofrem comigo. — disse Taehyung.
“Isso é porque você nunca encontrou alguém como eu, monamour”, pensou.
Jimin entrou na sala e, ao passar por Taehyung, cochichou:
— Você que vai sofrer se trombar comigo de novo.
Tinha certeza que fora ameaçador o suficiente para deixar claro que ele não sabia com quem estava lidando. O garoto ficou estático e Jimin teve certeza que o amedrontara. Entrou logo em seguida e foi direto para seu lugar.
Jimin olhou-o com satisfação. “Coloquei o piranho em seu devido lugar”.
A aula correu bem. Para a surpresa geral Taehyung não dormiu nem Hyuna e Jimin tiveram a atenção chamada mais de duas vezes.
Ao conversarem sobre o assunto, a garota deu a ideia de se reunirem para experimentar as roupas do século 18, ela estava curiosa para ver Taehyung trajando aquelas vestes, e Jimin concordou. Quando bateu o sinal ambos foram até a carteira dele, que guardava apressadamente seus materiais.
— A gente vai se reunir hoje pra experimentar as roupas do século 18. — disse Jimin.
Taehyung olhou pra ele.
— Hoje eu não vou poder sair. Será que a reunião pode ser no meu apartamento?
— Não. — disse Jimin.
— Sim. — disse Hyuna.
Ambos disseram ao mesmo tempo e se entreolharam. Taehyung ficou encarando-os, confuso.
— Se ele não pode sair é porque tem compromisso. — disse Jimin para Hyuna, em seguida olhou de modo acusador para o garoto.
— Não é nada que nos impeça de fazer a reunião. — ele disse.
— Viu, Jimin? Não custa nada a gente ir lá. — disse Hyuna.
— Ai, tá. — Jimin ficou enfezado. — Depois do almoço então a gente vai. Qual é o seu endereço?
Taehyung passou o endereço e Jimin ficou com uma expressão que, se fosse escrita, certamente as letras formariam a palavra “mulambento”, pois o apartamento do garoto não era o mais caro do mundo.
Não que Taehyung se importasse com isso. Despediu-se deles e foi embora.
— Não acredito que vou fazer reunião nesse muquifo. — Jimin estava resmungando enquanto iam para o estacionamento.
— Não deve ser tão ruim assim... — Hyuna tentava remediar.
— Espero que não mesmo. Ah, o Hoseok já está me esperando. Tchau, Una. — despediu-se da amiga ao ver seu carro ali parado.
— Tchau, Jiminnie.
Hyuna entrou em seu clássico carro vermelho.
Jimin foi o caminho todo resmungando para Hoseok que teria de se reunir em um muquifo. Hoseok não achava que fosse ruim, mas obviamente concordou com cada palavra que o garoto disse.
— Trabalhou muito na sinfonia do Yoongi hoje? — perguntou por fim.
— Sim, e tenho certeza que você vai ficar maravilhado quando ver. — Hoseok estava empolgado.
— É, tenho certeza também... — disse Jimin em um tom que demonstrava o contrário.
Chegaram em casa e Hoseok foi preparar o almoço. Enquanto isso Jimin ficou se olhando no espelho e tirando selfies. Quando o almoço ficou pronto almoçaram juntos. Jimin chamou Hoseok para ir com ele na reunião, mas como era só sobre o figurino, Hoseok preferiu ficar em casa e treinar para a próxima apresentação que faria no Carmina Burana.
Jimin então ligou para Hyuna chamando-a para irem juntos. Ela concordou e logo chegou na casa do amigo. Pegaram as sacoladas de caixas contendo roupas e acessórios do século 18 e partiram para o endereço de Taehyung.
Chegaram e estacionaram o carro. Pegaram as sacolas e entraram no prédio. Subiram para o sexto andar e, em plena 1:15 da tarde, ouvia-se o som da música que vinha do apartamento que, pelo número, era o de Taehyung.
"Soneul deureo nan freeze! Armor down!
Nananana nanana nanana"
Hyuna logo foi entrando no clima da música, pois adorava Vixx. Tocaram a campainha. Nada. Tocaram de novo. Novamente nada. Jimin perdeu a paciência e deu um murro bem audível na porta, o que fez a garota dar-lhe um puxão de orelha. Mas pelo menos funcionou. Logo a música parou e a porta foi aberta.
Taehyung exibia um sorriso quadrado, se desculpando pela demora. Mas o que chamou a atenção de seus visitantes foi o bebê que estava em seus braços.
— Que bebê é esse?! — quis saber Hyuna, espantada.
— Ah, esse é o meu filho, o Ryan. — respondeu, fazendo sinal para que entrassem.
Os dois entraram e se sentaram no sofá, que era bem macio. Começaram a reparar no local: não era muito grande, mas era bem arrumadinho e até aconchegante.
— Não sabia que você tinha filho. — disse Jimin, ambos ainda estavam chocados com isso.
Taehyung riu.
— Ninguém sabe.
— Você é casado ou coisa do tipo? — perguntou Hyuna.
— Não, sou pai solteiro.
O bebê brincava com um chocalho nos braços do garoto.
Jimin ficou pensando nisso. “Se o Taehyung é prostituto é pra criar o filho dele?”.
Taehyung se divertia com as expressões de suas visitas.
— Fiquem à vontade. — disse enquanto sentava o bebê na cadeirinha.
Jimin e Hyuna se entreolharam. Estavam meio constrangidos. Enquanto isso Taehyung foi na cozinha e voltou com um pratinho azul em formato de ursinho, uma mini colher azul e uma banana. Sentou-se, descascou a fruta e começou a amassá-la com a colher no pratinho. O bebê estava batendo o chocalho na cadeirinha, fazendo barulho.
— Então... — começou Hyuna. — A gente trouxe as roupas pra você experimentar.
— Que bom. — disse Taehyung, pegando um babador e colocando delicadamente no pescoço do bebê.
— Se o bebê deixar né... — disse Jimin meio aborrecido.
Taehyung se virou pra ele.
— Ele vai deixar sim, não é Ryan? — se virou para o bebê e apertou suas bochechas. — Olha o aviãozinho... — disse, fingindo que a colher com banana amassada era um avião. O bebê abriu a boca e comeu enquanto sacudia o chocalho e ria.
Hyuna estava achando fofo, já Jimin estava realmente aborrecido. Porém ambos acharam graça quando Taehyung começou a fazer voz de bebê, pois a voz dele era grossa e ficava engraçado. O bebê, por sua vez, ria aos montes.
— Ele já tá acabando. — disse Taehyung e logo o bebê não quis mais comer. — Agora tem que arrotar, né Ryan? — disse, pegando-o no colo.
Ao ver a expressão desentendida no rosto de seus visitantes, explicou:
— Depois que os bebês se alimentam eles têm que arrotar.
— Ah... — responderam em uníssono.
— O Jimin fica com ele enquanto eu te ajudo a se vestir. — propôs Hyuna.
— Fico?! — Jimin se espantou.
— Fica. — respondeu Hyuna, fazendo o amigo se levantar.
Taehyung entregou o bebê para Jimin, que não levava o menor jeito com crianças. Hyuna pegou a sacola e estava indo para o quarto com o Taehyung quando Jimin disse:
— Se ele vomitar em mim eu o jogo pela janela!
E nisso estavam no sexto andar.
Taehyung deu meia volta e Hyuna o segurou, rindo.
— Pode deixar, eu fico com ele.
— Tá bom. — Taehyung sorriu, aliviado.
Ela foi e logo Jimin veio.
— Vamos. — disse.
Chegaram no quarto e Jimin quase morreu ao ver tamanha bagunça. Tinha um monte de roupa mulambenta espalhada, papeis, livros, calçados, enfim, estava um caos.
Menos, porém, a parte onde ficava o computador e a parte a qual a webcam filmava. Jimin reconheceu aquele lugar e imediatamente se lembrou de Taehyung gozando prazerosamente ali.
Corou. Taehyung não entendeu o porque, imaginou que fosse por causa da bagunça.
— Eu vou arrumar, é que não tive tempo ainda...
— Tá, tá. Toma. — Jimin jogou a sacola pra ele.
Taehyung pegou a roupa, que era um belo traje aristocrata e jogou na cama. Começou a tirar a própria vestimenta sem nenhum pudor.
“Claro”, pensou Jimin, “desde quando piranhos sabem o que é pudor?”. Porém não desgrudou os olhos do garoto.
Ele começou a desabotoar a calça e Jimin sem ver mordeu o próprio lábio. Quando viu a cueca boxer totalmente preta, sem leão algum dessa vez, marcando o membro do garoto, sentiu uma fisgada em seu ventre. Continuou olhando. Taehyung nem fazia ideia de que estava sendo observado e desejado, apenas estava fazendo algo normal que era trocar de roupa. Foi até a cama e pegou a calça que deveria vestir e a vestiu. Jimin observava-o atentamente.
— Me ajuda a abotoar? — disse Taehyung, olhando-o provocativamente.
Jimin engoliu seco. Estava doido para por a mão ali, mas claro que não ia dar bandeira.
— Suas mãos vão cair se você abotoar sozinho?
Taehyung riu e começou a abotoar.
— Larga! — ordenou Jimin, que se agachou e encarou o membro coberto de Taehyung.
O garoto olhava-o de cima e tinha vontade de agarrar-lhe os cabelos, sua mão chegava a comichar para fazê-lo. Jimin, por sua vez, encostava mais no corpo dele do que era necessário.
E isso causava prazer em ambos.
Jimin estava enrolando para abotoar logo, com a desculpa de que estava difícil e Taehyung de forma alguma estava com pressa. Até começar a sentir formigamentos lá...
Jimin estava com o rosto bem perto do membro do garoto. Passou a mão na cintura do garoto para “ver se a roupa estava apertando”, não estava. Taehyung começou a morder o lábio. Jimin, olhando para seu umbigo desnudo, notou a respiração irregular, a qual ele tentava disfarçar.
Taehyung, sentindo fisgadas mais intensas e com uma semi ereção, fechou os olhos e passou a mão nos cabelos de Jimin, de forma erótica, enquanto passava a língua nos próprios lábios. Arfou. Só conseguia pensar naqueles lábios carnudos.
Jimin, por sua vez, encostou a boca no membro coberto de Taehyung, sentindo sua rigidez e temperatura. A mão do garoto estava em seu cabelo, incentivando-o. O membro de Jimin já estava se molhando com pré-gozo, ainda mais ouvindo Taehyung arfar. Apertou a cintura do garoto e...
— Oh... — ouviu-o gemer baixinho. Sua mão acariciava os cabelos de Jimin e encostava-o em seu membro, que agora estava ereto e pulsando.
As mãos de Jimin percorreram o caminho até seu bumbum e apertou, fazendo-o gemer novamente e pressionar seu membro contra a boca do garoto, fazendo pequenos movimentos de vai e vem.
— Oh... — Taehyung puxou o cabelo de Jimin.
— Hm... — o garoto gemeu, desabotoando a calça que acabara de abotoar, ansiando por colocar a boca naquela pele.
Jimin pegou na cueca de Taehyung, pronto para abaixá-la. “Vai, vai...”, o garoto não estava se aguentando, sentia seu membro latejar quase que dolorosamente. Mal via a hora de encontrar a garganta de Jimin. Lambia e mordia os lábios, sorrindo de modo erótico, com a cabeça jogada para trás e os olhos fechados. Puxava com força aqueles cabelos pretos.
E era disso que Jimin gostava, queria atitude, queria agressividade, queria...
Bom, no momento queria que se abrisse um enorme buraco no chão e o tragasse. Hyuna estava ali parada, estática, com o bebê nos braços, encarando-os com os olhos arregalados.
Ambos os garotos ficaram vermelhos, muito vermelhos. Jimin deu um tapa em Taehyung, mais precisamente na parte que até a pouco havia tão ardentemente desejado.
— Ai! — Taehyung se contorceu de dor. — Jimin! Você também tem, sabe o quanto dói! — sua voz estava falhando.
— Se veste aí.
Jimin foi até Hyuna, que estava boquiaberta, e disse que iria ficar com o bebê.
— Não vai jogá-lo pela janela, né?
— Não! — respondeu Jimin já longe.
Hyuna olhou para Taehyung. Estava sentado, sem camisa, e estava com a calça desabotoada. Quando se aproximou ele levantou-se e abotoou rapidamente sua veste, o que a fez pensar no motivo de Jimin precisar ajudá-lo ajoelhado daquele jeito.
A garota pegou uma por uma das outras peças e o ajudou a vestir, aproveitando para passar a mão em seu tronco robusto. Taehyung, no entanto, continuava envergonhado.
— Agora a máscara. — disse Hyuna, pegando o objeto e colocando-o delicadamente no rosto do garoto, que sorriu para ela.
— Ficou bom?
— Magnífico. — respondeu ela, mordendo levemente o lábio.
Por fim Taehyung calçou o sapato e Hyuna levou-o para a sala. Jimin estava sentado no sofá conversando com uma mulher, que estava com o filho de Taehyung no colo.
— Gayoon?! — surpreendeu-se Taehyung.
— Tae?! — surpreendeu-se Gayoon. — Você tá lindo! — exclamou.
Jimin engoliu em seco ao ver Taehyung usando aquela máscara.
— Essa aqui é a mãe do filho do Taehyung. — disse Jimin à Hyuna.
A garota assentiu, fazia sentido. Gayoon, porém, negou.
— Ah não, não. — riu. — Ele não é filho do Tae.
Taehyung deu um sorriso quadrado.
— Eu brinquei com eles dizendo que o Ryan era meu filho.
Gayoon riu.
— Quem dera né, você seria um ótimo pai.
“Além de também ser ótimo fazer o bebê com ele...”, pensou Hyuna.
Gayoon explicou que era vizinha de Taehyung desde que ele se mudara para o apartamento e que logo ficaram amigos. Ela era mãe solteira e muitas vezes o garoto a ajudava. Fez vários elogios a ele, dizendo que era um garoto doce e que confiava nele.
“O que ela não sabe...”, pensou Jimin, “é que ele é um prostituto imundo de um site pornográfico”.
Porém algo o fez pensar que mesmo que ela soubesse não mudaria a visão que ela tinha dele. Ela o admirava, estava claro isso. “Será que ela gosta dele?”, Jimin se perguntou.
— ...então eu pedi pro Tae ficar com o Ryan hoje porque... — Gayoon continuava.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.