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História BTS: Camera Prive - Peaches And Cream


Escrita por: knamjaworld

Capítulo 19 - Peaches And Cream


Fanfic / Fanfiction BTS: Camera Prive - Peaches And Cream

Jimin olhou-se pela milésima vez no espelho. Constatou, por fim, que não poderia ficar mais bonito do que já estava. Era impossível. Ele estava mais do que lindo. Olhou as horas, eram 8:48.

— É hora de pegar o xexelento.

Entrou em seu carro e seguiu para o apartamento do garoto. Ao chegar, subiu e tocou a campainha. Já estava pronto para dar-lhe uma bronca por estar vestindo trapos velhos, mas, ao vê-lo, esqueceu por um momento qual era o idioma que falava e tudo que fez foi ficar boquiaberto.

O garoto trajava um terno escuro e caro, seu cabelo estava devidamente penteado e seu olhar firme mostrava uma postura altiva a qual Jimin jamais vira nele. Além do que estava também usando um perfume caro. O garoto, aliás, parecia um legítimo membro da alta sociedade.

Taehyung sorriu.

— Vamos?

Jimin assentiu, tentando disfarçar sua surpresa e encanto. Porém tarde demais, Taehyung já exibia um sorrisinho triunfante nos lábios.

Entraram no carro.

— Ainda dá tempo de pegar o “work t...”.

— Xiu.

Jimin começou a dirigir.

— Vamos nos sentar perto da mesa da Hyuna?

— Nem perto nem longe, a uma distância que dê a ela privacidade e que também nos permita ver caso o cara tente alguma gracinha.

Taehyung riu.

— Sabe que ele não vai tentar nada né?

— Por que acha isso? — perguntou Jimin, altivo.

— Simples: que tipo de pessoa tentaria algo em um local cheio de gente? Ainda mais um local cheio de gente rica que tem, tipo, o triplo de seguranças.

— Se acha isso, sabichão, por que está indo pra lá?

— É pelos seus belos olhos.

Jimin não conseguiu conter um risinho convencido. Sabia que o garoto tava zuando, mas tinha mirado e acertado bem em seu ponto fraco. O que ele não sabia, porém, é que Taehyung não havia sido completamente insincero.

— Vou te falar nada. — retrucou, tentando esconder o risinho.

Chegaram. Taehyung caminhou com a mesma altivez de Jimin, deixando-o impressionado. Logo na entrada encontraram o anfitrião que os levaria à mesa reservada. Porém assim que os olhos do homem encontraram os de Taehyung, um clima estranho se abateu sobre os dois. Jimin percebeu que evitavam ao máximo se olhar, estavam constrangidos por terem se encontrado. Sentaram-se em sua mesa chique e Taehyung ficou olhando intensamente para o homem, que se afastava.

“Não é possível que esse cara, elegante desse jeito, é cliente desse putão”, pensou Jimin.

“Grande Champion_T...”, pensou Taehyung, e tentou abafar um riso.

Jimin encarou-o por algum tempo e logo pegou o cardápio.

— Infelizmente aqui não tem pão com mortadela... — disse maliciosamente.

— Mas tem Coq Au Vin, um dos meus pratos preferidos. — respondeu, conferindo seu cardápio.

Jimin ficou surpreso.

— Conhece esses pratos?

— Claro, sobretudo os nouvelle coisine.

Jimin ficou sem graça.

— São bons, né?

— Maravilhosos.

Jimin estava vermelho.

Taehyung, por sua vez, vasculhava o ambiente com os olhos. Viu que havia um belo homem sozinho em uma mesa.

— Aquele ali é o cara da Hyuna? — apontou para ele.

Jimin bateu em seu braço, puxando-o.

— Não aponta! — cochichou. — É sim, é ele!

— Foi mal.

— A Hyuna disse que faz parte do charme se atrasar.

— Não é charme pra mim...

— Mas é pra ela, então xiu!

Taehyung começou a brincar com a rosa que estava dentro do vaso no centro da mesa. Era uma rosa vermelha e ele a olhava com um olhar longe, como se estivesse mergulhado em lembranças.

A garçonete não tardou a chegar. Era uma mulher elegante.

— Qual o pedido desse casal lindo?

Taehyung deu um leve riso ao ver o constrangimento de Jimin.

— Ah não, não. Não somos um casal. — Jimin estava visivelmente nervoso.

A mulher pareceu entender.

— Ah sim, então qual o pedido desse adorável não-casal? — piscou para eles.

Jimin enrubesceu-se em visível raiva, passou a mão pelo cabelo e não olhou para ela.

— Coq Au Vin, Cassoulet e Mille Feuille. Para os dois. — respondeu Taehyung, com um sorriso simpático.

A mulher devolveu o sorriso.

— Daqui a pouco chega.

E se retirou.

Jimin continuava em sua posição carrancuda.

— Tá emburrado? — perguntou Taehyung.

— Ela pensou que a gente é um casal! — respondeu ainda de braços cruzados.

Taehyung riu.

— Estamos juntos em um restaurante especializado em jantares românticos, o que ela deveria pensar?

Jimin deu de ombros.

— E ela ainda pensou que somos um casal enrustido, graças a você. — continuou.

— Azar o dela! — disse Jimin, ostentando um bico.

— E tem mais. — Taehyung cochichou. — Ela acha que teremos uma fantástica noite no motel...

Jimin arregalou os olhos e ficou vermelho.

— Por que acha que ela achou isso?

Taehyung sorriu malicioso.

— É esse o objetivo quando se paga um jantar romântico a alguém, não?

Jimin deu de ombros. Esse não era o caso de Yoongi, mas isso não importava a ninguém.

— Fico pensando se a Hyuna vai decidir ir pro motel com esse sujeitinho.

— Ela vai. — respondeu Taehyung, como se fosse óbvio.

Jimin o encarou.

— Tem bola de cristal, é?

Taehyung riu.

— Não, digo isso baseado no modo como ela pegava em mim naquele ensaio.

O bico de Jimin cresceu.

— Nem me fale.

— Olha ela! — Taehyung apontou para uma bela garota de cabelo rosa que usava um vestido azul elegante.

— Não aponta! — Jimin bateu em seu braço.

— Ela tá linda. — admirou-se Taehyung.

— Ela sempre tá. — disse Jimin.

Hyuna caminhou glamourosamente. O tal J_Park, um homem de boa aparência, levantou-se e foi a seu encontro. Abraçaram-se de leve e se sentaram. Estavam ambos visivelmente animados.

— Agora é só ficarmos em alerta. — disse Taehyung. — Qualquer coisa eu arranco o nariz dele. — fez mímica de murro.

— Ui, nossa, falou o lutador de sumô. — Jimin debochou.

Taehyung começou a rir.

— Sumô?

Jimin deu de ombros.

— Tanto faz, qualquer dessas lutas aí.

— Aposto que você briga de puxão de cabelo e unhada...

— Querido, — começou altivo, — eu não brigo, brigam por mim.

— Imagino que sim...

Logo o pedido chegou. Jimin ficou observando Taehyung comer, ele fazia isso com certa elegância. Vez ou outra olhavam para a mesa de Hyuna e constatavam que por lá tudo corria bem.

Houve um momento em que Taehyung prendeu Jimin em seu olhar magnético, fazendo o garoto se sentir exposto, porém sem conseguir desviar daquilo que parecia sua prisão.

“Mate-me suavemente...”, foi o pensamento que percorreu-o. “...de amor”.

Desviou-se, por fim, daquele olhar penetrante, livrando-se das garras de seu carcereiro.

Taehyung sorriu de leve ao ver o desconforto que causara em seu adversário. Sim, adversário, se é que estavam em um campo de guerra.

Ficaram um tempo em silêncio. Por fim o celular de Jimin vibrou e ele olhou-o, bufando em seguida.

— Que foi? — quis saber Taehyung.

— A Hyuna acabou de me dizer que vai pro motel com o sujeitinho.

— Não estou surpreso. Te disse que ela iria.

— Eu fico preocupado. Em um motel é mais fácil matar uma pessoa. Isso se ele não sequestrá-la antes mesmo de chegarem lá...

Taehyung fitava-o meio incrédulo.

— Então... — começou. — Sugere que a gente vá pro motel vigiá-los?

— Não, isso já seria demais.

— Seria mesmo, até porque a Hyuna não é uma criança.

Jimin estava digitando no celular.

— Ela me disse que qualquer coisa entra em contato com a gente.

— Isso significa que ficaremos juntos por mais um tempinho...

Jimin respirou fundo.

— Infelizmente sim.

Observaram que o mais novo casalzinho se levantou e saiu discretamente.

— Será que a gente pode ficar em alerta lá no meu apartamento? — perguntou Taehyung.

Jimin assentiu meio à contragosto. Levantaram-se e foram para o carro.

— Ela me disse que o adorou, que tá tudo bem e que não pode ficar muito no celular pra não estragar a noite. — Jimin reclamava enquanto dirigia para o apartamento de Taehyung.

— Ela tá certa, imagina que você tá num encontro e a pessoa só fica no celular, não é legal.

— Tá do lado dele agora, é? — indignou-se Jimin.

— Não tô nem deixo de tá. Aceita o fato de que a gente não o conhece, Jimin, ele pode ser ruim mas também pode ser bom. Não seja tão pessimista.

Jimin olhou de cima a baixo para aquele insolente. “Desde quando recebo lição de moral de prostituto?”, pensou.

— Tá, tanto faz. — respondeu seco.

Taehyung riu.

— No fundo você sabe que não tem tanto perigo assim, né? Tá é se sentindo sozinho...

— Cala a boca.

Chegaram e entraram em silêncio. Taehyung começou a desabotoar o terno na sala e foi andando em direção ao quarto. Jimin o seguiu.

— Tomara que a Hyuna não fique invocada demais com esse cara, porque...

Deu de cara com o peito desnudo de Taehyung. Incrivelmente ele conservava sua gravata, talvez para aumentar o clima erótico presente ali.

— Você gosta de tirar a roupa na frente dos outros, né?!

Taehyung sorriu provocativo, encarando-o.

— E você gosta de olhar, né...

Jimin se enfureceu e empurrou-o, fazendo-o cair na cama. Subiu nele pronto para estapeá-lo, mas a expressão de prazer do garoto o deteve e Jimin saiu de cima, para o desapontamento de Taehyung.

— Vou te esperar na sala. — disse e saiu.

Taehyung terminou de tirar o terno e vestiu uma roupa leve, short amarelo e camisa cinza. Ao chegar na sala flagrou Jimin observando a foto emoldurada na parede.

— Quem é esse menino?

Taehyung aproximou-se e tocou a foto.

— Jungkook, meu namorado.

Jimin ficou surpreso.

— Você tem namorado?!

— Tenho. Lindo ele, né? — voltou seu olhar para a foto e Jimin notou o brilho em seus olhos.

— Sim, ele é lindo mesmo. Onde ele tá?

Taehyung suspirou e desviou o olhar para baixo.

— Está em meu coração.

Dizendo isso caminhou em direção à tv.

— Não, eu quero dizer, onde ele tá mesmo. Ele não é daqui né? Nunca o vi por aqui...

Taehyung estava visivelmente desconfortável.

— O que quer assistir?

Jimin, porém, estava curioso.

— Vocês ainda namoram ou são ex namorados?

— Ainda namoramos. — respondeu sem olhá-lo. — Eu gosto de Pica Pau, vamos ver?

Jimin sentou-se no sofá e Taehyung colocou um dvd do Pica Pau.

— Por que ele não vem morar com você?

Taehyung não desviou o olhar da tv.

— Ele tem que estar onde está. Tem que ser assim.

Jimin encarava-o com curiosidade.

— Será que tem algo que, sei lá, ele não goste em você, talvez...

Taehyung encarou-o sério.

— Ele me ama em absolutamente tudo.

Seus olhos se encontraram.

— E você o ama?

— Mais do que já amei qualquer pessoa.

Jimin sentiu a intensidade daquelas palavras sinceras penetrar-lhe fundo no coração. “Mais do que já amei qualquer outra pessoa...”, repetiu a si mesmo.

— Tem muito tempo que vocês não se vêem?

Taehyung sorriu nostálgico.

— Ele tá sempre em minha memória, poderia dizer que o vi ainda hoje. — Levantou-se. — Vou preparar um lanche pra gente.

Jimin ficou incrédulo.

— Mas acabamos de chegar do restaurante!

Taehyung deu de ombros e continuou sua caminhada rumo à cozinha.

— Não engorda de ruim, né! — gritou Jimin.

Concentrou-se na tv, estava passando o episódio em que a Mãe Natureza repreende o Pica Pau por ele ser um preguiçoso e não fazer seu serviço direito. A ave, no entanto, trapaceia até não poder mais.

Jimin estava rindo quando Taehyung chegou com uma vasilha cheia de cerejas e um pote de Nutella. Sentou-se ao lado do garoto, pegou uma cereja pelo cabinho e mergulhou-a no creme de chocolate.

— Olha o aviãozinho...

Sim, ele fez isso.

— O que você tá...

Enfiou a cereja na boca do garoto, que mastigou-a com gosto.

— É sempre bom pra afastar os sentimentos ruins.

Jimin sorriu e ambos comeram as cerejas com Nutella como se não houvesse amanhã.

Por fim Jimin decidiu ir embora, já era quase meia noite. A Hyuna não havia entrado em contato então ele supôs que estivesse tudo bem. Taehyung acompanhou-o até a porta e se despediram. Ao entrar em seu carro, porém, lembrou-se que estaria sozinho em casa. Sentiu-se solitário.

Odiou fazer o que ia fazer.

Mas ia fazer mesmo assim.

Subiu novamente até o apartamento de Taehyung e encontrou-o acariciando o rosto do garoto da foto. Ao perceber que alguém havia entrado ali, se virou.

— Eu tava pensando que, tipo... — Jimin gaguejava. — Já que o Hoseok viajou... Quero dizer, pra você não ficar aí sozinho, tipo, não que eu me importe com isso...

Taehyung sorria divertido vendo o embaraço do garoto. Ele tinha entendido o que era, mas queria vê-lo dizer.

— Minha casa é bem grande, tem o quarto do Hoseok lá e...

— Quer que eu durma com você?

— Não! — Jimin ficou vermelho. — Bom, sim. Não dormir comigo, tipo, ir pra minha casa só.

Taehyung considerou a ideia e lhe pareceu boa.

— Eu vou.

— Ótimo, vá se vestir então.

— Já estou vestido.

Jimin olhou-o de cima abaixo.

— Se estivesse pelado estaria mais decente.

Taehyung sorriu.

— Isso é algo que posso resolver num piscar de olhos.

Jimin passou por ele e repreendeu-o com o olhar, indo em direção ao quarto. Taehyung foi atrás e viu que o garoto ficou boquiaberto ao abrir seu guarda roupa. Não era pra menos, havia ali muita roupa de grife, perfumes caros, sacolas de lojas as quais o próprio Jimin era cliente, embrulhos ainda não abertos, enfim, coisas dignas de quem de quem tinha muito dinheiro. Havia também roupinhas de bebê, mas ele não prestou atenção nisso.

— Por que você não... — olhou para Taehyung — usa essas coisas?

— Questão de conforto. — o garoto selecionou a roupa que vestiria e a vestiu. — Estou pronto.

Jimin admirou-o.

— Então vamos.



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