História BTS: Camera Prive - Chocolate Cheeks And...

O letreiro elegante em led branco sobre o fundo preto dizia VANILLA. Havia uma imponente coroa monárquica em cima da letra “i”. A coroa piscava, as letras não. A arquitetura era uma mistura de geometria futurista e elegância tradicional, nas cores preto e branco. Ouvia-se a batida forte da música que tocava lá dentro.

Jimin estacionou o carro e ficou admirando esta bela fachada.

— É uma boate. — disse Taehyung.

— Percebi. — disse Jimin, animado. — Vamos então.

Desceram e entraram. A música invadiu-lhes os ouvidos.

“You cast a spell on me, spell on me
You hit me like the sky fell on me, fell on me”

O ambiente era mágico. Havia um jogo de luzes roxas e azuis que piscavam, deixando o ambiente ora escuro, ora iluminado. Tinha muitas pessoas dançando e se divertindo, sem, contudo, ficarem apertadas, pois o espaço era realmente grande.

A música estava a todo vapor.

“Turn the lights out now
Now I'll take you by the hand
Hand you another drink
Drink it if you can”

Jimin olhava para toda aquela alegria contagiante e sentia-se tímido, sem saber o que fazer. Taehyung percebeu que o garoto estava travado. “Quem diria, Park Jimin na verdade é tímido...”, pensou e sorriu.

— Se solta, ninguém vai te julgar aqui. — disse em seu ouvido devido à música alta.

— Querido, — disse Jimin, também em seu ouvido, — eu já nasci livre, leve e solto.

”Só que não”, pensou Taehyung e começou a dançar, mostrando a Jimin como fazer. A dança era livre, era só mexer o corpo ao ritmo da música e se deixar levar.

“The sun goes down
The stars come out
And all that counts
Is here and now”

Jimin tentou fazer como Taehyung, mas seu corpo permanecia um tanto quanto rígido. O garoto então o abraçou e lhe disse ao pé do ouvido:

— Apenas sinta o ritmo.

E dançou com ele, guiando seu corpo de acordo com as batidas da música.

“My universe will never be the same
I’m glad you came
I’m glad you came
Oh oh oh oh”

Jimin já estava se sentindo mais energizado. Estava se divertindo, mas logo a música acabou.

— Já volto. — disse Taehyung, soltando-o.

— Onde você... — o garoto havia sumido na multidão. — Vou esperar aqui. — gritou. — Não demora!

E ele não demorou mesmo, logo voltou com duas taças cheias de um líquido transparente e uma fatia de limão na borda. Entregou uma delas a Jimin, que cheirou o líquido e fez uma careta.

— Isso aqui é álcool puro! Tá me achando com cara de pinguço?

Taehyung riu.

— É tequila, bom pra relaxar. — disse, dando uma grande golada e começando a dançar.

Jimin encarou-o meio confuso.

— A gente come o limão também?

— Não. — riu, divertido. — Bom, a menos que você queira. — deu uma lambida no limão de sua taça e fez careta. — Mas é muito azedo.

Jimin assentiu e bebeu de uma só vez a sua tequila. O mundo girou e a música ficou distante por um momento. Apoiou-se em Taehyung, mas logo voltou a si. Ou o que pensou que fosse “si”, pois quando percebeu que estava tocando aquela música já nem sabia mais quem era.

“Wow! Fantastic baby
Dance
I wanna dan dan dan dan dance”

Entregou a sua taça vazia para Taehyung e começou a fazer a coreografia da música, que sabia muito bem. O garoto, por sua vez, se livrou das taças e começou a dançar junto, pois também sabia a coreografia.

“Nanananana”

As pessoas começaram a reparar neles e muitos entraram na onda. Eles, no entanto, nem perceberam, estavam muito concentrados. Ao final já estavam cansados, mas a noite estava apenas começando. Taehyung buscou mais tequila. Continuaram no ritmo quente das músicas.

“Nanananananana Electric Nanananananana Electric
Nanananananana E-E-E-Electric Shock
Nanananananana Electric Nanananananana Electric
Nanananananana E-E-E-Electric Shock”

Jimin estava se acabando de dançar e Taehyung estava surpreso ao vê-lo assim, se divertindo tanto. Parecia até outro Jimin. Os dois estavam tão enérgicos que não havia ninguém ali que não reparasse neles.

“You got that
Geojit miso artificial love
Geojit nunmul artificial love
Geojit sarang artificial love
Geuge baro neoui neoui”

Jimin não parava de pedir a Taehyung que buscasse mais tequila. Ambos já haviam bebido além da conta e, quando o garoto sugeriu que parassem de beber, quase apanhou de Jimin.

— Deixa o divo gostoso cantar! — Jimin gritou quando começou a tocar Taeyang.

“My name is t to the a to the e (to the)
Y to the a n g”

Tanto ele quanto Taehyung conheciam bem a coreografia. Começaram a dançar loucamente com toda a sensualidade que eles tinham de sobra.

“Meomchujima baby don’t kill my vibe”

Jimin mais deixava o drinque cair do que bebia, mas não desistia de ter uma taça em sua mão. Taehyung viu que a coisa tava feia quando o garoto subiu na mesa e começou a dançar lá, sensualizando ao máximo.

“Ringgalinggaling ringgalinggaling
Ringalinga (assa) ringalinga (johda)”

— Jimin, desce daí! — Taehyung gritou.

O garoto, porém, fingiu não ouvir. Continuava sensualizando e todo mundo o olhava. Um homem de mais idade chegou perto e ficou babando no garoto, fazendo Taehyung olhar pra ele com cara feia. Não que ele tivesse ligado.

“Bulnorida you better run (run run run)”

A coisa ficou séria mesmo quando o homem tentou passar a mão no bumbum de Jimin. Taehyung jogou toda a tequila de sua taça na cara dele.

“Jeonbu da sorichyeora
E-o-e-o e-o-e-o”

O homem ficou puto e gritou com Taehyung:

— Você sabe quem eu sou, seu bastardo?!

Jimin virou-se para eles a tempo de ver o que veio a seguir:

Pow!

O homem caiu com o murro que levou de Taehyung, seu nariz estava sangrando. Todo mundo olhou para a cena.

— Vem! — Taehyung puxou Jimin da mesa, pegando-o no colo e o colocando no chão em seguida.

— O que você... — Jimin tentava falar com um sotaque que denunciava sua embriaguez, mas Taehyung segurou forte sua mão e saiu correndo, puxando-o.

“E-o-e-o e-o-e-o...”

A música continuava tocando como se nada tivesse acontecido. Taehyung praticamente jogou Jimin dentro do carro e se jogou também. Viu que vinha gente atrás deles.

— Acelera, Jimin! — exclamou, mas ao ver que o garoto tentava enfiar a chave no volante, trocou rápido de lugar com ele e ligou o carro, saindo disparado sem saber ao certo para onde.

Taehyung não estava tão bêbado quanto Jimin, já estava acostumado a beber e também não havia bebido tanto quanto ele. Sorte dos dois.

— Quem é aquele cara? — perguntou Jimin.

— Não sei, mas pelo jeito que ele falou deve ser alguém importante. — respondeu sem tirar os olhos da direção.

— A gente vai morrer?! — perguntou Jimin, entrando em pânico.

Taehyung riu.

— Um dia sim, mas não hoje.

Olhou para Jimin, que continuava em pânico.

— Relaxa, não foi minha primeira briga.

Jimin, por sua vez, arregalou os olhos e gritou:

— Olha!

Taehyung imediatamente olhou pra frente e virou rápido o volante, antes que se chocassem contra um carro que vinha na direção oposta. Levaram susto.

— A gente tá na contra mão? — murmurou Taehyung, percebendo que sim, estavam.

Fez uma manobra e voltaram para a mão certa, seguindo reto.

— Ele tá vindo atrás da gente?! — Jimin continuava em pânico.

— Ele não deve nem lembrar do nosso rosto. — disse Taehyung, tentando acalmar o garoto. — Mas com certeza nunca vai esquecer sua maravilhosa bunda... — murmurou.

Chegaram em um lugar bem afastado da cidade e Taehyung parou o carro. O vento corria fresco e a única claridade presente ali era a da lua, que brilhava forte. Ao descerem Jimin reconheceu aquele lugar.

— Estamos salvos. — disse Taehyung, abraçando-o por trás.

Jimin esfregou-lhe o bumbum, fazendo-o arfar de leve. Em seguida soltou-se de seus braços.

— Você acha que...

Taehyung jamais terminou aquela frase, pois os lábios de Jimin colaram-se aos seus.