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História BTS: Camera Prive - Valerius Hana


Escrita por: knamjaworld

Notas do Autor


Parte um do filme.

Capítulo 25 - Valerius Hana


Fanfic / Fanfiction BTS: Camera Prive - Valerius Hana

No porão um garoto de cabelos brancos e expressão fria, trajando vestes que remontavam às de um camponês do século 15, tocava uma canção suave em seu piano. Seus olhos demonstravam cansaço e sua postura demonstrava um ar sereno. Seus dedos apertavam delicadamente as teclas do órgão musical.

***

A música clássica tocada pela orquestra ecoava por todo o salão. Havia vários homens e mulheres trajando belas vestes e dançando coreografias bem elaboradas. Mais parecia um espetáculo do que somente um baile de máscaras promovido pelos príncipes Velkan e Anna, por ocasião do aniversário da garota. E por falar nela...

Logo toda a atenção se voltou para a escada. Anna descia-a de forma glamourosa com seu longo cabelo preto e vestido vermelho, além da bela máscara que usava. Sem dúvida era a garota mais bonita dali.

Velkan, com seu cabelo curto e preto, trajando a mais fina veste nobre, além da máscara, prostrava-se no canto, sorrindo ao ver toda a pompa da irmã.

Olhando para Velkan com um sorriso cínico estava um garoto alto, de cabelo castanho e pele meio morena, que logo foi ao encontro de Anna, estendendo-lhe a mão em um claro convite para a dança, o qual ela aceitou.

A bela música continuava ecoando pelo local enquanto os casais voltavam a dançar. Velkan olhava atento para a irmã e o garoto desconhecido que a acompanhava. Achava-o estranhamente familiar...

E os dois continuavam em uma bela dança. Anna sentia-se cada vez mais seduzida pelo garoto desconhecido, tudo o que podia ver do rosto dele eram aqueles olhos intensos, a boca sensual, e o nariz, que tinha uma pinta.

— Meus pêsames. — ele disse em seu ouvido e Anna se arrepiou com aquela voz grave e suave. — Perder os pais em uma idade tão tenra é realmente lamentável.

— Sim... Mas eu tenho um irmão maravilhoso que cuida de mim.

Ao ouvir isso o garoto deu um sorriso de desprezo, bem discretamente.

Velkan continuava vigiando os dois com um olhar desconfiado. Mas por ser muito belo, várias garotas se aproximavam dele, o que dificultava um pouco sua vigia. Por fim decidiu dançar com uma garota que lhe chamou atenção, era bela, tinha os cabelos castanhos longos na altura do busto e usava um vestido não tão pomposo quanto o de sua irmã, mas ainda assim belo.

Enquanto isso Anna e o sedutor garoto desconhecido travavam uma batalha de olhares, onde ele aos poucos a dominava. A dança dos dois seguia charmosa até que o garoto aproximou seus corpos e sorriu. Anna já estava completamente hipnotizada.

Velkan havia se distraído com a bela garota e, portanto, perdera a irmã de vista. Estava concentrado em sua dança.

O garoto desconhecido começou a puxar Anna suavemente para o rumo da escada. O olhar da garota demonstrava receio, mas o dele demonstrava confiança e logo ela cedeu, subindo com ele. Sua mão segurava forte a mão dela no que parecia um ato romântico.

Velkan, por sua vez, não vira os dois, tanto por estar concentrado em seu par de dança, quanto pela quantidade de pessoas que havia ali, dificultando sua visão.

O garoto desconhecido conduziu Anna para um quarto e fechou a porta. A garota caminhou para perto da janela, que estava fechada, e olhou para fora.

— A noite hoje está muito bela. — disse, inocente.

O garoto caminhou para perto dela e a abraçou por trás, fazendo-a se arrepiar toda.

— Está... — ele disse em seu ouvido com uma voz mais sensual do que de costume, afastando o longo cabelo preto do pescoço dela e depositando ali um beijo, o que a fez estremecer.

A garota se virou e o encarou.

— Não é correto que fiquemos sozinhos aqui. — disse olhando-o nos olhos.

Ele sorriu de modo provocante e subitamente colou seus lábios nos dela, num beijo que começou calmo e suave. Não se prolongou, queria ver nos olhos dela o impacto de seu atrevimento.

Anna nada disse, mas seus olhos gritavam que estava assustada e surpresa, porém sem medo. Aliás, seus olhos pediam por mais.

E o garoto estava pronto a atender seu desejo.

— Você, uma moça tão bela... — ele começou, passando suavemente a mão em seu rosto — deveria estar pensando em se casar.

— Meu irmão... — ela disse com a voz fraca — não quer que eu me case por agora.

O garoto sorriu debochado.

— Você quer se casar?

— Eu não sei... — ela não disse com firmeza.

O desconhecido sedutor pressionou fortemente seu corpo contra o dela e, enquanto dava-lhe um pequeno chupão no pescoço, passava uma das mãos pelo corpo da garota.

Anna arfou e estremeceu.

O garoto respirou perto de seu ouvido e disse com uma voz provocadoramente sensual:

— Depois do que iremos fazer aqui você vai se casar comigo.

Anna arfou novamente, dessa vez mais forte, quando o garoto pressionou-lhe a pélvis. Ela levou suas mãos até o rosto dele, que não a impediu quando tocou sua máscara. Na verdade ele sorriu.

— Vá em frente.

De forma delicada Anna tirou-lhe o acessório e, não para a surpresa do garoto, ela deu um grito.

Ninguém a ouviu, pois estavam em um dos andares mais altos e a música abafava o som. O garoto segurou os braços de Anna, sorrindo de forma cínica enquanto encarava os olhos amedrontados dela.

Velkan, lá em baixo no salão de baile, percebeu que a irmã não estava lá e gentilmente se desfez da garota com quem estava dançando para procurar por ela. Todos os convidados dançavam alegremente e Velkan tentava disfarçar o desespero que estava sentindo, pois desde o momento que colocara os olhos naquele garoto não confiara nele.

— Eu jamais vou me casar com você, Mortimer! — Anna gritou enquanto tentava, em vão, se soltar.

O garoto ria com o desespero dela.

— Ah sim, você vai. Sabe por quê? — chegou tão perto de seu ouvido que ela sentia o ar quente de sua respiração. — Eu vou tirar de você essa coisa preciosa que você tem. — e chupou seu pescoço.

Velkan estava convencido de que algo muito errado estava acontecendo e subiu rápido a escada, indo para seu quarto pegar o que precisava.

Anna tentava de todas as formas se soltar, mas Mortimer era maior e muito mais forte que ela. E além de segurar-lhe com as mãos, prensava também seu corpo ao dela e fazia movimentos sensuais.

— Esse reino será meu, assim como você. E seu irmão irá se acabar debaixo da terra. — deu uma risada ao ver o pânico da garota.

Começou a beijá-la intensamente, beijo esse que tornava audível seus estalos. Era um beijo profundo, erótico, que deixava claro qual seria o próximo passo.

Mortimer arfou prazerosamente.

— Vai ser uma delícia. — disse com a voz rouca, tamanha era sua excitação.

Voltou a beijá-la, impedindo seus gritos.

Velkan estava ameaçador andando com sua espada em mãos. Seu olhar demonstrava ódio e nenhuma misericórdia. Já sabia para onde ir.

Os olhos de Anna enchiam-se de lágrimas pelo destino que a aguardava. Até que...

Bum!

A porta foi aberta no chute, fazendo Mortimer interromper o beijo e dar uma risada cínica, porém sem se virar.

— Seu desgraçado!

Em uma fração de segundo Velkan o havia perfurado com a espada. O sangue começou a escorrer-lhe nas costas.

— Velkan, Velkan... — se virou e começou a andar lentamente em direção ao príncipe, que o olhava com desprezo. — Você — caiu de joelhos — nunca vai — caiu por completo — me destruir. — disse com a voz fraca.

Anna continuava encostada na parede, estava em estado de choque. Velkan olhava para aquele corpo caído ali, sangrando litros, e tudo que sentia era ódio e desprezo. Chegou perto dele, ajoelhou-se e murmurou em seu ouvido:

— Eu já destruí.

Mortimer ainda estava vivo, mas era questão de tempo para morrer esgotado. Não conseguia sequer se mexer. Porém olhou intensamente nos olhos de Velkan e, com dificuldade, disse:

— Eu... Vou me... Vingar... De vocês...

O príncipe o olhou com ainda mais desprezo.

— Vem Anna, vamos voltar pro salão de baile.

A garota prontamente o atendeu.

— Vamos deixar ele acabar de morrer e depois da festa a gente remove o corpo.

— Tá. — A garota continuava em estado de choque.

Ambos saíram do quarto, fechando a porta. Mortimer continuou da forma que estava, ainda vivo e com o olhar vidrado e cheio de ódio.

Os irmãos desceram as escadas e foram tomar um ar fresco lá fora. Velkan abraçou a irmã.

— Você está bem?

Anna engoliu o choro.

— Estou.

— Ele nunca mais vai nos importunar. — disse, apertando o abraço. — Agora vamos voltar para a festa e fingir que nada aconteceu.

— Está bem. — disse Anna, indo em direção ao salão.

— Anna. — Velkan a segurou e ambos se olharam nos olhos. — Ninguém pode saber disso, viu?

A garota assentiu e ambos voltaram para lá. A música continuava bela, os convidados continuavam dançando alegremente, tudo estava na mais perfeita harmonia.

***

A janela do quarto em que Mortimer estava se abriu e um vento gelado penetrou o ambiente. Sentado nela havia um garoto pálido de cabelos brancos que olhava serenamente para o moribundo estirado ao chão. Sua aparência era jovem, mas algo em seu olhar denunciava que já vivera mais do que aparentava. Era uma alma velha dentro de um corpo jovem.

Levantou-se e caminhou lentamente em direção ao corpo, que o olhava.

— Muito tempo... — ele disse, se agachando. — Estou cansado, sabe...

Mortimer o encarava estático. O garoto riu.

— Não é como se você pudesse se mexer, eu sei.

— Vai... Se... F...errar... — Mortimer reuniu todas as suas forças para fazer tal murmúrio.

O garoto peculiar revelou presas vampirescas e Mortimer arregalou o quanto pôde os olhos. “É o meu fim!”, pensou, mas logo lembrou-se de que já era seu fim de todo jeito mesmo, então o medo foi embora tão rápido quanto veio.

— Você tem uma coragem tola. Mas ainda assim, uma coragem...

Mortimer não estava entendendo.

O vampiro mordeu o próprio pulso, que logo se encheu de sangue e começou a escorrer. Aproximou-o da boca do garoto.

— Abra...

Ele abriu-a pouco e com dificuldade e o sangue pingou lá dentro. Ouviram barulho de gente na escada, então o vampiro sentou-se no chão e passou o braço pelo pescoço de Mortimer, apoiando-o para que bebesse melhor seu sangue. No começo o garoto apenas deixava que as gotas entrassem em sua boca, mas agora já estava chupando com força o pulso pálido do vampiro.

Os barulhos ficaram mais altos e o garoto loiro empurrou Mortimer de volta para o chão. Levantou-se e começou a caminhar para a janela.

— Você vai morrer e depois vai viver. — disse e se jogou para fora do quarto.

Mortimer ficou encarando a janela aberta até que tudo começou a escurecer, pois sua vida estava rapidamente se esvaindo. E então a fagulha acesa de seu olhar se apagou.

***

A porta do quarto se abriu e a primeira coisa que Velkan notou foi a janela aberta, pois tinha certeza de que estava fechada. Porém a ignorou.

— Você pega os pés e eu pego as mãos. — disse para o homem que havia trazido ao quarto.

— Sim, senhor.

E assim levantaram o corpo e o levaram para fora, colocando-o dentro da carruagem do homem. A festa havia acabado há algum tempo e Anna estava repousando em seu aposento.

— Leve-o para o coração da floresta e o enterre lá. Coloque uma cruz sem inscrição alguma. — ordenou o príncipe.

O homem assentiu e logo foi embora, levando o cadáver.

***

O vampiro pulou a janela e caminhou pacientemente para o pântano que havia perto da mansão dos Valerius.

— Finalmente nos encontramos, Sheamus. — disse um garoto de cabelos negros, trajando vestes negras compostas de um comprido sobretudo e um chapéu. Tirou uma estaca do bolso interno de sua veste.

“Flashes mostraram um jovem camponês de cabelos pretos pintando um quadro no meio de uma floresta.”

— Olá Andreas. — disse o vampiro de modo sereno. — Hoje é o seu dia de sorte. — abriu os braços.

“Ao cair da noite o garoto mostrava um semblante triste.”

— Cansou de vagar pela Terra, huh? — disse Andreas, aproximando-se do vampiro, que continuou imóvel.

“Uma garota de cabelos loiros apareceu atrás dele, assustando-o. Estendeu-lhe a mão, seduzindo-o com o olhar. Sorriu exibindo presas vampirescas.”

— Já fiz tudo o que tinha que fazer. Agora é a sua vez.

“O pulso da vampira sangrava e o garoto chupava-o, ajoelhado, em forma de submissão.”

Andreas chegou perto e disse, em tom de ameaça.

— Eu vou caçar até o último dessa sua raça imunda.

“A vampira sussurrou-lhe no ouvido: eu sou Marishka. Tudo ficou preto e então o garoto, exibindo presas vampirescas e cabelos brancos, tocava piano em um porão”.

Sheamus sorriu, desacreditando-o.

— Boa sorte.

O homem cravou-lhe a estaca no peito e, com o impacto, Yoongi caiu no rio lodoso que havia ali, afundando rapidamente.

Andreas olhou para a lua, que brilhava intensamente, e jurou a si mesmo:

— Jamais lograrão.

Foi embora com o sentimento de dever cumprido.

***

Era uma bela manhã, os raios de sol apareciam timidamente e Anna olhava para a fachada da mansão com um olhar pesaroso, enquanto seu irmão terminava de colocar as malas na carruagem.

— Vai ser o melhor pra gente, abandonar as lembranças ruins dessa casa. — disse Velkan, se aproximando da irmã.

— Eu sei. — ela respondeu, colocando involuntariamente a mão no coração. — Mas é triste pensar que nunca mais voltaremos...

— Talvez um dia a gente retorne. Mas até lá, vamos construir nossa vida longe daqui.

A irmã assentiu e entraram no veículo. Ela continuou olhando para a mansão até a carruagem se afastar completamente. O que não pôde ver, no entanto, foi a figura que se aproximou da janela.

Ele tinha o cabelo loiro e curto, os olhos azuis e sorria maldosamente, sorriso este que exibia presas vampirescas.

— A gente se vê... — murmurou.



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