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História BTS: Camera Prive - Bulletproof?


Escrita por: knamjaworld

Capítulo 30 - Bulletproof?


Fanfic / Fanfiction BTS: Camera Prive - Bulletproof?

“Chogiwa danbeone neukkyeo”

Jimin levou susto com a cantoria de Chanyeol em plena madrugada e estava pronto para brigar com Taehyung quando ouviu-o atender o celular.

— Alô?

A voz dele estava bem sonolenta. Jimin ficou quieto assuntando.

— Morreu? — pausa — Que hora? — pausa — Nossa ele podia ao menos esperar pra morrer quando o dia já tivesse amanhecido. — pausa — Tudo bem, não precisa me dar detalhes. O corpo já está sendo transportado? — pausa — Ótimo. Quando mais ou menos começa o velório? — pausa — Meio dia tá bom, vou sair daqui depois do almoço mesmo. — pausa — Prefiro que seja em um lugar menor, não vai dar ninguém. — pausa, Taehyung riu. — Tem profissionais que choram em velórios, contrata alguns e manda pra lá. Eu quero todos vestindo branco. — pausa — Tanto faz o preço, inclui na mensalidade. — pausa — Sim, na verdade acho que chego até antes, tipo umas cinco da tarde. Não quero chegar muito cedo. — pausa — Isso, o enterro pode começar às seis mesmo. — pausa — É só isso. Tchau.

Desligou e virou-se para Jimin, abraçando-o e voltando a dormir. O garoto, porém, mantinha seus olhos bem abertos, estava em completo choque. Como assim o Taehyung não estava nem aí com a morte do tão precioso Jungkook? Será que... Olhou as horas, era por volta de 4 da manhã.

Ficou pensando um monte de coisas sobre o assunto e acabou adormecendo novamente. Acordou com Taehyung abrindo as cortinas da janela, fazendo entrar uma claridade horrível no quarto.

— O que tá fazendo?! — exclamou enfezado.

— Acordando a Bela Adormecida. — puxou-o — Vamos.

— Eu não tô afim de acordar agora.          

— Não perguntei se você tá afim.

— Você não tem que perguntar nada.

A cara de Jimin estava bem feia olhando para o Taehyung, que riu e continuou puxando-o até que ele se levantasse, abraçando-o por trás e tapando-lhe os olhos. Andaram lentamente até a escada e começaram a descê-la.

— E se eu cair? — Jimin perguntou.

— Eu te seguro. — Taehyung respondeu.

— E se nós dois cairmos?

— Bom, vamos torcer pra que isso não aconteça, né. — riu.

Felizmente os dois conseguiram chegar ao final dos degraus ainda de pé. Caminharam um pouco mais e então Taehyung o soltou. Jimin abriu os olhos e viu que a mesa do café da manhã estava minuciosamente preparada e decorada com rosas vermelhas. Virou-se e ganhou um delicioso beijo de seu... han... amigo?

Ficaram quase a manhã toda em chamada de vídeo com a Hyuna, que estava se divertindo em Las Vegas com o “mozão”. Prepararam juntos o almoço enquanto ouviam os grupos que gostavam, tais como Big Bang, Exo, Vixx, SHINee, F(x)... uma infinidade.

Entreolharam-se quando tocou Let Out The Beast e desviaram rápido o olhar.

Depois do almoço, era mais ou menos uma hora da tarde, Taehyung disse a Jimin que teria que viajar e que não voltaria hoje. O garoto fez algumas perguntas sobre a tal viagem, mas Taehyung acabou enrolando e não respondendo coisa com coisa. Jimin se conformou sobre o fato de que ele não diria nada. Despediram-se com um beijo demorado e um abraço apertado e logo o garoto partiu.

Mas você conhece o Jimin, sabe que ele não deixaria por isso mesmo.

Correu para seu quarto e vestiu as roupas do Baby_J, disfarçando-se ao máximo. Arrumou rápido sua bolsa e partiu para a esquina do apartamento de Taehyung. Foi de táxi, visto que logo embarcaria em um avião. Ficou de butuca e em poucos minutos viu o garoto sair de lá vestindo um sobretudo chique e usando um óculos escuro elegante. Carregava uma mochila maior do que a que deixara na casa de Jimin na ocasião em que... Bem, naquela ocasião. Entrou em um táxi.

Jimin logo entrou em um táxi também e disse ao motorista o que sempre quis dizer:

— Siga aquele carro!

Os dois táxis foram parar no aeroporto. Enquanto esperavam para embarcar, Jimin comprou vários chocolates, simplesmente porque queria loucamente comê-los, como se sua vida dependesse disso. Sentou-se em uma fileira atrás de Taehyung e ficou observando-o. Ele estava jogando Candy Crush.

Candy Crush, cara. O Jungkook estava sendo velado o Taehyung estava jogando Candy Crush. Se isso não era amor puro e verdadeiro, Jimin não sabia mais o que era então.

Embarcaram ambos na primeira classe. Jimin sentou-se a uma distância em que conseguisse olhar para Taehyung, mas que não o deixasse assim tão exposto. Viu que o garoto começou a cochilar e então resolveu ler uma de suas revistas, que estava em sua bolsa.

Algum tempo depois um forte cheiro de amendoim começou a incomodar-lhe. Olhou para o lado e viu que um garoto estava com um pacote enorme de amendoins. Quis dar na cara dele, mas se controlou. O que não pôde controlar, no entanto, foi seu estômago, que estava muito, muito ruim por causa daquele cheiro insuportável.

Por fim não teve jeito, correu para o banheiro do avião e vomitou até os rins. Ficou um pouco lá, meio desolado, pensando na vida. Limpou-se e voltou divando para sua poltrona. Acabou adormecendo.

Quando acordou viu que tinham chegado. Olhou para a poltrona de Taehyung e ele não estava lá. Desesperou-se e saiu correndo do avião, procurando o garoto com os olhos. Avistou-o. Ainda bem.

Reparou que a cidade era bem pobre, apesar de ter um aeroporto. O povo que a habitava era mal vestido e as casas não passavam de muquifos. Esse era um lugar do qual nunca ouvira falar.

Novamente disse a um motorista de táxi que seguisse aquele carro, o qual Taehyung estava, e pararam na porta de um lugar onde havia várias pessoas usando roupa branca. Menos uma, que era Taehyung. Ele estava todo de preto.

“Droga, eu tô me destacando aqui”, pensou Jimin, que também usava vestes negras. Resolveu não entrar naquele grande salão, mas ficou de butuca. Era até melhor mesmo, ele detestava ver caixões, ainda mais com gente morta dentro.

Olhou as horas, já eram 6:13, apesar de estarem ali somente há mais ou menos uns vinte minutos, o voo devia ter se atrasado. O sol já estava nos minutos finais de seu pôr. Levaram, então, o caixão para o cemitério, que era perto dali.

Ao chegar, Jimin reparou que era um lugar bonito e bem cuidado, com árvores e flores. Reparou que Taehyung mantinha certa distância do caixão e continuava usando seu óculos escuro, talvez para esconder a vermelhidão de seus olhos chorosos. Ou assim esperava que fosse.

Observava tudo a uma distância segura para que o garoto não o visse. Desceram o caixão para a cova e Taehyung se aproximou com uma flor branca em mãos, era um lírio. Tirou o óculos e Jimin viu que não havia uma única lágrima em seus olhos, que sequer estavam vermelhos.

Ele era o único usando preto no meio de tantas pessoas usando branco. Aquilo devia significar alguma coisa.

Taehyung começou a dizer algumas palavras:

— Não sabemos o que nos espera depois da morte, mas eu acredito que há alguma coisa depois disso. — olhou para o caixão lá em baixo com um semblante de desprezo. — Espero que você vá para o lugar mais justo para você, de acordo com suas ações em vida. — jogou o lírio. — Eu lavo minhas mãos. — deu um último olhar de ódio e então se afastou.

Os coveiros começaram a cobrir a cova enquanto as pessoas usando branco lentamente se dispersavam. Jimin seguiu Taehyung às sombras e viu que ele se ajoelhou diante de um belo túmulo com uma estátua de anjo criança. Querubim, o nome? Jimin não entendia muito de anjos, apesar de praticamente ser um. Já era noite e a escuridão não permitia que ele enxergasse direito, ainda mais se escondendo atrás de uma árvore, mas viu que o garoto começou a chorar. Chorava muito e abraçava a lápide, murmurando algumas palavras às quais não conseguia ouvir muito bem.

Taehyung permaneceu lá por um longo tempo e, para passar o tédio, Jimin começou a jogar Cow Evolution, o joguinho das vacas mutantes. Ouviu o barulho de Taehyung se levantando e olhou para lá. Viu que ele tirou alguma coisa do bolso interno de seu sobretudo e colocou sobre o túmulo. Fez o sinal da cruz e enxugou os olhos, afastando-se em seguida.

Jimin correu pra lá para saber de quem era a sepultura e ficou em choque, paralisado, quando viu a quem pertencia. Seu coração disparou e ele não acreditou no que estava vendo. Estava escrito na lápide:

Aqui jaz Jeon Jung Kook
1.9.1997     †4.5.2013
O mais amado e iluminado deste mundo

Olhou para a foto dele, tão jovem e bonito. “Morreu aos 16 anos...”, pensou ao ler as datas. De repente sua ficha caiu. “O Jungkook tá morto há três anos?!”, pensou e o mundo pareceu parar por um instante. Então não era ele quem estava naquele hospital. Lembrou-se da data marcada na agenda de Taehyung: “4 de Maio - Rosa vermelha, Jungkook forever”. Agora fazia sentido, era a data de morte do garoto. “Forever” talvez fosse uma forma de negar que ele estivesse morto.

Olhou para baixo e viu que Taehyung havia colocado ali um sapatinho branco de bebê e uma rosa vermelha por cima. Lembrou-se do que ele havia dito uma vez: O Jungkook também gosta de rosas. As vermelhas. Ele gosta dessa cor”.

Jimin sentiu náuseas. Por várias vezes Taehyung agiu como se ele e o Jungkook ainda estivessem juntos, mas... O garoto estava morto há três anos! Três anos! Levantou-se depressa para não perdê-lo de vista e viu que era um pouco tarde demais.

Saiu correndo do cemitério, tentando encontrar Taehyung e, para seu alívio, viu que ele caminhava sem pressa por uma rua pequena e suja, onde não havia movimento algum. Temeu que pudesse seu visto, então ficou um pouco longe, mas o garoto parecia muito absorto em seus próprios pensamentos para que percebesse sua presença.

Taehyung chegou em um beco e Jimin ficou observando. Um homem velho e gordo o esperava.

— Trouxe? — Taehyung perguntou.

— Claro, aqui não é treta não. — o homem respondeu. — Mas e quanto a você?

Taehyung riu e tirou uma maleta de sua mochila, jogando-a para o homem.

— Confere aí.

O homem abriu a maleta e Jimin viu que ela estava cheia de notas grandes de dinheiro. Não conferiu a quantia. Jogou para Taehyung um saco contendo uns 3 quilos de um pó branco.

“Será que...”, Jimin começou a pensar, mas seus pensamentos estavam muito confusos.

Taehyung pegou o saco e, enquanto o homem cheirava e beijava o dinheiro, tirou do bolso interno de seu sobretudo um revólver.

Um revólver!

Jimin se assustou e suas pernas bambearam.

Taehyung apontou a arma para o homem com uma confiança tão grande que não parecia ser a primeira vez que ele a usava.

Jimin sentiu como se estivesse sonhando. De repente tudo meio que ficou em câmera lenta e ele viu Taehyung dar um sorriso mau quando o homem olhou pra ele.

E então ouviu aquele barulho tão alto e mudo ao mesmo tempo.

Gritou.

Taehyung se virou depressa e apontou a arma para Jimin.

Depois disso, só escuridão.


Notas Finais


Parece que temos algumas Xeroque Rolmes por aqui, não é mesmo? kk


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