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História BTS: Camera Prive - Just Like TT


Escrita por: knamjaworld

Capítulo 31 - Just Like TT


Fanfic / Fanfiction BTS: Camera Prive - Just Like TT

Jimin abriu os olhos e viu que ainda era noite. Estava deitado em uma simples cama de solteiro, num quartinho mixuruca com a pintura branca descascada e fios elétricos soltos. Cheirava a mofo também.

E, além disso, não estava usando a máscara, o óculos e nem o moletom.

— Será que eu morri? — pensou alto.

— Eu não atirei em você. — disse Taehyung, entrando no quarto com uma bandeja nas mãos. — Baby_J.

O garoto não estava mais usando o sobretudo e suas mãos estavam completamente limpas. Nem era como se há algumas horas tivesse brutalmente assassinado alguém.

O coração de Jimin disparou e ele olhou para outro lado, para não encará-lo.

— Não conheço nenhum Baby_J.

— Ah, eu acho que conhece sim... — disse Taehyung, sentando-se a seu lado na cama. — Beba. — entregou-lhe um copo com um líquido que parecia água, mas vai saber né...

— Eu não bebo nada que venha de assassinos.

— Se eu quisesse te assassinar teria atirado em você. Isso — balançou o copo — é água com açúcar pra você se acalmar. Imagino que nunca tenha visto algo assim...

— Não, eu nunca vi um assassinato. E eu não falo com assassinos.

Taehyung ficou em silêncio.

— Você que me trouxe pra cá? — Jimin perguntou.

O garoto assentiu.

***

Taehyung mirou bem na cara daquele desgraçado e apertou o gatilho, estourando-lhe os miolos. Ao atirar, porém, ouviu um grito e, assustado, virou-se para a direção de onde tinha vindo o som.

Era Baby_J.

O garoto desmoronou feito um saco de batatas no chão e Taehyung percebeu que apontava o revólver para ele.

— Essa arma agora tá atirando por telepatia?

Ficou em dúvida se terminava o que havia começado ou se socorria Baby_J, mas era focado o bastante para escolher a primeira opção. Cuidaria do garoto mais tarde.

Andou ameaçadoramente para o lado do corpo, que estava caído e ensanguentado, e encarou-o com desprezo. Atirou várias vezes no rosto do homem, até que ficasse disforme e, enquanto o fazia, olhava para Baby_J.

— Cara, eu não acredito que você tá aqui! Isso só pode ser amor. — riu.

Agachou-se e pegou uma faca dentro de seu sobretudo. Enfiou-a no peito do cadáver e desceu-a até a altura do umbigo, rasgando-o assim como havia feito com Velkan Valerius, porém de verdade dessa vez.

— Espero que seja amor mesmo, mas você é tão difícil.

Pegou as notas de dinheiro que estavam na maleta e começou a enfiar dentro do cadáver, até que não sobrasse mais nenhuma. Parou e virou-se para Baby_J.

— Eu não sei por que cargas d’água você ainda não largou do Yoongi pra ficar comigo. Vou acabar tendo que resolver do meu jeito.

Passou a faca no saco que continha o pó branco e riu.

— Até parece que eu mato as pessoas dessa forma, se fosse assim minha primeira vítima teria sido o porco do Yugyeom, aquele canalha!

Despejou todo o conteúdo do saco dentro do cadáver, em cima das notas de dinheiro. Levantou-se.

— Se não fosse sujar meu sapato eu lhe daria um belo chute, seu verme imundo! — olhou para o corpo com desprezo e em seguida caminhou para perto de Baby_J.

Suas mãos estavam encharcadas de sangue e ele as limpou como pôde em sua vestimenta.

O capuz caído para o lado revelava o cabelo laranja do garoto, mas não fazia diferença para Taehyung, que pegou-o no colo e levou-o embora dali.

***

Jimin não sabia o que pensar, muito menos o que fazer. Estava em um barraco velho, numa cidade que não conhecia e pior, na companhia de um assassino. Assassino este que até então havia dormido em sua cama. Arregalou os olhos ao pensar no risco que correra. Quando deu por si estava tentando desesperadamente sair dali e Taehyung o segurava forte.

— Não me mata! Não me mata! — gritava.

— Eu não vou te matar, Jimin! Que saco!

O ruivo começou a se debater e dar-lhe tapas.

— Seus tapas não fazem nada além de me excitar!

— Cretino!

Começou a chorar e estremeceu, sendo segurado por Taehyung, que o abraçou forte.

— O Jungkook tá morto, você matou ele... — murmurou em meio a lágrimas.

Isso pareceu atingi-lo em cheio.

— Eu não matei o Jungkook. — havia dor em sua voz. — Jamais faria isso.

E não faria mesmo, tanto que se recusava a deixá-lo ir.

— Quem é que tava naquele caixão? — Jimin continuava chorando.

Taehyung não respondeu.

— Fala! — Jimin gritou.

— Se eu te disser agora você vai achar que eu sou um monstro.

— Eu já acho.

— Bom, vai achar que sou mais monstro ainda.

Jimin encarou-o.

— Que muquifo é esse?

Taehyung puxou-o de volta para a cama.

— É a casa onde passei minha infância.

Sentaram-se.

— Então você era mesmo um favelado.

O garoto assentiu.

— O que era aquele pó branco no saco?

— Heroína em sua forma mais pura.

— Então você é um drogado...

— Não.

— E de quem era aquele dinheiro todo?

— Meu.

Jimin ficou boquiaberto.

— Não estou entendendo.

Taehyung pegou o copo d’água com açúcar e entregou a ele.

— Beba.

O garoto recusou.

— Por favor.

Jimin olhou nos olhos de Taehyung e viu que estavam suplicando. Ainda com receio, bebeu a água, que estava extremamente doce.

— Você colocou um quilo de açúcar aqui!

— É pra você se acalmar e me ouvir com atenção, sem dar a louca. — Taehyung respondeu, puxando uma cadeira para perto da cama. Sentou-se nela.

— Te ouvir? — Jimin estava confuso.

Taehyung assentiu com o olhar pra baixo, meio triste.

— O que eu vou te contar contei apenas para uma pessoa em toda a minha vida. Só me dá um tempinho pra me preparar, tá bom?

Jimin sentiu o peso daquelas palavras.

— Pra quem você contou?

Pro Hoseok com certeza não era.

— Você vai saber.

Taehyung ficou um tempo em silêncio reunindo coragem para começar a falar e Jimin, ainda que não quisesse, se viu obrigado a perguntar sobre esse assunto que o estava incomodando.

— Quando foi que você descobriu que sou o Baby_J?

— Eu sempre soube.

— Quê?! — o mundo do garoto desabou. — Mas você tava com medo de entrar no carro porque não sabia quem o Baby_J era...

Taehyung o encarou.

— Eu quis que você pensasse isso, e vejo que funcionou.

Jimin estava puto.

— Então você tava atuando?!

Taehyung assentiu e deu um riso leve.

— Eu faço teatro, mon amour.

— Vagabundo!

— No fundo todo garoto de programa é um pouco ator também. — riu — E eu tive que me segurar pra não gritar seu nome. — mordeu o lábio. — Você não sabe a delícia que você é.

Jimin passou a mão pelos cabelos, sentindo-se foda.

— Eu sei sim. — escondeu um risinho convencido.

Taehyung chegou seu rosto perigosamente perto do rosto de Jimin e sussurrou-lhe sensualmente no ouvido:

— Da próxima vez não me algema.

O garoto se arrepiou e imaginou-os transando de novo, mas rapidamente afastou esse pensamento.

— Não vai haver próxima vez, eu não transo com assassinos.

Taehyung voltou ao seu lugar.

— Transou duas vezes com um.

Jimin arregalou os olhos.

— Você já tinha matado antes?

— Sim.

— Meu deus do céu... — estava chocado.

Mil perguntas se passaram em sua mente, mas de todas que poderia fazer, fez esta:

— O que me entregou?

Referia-se ao Baby_J.

Taehyung riu.

— O seu jeito único de ser. No começo eu notei a semelhança de falar que o Baby_J tinha com você, um jeito assim tão altivo, mas não me atrevia sequer a cogitar a hipótese de vocês serem a mesma pessoa. Porém quando você disse meu nome eu soube que era você.

— Então você fingiu esse tempo todo que não sabia?! — Jimin estava incrédulo.

Taehyung assentiu.

— Mas mesmo que eu não soubesse, teria descoberto assim que o Baby_J começou a me beijar. Eu reconheceria seus lábios em qualquer lugar do mundo. Seu bumbum também. E nem falo da sua volúpia...

— Você disse que só transaria comigo quando eu reconhecesse que você não é um brinquedo sexual, por que então decidiu ir pra cama com o Baby_J se sabia que era eu?

— Porque eu queria transar com você e essa era uma forma de eu não voltar atrás na minha decisão. Além do mais era divertido ver você pensando que me enganava... — riu.

Jimin se sentia exposto e traído.

— Você escreveu no seu diário que tinha medo de eu descobrir o que você fazia, mas sabia que eu sabia da prostituição...

— Eu não me referi à prostituição, me referi aos assassinatos. — lançou a Jimin um olhar acusador. — Então você mexeu na minha mochila, né?

O garoto deu de ombros.

— Foi um acidente.

Taehyung riu e olhou-o com um olhar apaixonado.

— Você não vai parar de falar comigo por causa disso, né?

Jimin não acreditou no que ouviu.

— Não, Taehyung, imagina. Você só matou um cara na minha frente, que motivo eu teria pra não falar mais com você?

Olhou-o de forma intimidadora e então fez a pergunta mais importante da noite:

— Por que você matou aquele cara?



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