( Me espera - Sandy e Tiago Iorc ♪ )
Na manhã seguinte, Lexa acordou antes de todos. Desceu e serviu de café e foi pra canto onde era seu refugio, um lugar perto da sacada onde dava para jardim, olhou o jornal para ter ideia geral do que estava acontecendo no mundo. Na sétima pagina da segunda sessão algo lhe chamou atenção uma foto enorme colorida de Lexa, Clarke, Lexie e Alexander. Com titulo para lá de sugestivo, "Uma saída de família" dando o nome dos Woods. Clarke era apontada na matéria como companheira de Lexa, e Lexie como filha delas. E a ênfase maior era como os olhos da menina eram idênticos ao de Lexa. Companheira pensou Lexa. Que tipo de palavra era aquela? A legenda não havia preciso ser dito mais nada.
O problema já estava diante delas, Clarke estava sendo vista como sua amante e Lexie como apenas a filha da mulher que ela estava mantendo alguma relação. E Lexa não conseguia deixar aquilo dessa forma afinal Lexie era sua filha legitima e matérias maldosas como aquela a irritavam profundamente. Não iria tolerar aquilo. Já bastava o que tinham visto em Viena. Mas Viena era do outro lado do atlântico. E Nova York era onde Lexa morava, e onde mantinha a base de suas empresas, e a impressa tinha ido longe demais. Mas a empresaria iria tomar providencias para que isso não acontecesse.
Não era um momento bom para Clarke andar pela cozinha já que Lexa estava com ânimos exaltados. Ela usava um roupão de seda comprido, amarrado a cintura. Sentiu o cheirinho de café no ar e comentou.
– Café eu não acredito, que você fez café. É meu novo anjo agora.
– Meu pai e Lexie ainda estão dormindo? – A violinista abriu bem os olhos e indagou.
– Sim. Qual problema porque essa cara logo pela manhã?
– Eles ainda estão na cama?
– Sim. Mas porque a pergunta? – Lexa jogou o jornal em cima da bancada e apontou para foto se mostrando totalmente irritada. Clarke olhou a foto onde ela a filha, Lexa e seu pai caminhavam lado a lado.
– Não posso, mas permitir esse tipo de coisa Clarke. Não posso deixar que submetam minha filha a comentários maldosos e insinuações como essas. Vamos nos casar e colocar, um ponto final nessa situação. Clarke pegou o jornal e leu a legenda. Franziu as sombracelhas e explicou.
– Lexa Lexie já contou a todos na escola que é adotada e que você é a mãe biológica dela. Então isso não importa. Lexa se levantou e retrucou.
– Isso importa para mim. E deveria importar para você também.
– Eu vivi com esse fato por sete anos, e não será uma matéria em jornal de quinta que me fará mudar de ideia. E não me ouse dizer como devo me sentir. – Disse Clarke, esticando-se para pegar uma caneca no armário da cozinha.
Lexa se adiantou e pegou a caneca das mãos da loira a colocando sobre a bancada em seguida. E depois puxou Clarke para seus braços e beijou de imediato. No inicio, Clarke ficou chocada. Porém, depois cedeu, retribuindo o beijo com paixão. Seu corpo vibrava de desejo nos braços de Lexa Woods. A morena lhe acariciou os seios e perguntou.
– Então quando podemos nos casar? O mais rápido possível?
– Esta me pedindo em casamento ou afirmando que vou casar com você Woods?
– Não vou negociar com você Clarke, vai se casar comigo e ponto final.
– E assim que você pensa não é? Que tudo tem ser do seu jeito, mas lamento te informar não é assim que funciona.
– Porque você se opõe ao obvio
. – Você me ama Lexa?
– Eu não sei como responder essa pergunta, me sinto confusa em relação aos meus sentimentos por você Griffin. Mas eu sinto algo forte e intenso.
– Então como pode dizer que vamos nos casar?
– Porque eu gosto de você, te admiro, te respeito e a desejo loucamente. Não acho que seja ruim.
– Não é ruim, mas não é suficiente para mim Lexa.
– Você quer romance Griffin?
– Não faça pouco caso dos meus sentimentos!
– O que esta querendo dizer com isso?
– Que eu me apaixonei por você Lexa, me apaixonei lá me Paris e foi tão intenso e forte que me assustou e eu precisei fugir. Mas veja só o destino foi tão brincalhão que acabamos dividindo uma filha algo que vai nos unir para sempre.
– Quando percebeu isso?
– Da ultima vez que fizemos amor... Em Boston. Mas talvez todo sentimento só estivesse adormecido desde Paris quem sabe. Mas não importa agora. O fato é que não vou me casar com você se não sabe o que sente. Ou se não me ama, eu mereço ser amada.
– Amor é a uma palavra mais violada do mundo.
– E a sua opinião... Não a minha. Mereço uma pessoa que me ame, e Lexie merece uma família que se ame também. Fim de discussão.
– Meu pai amava minha mãe. E veja no que deu.
– Meus pais amavam a musica, e as próprias carreiras. Também amavam um ao outro e a mim. Não necessariamente nessa ordem. O que estou tentando dizer é que podemos fazer tudo. E além do mais eu não sou igual a sua mãe Lexa.
– Você é uma otimista Swan.
– Eu sou realista. Afinal temos uma filha juntas e a amamos é um começo maravilhoso.
– E maravilhoso. Mas não é um começo eu preciso entender o que sinto para mim é apenas isso.
– Eu não vou ceder. Eu quero tudo que tenho direito. E se quer voltar a me fazer esse pedido de novo, se entenda primeiro. Porque eu mereço uma mulher que ame a mim e nossa filha. Só não demore uma eternidade Lexa porque não tenho a via toda.
– Fusões corporativas são mais fácies quando comparados a você Clarke Griffin Mas eu prometo que vou arrumar a confusão dos meus sentimentos, só preciso entender o que se passa aqui dentro e depois eu volto para vocês.
– Eu esperava por isso. – Comentou Clarke.
– Às vezes parece que você vai me devorar no café da manhã e se livrar de mim no almoço.
– Primeiro preciso tomar meu café. Lexa se aproximou, passando os braços ao redor da cintura da loira. O corpo de Clarke parecia deliciosamente quente e suave, as curvas voluptuosas sobe a seda fina.
– Se ao menos pudéssemos fazer amor agora.
– O sexo não substitui o amor Woods. Não no meu mundo, então nada de sexo ate você decidir essa confusão que esta na sua cabeça e definir o que sente.
– Você só pode estar brincando Clarke. E quando o sexo é com você, eu sinto que chega bem perto disso. Do amor.
Clarke puxou a cabeça para baixo e selou os lábios de Lexa com os dela. O a beijo atingiu em cheio. Deleitando-se com toda a doçura da boca sexual de Clarke, a morena a puxou para mais perto. Mas sons de passos na escada fizeram Clake entra em alerta e ela empurrou Lexa rapidamente endireitando o roupão.
– E nossa filha. – Disse Clarke com a voz entrecortada.
Lexa virou-se na direção da bancada e se ocupou, servindo uma caneca de café para Clarke. Aquela conversa tinha sido um algo inacabado, mas ao menos Lexa tinha conseguido admitir que sentisse algo por Clarke mesmo que ainda não entendesse a profundidade de todo aquele sentimento. Então bem-vinda ao amor e a maternidade. O problema agora era o que Clarke voltaria para Boston naquela mesma noite. Depois de uma semana com ela em casa tinha se acostumado em chegar em casa e ter a filha e sua borboleta lá. Mas logo iria para Praga a negócios e precisava deixar Clarke e a filha voltarem a sua rotina assim como ela. Ainda teria que viajar para Londres e Malásia. Mas era uma chance de pensar e botar os pensamentos no lugar e voltar para casa com certeza do que sentia. A data do casamento não tinha sido marcada. Clarke Griffin vencera aquela rodada, mas Alexandra Woods não desistia tão fácil.
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