1. Spirit Fanfics >
  2. Canticum >
  3. Imensidão

História Canticum - Imensidão


Escrita por: yehunnie

Notas do Autor


Olá, cá eu voltei mesmo com várias fics para atualizar e deixando mais uma para isso, mas essa é especial. É de aniversário da minha amiga. Queria agradecer a Linnie pelo nome <3 Canticum é canção em latim =) A fic só terá mais um capítulo (era para ser oneshot, mas como não consegui terminar a tempo postarei dividida :/)
@Scarlet_lp, meu amorzinho, feliz aniversário, desejo que a sua vida seja regada em alegria e bons frutos, amo muito você bebê <3 Eu sou péssima com essas coisas, mas sabia que você é alguém muito especial para mim e obrigada por ser tão presente (mesmo tão longe). Feliz aniversário, hoje é o seu dia <33

Capítulo 1 - Imensidão


Observar o mar poderia ser algo bem relativo.

O movimento continuo das ondas para muitos causava uma certa aflição e medo, o mar era imprevisível e indomável. Da mesma forma que ele exibia a sua beleza, poderia mostrar seus perigos.

Da mesma maneira que o mar poderia dar medo, ele também poderia transmitir uma paz sem igual. As ondas se moviam e sempre de forma diferente, o mar nunca mais seria igual ou o mesmo naquele milésimo de segundo. E era aquele sentimento de paz e transformação, que também tinha transformado o mar em um lar para o pesquisador. O que ele nunca achou que aconteceria.

Mar e Lar.

Lar, Doce Mar.

Nascido e vivido em cidade grande, Kim Junmyeon quando anunciou que abandonaria a rotina de engarrafamentos e nervosismo para morar à beira da praia surpreendeu não só aos amigos, mas como também a sua família, que não acreditou logo de cara o que ele estava contando.

Alguns diziam que viver próximo a praia poderia ser terapêutico, e Junmyeon tentava concordar... Ele sentia-se completamente envolto pelo mar, como se dormir escutando o barulho das ondas fosse algo que necessitasse para sempre.

A ideia de comprar um barquinho não estava em seus planos. Assim como também viver a beira mar, era algo que não pensava que um dia viveria, mas conforme os rumores e os boatos começaram a ficar mais forte e a sua curiosidade aguço, ele se viu gastando uma pequena fortuna naquele barquinho que volta e meia dava defeito no motor mas ainda assim o atendia bem.

A cidadezinha litorânea o acolheu da mesma forma que o mar, Junmyeon não tinha conhecidos, muito menos amigos ali, mas sentia-se bem ao cumprimentar os vizinhos que eram muito agradáveis sobre que passavam a sua frente, ou até mesmo a Senhora que morava ao seu lado que às vezes levava algumas refeições ao estudioso que permanecia por horas e mais horas lendo e estudando os mapas da região.

O fato era que o rapaz estava curioso com o que a população dizia, e alguns dados importantes cedidos pela polícia local. Aquela era uma região de muitos desaparecimentos inexplicáveis que o deixava bem atento. Nos últimos anos ele tinha analisado vários dados costeiros ainda quando vivia na cidade, junto ao mapeamento dos oceanos e o número de desaparecimentos naquela região extrapolava a média nacional, porém, nenhuma autoridade parecia perceber isso.

Não existia nenhum fator natural ou até mesmo geológico para explicar o número de embarcações desaparecidas encontradas posteriormente destruídas.

Munido de equipamentos, tanto legais como armas ilegais, Junmyeon todos os dias pela manhã saia no seu pequeno barco visitando a área que calculava ser a mais próxima que outras navegações desapareciam. Não era uma atitude da mais esperta, mas ele confiava em si, estava um passo a frente. Seus ouvidos continham forte isolante de som – o qual acreditava ser muito importante – além de carregar uma máquina fotográfica com grande lente para visualizar sem se aproximar.

Seus flashbacks o acompanhava nessa jornada, e a crença que estava correto.

Passaram-se dias de buscas, alguns moradores lhe dizia que não deveria sair no mar sozinho, mas ele ignorava, ele precisava saber que não estava louco. Junmyeon tinha certeza. A sua pele que sempre foi muito pálida tinha sido beijava pelo sol, e ele enxergava um bronze que nunca possuiu em sua vida, seu corpo encontrava-se muito magro mas ainda assim, a sua aparência estava mais relaxada, suas roupas, antes formais, tinham sido modificadas com o pouco tempo.

Os enjoos recorrentes nas primeiras viagens tinham sumido aos poucos, da mesma forma que ele aprendia a mexer no barco com mais precisão e entendia as estradas marinhas. O verão estava acabando e ele ainda não tinha apresentado nenhuma confirmação relevante a universidade que era vinculado para ser pesquisador. Ele sabia que não seria em poucos dias que encontraria alguma coisa – ou até mesmo nunca encontraria – mas a ansiedade falava mais alto mesmo diante a longa costa e as ilhas próximas.

As semanas passavam lentamente, e Junmyeon se negava a ter um descanso. Todos os dias, sem exceções, jogava-se a alto mar com alguns sanduiches feitos por si ou alguma refeição que a sua vizinha tratava em alimentar, porém, estes vinham sempre acompanhados de um pedido para que o mais novo desistisse de navegar por aquelas águas sozinho.

Em certo momento do verão, Junmyeon abandonou a solidão.

Um dos dias que ele teve que voltar mais cedo para casa devido a uma forte tempestade que se aproximava, o rapaz ouviu em uma caixa abandonada na sua rua um choro enquanto a chuva caia. E mesmo com as mãos segurando as compras no mercadinho do vilarejo e um guarda-chuva na outra, ele se aproximou e encontrou um filhote abandonado, o qual se tornou seu melhor amigo.

Corrigindo, melhor amiga.

Era uma filhote meio misturada, com umas manchas espalhadas pelo corpo em tons caramelo em seu pelo branco, Pandora, para os mais íntimos Dora, aqueceu o coreano nas noites frias e lhe deu toda a amizade e o carinho que faltava nos últimos tempos, se apossando de sua cama e um lugar dentro da cabine no pequeno barco todos os dias.

A ideia de leva-la junto nas viagens o preocupava, porém, sabia que a cachorrinha ficaria pior sozinha, e mesmo com o medo de que algo acontecesse, Junmyeon optou por leva-la. Pandora aprendeu desde novinha, nas primeiras viagens, que deveria sempre permanecer dentro da cabine.

  E foi em um dos primeiros dias do outono, quando o sol já não brilhava tanto e o mar parecia mais calmo, que Dora começou a latir de dentro da cabine quando se aproximavam de uma praia pela primeira vez.

A água estava calma, e Junmyeon estava dirigindo em seu pequeno barco, mesmo que não encontrasse nada naquele local, seria um bom para poder parar para comer. Tinha alguma comida separada que tinha feito na noite anterior, e iria ser um bom local para que Dora também comesse.

Quando a sua companheira começou a latir, a primeira reação de Junmyeon foi tentar acalma-la, e acabou pegando-a no colo. Pandora ainda tinha um latido fraco, mas aparentava estar muito nervosa, e mesmo com o carinho atrás da orelha que a fazia ir as nuvens, ela ignorou por completo. Ela continuava latindo e na direção da praia.

Devido ao protetor de som em seu ouvido, Junmyeon não conseguia escuta-la, mas sabia que algo estava errado e quando ele olhou na direção em que Dora estava agitada... Ele não conseguia ver com nitidez...

Com a sua máquina fotográfica em mãos e Pandora agitada em seu lado, Junmyeon deu o máximo de zoom que conseguiu na costa, não tinha ninguém naquela ilha. Seus olhos vagaram por toda a praia e mar, e foi então que ele o encontrou.

Sentado em uma pedra, com a água batendo sobre, ele estava sorrindo. O pesquisador diminuiu o zoom e encontrou mais pessoas próximas a ele, todos sentados em pedras, seus corpos eram metade humanos e metade peixes. E ainda os dedos trêmulos, Junmyeon disparou a foto focando naquele sorriso bonito de gato com os fios do cabelo contra o vento.

Junmyeon sabia que eles eram reais.

E finalmente tinha os achado, novamente. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Venham falar comigo, adoro conversar,
Estou no twitter https://twitter.com/yehunnie
curiouscat http://curiouscat.me/yehunnie
Até mais <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...