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História Caprichos - Capítulo Único


Escrita por: xxxinativoxxx

Notas do Autor


Quem é vivo sempre aparece, né?
Olha, quem é morto também, porque aqui tá só a alma...
MEU FILHO TÁ FAZENDO TRINTA ANOS SOCORRO ;--; (Ataque de Mãe-fangirl coruja)
O que dizer dessa criatura imatura, mimada e perversa? Eu sei que essa criança é também sentimental, gentil e esforçado por seus ideais.
E de verdade, espero que ele nunca mude! Porque é esse Yuya Tegoshi que me cativa e alegra meus dias como ninguém ♥
Parabéns meu eterno bebezinho! ~ Espero que você tenha dias maravilhosos ao lado do NEWS, pois alguém incrível como você merece estar ao lado de pessoas tão preciosas igual eles ♥ ~

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Caprichos - Capítulo Único

Acordei com o som de portas batendo, levantei rapidamente num movimento brusco, mas voltei a deitar assim que comecei a sentir certa tontura.  

— Ah Tegoshi, você é um idiota — Flashs da noite passada voltavam na medida em que encarava o teto branco. 

Não deveria ter bebido tanto, porém nunca penso na consequência da dor de cabeça que me consome na manhã seguinte. Realmente um idiota!  

Passei a me lembrar dos Juniors dos quais estiveram aqui na "festa" da noite anterior. Espero que não sejam iguais a mim, não quero causar nenhuma controvérsia por causa de bebidas. (In)felizmente não sou um Senpai-boa influência como Yamada Ryosuke, talvez seja por isso que as mães tendem a adorá-lo!?  

Apesar da dor de cabeça, passei a esquece-la quando comecei a rir de meus devaneios aleatórios.  

—Que tipo de bebidas você misturou para estar assim logo às 10 da manhã? —minha sessão de risos acabou sendo interrompida por um "velho".  

—Ainda são 10 horas? Ninguém é feliz acordando antes do meio dia... Voltarei a dormir — me virei na cama e me cobri até a cabeça.  

—Você está acordado rindo a um bom tempo, trate-se de levantar!  

—Não! — Retruquei de baixo das cobertas — Shige você é, barulhento é inevitável não acordar.  

—Eu estava limpando a bagunça que você chama de casa... Agora ande logo e levante-se, seu café irá esfriar — Shigeaki puxou a minha coberta como uma mãe querendo que seu filho se levante para ir à escola.  

—Não quero levantar! — relutante sentei novamente na cama e como uma criança cruzei os braços e inflei as bochechas — Você vai embora e meu dia será um tédio, prefiro dormir. 

Vi Shige suspirar, ele sentou-se na beirada da cama e afagou meus cabelos gentilmente. 

—Você precisa crescer Tegoshi, eu n- 

Me decepcionei naquele exato momento, esperava receber algum mimo por parte dele e não um sermão, por isso o interrompi. 

—Meu nutricionista diz o mesmo desde os meus quinze anos, boa noite! — Voltei a deitar e me cobrir até a cabeça. 

—Yuya Tegoshi! Pelo amor, você já tem 30 anos! 

—29! E quer saber — Ele havia conseguido; finalmente me levantei — Eu irei dormir porque não tenho nada melhor para fazer... Enquanto você está por aí com qualquer uma — Sussurrei essa última parte, mas foi inevitável ele não ouvir.  

—Que tipo de cara você acha que eu sou? — Ele parecia ter se irritado um pouco.  

 —Sabe do que mais? Lhe dou 10 minutos para estar pronto. 

—10? Mas só meu cabelo leva trin- Recebi uma toalhada na cara antes de terminar a frase.  

—20 minutos! E certifique-se de tomar o remédio para dor de cabeça. Não sou obrigado a cuidar de você passando mal — Shige saiu do quarto batendo a porta, passei a mão em meus cabelos os bagunçando mais, meu sorriso ia de orelha a orelha, eu era quase a representação humana do gato de Cheshire.  

Eu sabia que Shige não estava realmente zangado, ele seria gentil comigo o resto do dia. 

Comecei então a me aprontar e fui finalizar apenas 40 minutos depois — Claro, nesse período todo Shige estava reclamando e me apressando. 

—Você demorou, seu café já está frio — Nem pisei na cozinha e ele havia voltado a reclamar. 

—Tudo bem, eu como cereal — peguei uma tigela e coloquei o mínimo o possível de leite, depois despejei Froot Loops por cima. 

—Isso não é saudável. 

—Mas é gostoso — Fitei Shige e comecei a rir, ele me fitou de volta com cara de indignação. 

—O que faz com a minha camisa azul? Ela é larga demais para você... 

— É exatamente por isso que gosto, as roupas de Shige-Chan são confortáveis — Ele estava zangado de verdade agora, então apertei suas bochechas para provocar.  — Você não negaria a mim né? 

O moreno nada disse, apenas roubou minha tigela de cereal e começou a comer tranquilamente. 

—Shige me devolva! 

—Porque deveria? ''Você não negaria a mim né?'' — Com tom de deboche Shige tentou me imitar  

—''Isso não é saudável!'' — acabei por entrar nesse jogo de imitações e no final nós dois caímos na gargalhada.  

Depois de um longo período finalmente saímos de casa. Usávamos máscaras para evitar que nos reconhecessem, claro, nem sempre adiantava, mas nunca é demais precaver.  

Não era nenhuma surpresa para onde iríamos, sei exatamente as lojas das quais Shige frequenta, isso me causou certa nostalgia. Afinal, na nossa adolescência eu sempre importunava ele para que fizesse compras comigo.  

Admito, sempre admirei o jeito do qual ele se vestia, mas também não posso negar que na maioria das vezes tudo era apenas um pretexto para que pudéssemos passar algum tempo junto. Infelizmente nos tornamos ocupados e até mesmo tornaram-se raras as vezes que conseguíamos almoçar juntos. 

Talvez consiga algo hoje... 

—Shige, estamos andando a horas por essas lojas, estou com fome! 

—Horas? faz apenas meia hora que chegamos. 

—Por favor! Vamos fazer uma pausa — Agarrei seu braço e o vi suspirar  

—Você é muito esfomeado, sabia?  

—Você não me deixou tomar café, o que espera de mim? — Protestei cruzando os braços e ele riu  

—Tudo bem. Tenho até um lugar do qual quero te levar — Na hora me animei e abri um sorriso. Voltei então a agarrar seu braço e o mesmo se soltou rapidamente. Eu apenas ri, já era de esperar-se tal atitude dele, mas tudo era pura vergonha. 

Caminhamos um pouco em silêncio, e não demorou muito para que chegássemos a um restaurante de esquina com a faixada laranja e amarela.  

—Restaurante de... Marmitas (?) —apertei meus olhos para ler melhor a placa e me surpreendi que um lugar assim realmente existisse. 

 —Que tipo de pesquisa você faz no Google para resultar esse lugar? 

—Diria Yuya Tegoshi, mas só passei por aqui outro dia e acabei me lembrando de você. 

—Porque se lembrou de mim? A qualidade é boa? 

—Não, porque é bizarro! 

—Sem graça — Infelizmente não pude discordar 

Nós adentramos o local, ele era bem maior e mais movimentado do que poderíamos imaginar. Nos acomodamos então numa mesa do fundo e logo reparei que o restaurante era mais bizarro do que poderíamos imaginar. 

—Sejam bem-vindos! — Um garçom alto e jovial com as madeixas loiras veio nos recepcionar com um belo sorriso que foi direcionado para Shige.  

Oh droga! Tinha que ter um sorriso tão lindo quanto a aparência e direcionar logo a ele?  Pior de tudo, Shige parecia ter gostado...

Mordi os lábios com certo ciúme.  

Curioso li seu nome no crachá; Kim Yugyeom, provavelmente um coreano pensei.  

O garçom nos entregou o cardápio. 

—Certo — Comecei a ler as opções quase infinitas daquele lugar — O objetivo é comermos marmitas num restaurante enquanto elas devem ser consumidas fora deles? É estranho 

—Isso me lembra algo que você criaria — Shige alegou e o loiro em nossa frente riu. Dispensei comentário naquele momento. 

—Espero que aproveitem, precisando estarei disponível para atendê-los — O tal Yugyeom fez uma pequena reverência e se retirou. Ao menos ele havia notado meu incomodo... 

Shige passou a se concentrar totalmente no cardápio, vez ou outra murmurava sobre o que seria bom experimentarmos. Passei a ignorar tais comentário e voltei minha atenção também para o menu. 

Entretanto não tive muito tempo para ver as opções, pois meu celular me notificou de uma nova mensagem e imediatamente abri. 

Quase cai da cadeira. 

Um dos Juniors — Jinguji Yuta — havia me enviado uma foto da noite anterior, aonde eu estava adormecido no colo de Shige e aparentemente acariciava meus cabelos. 

Recebi mais duas mensagens daquele grupo, uma de Kishi e outra de Iwahashi onde diziam que ele havia cantado Dreamcatcher para mim conseguir dormir. 

Meu rosto esquentou por imaginar a cena. 

Malditos Juniors, você tenta ser um bom Senpai e eles já invadem sua privacidade assim... 

— Tegoshi — Assim que ouvi a voz de Shige meu rosto esquentou mais e sem raciocinar direito acabei levantando repentinamente. 

—Você está bem? 

—Sim — Abaixei a cabeça para esconder meu rubor — Só vou ao banheiro. 

Sai correndo dali me xingando mentalmente. Distraído acabei esbarrando num garçom, por sorte a bandeja que ele carregava estava vazia. 

—Você está bem? — Ele estendeu a mão para me ajudar e logo reparei que era Yugyeom, o mesmo loiro que havia nos atendido minutos antes. 

— Sim... Me desculpe — Fiz uma breve reverência e ia me retirando, mas o rapaz agarrou meu braço. 

—Me desculpe, não sou a melhor pessoa para lhe dizer isso, porém seja sincero em relação aos seus sentimentos. 

—C-como sabe que eu...? — Corei na hora. 

—Foi apenas um palpite, boa sorte — Ele saiu com uma carinha que aparentava vergonha, mas um sorriso que transmitia realização. Admito, ele era bem fofo.  

Ser sincero em relação ao meu sentimento platônico que tenho por ele... 

Voltei a mesa pensando nisso e passei o resto do dia com as palavras do loiro matutando em minha cabeça. 

Por mais que meus dias sejam lotados de afazeres ainda assim tenho tempo para me sentir sozinho. Claro, Massu e Koyama sempre estão ao meu lado, mas não são a mesma coisa que Shige. 

Ele é um "velho" rabugento que sempre me protege, acabo por me sentir seguro ao lado dele. 

Ele me completa, me conforta, me acalma. 

Queria passar o resto dos meus dias vivência a maravilhosa sensação que é estar em seus braços 

Isso me causa frustração. Eu necessito dele mais do que ninguém. Eu me tornei mimado ao longo dos anos e ele continua fazendo meus Caprichos mesmo assim... 

Se ao menos eu pudesse retribuir tudo que ele sempre fez por mim me confessando. Talvez assim ele iria se sentir livre dessa "obrigação" de fazer tudo que quero a toda hora. 

Infelizmente essa questão envolve um grupo, os fãs, a empresa, duas carreiras, pessoas aleatórias que iriam opinar causo algo acabasse vazando, e o mais importante; Nossa amizade. 

—Tegoshi, você está bem? — Shige parou de andar e me encarou franzindo o cenho.  

—Desde o restaurante você está quieto, não quis comprar nada e ao menos aproveitou o filme. 

—Eu só... — Vamos Tegoshi! Pense em uma desculpa. 

—Não adianta mentir, algo aconteceu. 

—Eu só queria voltar para casa. Não tomei o remédio e a dor de cabeça está me incomodando. 

Recebi um suspiro pesado em resposta. Algo que me diz que ele não estava convencido, mas aceitou por hora minha desculpa.  

Shige me levou de volta para casa, assim que chegamos tirei rapidamente meus sapatos e joguei minha bolsa em qualquer canto.  

Minha principal intenção era afundar-me no sofá fofinho de camurça, mas acabei sendo surpreendido com um abraço por trás. Shige afundou sua cabeça na curva do meu pescoço, naquele momento eu pude sentir sua respiração e involuntariamente lágrimas começaram a rolar por meu rosto.  

 Droga Tegoshi, se contenha... 

Eu já estava começando a soluçar e entrei em desespero por isso. Por mais que meu desejo fosse me virar e abraça-lo não queria que me visse chorar.  

Me soltei então de seus braços e corri para o quarto me jogando na cama e afogando minhas lágrimas no travesseiro.  

—Tegoshi — Senti a cama se mexer, ele estava sentado na beirada e começou a acariciar meus cabelos. Uma sensação de conforto me dominou, as lágrimas cessaram aos poucos assim como minha respiração voltava ao normal. 

—Qual o problema? você pode confiar em mim — Shige tinha uma voz firme, porém ainda mantinha o tom gentil. Ele me passava calmaria e coragem para falar. 

Fechei meus olhos para aproveitar um pouco mais aquele momento que provavelmente seria meu último mimo.  

Eu estava decidido, precisava contar a ele o que sentia.

—Sabe... — Arrumei minha postura na cama me sentando de frente para Shige — O problema é que eu te amo — Disse simplista, mas com receio da resposta que receberia. 

—E me amar é um problema? — A única reação que ele teve fora arquear as sobrancelhas, estava tranquilizado por ele não ter saído dali com raiva. 

—Não é desse modo que está pensando... Nunca percebeu o quanto o importuno apenas para conseguir atenção? Eu sei que sou irritante e nunca estarei à altura de Koyama, mas não foi por mal, então me perd- 

Eu não fui capaz terminar a frase pois em frações de segundos fui surpreendido com Shige encima de mim, roubando meus lábios num beijo doce e gentil que só ele era capaz de me proporcionar.  

Quando nos separamos ele passou a acariciar minhas bochechas.  

—Seu problema é falar muito!  

—Yuya eu faço seus caprichos porque te amo — Ouvir ele chamar meu primeiro nome e dizer essa curta frase fez meu coração bater mais rápido. 

Shige me deu um selinho rápido e então saiu de cima de mim para deitar-se ao meu lado. 

Ele me fitava com um doce sorriso. Palavras não eram necessárias ali, já estava mais do que nítido tudo que sentíamos.  

Aos poucos acabei me tornando sonolento e então me aproximei mais descansando minha cabeça em seu peito. 

—Shige-Chan — sussurrei  —Poderia cantar para mim? — Ele riu e começou a cantar Dreamcatcher  

—Eu amo sua voz — Murmurei  

— E eu te amo meu pequeno príncipe — recebi um pequeno selar em meus lábios e então me aconcheguei mais no moreno aproveitando toda felicidade que aquele momento tinha a me proporcionar. 


— ''Não diga uma palavra, silêncio, meu bebê
É hora de dormir, venha ao meu lado''

- Dreamcatcher; Kato Shigeaki

 


Notas Finais


[Capítulo não revisado]
Eu tive inspiração para fanfic após ler uma entrevista (não lembro a revista agora ;;) aonde Tegoshi contava que os Juniors lhe disseram que ele havia dormido no colo de Shige sem querer após uma ''festa'' (lol deve ter sido tão fofo ♥ ~).
Assim, o restaurante de marmitas vai voltar em breve /corre


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