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História Carpe Diem - O pedido


Escrita por: Annabeth12

Notas do Autor


Continuando a brincadeira dos gifs...
VOCÊS TEM QUE ME JOGAR FLORES POR ESSE CAPÍTULO OUVIRAM, GENTE?
Eu acho que esse gif diz perfeitamente a reação de vocês no final do capítulo
ENTÃO, ESSE REPRESENTAAAAA:

Capítulo 18 - O pedido


Fanfic / Fanfiction Carpe Diem - O pedido

Percy –

Percy tinha consciência de que estava atrasado. É, tinham se passado cinco dias desde que chegaram a Miami. A semana estava acabando, e o tempo também. Logo eles iriam voltar para Nova York para suas vidas entediantes na escola.

Ele tentara chamar atenção de Annabeth, verdade. Mas ao que parecia, não havia dado muito certo. A garota parecia exalar beleza, porque até agora no mínimo dezesseis garotos haviam dado em cima dela. Aquela coisa de não poderem dizer o que eram, aquela incerteza, estava os afastando, ele sabia. Se alguém perguntasse: “O que vocês são um do outro?”,  Percy não saberia dizer. A loira parecia estar tensa em relação a mesma questão. Foi ela quem mais estava tentando fazer florescer uma relação, mas se Percy continuasse sem ação por medo, Annabeth poderia pensar que o garoto simplesmente não queria nada concreto. Deus! Ela não pode achar isso sobre nenhuma circunstância.

Naquele momento, eles estavam indo para praia, em que Afrodite insistiu em encontrá-los. Percy chutava uma pedra no caminho, pensativo. Os amigos conversavam animadamente atrás dele, fazendo de tudo para aproveitarem os últimos dias naquele lugar. Annabeth falava com Rachel, não dando muita atenção para existência do garoto naquelas últimas horas. Ela já deveria estar pensando coisas erradas!

E olhe só, acho que você também está. Veja bem, Percy tentara sim chamar a atenção de Annabeth, mas tudo só parecia dar errado! Nos últimos cinco dias, eles tinham se divertido bastante, mas nada de romântico acontecera entre os dois. No primeiro dia, o rapaz tentou da uma azeitona da pizza na boca de Annabeth, e a apertou forte demais, fazendo-a quicar no rosto da garota. No segundo dia, ele se ofereceu para mostrar-lhe a quadra de vôlei. E quando levantavam das mesas que estavam almoçando, Percy chocou-se com um garçom, fazendo uma cena bizarra em que tentava não se estatelar no chão. Já no terceiro, ele acompanhava Annabeth para piscina, onde ele achava que realmente poderia impressioná-la, quando acidentalmente rasgou a parte de trás de seus shorts de banho. No quarto, ele se oferecera para comprar um lindo vestido para Annabeth (absurdamente caro, para falar a verdade) , e quando estava no caixa, descobriu que havia perdido sua carteira. É, eles foram expulsos da loja. E por fim, no quinto dia – sem mais detalhes - , fez Annabeth cair em uma vala no meio da rua.

Ou seja: As coisas não estavam muito boas para o lado de Percy, como você pôde perceber. Mesmo assim, a garota parecia não perder a paciência com ele, embora sua confiança de ter algo sério parecesse estar se esgotando. Ele estava estragando tudo. Que novidade.

Repentinamente, sentiu mãos em seus ombros. Elas eram macias. Percy olhou para cima, assustado. Incrivelmente estava tão distraído que  nem notara que já chegara na praia. E uma mulher absolutamente perfeita o encarava com um sorriso.

- Percy, querido! Continua maravilhoso! – exclamou Afrodite – Alguma das minhas filhas já conseguiu partir o seu coração? – perguntou, de modo inocente.

- Ãh... infelizmente não, hm... Srta. Afrodite – balbuciou ele, sem saber exatamente o que responder.

Afrodite cumprimentou os outros e abraçou sua filha. Repentinamente, um homem surgiu atrás dela. Ele usava óculos escuros, que tornavam impossíveis de ver seus olhos. Percy sempre sentia uma coisa ruim perto dele. Vontade de lutar. Matar.

- Ares.

- Percy Jackson – desdenhou o homem

Afrodite encarou os dois com uma certa impaciência frustrada.

- Ora vamos, não há necessidade disso querido. Pode ficar tranquilo. Assim que acabar de conversar com os meninos volto para ficar com você – afirmou a mulher, fitando o namorado.

Ares demorou um tempo para decidir virar-se e ir embora, esperar Afrodite em outro canto. Percy relaxou as mãos, que ele mal notara que estavam fechadas.

- Eu estava falando com Hades... – começou a mãe de Piper, mas a filha logo a interrompeu

- Hades também está aqui? – interrogou confusa – Por quê exatamente?

- Ah, ele pode ter ficado meio irritado por eu tê-lo chamado até aqui. Mas precisava fazer um funeral descente...

Jason ficou pálido.

- Quem morreu? – perguntou apressadamente e com um tom surpreso.

- Meu peixinho dourado – Afrodite fez um biquinho inocente, deixando o loiro totalmente desconcertado .

Percy não sabia se a mulher fazia aquilo propositalmente. Jurava ter visto um pequeno relance de um sorriso passar pelos seus lábios.

- Ele precisava relaxar. Vocês sabem que é por isso que ele tem tantas rugas! – suspirou ela, colocando as mãos na cintura, indignada.

- Muito obrigado por ãh... Dar essa semana de folga em Miami – agradeceu Frank, coçando a parte de trás da cabeça.

- Ah, não foi nada – Afrodite deu uma risada – Mas não deixem Ares saber que consegui isso de graça!

Mais tarde, ela foi embora, e eles não tinham a mínima ideia do que fazer em seguida. Ótimo, estavam sem planos. Agora era hora de Percy colocar a cabeça para pensar. Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, Rachel sugeriu que fossem andar de bicicleta em algum lugar. Percy primeiramente, odiou a ideia. Não porque ele odiava ciclismo ou algo do gênero. Mas pretendia ficar sozinho com Annabeth. Já a garota pareceu amar a ideia, afinal, quando ficava com Percy, nada de interessante acontecia, a não ser é claro, desgraças.

Jason ficou perguntando o tempo todo para Percy o que exatamente ele tinha. O rapaz ignorava a pergunta, mal-humorado. Andava de bicicleta de cara feia. O sol estava baixando. Terminaram a “maratona” ás quatro da tarde. Deplorável. Tinham perdido praticamente o dia todo. Restavam poucas horas até a manhã do dia seguinte, na qual eles teriam de ir embora. Outra ideia maravilhosa: irem ao karaokê do hotel. Simplesmente fantástico, não é?! Não. Não para Percy, que teve que aceitar a ideia, já que todos concordavam. Arrastou-se até lá. Annabeth ainda não notava seu desânimo,  e se notava, não demonstrava nada.

 Pronto. O karaokê acabou bem rápido, na verdade. Quando eles chegaram, já estava terminando (Amém!) e os seus amigos pareciam cansados. Jason sugeriu que subissem e que arrumassem as malas, indo dormir razoavelmente cedo. Mas aquilo era impossível com amigos por perto. Todos se dirigiram ao elevador. Annabeth parou bruscamente quando percebeu que Percy não estava nesse grupo. Ela dirigiu-se a ele.

- Ei, você não vem?

- Daqui a pouco – explicou ele, com um pequeno sorriso fingido, que considerava bom o suficiente para enganá-la.

Quando a garota subiu, ele jogou-se na piscina do hotel, que estava –por incrível que pareça- Vazia. A água o ajudou a refletir, novamente. Ah sim... agora tudo estava ficando claro. Aquilo era tão óbvio. Ele estava sendo um completo idiota. Um plano completo formulou-se em sua mente. Saiu apressadamente da piscina, por uma das bordas, sem nem ao menos ligar para a escada, ralando sua barriga e seu joelho. Deveriam estar doendo, mas Percy nem ligou. O garoto correu para o restaurante do hotel, na praia. Falou com os garçons. Estava tudo indo bem até agora. Depois, procurou o florista. Feito. Foi até o chefe da cozinha. Logo em seguida, ele percebeu que estava ensopado. Pegou rapidamente uma toalha e subiu para o apartamento. Chegando lá, o apartamento dos garotos estava vazio, mas ouvia-se vozes no aposento ao lado. Eles deveriam estar todos no quarto das meninas. Percy aproveitou-se da oportunidade, indo direto para o banheiro tomar banho, tendo a precaução de trancar a porta.

Já totalmente limpo e cheiroso, procurou na sua mala algo apresentável. Short... Short de banho... camisa para a praia... Não... não. Nada daquilo servia. Incrivelmente, lá estava, debaixo de tudo, um terno preto, elegantíssimo. Sua mãe o dera um dia antes de Annabeth chegar. Por que será? Ele sorriu enquanto vestia o terno e colocava as calças. Tentou achatar os cabelos, insistentes, que subiam, arrepiando-se para todos os lados. Calçou os sapatos e se olhou no espelho. É... não estava tão mal assim.  

Repentinamente, a porta do quarto abriu. Percy teve um ataque de pânico, pensando que talvez fosse Annabeth, mas era só Jason. Ele se surpreendeu ao ver o amigo tão arrumado.

- Jason – disse apressadamente Percy, antes que o garoto pudesse falar alguma coisa – Eu preciso que... entregue isso para Annabeth. Não diga nada. Só diga que fui eu quem entreguei o bilhete.

O rapaz escreveu um recado rapidamente em um pedaço de papel, dando-o logo em seguida na mão de Jason, que começou a ler:

- Annabeth, se arrume, preciso que me encontre no saguão...

- Você está perdendo tempo! – chiou Percy.

- Desculpe – disse Jason, mas não pôde evitar sorrir. Deu uma piscada divertida para o amigo – Boa-sorte, Perseu. Conquiste a moça.

- Cale a boca e vá logo! – falou, não conseguindo evitar um pequeno sorriso também.

Jason saiu pela mesma porta que entrara, e Percy junto com ele. Correu novamente até a praia. Os garçons e o florista vieram falar com ele. Tudo estava pronto.  Perfeito.

O sol estava se pondo e deveriam ser umas cinco e meia. Percy deu mais um ajeitada em suas roupas e em seu cabelo – ou pelo menos tentou – E correu para o saguão do hotel novamente. Esperou... esperou... Mas enfim, viu uma linda garota saindo do elevador. Suspirou de alívio. Pensou por um momento que ela definitivamente não viria.

Annabeth estava linda. Usava um vestido azul que caía perfeitamente bem nela. Azul. Era a cor favorita de Percy. Um sorriso brincava em seus lábios e o cabelo como sempre, bem cuidado. Ela parou diante dele, arregalando os olhos diante da visão do garoto arrumado.

- Percy... o quê exatamente...?

Começou a garota, mas Percy a interrompeu.

- Não agora. Venha comigo – sorriu

Com as mãos entrelaçadas com as de Annabeth, eles seguiram para praia do hotel. Agora o sol já tinha ido embora. Uma linda lua se encontrava no céu. Chegando em um certo ponto da praia, Annabeth colocou as duas mãos na boca e deixou escapar uma exclamação.

- Ah... Ah meu Deus, Percy...

Uma mesa pequena, para dois estava na areia. Ela estava delicadamente coberta com um tecido de seda branca. Algumas velas se encontravam em cima da mesa. Um arco de flores estava diante deles, ao lado da mesa. Dois pratos e alguns talheres se encontravam em cima dela,  junto com uma rosa também. Percy pegou prontamente a rosa e a ofereceu para Annabeth. Suas mãos tremiam de medo. Ela estendeu sua mão delicada para pegar, encantada. O garoto tropeçou na areia. Droga. Já estava errando.

- Não acredito que você fez tudo isso... só para mim – arfou Annabeth – É lindo, Percy.

Eles se sentaram, a luz do luar e das velas. O garçom serviu uma comida que exalava um cheiro maravilhoso em seus pratos. Annabeth ergueu o talher até a boca.

- A comida está maravilhosa. Tudo está maravilhoso.

- Eu queria que fosse perfeito – afirmou Percy, conseguindo dar um sorriso, apesar do nervosismo.

- Perfeito para quê? – interrogou a garota, curiosa.

Percy ergueu as mãos, provavelmente para gesticular e derrubou seus talheres, fazendo um barulho enorme, fazendo um pedaço de batata voar para seu cabelo. Fechou os olhos. Ficou surpreso porém, de ouvir uma risada tilintante, que era a de Annabeth, enquanto a garota erguia a mão para tirar a sujeira do seu cabelo.

- Desculpe por isso – sussurrou Percy

- Você não tem culpa de ser um desastrado, Cabeça de Alga. – ela estava sorrindo – Então... conte-me, por quê tudo isso?

De repente, Percy se viu explicando tudo para Annabeth. Seus medos em relação a ela, sua paixão desde a sexta série, tudo, tudo. Que queria ficar com ela mais que tudo. E por fim, perguntando se ela gostaria de ser sua namorada. A menina nem hesitou. Fez uma careta, como se tivesse sentindo um cheiro ruim. “É claro que não! Por quê eu gostaria de ser a sua namorada?” Dizendo isso, levantou-se e saiu caminhando decididamente de volta para o hotel, com o queixo erguido, sem nem mesmo olhar para trás. E tudo tinha acabado...

- Percy. Percy, você está bem? – uma mão sacudia seu braço.

Ele piscou. Ah, a verdadeira Annabeth ainda estava ali, e parecia ligeiramente preocupada com Perseu, que se recompôs, engolindo em seco. Sentia suas mãos úmidas. O barulho das ondas batendo nas pedras era bem alto, mas não deixava de ser calmante. Uma brisa soprava, acariciando seu rosto.

- Estou – mentiu ele, sentindo uma ânsia de vômito.

Reprendeu-se mentalmente. Tinha que agir! Droga, desse jeito ele deveria estar parecendo um idiota. Era agora, era agora, era agora.

- Annabeth... eu não sei se você sabe, mas eu sinto muitas coisas por você. Pelo menos muito mais do que eu deixo transparecer. – gaguejou Percy, passando as mãos pelos cabelos.

A garota se inclinou para frente, como se quisesse ouvi-lo melhor.

- Eu não sou muito bom com ahn... essas coisas. Mas pelo menos estou tentando. Desculpe se não sair do jeito que você queria. Eu só... – Percy deu um tapa no próprio rosto – Eu não sei exatamente como...

- Não se importe com isso – falou Annabeth – Só diga o quer dizer.

Estranhamente, aquilo o acalmou. Ele se levantou, pegando a mão dela e a levando para um lugar mais na frente do mar, encarando seus lindos olhos cinza.

- Você é muito importante para mim – falou Percy, esquadrinhando seu rosto, que era por Deus, muito lindo – E eu quero uma relação com você. Uma de verdade. Eu não aguento ficar vendo aqueles caras darem em cima de você – brincou ele, fazendo a garota rir, ao mesmo tempo que sorria – Mas não poderia dizer que é minha. Porque não é. Mas eu gostaria que fosse. Gostaria de uma relação mais profunda. E por isso... eu tentei fazer tudo perfeito para esse momento... mesmo que eu consiga estragar tudo.

Os olhos de Annabeth só conseguiam focalizar no seu rosto.

- Será que você... Annabeth Chase... a menina mais linda do colégio, mais inteligente, e que me ama acima de tudo, eu sei... Gostaria de namorar comigo? – perguntou Percy, com um sorriso maroto no rosto, se sentindo aliviado de por fim ter terminado o discurso pequeno, mas difícil.

Agora que a hora do pânico maior vinha. Annabeth não disse nada. Ela tinha um sorriso enorme no rosto. Percy poderia jurar ter visto um aceno imperceptível dela com a cabeça, mas nunca poderia tem certeza. A garota simplesmente se inclinou, trazendo o rosto cada vez mais perto para o dele, quando se beijaram. E foi o melhor beijo de todos. Melhor até do que a primeira vez que beijara Annabeth. A menina colocou sua mão em seus cabelos. Percy pôs as suas próprias mãos nas costas dela, apertando-a de leve, como um abraço.

Não poderia estar mais feliz. Seu coração estava a mil por hora. E Percy poderia jurar que o de Annabeth também. Naquela hora, algumas tochas fincadas na areia se acenderam, mas o garoto não estava prestando atenção.No céu, a lua ainda brilhava intensamente. A luz do luar batia em seus rostos. O vento soprava na direção certa. E mesmo sem nenhuma razão, com milhões de pessoas nesse mundo...Parecia que aquilo tudo era para eles.


Notas Finais


AHHHHHHHH ESSE CAPÍTULO É TÃO AMORZINHO!
Esse foi o capítulo mais aprofundado em Percabeth do que eu já fiz a minha vida INTEIRA!
Demorei, eu sei! Mas postei! E teve mais palavras que o normal! E... vocês estavam esperando por isso eternamente, então mereço abraços <3
Quero muito ver o que vocês acharam desse capítulo então comenteeeem que vou responder todos! sz


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