História Carpe Diem - Meu Deus! O que aconteceu?!

Annabeth –

- Prontas? – perguntou Annabeth, esperando as amigas, de braços cruzados na porta do apartamento.

Já estavam arrumadas (novamente) para ir a festa daquela noite. Percy estava na garagem com os outros meninos, esperando-as descer. Ele anunciou que poderia dirigir o carro delas, enquanto Jason dirigia o deles.  Quando finalmente desceram,  os garotos as elogiaram imediatamente.

- É, podemos dizer que vocês estão ficando mais experientes em como agradar as mulheres – falou Reyna, sorrindo enquanto Jack pegava sua mão.

- A experiência que sempre tive – Jason deu de ombros, brincalhão.

- Ah com certeza, seu exibido – debochou Percy, empurrando o amigo para dentro do carro – Agora vamos logo.

Como não dariam todos eles em um carro só, no veículo de Jason, foram todos divididos. Annabeth, que tinha sentado no banco da frente, ao lado de Percy, interrogou:

- Afinal, onde fica a casa de Drew?

- Ah, você vai ver daqui a pouco. Fica em um dos bairros mais ricos da cidade. Ela mora em um casarão. Parece até uma mansão. Só que moderna.

Dito isso, realmente não demorou até pararem em frente da tal casa. O queixo de Annabeth caiu. Era simplesmente esplendoroso. Uma casa gigante, do tamanho de uma mansão, branca e preta estava diante deles. No mínimo umas cinquenta e quatro pessoas lotavam só o portão que dava acesso para entrar no terreno. Uma piscina enorme se estendia perto dos gramados verdes.

- Nossa! – exclamou Piper, saindo do carro.

Assim que abriram a porta, puderam ouvir um som altíssimo vindo da propriedade. Música eletrônica, globos de luz, piscinas, e bebidas. Era uma festa de rainha. A garota parecia ter exatamente tudo o que queria, quando queria. E talvez por esse motivo fosse tão fútil.  Annabeth poderia deduzir que na festa inteira, deveriam ter bem umas trezentas pessoas.

- Parece um paraíso – comentou Rachel

- É mais ou menos isso – Percy deu de ombros – Vamos lá, se entrarmos agora talvez ainda consigamos jogar boliche.

- Boliche?! – interrogou Calipso, atônita.

Em dois minutos, seus amigos já tinham sumido no meio de toda aquela gente. Só Percy ainda se encontrava do seu lado. Ele a pegou pelo braço e falou contente:

- Vamos!

Percy a puxou e eles passaram pelo portão preto, tentando não serem espremidos pelas pessoas. Agora bolhas de sabão também voavam por aí, e as luzes coloridas pareciam surgir de cada vez mais lugares. Eles pararam ao lado da piscina.

- O que quer fazer? – perguntou Percy, animado

- Eu realmente não sei...

- Hora, se solte! Não tem porquê ficar acanhada aqui! – retrucou ele, ao mesmo tempo que tentava tirar a camisa e a calça.

- O que exatamente você está fazendo?! – interrogou Annabeth

- Ah – Jackson riu, meio envergonhado – Eu estou com calor, e além do mais, todos estão de roupa de banho aqui. É praticamente uma festa na piscina.

Viu que ele estava certo. Todos estavam usando roupa de banho. Lentamente, ela tirou a dela também, ficando apenas com o biquíni, pois Percy tinha ligado avisando que era bom elas virem com roupa de banho por debaixo da roupa. Ela dobrou suas roupas cuidadosamente e as segurou em uma mão. Dois segundos depois, notou que Percy a encarava com a boca levemente aberta.

- O quê?

- Ãh? Ah, nada! – riu ele, nervosamente – Que tal irmos para piscina agora?

- Ah...

Mas antes que ela pudesse dar uma resposta concreta, ouviu Percy gritando alguma coisa sobre ficar relaxada antes de ser jogada na piscina, segurando a roupa seca (agora não mais) e ainda de sapato.  

- PERSEU! – reclamou Annabeth enquanto o amigo ria intensamente – Me tire já daqui!

- Tudo bem, tudo bem... – o rapaz estendeu as duas mãos para ela, mas no exato momento em que a garota a segurou, puxou-o diretamente para a água, só para dar o troco.

Eles resolveram ficar um tempo por ali. Era incrível a capacidade do garoto de ficar debaixo d’água tanto tempo sem sentir falta do oxigênio. Algumas vezes Annabeth chegava a pensar que ele havia realmente se afogado, e isso só o fazia dar mais risadas. De vez em quando, procurava os amigos, passando os olhos por toda aquela gente, mas eles não pareciam estar em nenhum lugar em que pudesse ver. 

Depois que Annabeth realmente não aguentava mais nadar, eles saíram da piscina e foram até alguns bancos, perto de árvores formosas, que pareciam refrescar o local. Antes de chegarem lá, um menino que parecia ter uns vinte anos assoviou para Annabeth.

- Olá, gracinha.

Repentinamente, Percy pegou sua mão e disse com agressividade:

- Ela tem namorado, o.k.? Desencana.

O garoto pareceu chateado e voltou para o lugar de onde tinha vindo. Annabeth deveria estar com uma expressão totalmente chocada.

- Eu não tenho namorado – começou a garota

- Ah... sobre isso... – Percy mordeu o lábio – Esses caras são irritantes, é melhor dar logo uma desculpa, ou eles ficam lhe perseguindo.

- Entendo – Annabeth estava ficando com a garganta seca. O rapaz ainda não tinha soltado sua mão – Água.

- O quê? – perguntou Perseu, confuso

- Eu preciso de água. Será que você poderia pegar para mim? – explicou rapidamente.

- É claro – ele sorriu – Eu já volto, fique aí, por favor.

Annabeth deu um sorriso totalmente falsificado. Logo após ele virar as costas, ela passou as mãos no rosto, tentando acreditar no que estava acontecendo. Sua garganta estava completamente seca. Viu Percy ao longe, pegando o copo com um barman, que parecia distraído.

- Aqui – o amigo estendeu o copo para ela, que o agarrou rapidamente.

Annabeth virou o copo colorido totalmente cheio de uma vez só, fazendo todo o líquido descer pela sua garganta rapidamente. Um minuto depois, tossiu, praticamente se engasgando.  Ah meu Deus! – pensou ela rapidamente. O líquido passou rasgando sua garganta. Aquilo não era água. Meu Deus... aquilo era... Vodka. A bebida caía pelo queixo enquanto a loira tentou respirar, com aquilo queimando na boca.

Ela tentou manter a postura e continuar conversando com Percy, como se nada tivesse acontecido. Os minutos passaram rapidamente até que sua cabeça começou a girar. Ela não notou, mas começou a falar coisas realmente estranhas, e ouvia sua própria voz saindo com uma animação enorme. Tentou se levantar aos tropeços e Percy a segurou, aflito. 

- Annabeth? Você está bem?! – interrogou em pânico, mas sua voz estava bem longe

Sua visão começavam a mostrar pontos pretos e não era mais ela quem estava ali. Era uma outra versão dela, composta por álcool.

- Eu estou perfeitamente bem! – ela riu histericamente, enquanto se jogava em cima de Percy, que tinha no rosto uma expressão de confusão e medo ao mesmo tempo – Você está bem bonito hoje, sabia?

O que aconteceu depois ela pouco se lembrava. As poucas memórias que ainda tinha daquele momento era de pegando o rosto de Percy com as duas mãos e beijando cada centímetro dele, pulando na piscina, correndo por aí... Ah meu Deus...