História Cartas com um Prisioneiro - Pov Harry - After Party

Ela atacou meus lábios num beijo sensual e delicioso. Suas mãos foram parar nos botões da minha fantasia e eu segurei suas mãos mesmo contra a minha vontade.

-Ah – ela resmungou – por que? Que homem recusa uma transa?

- O homem que não quer que haja algum problema e que mesmo querendo, acha que precisa ser bem melhor ter um contexto do que simplesmente ser uma transa por causa de bebida

Ela rolou os olhos convencida

-Você bem que podia ir dormir, não? – eu disse

-Eu acho melhor eu ir fazer xixi – ela disse e saiu correndo em direção do banheiro e eu ri enquanto ela bateu a porta

Alguns minutos depois ela abriu a porta e mostrou o rosto:

-Harry? Me ajuda?

Eu caminhei até o banheiro e ela pediu:

-Abre a fantasia para mim? Eu não consigo – eu ri enquanto começava a abrir o zíper da fantasia dela – não ri não Potter

Eu escorreguei o vestido por seus ombros até que ele estivesse totalmente no chão e revelar um conjunto branco de lingerie no corpo claro de Ginny.

- Vou sair para que você possa usar o banheiro. – eu disse e me retirei indo para o quarto novamente.

Tirei a fantasia e vesti um pijama (basicamente era uma bermuda confortável para dormir, só isso mesmo, odeio dormir de blusa), me deitei na cama e fiquei olhando a porta do banheiro que Ginny habitava no momento.

Ouvi um barulho no corredor e fui ver imaginando ser Hermione acordada, e definitivamente, ela não estava bem. Quando cheguei ao quarto dela, não havia nada fora do lugar: Hermione estava num sono profundo, sua roupa jogada na poltrona do quarto e a blusa larga dela, na própria Hermione. Fui até o armário dela, e peguei uma muda de roupas para Ginny usar de manhã.

Assim que voltei para o meu quarto, ela estava jogada na cama, com uma blusa minha e seu sutiã jogado no chão do meu quarto. Ela me viu na porta e com um pulo se levantou e correu até mim, suas tentativas ainda não acabaram.

- Vai Harry – ela disse manhosa que Q U A S E me fez ceder – Que saco. Que tipo de homem recusa uma transa?

- O tipo de homem que respeita o alcoolismo que te deixou assim, embora queira – respondi

- Então você quer?  Olha só, eu quero, você quer, por que insiste em negar? – ela disse inconformada e eu ri

- Olha eu vou te dar uma coisa, mas nada mais além disso ok? – eu disse e ela assentiu

Puxei-a pela cintura para que ficasse mais próxima a mim, entrelacei meus dedos em seu cabelo e colei meus lábios nos dela.

Nossas línguas brincavam e fugiam uma da outra me dando ainda mais desejo. Porém eu sabia que se aprofundasse mais, daria como consequência uma situação embaraçadora de manhã e poderia acabar com o começo da minha amizade com Ginny, e eu não queria isso. Definitivamente.

Então -infelizmente- quando as mãos dela foram para do meu pescoço e começaram a descer até minha bermuda eu as segurei e rodei-a rapidamente deixando-a de costas pra mim com os próprios braços a prendendo em mim.

- Falei que não passaria disso – eu disse no ouvido dela e ela bufou enquanto eu ria. – Você não está cansada, não é? – eu perguntei e ela confirmou como uma criança que iria aprontar – espera aí – eu disse e peguei meu celular colocando ‘Galway Girl’ – vamos dançar – eu disse estendendo a mão para ela que segurou e eu a puxei com força

Entre risadas e piruetas que dávamos um no outro, acabou a música e eu repeti a pergunta:

- Você está cansada agora? – ela negou rindo como uma criança embora suas pálpebras estavam parecendo pesadas demais para ela – está sim

- Não estou não – ela disse bocejando

- Então está bocejando por que? – eu perguntei e ela riu do nada

- Eu bocejo quando estou completamente acordada

- Vem aqui vai – eu segurei sua mão a prendendo eu meus braços e me joguei com ela na cama

Ela ria muito e eu também, arrumei o cobertor em nós e senti a respiração dela se acalmar, indicando que ela havia dormido. Poucos minutos depois eu fui envolto pela inconsciência.

 Acordei com Ginny se mexendo em meus braços, abri os olhos a tempo de vê-la se sentar e espreguiçar. Ela olhou para baixo e olhou para mim com os olhos arregalados.

-Harry!... er....nós....eu?...o que aconteceu? – ela gaguejou

- Nós não transamos se é isso que quer saber – eu disse rindo da sua cara de desespero – por que EU não deixei, se fosse por sua conta.... – eu disse e ela voltou a arregalar os olhos

- UKE – ela deu um grito afalsetado e eu ri

- A bebida te deixa bem quente, anjo – eu disse e ela me olhou confusa e eu ria ainda mais – até onde você se lembra de ontem?

- Eu lembro até a a Bia ter me cochichado alguma coisa, e me ensinar a fazer ‘quadradinho’ – ela fez aspas com os dedos e eu finalmente conheci o que havia me deixado naquela forma ontem – aí elas tiveram que ir embora e eu fui beber, só lembro disso

- Vai se arrumar, eu peguei uma muda de roupa da Hermione, deve caber em você – eu apontei para a cadeira

- Tampa os olhos – ela ordenou e eu ri

- Eu sou médico, você acha que eu já não conheço totalmente a anatomia humana? – eu disse brincalhão e ela me mostrou a língua que eu retribuí – ontem você tava quase ficando pelada na minha frente – eu ri e ela corou -  você realmente acha que eu me importo? – disse rindo

-Só tampa a porra dos olhos – ela disse rindo e eu também. Eu não posso dizer que não tampei os olhos, mas também não posso dizer que olhei cada movimento que ela fazia. Parecia que ela sabia disso, por que enquanto se vestia, ela mexia o quadril e eu comecei a desesperar, com medo de ficar duro novamente. Com Ginny Prewett eu não sabia o que fazer. – Pode olhar – ela disse e eu ‘destampei’ os olhos a vendo com um vestido branco rendado.

- E se eu disser que eu olhei? – perguntei provocando-a e ela riu

- E se eu disser que não precisava ter tampado? – ela rebateu e eu arqueei as sobrancelhas

- Touché

Demos as mãos e iniciamos o caminho até a cozinha. Passei pelo quarto de Hermione e ela estava encolhida na cama abraçada a um travesseiro, com ‘Supermarket Flowers’ tocando em seu celular.

Tristemente voltei para o nosso caminho inicial e quando cheguei à cozinha, deixei Ginny no banco alto da bancada enquanto ia para a pia preparar um café para nós.

- Por que Hermione estava desse jeito? – Ginny disse atrás de mim e eu senti seus braços finos e delicados envolverem minha cintura e eu sorri com isso. Ela apoiou a cabeça na parte de trás de meu ombro e eu pude sentir sua respiração.

- Ontem na festa, eu e Hermione começamos a andar pelo salão da festa. Aí teve uma hora que eu encontrei o Rony se atracando com uma professora da escola da Hermione. – eu disse fazendo uma cara de nojo

- Nossa, que canalha filho da puta! – ela disse se soltando e dando um murro na bancada, e eu ri – ta rindo de que?

- De você. É muito engraçada falando palavrão – eu ri e ela corou um pouco - Não fica constrangida – eu disse a envolvendo com meus braços e dando um beijo em sua testa e ela ficou mais vermelha – você é muito fofa vermelha.

- Para de me elogiar desse jeito que eu me apaixono – ela disse e eu senti as minhas bochechas corarem

- Não seria muito diferente de mim – eu respondi mais para mim do que para ela que se aninhou em meu peito e eu apoiei minha cabeça na dela.

Ficamos assim uns minutos e eu lembrei que o café estava pronto, a coloquei de volta no banco e fui buscar o café. Ao tocar na xícara, me lembrei de uma coisa importante:

- Gin, você gosta de café? Eu fiz por costume. Sempre faço  para mim e para Hermione... – eu disse e ela sorriu me interrompendo

- Eu amo café Harry – ela disse e eu assenti servindo café para nós dois.

Ficamos conversando amenidades, até eu tomar coragem e perguntar:

- Gin, ér, eu queria saber se... você tá afim de sair comido semana que vem? – eu disse coçando a nuca nervoso e ela ficou parada me olhando sem reação, e eu já comecei a aceitar o ‘não’ dela quando ela respondeu

- Quero – ela disse quase sussurrando e eu sorri abertamente

- Sério? – eu disse incrédulo e ela riu da minha possível cara de idiota que eu estava fazendo e eu corei.

- Onde vamos? -ela disse

- Vamos para um cinema, o que acha? – eu disse e ela concordou

- Que filmes estão em cartaz?

- It – a coisa, A morte te dá parabéns, esses são os únicos que eu lembro

- Você curte um terror, hein? – ela disse e nós rimos.

- Principalmente quando uma ruiva se agarra em mim quando tem medo – ela olhou para baixo tentando esconder seu rosto vermelho e eu ri.

Ficamos conversando sobre algo a fazer no nosso encontro até ela dizer que precisava ir para casa, que no dia seguinte acabaria com um caso de agressão doméstica.

Assim que me despedi dela com um beijo na bochecha e assim que fechei a porta voltei para a cozinha e comecei a preparar algumas coisas.