História Casamento sob suspeita - Second Season - Comemorando.

“Valentina Bieber” — Comemorando.

...

“Aqueles momentos de ansiedade, minutos antes de um grande acontecimento, acabam ficando esquecidos quando você sente toda a intensidade do momento, nada além do momento.”

Noite de oito de setembro!

Eu estou completamente ansiosa, extremamente nervosa com aquela enorme festa que irá ser, de início o plano todo era que seria algo mais intimo, apenas para amigos e familia, mas a familia é um pouco grande agora, e os amigos não são assim tão poucos, quem diria que a menina que ficava no canto sem chamar atenção de ninguém, agora é o centro das atenções em uma festa tão grandiosa. Meu aniversário de vinte e um anos.

Por muitos posso ser considerada relativamente nova, afinal vinte e um anos agora que estou oficialmente com a maior idade, que posso beber em festas – não que eu vá começar a beber agora –, que posso responder pelos meus atos. Que não precisaria mais ficar casada com Justin Drew Bieber. Bem, isso é o que apenas Justin e eu sabemos, mas os dois também sabiam que não irá acontecer isso.

Deixei de tentar fugir desse sentimento, de ficar pensando no que os outros fizeram e acabou comigo ali, nos braços do homem mais lindo do universo, seguido pelo meu pai, claro.

Pensando em pai, me lembrei da Thay, começamos com dois pés esquerdos, mas durante essa última semana, estamos nos entendendo bem, com a correria para organizar a festa de hoje, escolha de decoração e tudo que incluía uma festa daquele porte. Thay e Alexander estavam ali, conversando com o Chaz e o Ryan, acompanhado da esposa, Beatriz. As crianças não ficariam até o final da festa, afinal ela já começou tarde, quase 21h da noite. Do alto da escada, esperando o Justin resolver algum problema da empresa dele, dava uma boa vista de todos ali, no salão da casa. Tão grande... As vezes acho desperdício uma casa tão grande, como o Justin deu a ideia de uma casa nossa, espero que seja uma casa menor, que poderemos completá-la como um lar, aqueles que eu via nos filmes.

— Hum, gostando da festa? – Perguntou o próprio Bieber, me abraçando por trás. Corei por todos estarem nos vendo naquele momento de intimidade, ainda não havia me acostumado com ele todo carinhoso, querendo demonstrar os carinhos em público.

— Muito, estão todas as pessoas importantes aqui. – Murmurei encarando a nossa família. Pattie voltou da casa da Jazzy, mas a mesma não veio, o bebezinho ainda é muito pequeno, e ela e o marido acham melhor aproveitar mais esse momento, primeiro filho, deve ser gostosa essa sensação.

Imaginei-me tendo um bebê do Justin, talvez com meus olhos azuis, e o cabelo perfeito dele, um menino ou menina, ou os dois... Suspirei imaginando-o.

— Meu presente de aniversário só irei entregar amanhã. – Ele sentenciou acariciando meus braços, ainda atrás de mim, deu um beijo na minha bochecha saindo em seguida dali. Me de um mão, e descemos aquela escada enorme juntos. Claro que todos ali nos olhavam, por meio de respeito convidei alguns sócios minoritários do Justin.

Caminhei diretamente na direção da Quenzy, que estava sentada perto do Derek. As crianças já haviam subido e estavam no quarto dormindo, a Gabriela – governanta – veio hoje para fazer o papel de babá, ganhando um extra, claro.

— Oi futuros papais de novo. – Murmurei dando um beijo na bochecha da Quenzy, Derek apenas assentiu lançando um olhar completamente apaixonado a minha amiga, a mesma corando. Senti vontade de dizer “awn” em voz alta, tamanha a minha felicidade por eles, mas me contive.

Quenzy estava em um vestido lilás muito bonito, delicado que deixava bem a mostra sua barriguinha de pouco mais de quatro meses, um belo menino vinha aí para completar a família, e eu fiquei muito emocionada ao saber que eu serei a madrinha da criança.

Ela então me encarou, analisando meu vestido. Certo! Sei que ele estava um pouco ousado pela fenda lateral, e o seu tom em azul, destacava meus olhos que estavam com uma maquiagem preta rodeando-os.

— Você está muito bonita, prevejo um marido tomando muito cuidado com sua esposa. – Sentenciou e foi a minha vez de corar, sentir uma mão descansando no meu quadril, ao levantar um pouco a cabeça vejo aqueles olhos castanhos esplendidos.

— Eu cuido muito bem do que é meu, sempre tomo cuidado, agora. – O Justin não deixou de me olhar, sinto tanta felicidade por nós dois, nossa família.

Durante o dia, foi uma comemoração com os pequenos, já que eles não poderiam ficar na festa, teve até bolo de chocolate sento destruído pela Lotte, aquela menina é uma pestinha por doces. E um marido muito atencioso, que não saiu de perto de mim em nenhum segundo hoje.

— Tem que ter, afinal nossas mulheres são lindas demais. – Ouvi a voz do Derek, me fazendo rir. Apesar de não oficialmente, Quenzy e ele estavam novamente juntos, claro que ela ainda fazia um charme.

— Ah! Você tem uma mulher agora? – Ela perguntou irônica, se levantando e caminhando para o jardim, Derek indo logo atrás, ainda deu tempo de ouvir “Você poderia parar de tanto doce, até parece que não sabe que você é minha mulher”. Justin e eu rimos da situação.

— Tenho um marido bastante atencioso, não? – Perguntei segurando-o pela mão.

— Você pode não ter mais marido, se quiser... – Notei um sorriso triste em seus lábios, e eu que achava ser a única insegura ali.

— Como se eu pudesse viver longe de você. – Murmurei, com nossos olhares se encontrando.

— Valentina! – Ouvi a Thay se aproximando de nós, quebrando o “encanto”, sorri balançando a cabeça. A acompanhei até nosso pai, falamos pouco e logo estavam todos conversando e se divertindo.

Teria uma pista de dança, foram muitas risadas, claro que alguns não ficaram quando a festa social se transformou em uma balada, mas pelo canto no do olho notei o Chaz e a Thay com os rostos próximos, conversando. A música estava alta, tinha que se falar um pouco próximo mesmo, mas notei que ali havia mais que isso.

— Acho melhor eu ir, amanhã passaremos o dia todo juntos. – Sentenciou o meu pai, subindo as escadas em seguida. Nos despedimos com um abraço, a casa é enorme e o Justin achou melhor ele dormir ali, junto com a Thay. Afinal são todos da família, mesmo que eu ainda esteja com o pé atrás com a menina.

Senti mãos no meu quadril, fazendo-o movimentá-lo.

— Que tal um pouco de atenção para mim? – Perguntou o Justin, no minuto seguinte estávamos na pista de dança.

Não poderia e nem saberia fazer passos de dança, apenas ficamos juntos aproveitando da situação o Justin com suas mãos bobas em lugares impróprios, como na minha bunda.

— Nós estamos em publico, Justin! – Briguei, tirando as suas mãos dali. Ele apenas sorriu de lado.

— Eu estive pensando em te foder a noite toda, já é madrugada, branquinha. – Ouvi-lo falar aquele apelido depois de algum tempo, fez eu corar.

— Isso não é coisa que se diga, Justin nós...

— Somos bons juntos, eu sei. – Ele me cortou, roubando um beijo meu em seguida. Nossas línguas estavam se reconhecendo, se deliciando uma com a outra. Girávamos a cabeça acompanhando os movimentos. Sem fôlego paramos o beijo, com ele sorrindo safado.

— Você bebeu quantos drinks? – Perguntei, afinal havia sentindo o gosto de álcool na sua boca, morangos também.

— Apenas três, não preciso beber para ter atitude com a minha mulher. – Sentenciou, sorri correspondendo novamente ao seu beijo. Ficamos um pouco naquele clima, mas eu quis me sentar um pouco, aqueles saltos não ajudavam muito a minha vida. Além de grandes finos. Ao sentar tomei cuidado com a fenda lateral do vestido, claro que meu belíssimo marido acompanhou os movimentos das minhas mãos ajeitando o vestido nas minhas coxas, ele está tão ousado.

— É bom saber que você e o Justin estão realmente se entendendo. – Ouvi a Miley falar, eu ainda nem a tinha visto. — Deixei meu presente sobre a sua cama, espero que goste. – Completou.

— Sua presença já é meu presente. – Murmurei, abraçando-a. Notei ela sorrindo.

— Bom saber que você gosta tanto de mim, mas acho que a minha noticia não irá te deixar assim tão feliz...

— Algo grave? – Perguntei a encarando.

— Vou viajar de novo, você sabe, não funciono muito tempo no mesmo lugar, e solteira então! – Sua sentença de “solteira” me fez entender que o namoro com o Patrick já não existia mais, uma pena, achei que eles realmente faziam um casal bonito. Que se amam.

— Oh! Mas vai manter contato, não é? Já perdi a Jazzy que mora na Austrália, você também não. – Murmurei, ela sorriu ainda mais.

— Claro, sempre seremos o quarteto fantástico. Mesmo que algumas já estejam casadas. – Completou ela fazendo uma careta, novamente nos abraçamos e eu fui falar com a Pattie, que ainda estava na festa.

— Oi, sogrinha! – Murmurei sentando na sua frente.

— Oi, querida. – O sorriso que ela esbanjava fazia eu me sentir muito bem. — Seu pai parece ser um homem muito gentil. – Completou fazendo eu encará-la, com um sorriso de lado.

Será que todo mundo havia se arranjado naquela noite? Bom, pelo jeito menos a Miley.

— Sim, ele é incrível. – Falei demonstrando a minha admiração na voz.

— E um pouco novo. – Ouvi ela murmurar, não me contendo falei.

— Dizem que o amor não tem idade. – Falei piscando um olho para ela, em seguida caminhei na direção do meu marido, o Chaz havia levado uma mulher e ela parecia querer atenção de pessoas que já tinham para quem olharem.

Aproximei-me deles, abraçando o Justin de lado, beijando-o em seguida.

— Oi, querido. – Murmurei, dirigindo um sorriso falso para a mulher. Que pareceu ficar constrangida.

— Hum, acho que a minha carona chegou. – Ela disse quando o senhor passou por nós. Notei que o Justin me olhava com um brilho nos olhos.

— Interessante saber que sente ciúmes de mim. – Ele falou depois que a mulher saiu, e ficamos apenas nós dois.

Como organizamos uma comemoração durante o dia, o “bolo da aniversariante” foi apenas pela tarde.

Já era tarde da noite quando nos depedimos do nosso ultimo convidado, agora era apenas Justin e eu, nossos pais estavam dormindo e as crianças, já que a Lotte e o Jax iriam dormir aqui hoje.

***

Ao entrar no meu quarto, sem ser o do Justin, onde nós oficialmente estamos dormindo juntos, notei um embrulho sobre a cama, só poderia ser o presente da Miley, ao pegá-lo notei ser o mesmo, já que estava escrito o nome dela. Os outros presentes estavam em um canto, abri-los-ia apenas amanhã, e de repente me peguei curiosa sobre o presente do Justin que ele só poderia entregar amanhã.

Abri o presente da Miley me deparando com uma camisola, que mais parecia um pedaço de pano, não cobriria nem a minha bunda direito, além de ser muito transparente, acompanhada de uma calcinha minúscula, uma fio dental. Oh Deus! Aquilo não era presente de aniversário, pensei consternada. Havia uma bilhete junto.

“Sei que fui um tanto ousada com esse presente, mas eu quis dar algo ao mais novo – talvez um pouco velho – casal, espero que sejam felizes, quero ver minis Valentinas e minis Justins por aí no futuro, beijos da sua eterna amiga, Miley.”

Sorri ao terminar de ler, sem deixar de me emocionar, segurei o tecido entre os dedos sentindo a maciez, acabei derrubando ao me assustar com  o Justin me chamando.

— Valentina! – Dessa vez sua voz estava mais próxima, levantei o olhar notando-o na porta. — Vai dormir aqui hoje? – Perguntou direto. Sorri, temos mais alguém inseguro aqui.

— Não, vim apenas dar uma olhadela nos presentes. – Murmurei tentando esconder a camisola dentro da caixa novamente, mas ele foi mais ágil e retirou-a das minhas mãos.

— Que interessante. – Sussurrou ele com a camisola na mão, pegando a calcinha e mostrando-a, senti meu rosto ganhar diversos tons de vermelho, Justin soltou um riso anasalado. — O que seria de nós sem a Miley? – Completou, apenas peguei a camisola e calcinha.

— Você deveria parar de ser tão tarado. – Murmurei guardando-a dentro da caixinha e deixando junto com os outros presentes. Sai do quarto indo em direção ao quarto dele.

— Eu disse que iria te ensinar, promessas não devem ser quebradas. – Falou me abraçando por trás.

— Alguns dizem que promessas foram feitas para sempre quebradas. – Sussurrei sentindo os seus lábios no meu pescoço, rapidamente ele me virou, ficamos frente a frente.

— As minhas nãos. – Sussurrou ele, puxando meus lábios para junto dos seus.

Suas mãos vagueavam pelo meu corpo sem nenhum pudor, qualquer oportunidade que havia ele se aproveitava de mim, e bem, não posso negar que gosto de ser aproveitada por ele. 

Continua!