História Casamento sob suspeita - Second Season - Benjamin.

“Valentina Bieber” — Benjamin.

Natal e Ano novo foram comemorados de forma linda, com toda a família reunida, Jazmyn veio com o marido e o seu bebezinho, que é um amor de criança, modéstia a parte como todas as crianças da família são uns amores, me sentei na cama, terminando de pentear os cabelos com os dedos. Olhei o Justin vindo à minha direção, apenas enrolado com a toalha, humm.

Janeiro está sendo um mês calmo e tranquilo, a Maquenzy está linda e enormemente grávida, já no último mês de gravidez, Deus! Ela está linda demais, passei a mão involuntariamente pelo minha própria barriga, imaginando um bebezinho crescendo ali, suspirei levantando o olhar e encontrando o Justin me olhando intensamente.

— Não ia banhar? – Perguntei com a voz saindo quase como um sussurro, ele continuou vindo à minha direção, se sentado ao meu lado, com as mãos pousando na minha cintura.

— Estava querendo você lá comigo. – Seu timbre rouco me atingiu, fazendo os pelos se eriçarem.

— Acho melhor não, já banhei. – Falei tirando as suas mãos, Justin gargalhou deitando na cama, mas segurando a cabeça com a mão, sem se deixar cair completamente sobre a mesma.

— Você sempre estraga as brincadeiras. – Ouvi a voz em tom contrariado do meu marido, aumentei o sorriso.

— Não estou estragando nada, Bieber. – Falei o olhando séria, rimos em seguida.

— Claro que não, Valentina. – Nos fizemos de sérios, mas logo rimos e encaramos a felicidade.

Justin entrou no closet, voltando minutos depois vestido com uma calça de pijama e uma camiseta branca, delineando bem seus músculos moldados. Foi meio impossível não encarar e admirar meu belo marido, capaz de ter até babado.

As coisas estavam caminhando bem, muito bem. Só faltava a Quenzy ter logo o bebê, que já está atrasado na sua chegada, era para ser dia oito e já estamos do dia onze de janeiro, porém como querem o parto natural, estão esperando o bebê decidir vir ao mundo na sua hora certa.

***

Já deitados a algum tempo, Justin estava mexendo algo no seu macbook enquanto eu apenas o admirava um pouco mais, isso de amar e ser amada é uma das melhores sensações do mundo, digo isso porque eu me sinto a mulher mais sortuda do momento, aqueles contos de fadas não eram de tudo mentira, tem-se que lutar para no final conseguir o seu final feliz, mas claro que depois não será apenas sorrisos, vez ou outra Justin e eu brigamos, como uma vez eu li uma matéria, “se não quer brigar não se case”, claro que brigas recorrentes não é o indicado nunca, mas quando o problema surge o melhor a ser feito é sentar e resolverem, discutindo sobre.

            Senti algo vibrar perto de mim, Bieber parecia bem mergulhado no que estava fazendo que nem prestou atenção, quase duas da manhã, foi quando notei que era o telefone do Justin, quem estaria ligando a uma hora dessas? Ao ver o nome Derek meu coração começou a pulsar mais rápido, Maquenzy veio a minha mente rapidamente.

— Justin o Derek ‘tá te ligando! – Falei praticamente joguei o macbook no chão, ele parecia um pouco desnorteado quando atendeu ao telefone, logo sua expressão de assustado se tornou divertida, deveria dar algum alivio, mas não foi o que ocorreu.

Ouvi-o falando e respondendo que “sem problemas, eu irei aí e resolverei tudo”. Rapidamente o celular foi jogado na cama e Bieber estava entrando no closet, saiu minutos depois vestido em uma calça e camisa. Ele iria sair?

— O que está acontecendo Justin? – Perguntei o fazendo parar de andar e me olhar, um sorriso enorme estampou o seu rosto. Fiquei de joelhos na cama fazendo meu corpo ficar mais próximo do seu.

— A Maquenzy teve o bebê, o pequeno já veio ao mundo. – Seu sorriso fez-me sorrir também, mas logo pronunciei:

— E porque você está indo? Eu vou me arrumar e também irei, só um... – Ele me parou no meio do caminho até o closet, fazendo ficarmos em pé um na frente do outro.

— Não é permitido visitas, a Maquenzy está descansando assim como o bebê, só que meu querido irmão desmaiou pouco depois do parto e eles precisam fechar algumas coisas na ficha médica dela, eu irei resolver isso, amanhã cedo você ira visitá-los, tudo bem? – Soltei um suspiro de alivio rindo muito em seguida.

— Não sabia que o Derek desmaiava em partos... – Falei quebrando a gargalhada.

— Nem eu. – Foi o que o Justin disse logo após me dando um beijo e saindo.

Não iria conseguir dormir até que ele voltasse, encarei a cama dando de ombros, poderia ir assistir algo ou comer. Vesti um robbie por cima da camisola, descendo as escadas até a cozinha, coloquei água na cafeteira, esperando o meu café ficar pronto fiquei olhando ao redor da cozinha, tudo estava silencioso e calmo, suspirei sentindo o cheiro de café recém-pronto.

Enquanto colocava o café na xícara ouvi passos, me virei rapidamente achando ser o Justin, mas era o Augustus, o motorista/amigo meu. Ri levemente notando o seu rosto assustado ao me notar ali.

— Desculpe, estou com insônia e acabei vindo pegar algo para comer. – Ouvi sua voz um tanto rouca, dei de ombros sorrindo levemente enquanto bebericava meu café.

— Sem problemas, quer café? – Perguntei ele apenas assentiu, eu o servi com ele muito atencioso aos meus movimentos, me senti constrangida, porém minha camisola não era reveladora e o robbie ajudava a torná-la impermeável aos olhos.

Já estávamos bebendo o nosso café, cada um em um canto da cozinha.

— Então o que faz acordada a uma hora dessas? – Augustus me perguntou, meu sorriso novamente aumentou.

— Minha amiga, Maquenzy teve o bebê e o Derek, irmão do Justin é o pai, ele desmaiou depois do parto e o Justin foi lá resolver algumas coisas, não conseguiria dormir até ele chegar, então desci. – Tagarelei extremamente feliz por o bebê enfim ter nascido, eu já estava ficando preocupada com ele não querendo sair da barriga da mãe.

— Você parece bem feliz! – Sua constatação me fez apenas sorrir mais, capaz de eu rasgar a boca de tamanha felicidade. Senti o celular vibrando no bolsinho do robbie, ligação do Justin. Atendi rapidamente.

— Já está voltando? Viu ele? – Perguntei rapidamente fazendo meu marido rir.

— Não vi o pequeno Benjamin, o Derek acordou e eu resolvi o que podia, a Maquenzy estava dormindo já nem pude vê-la também, mas já estou chegando em casa, pensei realmente que não conseguiria dormir até eu dizer algo. – Sua voz risonha encheu meu coração de felicidade.

— Oh, claro que não! Estamos falando da Maquenzy, Bieber! — Exclamei o fazendo rir.

— Ok, já estou chegando, deixa eu desligar que estou dirigindo.

— Ok, cuidado, beijos. – A ligação terminou.

No minuto seguinte estava abraçando o Augustus, extremamente feliz em uma atitude espontânea, ao quebrar um pouco o abraço e nossos rostos ficaram tão próximos, engoli em seco, com um sorriso sem graça me distanciei dele. Mas quando ele foi colocar a xícara na pia, minutos depois, em um momento rápido ele me puxou para perto dele e simplesmente me beijou. Não consegui esboçar reação nenhuma. Ele tentou aprofundar o beijo, mas eu não permite, com um pouco de força o fiz perceber que não era aquilo que eu queria.

— Não sei o que você pensou, mas eu amo muito o meu marido e não pretendo traí-lo de nenhuma forma, eu te considero meu amigo, nada mais que isso. – Falei quase gritando, ainda sem acreditar completamente que ele tentou me beijar. Passei a costa de uma das mãos na boca, rapidamente sai da cozinha seguindo direto para o meu quarto.

Não entendo o que deu na cabeça dele, eu fiquei feliz por estar tudo certo com a Quenzy e o Benjamin, não por querer estar nos braços dele... Argh! Que raiva da minha espontaneidade em abraça-lo e ter dado a brecha que não deveria!

Ao abrir a porta do meu quarto com o Justin, simplesmente minha expressão facial deve ter ficado estranha, completamente surpresa por vê-lo ali, sentado na minha cama, Justin parecia com uma expressão transtornada e de repente a preocupação me assolou.

— Aconteceu algo de errado com a Quenzy? – Novamente apenas ela veio em minha mente. Mas a expressão dele ao me encarar era de dor, como se algo o tivesse machucado.

— Eu vi, Valle. – Fiquei desorientada, sem saber como agir naquele momento.

— Você...

— O motorista, ele...

— Justin, eu juro que não queria, eu nem correspondi ao beijo, não sei o que deu nele para me beijar, você sabe que eu te...

— Não! Agora não é momento para isso. – Um suspiro. — E se eu não for bom o suficiente para você? E se eu for um Jeorge e ele ser o seu Alexander? – A comparação dele de nós com a o que aconteceu com a minha mãe me fez ficar sem reação.

— Você não pode estar nos comparando com o que aconteceu com a minha mãe, você não precisa ficar inseguro, isso é totalmente irracional, eu...

— Isso é racional, Valentina! Você não entende? Sua mãe também não se casou por livre e espontânea vontade com Jeorge, eu não quero que você sofra comigo, se for com...

— Não ouse falar isso! Não ouse! – Gritei completamente fora de mim. — Eu não sou a minha mãe, nós não temos nada a ver com o que aconteceu no passado, sim, não nos casamos por livre e espontânea vontade, mas merda! Você me ama e eu te amo mais que tudo nessa vida, não acha isso suficiente? Eu não quero o Augustus, eu quero você, só você. – Me aproximei dele baixando um pouco tom, mas ele rapidamente fugiu das minhas mãos.

— Eu preciso de um tempo. – Ouvir aquilo quebrou meu coração.

— Você me deu o tempo de três anos, quer perder mais tempo? – Perguntei dura, um sorriso irônico o atingiu.

— Eu te dei um tempo, mas nunca dei um tempo a mim. É isso que eu estou pedindo nesse momento.

— Você quer me deixar? – Sussurrei sentada na cama, sentindo as lagrimas caírem livremente.

— Só um tempo, não estou falando que irei para sempre, eu só...

— Não me ama mais? – De repente me senti tão pequena, tão frágil novamente. Parecia que a minha manta de proteção havia sido retirada e eu estava ao relento, sendo atingida por qualquer um e qualquer coisa.

— Eu nunca vou deixar de te amar. – Foi o que eu ouvi, mas não me foquei mais em nada ao meu redor, deixei meu corpo cair no colchão sentindo meu mundo ruir.

Se ele me ama, porque foi? Porque simplesmente não confiou em mim? Não acreditou que meu amor por ele atravessa tudo, que não somos minha mãe e o Jeorge e meu pai, não somos um triângulo, existe apenas duas pessoas, Justin e eu, Augustus foi um ponto que se meteu e não entendo o porque. Porque quando as coisas estão indo bem demais, sempre vem algo e mostra que tudo era um castelinho de areia, ruindo com o primeiro sopro de vento, minha cabeça girava, caí na escuridão som o rosto banhado de lagrimas.

Cadê a merda da felicidade agora?