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História Casamento sob suspeita - Second Season - Revelações.


Escrita por: igabz

Notas do Autor


Sim, eu sei. Demorei, como sempre.
Isso já se tornou corriqueiro, mas... Não tenho o que explicar.
Demorei não sei ao certo porque, eu não tô muito legal esses dias, tipo... me sinto sozinha, sem amigos e pah, isso prejudica na minha criatividade e como consequencia nos capitulos.
Não queria postar nada depressivo nem nada.
Até porque eu sempre fui muito fechada kkk pelo menos quando o assunto são os meus problemas!
Enfim, o reencontro deles, espero que gostem. Próximo trará surpresas bombásticas.
E não prometo que irei postar logo, enfim.
[b] Gente, decide criar um grupo no whatsapp apenas para essa fanfic! Eu já tenho uns grupos, mas enfim, se quiser participar do grupo no whatsapp, me envie:[i] número + DDD + seu nome, com sobrenome. [/i] LETS GO, MINHAS CASAMENTEIRAS![/b]

Capítulo 3 - Revelações.


Fanfic / Fanfiction Casamento sob suspeita - Second Season - Revelações.

.Reencontro.

 

Point Of View Valentina Bieber’s

 

 

 

Fechei a porta do apartamento com força. Eu tenho quase certeza que estava sendo seguida e mais certeza ainda que vi Justin. Me joguei no sofá a minha frente, sentindo o meu corpo pesar. Isso tudo de “alguém atrás de mim” deve ser coisa da minha mente, afinal ele não viria atrás de mim depois de tanto tempo, deve estar com outra pessoa, e com o divórcio em mãos. Senti uma fisgada no peito só de pensar, apesar da minha força de vontade é como dizem, o primeiro amor nós nunca esquecemos.

– Apenas fique calma. –sussurrei para mim mesma, enquanto fechava os olhos. – Tudo ficará bem. – após alguns minutos tentando controlar a minha respiração, depois de longos minutos em um completo silencio ouvindo apenas a batida forte do meu coração, ouvi algumas batidas na porta. Estranhei, mas me levantei mesmo assim e ao abrir a porta deparei com um homem que nunca havia visto antes – o que deseja? – perguntei, educadamente.

– Sra Bieber? – há quanto tempo não ouvir alguém me chamar assim?

– Sim.

– Há uma encomenda para a senhorita lá embaixo. Ela é um pouco grande e não conseguiremos trazê-la. Poderia nos acompanhar? – ele perguntou, solicito.

– Se o senhor não consegue trazer porque eu deveria ir ate lá? – indaguei, o que pareceu  surpreendê-lo.

– Para.. Poder ver o que fará com ela. Por favor. – pediu ele com jeito.

– Está bem. – disse dando de ombros, ele não iria me sequestrar... Ou iria? Balancei a cabeça com esse pensamento, peguei as chaves, fechando a porta e segui o homem escadas a baixo. Não ao certo porque, mas sento que algo está estranho, mas resolvi ir assim mesmo assim. Algo está me dizendo que irei me surpreender. Ao chegar na porta do prédio, olhei para os lados e com um semblante confuso encarei o homem. – Não estou vendo nada.

– Está vindo logo à frente. – disse misterioso ao olhar para o final da rua. Em poucos minutos um carro veio em alta velocidade, parando na minha frente. Olhei curiosa para o carro esportivo, mas antes que eu pudesse fazer alguma coisa, o homem que havia ido ate a minha casa me segurou pelo braço. – Fique calma. – disse ao abrir a porta do carro e me colocar para dentro.

– Ei. – gritei no momento em que a porta foi fechado. – O QUE PENSA.... – gritei novamente histérica, mas ao olhar para o motorista as palavras me sumiram. – Justin? – murmurei incrédula ao vê-lo olhar com atenção para o retrovisor. – O que... Você quando... Como soube que... – disse sem conseguir terminar uma frase. Meu coração batia descompassado, enquanto muitas idéias vinham em mente. – Eu já assinei o divorcio, porque veio ate aqui? – indaguei séria, o encarando.

–Fique quieta. – ele disse arrogante ao olhar para o retrovisor enquanto mudava de pista freneticamente.

–O QUE ESTÁ ACONTECENDO AFINAL? – gritei sem paciência – Porque não para esse maldito carro em uma das faixas e dirigi como alguém normal? – perguntei com a raiva pulsando em mim.

– Eu até gostaria, mas o seu novo amor mandou alguns seguranças lhe vigiarem e bem... É isso que estão fazendo agora juntamente com perseguição.

–Está falando de quem?

– Porque infernos não me contou que o meu pai lhe atacou? – ele perguntou ao olhar para mim durante alguns segundos voltando a sua atenção para a estrada. Ele pegou o celular, discou para um numero e sorriu. – Está na hora. Podem vir. – desligou enquanto acelerava o carro, em poucos segundos dois carros acompanharam o do Justin, deixando-o com um sorriso na face. – Fácil demais. – disse ele, dirigindo para uma área muito afastada.

– Para onde está me levando? – indaguei temerosa.

– Para um vilarejo. Temos muita coisa para conversar – falou sério.

– Isso que está fazendo é sequestro, sabia disso? – disse ao olhar para o caminho que ele estava fazendo.

– E o que fez há praticamente três anos foi abandono de lar. – me olhou durante alguns segundos. – Estamos quites.

– Não podemos conversar no meu apartamento ou no seu? Porque ir tão longe?

– Realmente não sabe com quem está lidando – ele falou sério – Quando chegarmos ao vilarejo eu lhe explico tudo.

– E se eu não quiser escutar?

– Esse não foi o reencontro que eu imaginava – murmurou.

Ele ficou em silencio ao dirigir até um local bastante afastado. Aos poucos eu fui me calando enquanto olhava para a paisagem. Ainda não consigo entender o que está acontecendo, mas é melhor dar uma chance a ele e saber o que ele tinha para explicar. “A última chance” pensei decidida.

Depois do que pareceu uma eternidade, ele estacionou o carro em frente a uma cabana rústica, a qual estava rodeada de seguranças. Ele saiu do abrindo a porta do passageiro traseiro em seguida.

– Vamos? – perguntou ele, estendendo-me sua mão a qual não peguei, não era nenhuma inválida para necessitar de ajuda para sair de um simples carro.

Segui o Justin até o interior da cabana, que se mantinha totalmente diferente de sua fachada, era moderno e aconchegante o que me deixou realmente surpresa.

– Agora porque me trouxe ate aqui e porque tantos seguranças? – perguntei cruzando os braços, enquanto o encarava séria.

– Muito bem, quer beber algo?

– Não.

– Por onde começo? – falou ao se sentar no sofá. – Imagino que esteja se sentindo vigiada ultimamente. Estou certo?

– Está, mas como...

– Seu apartamento está repleto de câmeras.

– Mesmo se estiver certo, porque está fazendo tudo isso? Deixei de ser sua esposa há alguns meses. Não temos nada haver um com o outro mais.

–Sério? Até onde eu saiba o divorcio só é valido quando os dois assinam, e eu não fiz isso – disse calmo, como se estivesse me estudando.

– Como? – gritei desorientada, mas... eu achei que era o que ele queria no final das contas.

– Achou que eu iria lhe deixar livre tão facilmente? Ainda temos muitas coisas a discutir.

– Justin... Não sei o que houve contigo, mas...

– Não Valentina. Continuo o mesmo, apenas mais... Decidido. – falou me encarando. – Mas já você, mudou bastante. Em todos os sentidos – falou me olhando de cima a baixo e sorriu como se tivesse... “aprovando”.

– Isso é ridículo. – murmurei tentando esconder o quanto ele ainda conseguia mexer conseguia mexer, nem eu imaginava que o Justin ainda mexia tanto comigo, apenas com “meras” palavras. – Se não tiver mais nada a falar vou embora.

Justin caminhou calmamente até mim, como um predador no ponto de atacar sua presa, e a cada passo que ele dava na minha direção, eu recuava dois, até que ao olhar para trás notei que não havia mais espaço para recuar, eu estava realmente encurralada.

 – O que quer afinal? Não vai conseguir me intimidar como antes. – falei com a voz trêmula.

– Fico feliz em escutar isso de você, porque minha intenção esta bem longe de ser intimidadora. – disse me prendendo ao colocar cada mão em um lado da parede. Aproximou o seu rosto do meu e sussurrou. – Porque me largou anos atrás?

– Hã?

– Qual foi o motivo que lhe fez me largar?

– Está brincando comigo? – indaguei indiferente – Não me venha dizer que perdeu a memória?

– Irônica? Não conhecia esse seu lado. – disse ainda próximo ao seu rosto.

– Não tenho tempo para perder com você. – ao dizer isso coloquei as mãos sobre o peito dele, a fim de empurrá-lo, mas minhas mãos mantiveram-se paradas sobre o corpo dele.

–É... Eu melhorei um pouco durante esses dois anos – disse ele sorrindo de forma descarada.

–Hã?

–Meu corpo. – olhou para as minhas mãos sorrindo. – Já vi que percebeu a diferença.

– Idiota. – falei ao empurrá-lo. – Eu não percebi nada porque não lembro nada e pelo que percebi perdi o meu tempo ao ser sequestrada por você. Adeus – disse ao caminhar ate porta, parando ao escutá-lo. – O que disse? – indagou voltando a sua atenção para ele.

– Você não irá a lugar nenhum a menos que eu diga.

– Porque se importa tanto se você quis a separação?

–Eu a separação? – sorriu ele com vontade. – Valentina... Há algo sobre os Bieber’s que deve aprender. Nós não costumamos nos separar do que é nosso. – aproximou-se de mim, segurou em meu braço e me puxou para perto de si. – E ate onde eu me lembre, você é minha. Em todos os sentidos – acrescentou com malicia.

– Não me faça rir Justin. – murmurei, me afastando dele.

– Você não faz o “tipo” irônica.

– Acho que você nunca me conheceu de verdade, agora... Responda-me Sr. Bieber, agora quer mesmo exercer o papel de marido? Só falta dizer que me ama. – murmurei ácida, sentindo o peito apertar com cada palavra que dizia. Ao encarar os seus olhos por breves momentos, achei que tivesse visto um vislumbre de dor. Mas deve de ter sido coisa da minha cabeça.

– Talvez eu realize o eu sonho e diga que te amo se sentiria tão ofendida assim?

– Você sempre deixou bem claro seu ódio por mim. – falei, tentando mudar de assunto. Eu nunca me ofenderia, nunca. Inferno!

– Mudando de assunto? – ele perguntou se aproximando de mim. Novamente a situação presa e caçador.

– Não. – murmurei me afastando dele. – Apenas contando à realidade que foi os dois anos que morei com você. – falei, e ele fez uma leve careta.

– Eu irei lhe explicar tudo na hora certa, mas no momento eu quero apenas deixar claro que já está na hora de você voltar ao seu papel de esposa.

– Como você sabia onde eu estava? Foi a Miley que te disse?

– Miley...? Ela sabia onde você estava? Não, eu sempre soube onde você estava. – ele disse, demonstrando tranqüilidade. Ele sempre...?

– Você sempre soube e nunca foi atrás de mim?

– Eu percebi que você precisa de um tempo seu, e foi isso que eu lhe dei.

– Você me... Deus homem. – murmurei, me sentando no sofá ao lado. – Que marido devotado você. – falei com amargura na voz.

– Chefe... – disse um cara entrando na cabana. O Justin olhou para ele, olhando para mim e depois para o homem novamente. Conversou aos cochichos com o homem, voltando à atenção para mim assim que ficamos sozinhos.

– Acho melhor você ir dormir, já é noite. Daqui a pouco trarão um lanche para você. – ele disse em tom sério.

– E... Você vai pra onde? – perguntei com a voz vacilante.

– Não se preocupe, eu não costumo fugir de nada.

– Quem é você afinal? – perguntei ofegante ao encarar os penetrantes olhos caramelos dele.

– Sou... – disse frio. – O seu marido.

Ele disse saindo dali, em seguida. Logo um dos homens, que eu notei ser um dos seguranças trouxe um lanche, sanduíche com suco. Aceitei, comendo... Mas minha cabeça estava tão cheia de pensamentos, o fato de apenas ter visto e falado com o Justin já me afetou mais do que eu esperava, será que... Eu realmente o esqueci em algum momento? Que tudo foi apenas ilusão da minha cabeça, e o que ele quis dizer com “Talvez eu realize o eu sonho e diga que te amo se sentiria tão ofendida assim?” ele... Ia dizer que me amava? Porque diabos depois de tantos anos ele veio atrás de mim, faltando apenas um mês para o meu aniversário de vinte e um anos, quando enfim atinjo a maioridade. Quando mais pensava mais perguntas sem respostas se formavam na minha cabeça. Apenas descansei sobre o sofá, me aconchegando ali.

E eu achando que a minha vida estava nos eixos, seguindo a direção certa.

 

 

Manhã seguinte.

Meu corpo estava completamente relaxado, como se eu tivesse dormido praticamente meio século, o que me fez sentir-me como a bela adormecida, a única diferença era que ela havia sido acordada pelo beijo de um príncipe apaixonado enquanto eu fui acordada pelo sol que entrava pela janela do quarto. respirei fundo enquanto me sentava em uma cama macia... Cama? Olhei ao redor notando que estava em um local completamente estranho, e... No final das contas tudo foi real e não apenas um sonho “ruim” como eu queria imaginar, um sonho ruim com seus lados bons.

Aguçando os sentidos ouvi o barulho do chuveiro ligando, indicando que alguém estava se banhando... Seria o homem que agora se diz meu marido? Foi quando a realidade caiu sobre mim, eu lembro de ter dormido em um sofá e não em uma cama, como eu estava minutos atrás, e muito menos de camisola. Oh céus!

Eu havia ido dormir de roupa e tudo, como... Quem? Justin.

Me levantei calmamente, calçando os chinelos que se encontravam ao lado da cama, me sentindo extremamente manipulada e vulnerável.

No momento em que ia girando o trinco da porta do quarto para sair dali, uma voz rouca que me fez arrepiar-me profundamente se pronunciou:

– Vai sair sem dar um bom dia ao seu marido, querida? – perguntou o Justin, eu reconheceria aquela voz até se tivesse queimando no fogo do inferno. E ao olhá-lo senti o meu rosto esquentar, afinal ele estava apenas com uma toalha enrola na sua cintura.

– O que significa isso tudo? – perguntei tentando soar com a voz firme e não vulnerável como eu me sentia.

– Apenas o seu marido querendo um pouco de carinho?! – ele disse, o que não soava como uma pergunta, e não notei um pingo de ironia na sua voz.

– Agora eu tenho marido? Pelo o que eu saiba, quando se assina um divórcio a intenção é não ter mais. – murmurei, com um cinismo que não reconhecia em mim. Cruzando os braços.

Mas ele não “explodiu” como eu gostaria, desde o momento em que ele me levou para ali mantinha sempre uma calma e tom sóbrio que me dava nos nervos. Eu quero vê-lo arrancar os cabelos. Não queria vê-lo no controle de tudo, como sempre foi.

– Mas uma esposa só se livra de seu marido, quando os dois assinam o divórcio. – ele disse, com o olhar endurecido.

– Eu assinei e...

– Sim, sim você assinou, eu não. Rasguei aquele monte de papéis imprestáveis logo em seguida que recebi. Você deve aprender mais sobre os Bieber’s já falei.

– Aprender mais? Santo Deus Justin! Isso tudo só pode ser uma brincadeira de muito mal gosto. Porque você veio me sequestrar logo agora? Hum? Que a minha vida estava seguindo em frente, sem você com seus momentos de bipolaridade uma hora me querendo e no segundo seguinte me achando a mais detestáveis das mulheres. Daqui a menos de dois meses eu irei completar vinte e um anos, aí não teria ninguém na terra, céu ou inferno que me faria ficar com você, continuar com toda essa farsa idiota. – murmurei, sentindo que iria explodir a qualquer momento. O que aquele homem na minha frente queria com tudo isso? No final de tudo.

– Sente tanto nojo assim de mim que blasfema contra Deus e o Diabo ao mesmo tempo? Eu não a sequestrei, já lhe disse apenas estou revendo o que é meu por direito, e você é minha, querendo ou não. Isso tudo aqui como você diz é um marido requerendo sua mulher de volta. – ele disse, senti que suas palavras eram verdadeiras.

– Oh sim! É como dizem não? Depois que se perder é que se vê o real valor de algo ou alguém.

– Pode até ser. – ele disse, respirando fundo passando as mãos pelos cabelos, bagunçando-os. – Eu não quero e nem pretendo brigar com você, e muito menos força-la a nada, mas precisa trazer você de volta. E nunca mais esconda nada de mim.

– Esconder o que exatamente?

– Primeiro: eu sempre deixei claro para você se manter a distância do meu pai, e com isso ele foi atrás de você. Muitos sempre falavam que você é a cópia perfeita de sua mãe, e meu pai sofreu e ainda sofre por uma obsessão sem tamanho por ela, e essa obsessão agora cai sobre você. Infernos mulher! Por que não me disse que ele tentou lhe beijar a força?

– Eu... Não sabia o que dizer... Não...

– Sim, sim tudo bem. Eu irei resolver todos os empecilhos de enfim você se livrar de mim, meu pai a vigiou e vigia durante todo esse tempo, ele é bem mais obstinado quando quer algo do que eu, que a deixei solta durante quase três anos. Eu tenho que conversar sobre um... Acordo com você, e para isso primeiro pretendo comer e me vestir adequadamente.

– Ah! Quando eu irei voltar para o meu apartamento? A essa hora a Miley deve de estar preocupada com o meu desaparecimento sem explicações.

– Não se preocupe com ninguém além de você mesma nesse momento, e o que você irá enfrentar pela frente. – ele disse enigmático, saindo do quarto em seguida.

Balancei levemente a cabeça, não tive muito tempo de propriamente pensar, já que logo após o Justin sair não demorou a um senhora entrar com uma bandeja o que supus ser o meu café da manhã, ao perguntar por minhas roupas. Ela saiu e ao voltar trouxe consigo uma calça jeans escura, chegando a um preto, um moletom vinho escrito “BMSB 8” uma lingerie o que eu supus ser verde claro, junto com um tênis supra. 

Depois de muito bem alimentada e propriamente vestida, achei que já estava mais do que na hora de resolver uma vez por todas tudo na minha... Bem... Relação com o Justin, se ele não assinou o divórcio e fez todo esse escarcéu significa que quer continuar casado comigo, quero saber a qual custo. Porque não serei mais a sua boneca que vale bilhões de dólares por ano.

Segui o corredor, até a sala que eu havia estado na noite anterior. Respirando fundo, notei a presença de um homem, deveria ser um dos seguranças, na realidade não o era, era o Justin, em pele, osso, carne e pura beleza. Pelo menos para mim mesma não minto, ele ainda mexe comigo mais do que eu gostaria.

– Agora já podemos falar, querido? – perguntei, sempre tentando soar cínica.

– Sim claro,  vamos ao meu escritório.

– Parece que você planejou isso tudo muito bem. – murmurei o seguindo escadas à cima.

– Acho que você não acreditaria que organizei tudo em poucas horas, mas... Tudo tem o momento certo e a hora certa para acontecer. – ele disse, parando de caminhar e me olhando com tanto... Sentimento? Senti meu coração apertar só de imaginar. Lembrar das palavras da minha irmã, fez-me dar um sorriso frio.

– Claro.

– Parece que você mudou bem mais do que eu poderia imaginar acontecer. – ele disse pensativo, voltando a caminhar logo em seguida.

Assim que chegamos em frente a uma porta no final do extenso corredor, ele se pôs a abrir a porta para mim, como um cavalheiro.

– Primeiro as damas. – disse ele. Apenas entrei, tudo era simples e ao mesmo tempo tecnológico. Respirando fundo, me sentei em uma cadeira, longe de onde o Justin havia se sentado.

– Agora fale qual seria o seu “acordo”. – disse direta, ele ficou me analisando... Como se não me conhecesse, se é que algum dia ele realmente me conheceu.

– Muito bem, serei direito... Assim como você é agora! – ele disse, tomando fôlego para continuar logo em seguida: – Eu tenho muita coisa para lhe explicar, e com o tempo eu irei. Mas o essencial de agora é: Nós iremos continuar casados por mais um ano.

– Isso é um absurdo!

– Porque? – ele perguntou calmamente, me olhando nos olhos. Que eu cuidei em desviar.

– Em pouco mais de um mês completarei vinte e um anos, não precisará mais ficar casado comigo.

– Não é questão de precisar ou não, eu quero continuar casado com você, por muito mais do que um ano, mas... De imediato se eu a deixar nesse momento, solteira como você quer não será assim tão simples como você imagina que será sua vida.

– Então esperamos eu completar vinte e um anos, a minha maioridade e fim. Divórcio.

– Talvez isso fosse simples assim, se eu... Bem, não tivesse tomado algumas decisões que mudaram o rumo de nossas vidas.

– Que... que decisões? – perguntei, sentindo a intensidade de seu olhar sobre mim.

– Você deve imaginar que com esse casamento eu não ganhei apenas um jovem esposa, mas algo a mais. O “algo a mais” é que eu tinha direito e era depositado na minha semanalmente 50% de tudo o que a multinacional que se tornar a empresa de nossos pais juntas. Eu ganhei com os nossos um ano e meio iniciais de casamente, quase 23 bilhões de dólares. – ele disse, o me fez ficar ainda mais tensa, dessa parte eu sabia. A minha queridíssima irmã havia me dado o enorme desprazer de contar.

– Dessa parte eu sei. Menos o valor real de tudo. Mas deve de ter ganhado mais com os quase cinco anos de casados- mesmo que apenas no papel- que temos. – relatei friamente.

 – Não acho que isso me venha como uma surpresa, suponho que a Elisabeth lhe contou como forma de vingança. Mas não, eu ganhei apenas isso. Porque eu me desfiliei de meu pai e do seu antes de completarmos nossos dois anos de casados, antes de você fugir. – ele disse, o que me deixou surpresa e sem o que falar.

– Eu imagino que essa parte ela não lhe tenha falo. Eu quero continuar casado com você, porque... Não é ainda o momento certo para isso. Mas você corre risco de vida por causa dessa minha atitude, o seu pai não é o seu risco, mas o meu sim. Ele está ainda mais obsessivo e agora não é pela Morgana é por você Valentina. – uma pausa. – Quando você chegou da faculdade naquele dia e encontrou a sala destruída, e eu arranjei a desculpa de irmos para o meu apartamento no centro de Atlanta, você deve de ter imaginado que aquela destruição foi por uma briga. Você era ingenua e não burra. Eu sempre sabia. A briga foi entre eu e o meu pai, porque naquele dia ele deixou claro o que ele queria, ou melhor, quem ele queria quando fez o acordo com o seu. Eu nunca achei que fosse apenas por dinheiro. – ele disse resignado, eu sentia que aquilo era apenas uma fração de tudo. Mas... Risco de vida? Oh céus!

– E o meu risco de vida seria? – perguntei em um fio de voz.

– Ele... A quer, eu sei que você sentia-se vigiada, e não era eu nesse papel. Era o meu pai, ele está alucinado com tudo isso, principalmente sua fuga. Você não tem como cuidar de si mesma sozinha.

– Não tenho? Mas eu cuidei durante esses três anos.

– Não, eu cuidei. Eu venho cuidando a distância, dando o seu tempo. – ele disse, o que fez meu coração amolecer... Ele cuidou? Então... ele gosta de mim? Não... Não, não, não... Não de novo, isso deve ser apenas ele se sentindo culpado. E querendo de alguma forma colocar tudo em seu lugar, mas tenho que novamente me confessar que esse Justin Drew Bieber na minha frente eu nunca cheguei a conhecer.

– Certo, porque tudo isso? Nunca  soube desse seu lado solidário.

– Eu merecia essa. Mas... Enfim, aceita ou não o meu acordo? Já que ele é para sua proteção.

– Apenas a minha proteção. – murmurei, o que fez ele me olhar diferente. – Muito bem, nada mais que um ano. Apenas isso. Depois de um ano cada um segui o seu rumo, mas não sei como você poderia ter tanta certeza que depois de um ano seu pai não seria mais obsessivo por mim. – murmurei.

– Deixe que com isso eu me preocupo. Vamos logo, que o avião já está a nossa espera. – ele disse verificando as horas no relógio do seu pulso.

– Avião? Para onde?

– Para New York. – ele disse simples.

Horas depois estavamos dentro de um avião, seguindo caminho para como o Justin havia dito New York, ele está morando lá agora? E a Pattie? Quenzy? Derek? Jaxon? Todos também estavam lá? De repente um frio na minha barriga, eu os deixei quando fugi do Justin, como estaria tudo quase três anos depois? Eles... Estariam magoados?

Senti uma mão apertando a minha, a mão era do Justin, mesmo que o seu conforto tenha sido bom, soltei a minha mão da sua, e segui viagem olhando pela janela do avião.

– Agora será o inicio... – ouvi ele murmurar, como se fosse um sussurro só para si.

 


Notas Finais




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