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História Caso Iowa - As Trompetas


Escrita por: rodrigo12

Notas do Autor


[ O mau aumenta a cada passo desses relatos ... ]

Capítulo 3 - As Trompetas


2 de janeiro de 1993 - 06:06 AM.

Amalie se dirigia a copiadora em seu carro  , não tinha dormido nada naquele noite , a imagem de Griffin sendo atropelado repetia infinitamente em sua mente.
Ficou tão perdida nesses pensamentos que nem percebeu que avançou um sinal vermelho. Só acordou com a buzina e a freada de um carro.

- Olha para onde anda ! .
Gritou o motorista para ela.

Ela ficou tão vergonhada  que nem pediu desculpas , saiu de lá direto ao encontro com Gary na copiadora.
   Aquilo nunca havira acontecido antes, ela sempre prestava atenção no trânsito.  Mais daquela vez tinha se perdido em pensamentos ao volante pela primeira vez.
  Ela resolveu deixar isso de lado , afinal estava reclamando de sua falta enquanto dirigia , ligou a rádio local aonde tocava uma música country e se dirigiu ao encontro com Gary.

Copiadoras Benjamin Hurt - 07:55 AM.

Quando Amalie chegou finalmente na copiadora no centro da cidade , viu de longe Gary na porta da loja a esperando. Ela sentia um pouco de atração por ele , resolveu sair rápido de seu carro quando percebeu que estava quase uma hora o admirando.

- Bom dia Amalie.
Disse ele com um sorriso no rosto.
- Consegui que o dono esperasse você chegar.

Ela não pode esconder , ficou completamente boba e vermelha.
- Obrigada.
Disse entrando junto a ele.

Quando entraram na copiadora , parecia que tinham errado de loja , tinha milhares de crucifixos pelas paredes e fotos de pessoas desaparecidas e mortas.

- Credo , vamos sair , devemos ter entrado no estabelecimento errado.
Disse ela dando meia volta quando foi interrompida por uma voz vinda do balcão.

- Sejam bem vindos.
Disse o senhor simpático os olhando.
- vocês não erraram de loja não. Aqui é a copiadora Benjamim Hurt aberta desde 1986. 

Ela então se dirigiu ao balconista com a foto na mão.

- Por que tantos crucifixos ?.
Perguntou Gary olhando a loja toda , tinha uma em cada parede , parecia macabro.

- Meu filho , se eu te contar oque eu vejo nessas matas você nem acreditaria.
Disse o homem olhando para os dois.

- Coisas ? Perdão como você se chama ?.
Perguntou Amalie colocando a foto em cima do balcão e olhando para o homem.

- Me chamo Cleitox Hurt , madame.
Respondeu gentilmente o balconista e dono da loja.

- Prazer Cleitox , eu sou Amalie Gwen ,  e esse alí é meu companheiro Gary Francis . Somos policias da delegacia central.
Disse ela esboçando um lindo sorriso.

- Prazer em conhece-los.

Ia falar mais algo , parecia ser a história da loja ,  mas Gary o deteve.

- Perdão , Cleitox , poderia nos conta que tipo de coisas viu ?. É que estamos numa investigação.
Falou ele se aproximando do balcão.

- Claro que sim.
Disse calmamente o senhor.

- Eu poderia esta gravando sua história ?.
Perguntou Amalie rapidamente , sabia que aquilo teria haver com o caso.

- Sem problemas minha jovem.

Depoimento de Cleitox Hurt - 08:58 AM.

- Tudo ocorreu naquele dia , nunca esquecerei , foi no dia em que perdi minha amada esposa.
Dizia ele para Amalie e Gary ali presentes.

- Poderia especificar a data ?.
Perguntou Amalie.

- Foi em 1983 , três anos antes de abrir essa copiadora.
Respondeu ele.

- Continue.

- Bom , eu tinha acabado de me mudar para essa cidade por causa de minha mulher. Ela sempre me insistia para nos mudarmos de Minnesota. Esse estado ,  era um bom destino , mas foi quando nós chegamos aqui em Wadena , minha esposa afirmou ter visto algo no meio da floresta e eu não era de acreditar nessas coisas.

- E oque aconteceu ? Como sua mulher sumiu ?
Perguntou Gary.

- Foi na sexta 13 , é eu sei  é meio duvidoso , mas foi nesse dia que minha vida mudou.
Falava ele num tom de mistério.

Amalie ia dizer algo quando Cleitox começou a falar novamente.

- Naquela sexta minha mulher quis me levar a mata em que ela viu a tal aparição , eu não sabia no momento mas essa seria a pior decisão de nossas vidas.

- Por que diz isso ? .
Disse Amalie agora com voz de sono.

- Minha esposa afirmava ter visto um menino na floresta e queria me provar a qualquer custo , e aquela viagem foi o custo maior que ela fez.

Quando ele disse isso os dois arregalaram os olhos. Seria Blaine ? Como aquilo era possível ?.

Cleitox viu que os dois estavam prestando atenção nele e continuou.

- Ficamos naquela floresta até o anoitecer , não tínhamos visto nada , até quando ouvimos um pedido de socorro vindo da parte escura da floresta. Pensamos em não ir no princípio , mas logo depois  era como se fosse uma voz de um menino , Eu e minha doce Anne corremos em direção a tal voz.
Nesse momento Cleitox parou , mais não foi por que pediram , foi para limpar as lágrimas que caiam dos olhos dele.
- Me desculpem , é que tenho essa visão todo dia.
Disse com o lenço nas mãos.

- Se quiser podemos voltar outro dia.
Disse Amalie olhando para ele.

- Não , eu preciso contar isso à vocês. Vocês são de confiança e seria uma pena se entrassem naquela floresta a noite sem saber desse fato.
Disse Cleitox tirando sua cara de choro e trocando para uma séria.

- Tudo bem , prossiga.
Disse Gary olhando para seu relógio de pulso eram 10:30 da manhã ,  já se tinham passado duas horas.

- Pois bem , foi quando nós entramos floresta a dentro que encontramos um menino com uma camisa totalmente ensanguentada e nos fixando com seu olhar. Não podemos fazer nada , ele pulou em cima de Anne e a arrastou  para dentro da floresta. Pensei em ir ajudar mas Anne mandou eu fugir.

- " Fuja Cleitox ! " .

Foi a última coisa que ouvi dela antes de correr para o carro e sair de lá. Me sinto culpado por isso até hoje , eu deveria ter ajudado ela , mais sei que ela esta feliz me olhando lá de cima.

Quando o relado de Cleitox tinha terminado os dois não sabiam oque dizer ou oque fazer , era exatamente o mesmo garoto que viram ontem.

- Então ...acabei falando demais e nem vi a foto que trouxeram , é dos dois pombinhos ?.
Dizia ele pegando a foto olhando para eles , quando viu a foto arregalou os olhos e depois fixou  neles.
- Onde conseguiram essa foto ?.

- Nosso amigo , Griffin , tirou ela ontem na nossa delegacia.
Disse Garry olhando para o senhor.

- E onde está esse Griffin ?.
Perguntou ele quase tremendo.

- Morto , por um ônibus desgovernado.
Respondeu Amalie.

- Desculpem  mais minha loja fechou.
Disse friamente Cleitox.

- Mais senhor , não podemos parar por aqui. Esse menino , Blaine , tem que ser investigado.
Disse Gary olhando para ele.

- Vocês não entendem , esse garoto que vocês chamam de Blaine não é desse mundo.
Disse aflito para os dois.

- Como assim ?.
Perguntou Amalie intrigada.

Cleitox engoliu seco e disse.
- Depois de que minha Anne se foi tenho escutado trompetas , foram duas trompetas seguidas. As duas foram quando abri essa loja , por isso esses crucifixos.

- Então , eu e a Amalie temos uma coisa importante par fazer.... Agradecemos seu relado Cleitox , até a próxima.
Disse Gary puxando Amalie para fora da loja a fazendo esquecer seu gravador de som.

- Se afastem daquela floresta !.
Gritou ele de dentro da loja quando os dois haviam saido.

- Pobre senhor , está delirando , trompetas....deve ser a velhice.
Disse Gary para Amélie indo para o carro.

- Eu não acho , ele tem relatos muito semelhantes ao nosso acontecimento.
Disse ela entrando no carro.

- Ta , mais e a parte das tais " Trompetas " ?. Ele deve ter inventado tudo , possivelmente a tal Anne deu um fora nele na floresta e ele criou essa realidade para poder suportar.
Disse Gary entrando no carro e ligando a chave.

- Gary , eu esqueci meu gravador de som lá dentro com ele.
Disse ela se virando para ele.

- Oque aquele velho vai fazer  ? Roubar a polícia ? . Deixe aí , amanhã você pega ele.
Disse ele pisando no acelerador.

A manhã e a tarde se passaram incrivelmente rápidas , Amalie e Gary foram para a casa de cada um para uma bela noite de sonho , ou pelo menos tentar ter uma.

Enquanto  isso Cleitox fechava a sua loja. Sabia que ali a noite , não era seguro , mesmo com tantos crucifixos.
Foi para sua casa levando o gravador de som que Amalie havia esquecido , não pretendia rouba-lo , só guardar em sua casa aonde era mais seguro.

Ele acabou chegando em sua casa umas 18:45 Pm. Tudo ja estava ganhando seu clima de desértico , resolveu entrar e tirar uma soneca.
  As 20:00 pm  resolveu ir dormir em sua cama , tinha acabado de ver televisão e estava muito cansado. Deixou o gravador de som ligado numa estante ao lado de sua cama e foi dormir.

Gravação entre sábado dia 2 e domingo diade  1993 - Residência de Cleitox Hurt - 23:20 pm.
Cleitox Hurt estava dormindo em sua cama quando um barulho veio das escadas. Era barulho de passo , passos forte que só uma pessoa podia fazer.

- Quem esta aí ?.
Perguntou com voz de sono , ainda estava dormindo.

Ninguém respondeu , houve um silêncio por um minuto.
Cleitox voltou a dormir quando um barulho veio de sua porta que estava trancada , era uma trompeta.

Isso fez ele se levantar totalmente de sua cama.

- Não ! Me deixe em paz ! .
Gritou desesperado .

Então as trompetas e os passos pararam , mas voltaram como  barulhos na maçaneta.

- Ave Maria cheia graça...
Cleitox começava orar em sua cama com o gravador de som nas mãos.
- .. Santificado seja fosso nome .. Venha a nós em nosso reino..

O barulho na maçaneta aumentava mais a cada verso da oração.

-Seja feita ...fossa vontade...
Agora se deu para ouvir uma trompeta muito alta , era a quinta trompeta.
- ... Assim na terra como no céu ...

De repente ouviu-se a porta ser arrombada e uma voz falar para Cleitox.

- Eu vim pegar você ..eu vim pegar você ... Venha brincar comigo.

- Que deus me perdoe por isso.
Disse a voz de Cleitox que foi substituída por um barulho de disparo de arma. Cleitox havia cometido suicídio.

Essa  gravação de áudio acabou às 03:33 am daquela madrugada.


Notas Finais


Notas do autor :
Mais um capitulo terminado. Espero que estejam gostando .


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