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História Cavaleiros do Zodíaco - A Saga de Gaya - O Pantheon Reage


Escrita por: NinaKurumada

Capítulo 14 - O Pantheon Reage


Fanfic / Fanfiction Cavaleiros do Zodíaco - A Saga de Gaya - O Pantheon Reage

Todos se reuniram com Atena na sala de visitas para que ele desse as ordens quanto ao que fariam em relação à Gaya e seu plano louco. Shaka expunha a todos o que sabia sobre a inimiga. Ele era sempre tratado com respeito e reverência pelos seus amigos e todos o ouviam com atenção. Mesmo Dohko, o mais velho deles, tinha Shaka em alta consideração. As filhas de Shun foram colocadas sob os cuidados de uma das empregadas da mansão Kido. Hana, Yumi e Shunrei ficaram ao lado de seus amados, ouvindo apreensivas e amedrontadas.

A conversa continuou na mesa de almoço e ninguém ainda tinha apresentado uma solução viável para destruir Gaya. Ela não era uma deusa para que pudesse ser selada. Não era uma humana para simplesmente ser derrotada, e, o pior foi quando Shaka informou que se Gaya fosse destruída, toda a natureza do Planeta Terra deixaria de funcionar. O ciclo da água seria interrompido, os animais e plantas não mais se reproduziriam, não haveria novas ligações químicas, nem vento, nem mudança nas estações do ano. A decomposição da matéria orgânica seria interrompida gradativamente, já que os organismos responsáveis por ela não continuariam a se reproduzir. À medida que os seres vivos morressem, novos não nasceriam. Os recursos renováveis não mais se renovariam, portanto, os alimentos e todas as matérias primas que a humanidade precisava, iriam se esgotar com o passar dos anos. Não haveria chuva, nem neve, nem orvalho... A água não mudaria mais de estado físico e todas as nascentes e rios iriam morrer. Consequentemente, os peixes e todas as cadeias alimentares seriam quebradas.

— Enfim, seria o fim de tudo — Ikki interrompeu Saga, impaciente pela explicação longa e detalhada.

— Sim, lentamente o planeta iria morrer. Até mesmo a formação de rochas seria interrompida — Shaka assentiu.

— Que droga! Como uma mulher que quer destruir o planeta pode ser tão importante para mantê-lo vivo? — Camus protestou. — Seria mais fácil se pudéssemos simplesmente acabar com ela.

— Não seja ingênuo, Camus — Dohko advertiu. — As palavras “fácil” e “simples” não cabem nesta batalha. Acha mesmo que Gaya será uma adversária fraca?

Camus apertou os lábios e suspirou.

— O Mestre Ancião está certo. Não esperem que, por ela estar sozinha e por não ser uma deusa nem uma amazona, será fácil derrota-la. O poder dessa mulher é incalculável. Não temos nem ideia do que ela é capaz — Aiolia ponderou.

Shunrei apertou o braço do marido, que segurou sua mão e sussurrou ao seu ouvido para que ficasse calma. Ela levou a mão ao ventre instintivamente. Temia pelo futuro do bebê.

Hana também estava nervosa. Soltou a mão de Hyoga e se retirou. O rapaz seguiu a namorada discretamente.

Yumi parecia mais tranquila. Segurava a mão de Shun com firmeza, mas não sentia medo. Sabia que o marido e os amigos dele já haviam derrotado muitos inimigos. Acreditava que eles conseguiriam a vitória mais uma vez. 

Hyoga encontrou Hana na cozinha, tomando um copo de água com açúcar.

— Hana, você está bem?

Quando ela se virou, estava com os olhos cheios de lágrimas.

— Ah, Hyoga! — Ela o abraçou forte e começou a chorar, enterrando seu rosto no peito dele. — Eu não posso te perder. Vocês estão inseguros. Isso quer dizer que a vitória não é certa. Não quero que seja ferido.

— Não tenha medo, meu amor. Tudo vai acabar bem.

— Você não pode me prometer, pode?

O rapaz suspirou antes de dizer:

— Não.

— Eu sou só uma garota comum, Hyoga. Não entendo nada sobre lutas, armaduras e poderes sobrenaturais. Eu só quero que voltemos para nossa casa e para nossa vidinha simples.

— Hana, você sempre soube que eu sou um Cavaleiro de Atena.

— Eu sei... Mas pensei que o tempo de lutas havia acabado.

— Eu também.

A moça se afastou do namorado e enxugou os olhos.

— Acho que vou para o quarto. Não quero preocupar você mais do que já está preocupado. Não aguento mais ouvir nada sobre essa tal de Gaya. Minha cabeça está girando com tantas informações. Não podemos chamar a polícia ou o exército para acabar com ela?

— Não é tão simples...

Hana respirou fundo e beijou os lábios do namorado.

— Me desculpe por ser tão medrosa. Vou para o quarto tentar me acalmar.

— Eu vou junto.

— Atena precisa de você. — Ela alisou o rosto dele e saiu.

Hyoga apertou os olhos, controlando a emoção. Voltou para a sala após alguns minutos.

 

Já fim de tarde quando Marin chegou à mansão, acompanhada por Shina e June. Logo em seguida chegaram Hilda, Lyfia e Freya. As seis mulheres coincidentemente se encontraram no portão da mansão Kido. Descarregaram as malas dos táxis e se abraçaram, cumprimentando-se.

— Será que Atena está em casa?

— Espero que sim, Hilda. Precisamos comunicar a ela o que se passou no santuário.

— Oh, céus, Marin, o que houve?

— Não se precipite, Freya, primeiro vamos ver se Atena está. Estive aqui no mês passado ajudando a cuidar do Seya e não me falaram sobre planos de viajar — Shina disse, tocando companhia.

Tatsumi atendeu a porta e, antes que ele as convidasse para entrar, as seia mulheres passaram por ele, cumprimentando-o e deixando as malas no hall. Elas ouviram muitas vozes vndo da sala e foram até lá. Foi um momento de muita emoção quando elas viram os cavaleiros de ouro vivos.

— Aioria! — Lyfia soltou um grito, correndo até ele e pelando em seu pescoço com beijos e abraços eufóricos.

O cavaleiro de Leão ficou tímido no primeiro instante, mas logo abraçou a moça e a rodopiou no ar. Nunca pensou que a veria de novo e poderiam enfim viver o amor que sentiam.

Marin sentiu o coração se agitar. Sua vontade também era de se jogar nos braços de Aioria, mas ficou estática ao ver a sintonia entre ele e Lyfia. Uma voz parecia chamar seu nome. A princípio estava distante, mas pareceu aumentar gradativamente, à medida que ela voltou a si.

— Marin?

Quando ela olhou para o lado, viu Aiolia com um sorriso lindo.

— Sagitário? É você mesmo? Eu não posso acreditar! — Marin estava espantada. Há muito tempo não via aquele homem. Ele era tido como um herói no santuário e, em suas aulas, ela sempre citava o exemplo dele para os aspirantes a cavaleiros.

— Sou eu. — Ele sorriu.

Shina e as outras mulheres ficaram lado a lado, maravilhadas por ver todos os cavaleiros de Atena reunidos. Só após alguns instantes é que elas notaram a presença de Saori e se ajoelharam diante dela.

— Atena, sinto muito, mas trago más notícias — Marin informou.

— O que aconteceu? — indagou Saori, colocando-se de pé.

— Uma espécie de bola de fogo atingiu o santuário na noite passada. Tudo foi destruído.

— O que está dizendo, Marin? — Saga deu um passo à frente.

— Doze garotos aspirantes a cavaleiros foram mortos e um deles está em estado grave no hospital. Os médicos disseram que as chances dele voltar a andar são mínimas — Shina completou.

Saori e os cavaleiros arregalaram os olhos. Um silêncio triste se instaurou. Foi Mu quem falou primeiro.

— Doze cavaleiros mortos e um ferido... Não pode ser coincidência.

— E não é. — Saga concordou. — Os deuses começaram a retaliação ao atos de Gaya.

— Faz sentido... Doze cavaleiros trazidos de volta à vida em troca de doze aspirantes a cavaleiros mortos — Dohko refletiu.

Alguns deles se entristeceram ao saber que a vida deles fora trocada pela de outros homens. Apenas Máscara da Morte, Shura e Afrodite pensaram algo do tipo: “antes eles do que nós”.

— E esta chuva que não para desde ontem? Parece que o céu está caindo. Isso também é obra dos deuses? — questionou Aldebaran.

— Acredito que sim. Gaya disse que nos daria alguns dias antes de começar a executar seu plano — Miro lembrou.

Hilda e Freya ficaram de pé e deram um passo à frente.

— Também não viemos só para uma visita comum. Tentamos falar com você, Atena, mas os meios de comunicação não funcionaram. O gelo em Asgard está derretendo de uma maneira rápida e incomum. O mar está aumentando o nível. Se assim continuar, teremos de tirar todos de lá, pois nossas cidades serão inundadas. Eu imaginei que fosse algo mais complexo que que uma mudança climática.

— É o desequilíbrio do cosmo, como Forsete alertou. Se Gaya começar a agir, teremos coisas mais graves no mundo — Camus falou, com um suspiro.

— O que faremos? — indagou Juno.

Ninguém tinha uma resposta. Nenhum deles sabia o que fazer. Sabiam apenas que precisavam impedir Gaya. Entretanto, não sabiam como fazer isso. Nem mesmo sabiam onde encontrá-la.

— Onde será que ela se escondeu? Vamos encontrar essa idiota e esmaga-la! — Saga vociferou.

— Como vamos encontra-la? — Shun indagou.

— Pelo cosmo. Podemos seguir o cosmo dela. — Shiryu sugeriu.

— O cosmo dela parece estar em toda parte, não conseguem sentir? — Seya se manifestou pela primeira vez.

Mais uma vez o silêncio se instaurou entre eles.

— Eu posso tentar rastreá-la — Ikki se ofereceu. — Sou bom nisso. Assim que eu descobrir onde ela está, será mais fácil para criarmos um plano para ataca-la.

— Precisamos ficar juntos. Ir sozinho até lá será muito arriscado. — Shun temeu pelo irmão.

— Eu tenho o Colar do Infinito, se esqueceu?

Saori pensou alguns instantes e assentiu:

— Muito bem, Ikki. Vá e descobra onde ela está. Tome cuidado. Não subestime o poder dela.

Fênix fez um gesto positivo com a cabeça e saiu da mansão. 



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