A luta diante da Mansão continuava. Gokudera, junto a Masao e Giustizia, haviam conseguido derrotar seis membros da Epifania. Kenjiro e Fabricio ainda estavam no combate um contra um. Hayato estava impressionado com a habilidade de ambos jovens.
Fabricio começou a observar o cenário, o escudo da mansão estava quase sendo derrotado, havia muitos membros machucados ou feridos de ambos grupos. Ele já estava ficando exausto e seu braço já estava ardendo já fazia algum tempo. O garoto sabia que aquela luta deveria se encerrar, tirou de seu cinto de munição uma bala de cor amarela e colocou em sua arma de fogo.
-Tomando medidas desesperadas Fabricio? Eu sei o que essa bala faz, sou resistente aos seus efeitos. –dizia Kenjiro arrogantemente. Sem dar ouvidos, Fabricio atira e Kenjiro consegue desviar facilmente com ela explodindo logo depois. – Viu, eu disse.
-Não se vanglorie cedo demais.
Kenjiro começa a sentir seu corpo formigar e ter dificuldades em respirar. –Ve-veneno! - O suor frio veio rapidamente o obrigando a ficar de joelhos no chão. –Mal-mal-maldito...
-Não se preocupe. Os efeitos são temporários.
-Kenjiro-kun!!! –gritou alguém da Epifania. - Epifania, bater em retirada. – e em segundos todos os membros somem.
Sem pensar duas vezes, os três entram correndo dentro da mansão, mas apenas Fabricio e Gokudera chegam até o galpão. Haru estava abraçada com Lavina. Kazumi estava de tocaia na porta do galpão, Sakura e Charlotte estavam no canto conversando com as crianças. Hayato corre ao encontro de Haru, abraçando as duas em seguida.
-Estão bem?
-Haru e Lavina-chan estão bem.
-Está com os olhos vermelhos, estava chorando?
-É o cheiro de mofo que fez ela chorar Onii-san.
-Bem, já podem sair. Eles foram embora.
***
Duas horas depois...
-Estou tão cansado. –dizia Gokudera à caminho de casa. –Há tanta coisas para entender.
Haru permaneceu em silêncio.
-O que aconteceu que está tão pensativa? Haru? Haru!!!
-Hahi! O que aconteceu?
-Eu que pergunto.
Ela o olha e se aproxima mais dele. Tira algo do bolso e coloca no dele. –Lavina-chan perdeu isso e Haru esqueceu de entregar. –Quando Gokudera foi para ver o que era e ela o impede. –Não Gokudera-kun. Espere Haru sair.
-Por que?
-Só espere a Haru sair, só assim Gokudera-kun pode ver o que é e ir devolver para Lavina-chan.
-Mas...
-Respostas. –e ela o beija e sai correndo deixando o namorado sem entender nada.
Ele a observa até sumir do seu campo de visão, pegando o medalhão em mãos, surpreendendo-se logo em seguida, pois ele era idêntico ao que Haru e ele usavam. Rapidamente virou para ver se havia alguma inscrição e seus olhos se arregalaram.
Tempo depois, na mansão Lavina estava tentando tocar uma música, mas sempre errava a mesma nota. Gokudera a observava deslumbrado encostado na soleira da porta. Aquela era a música que a sua mãe havia composto.
-Por que a Lavina não consegue? –se indagava.
-Está errando no tempo. –disse Gokudera assustando a garota. Ele aponta perguntando se podia sentar e ela afirma com a cabeça. –É assim. – ele toca uma bela melodia.
-Ohhh. Assim?
-Exatamente.
-Lavina conseguiu. Obrigada Onii-san.
Ele sorri. – A propósito, você perdeu isso.
-Lavina não perdeu. Quer dizer, Lavina perdeu, mas a onee-san achou, aí a onee-san pediu emprestado.
Ele ri. –Ela é bem espertinha para armar certas situações. – disse colocando o medalhão no pescoço dela. – Então...
-Onii-san sabe tudo como a Onee-san. Lavina-chan falhou. –dizia deprimida.
-Não podemos controlar todas as situações quando estamos em uma missão. Quando algo foge do controle, precisamos pensar em uma nova estratégia.
-Hum... Apagar as memórias do Onii-san e da Onee-san?
-É uma opção, mas não vamos fazer isso. Com certeza conseguirá pensar em uma alternativa.
-O que é isso?-indagou Fabricio surpreso observando os dois.
-Ele sabe. –afirmou Masao.
-Mas e agora?
-O que? Apagar as memórias dele? Lavina acabou de sugerir.? –disse brincando.
-Não me desafie que eu peço para o Claudio. –ele deu uma pausa. –Vai contar para o tio?
Masao ri. –Talvez um dia.
-Tínhamos certeza que isso ia acabar acontecendo. –afirmou Charlotte junto a Sakura.
À noite...
-O que houve com você? – indagou Tsuna enquanto subia as escadas do templo.
-Giustizia. – respondeu Kenjiro cheio de hematomas sentado em um degrau. -Estávamos tentando abrir caminho e acho que conseguimos. O problema é driblar a Vongola.
-Poderíamos usar a Giustizia para criar uma distração. Daremos uma chance de me eliminarem.
-Creio que não funcionará. Giustizia está contendo seus ataques. Em certo ponto é bom, não teremos problemas para sair.
Tsuna levanta-se pensativo fazendo uma curta caminhada e retornando logo em seguida. –Sei como iremos sair. –disse sorrindo vitorioso.
No dia seguinte, reunião da Vongola na casa de Tsuna.
-Tsuna-kun, venho aqui pessoalmente lhe alertar de um perigo eminente. Epifania não tem boas intenções acerca de você. Eles apenas querem se aproveitar da sua situação.
-Nono, estamos desesperados. Sei que foi uma medida sem cautela mas... –dizia Iemitsu.
-Eu entendo Nono. Pensei muito no assunto e vejo que não seria sábio agir desta forma. –responde Tsuna.
-Teria chances de você retornar para Itália junto à mim?
Tsuna abaixa a cabeça pensativo.
-Temos mais recursos lá na Itália Tsuna. Claudio com ajuda da Céu Selvagem e de Gokudera-kun, conseguirão com certeza, obter resultados rapidamente. Sair de toda essa situação aqui no Japão, com certeza ajudará a conter a corrupção da sua alma. Você me compreende?
-...Sim. Mas... Antes de cortar ligações com Epifania, Kenjiro-kun contou-me que quando sequestraram um membro da Giustizia, descobriram que possuem planos caso eu saia do país.
-Não sabemos se é uma informação verídica, Tsuna-kun.
-De qualquer forma, não quero arriscar. Eu pensei em um plano. Me clonar novamente. – ele olha para Claudio.
-Te clonar novamente? Está louco Tsuna!? – falava seu pai.
-Sim. Meu clone ficaria por aqui até eu partir e chegar em segurança na Itália.
-Não é uma má ideia. –disse Reborn. –Há condições Claudio?
-Sim. Estou com meus poderes totais. Mas sugiro em fazer um clone que dure no máximo dois dias.
-Perfeito. Poderíamos simular que eu estivesse saindo do país, no caso usaríamos o clone, atrairíamos todas as atenções eles. E eu, estaria indo para a Itália disfarçado.
-Então porque não fazer a viagem com a Epifania? Daríamos-lhe o clone. –sugeriu Claudio.
-Mas ele não sumiria logo que levantassem voo? Epifania descobriria imediatamente. –perguntou Iemitsu.
-Coloco uma pequena quantidade de energia para durar um dia.
-Então, vamos fazer.
No dia seguinte, logo pela manhã, o clone de Tsuna e os guardiões, que não sabia da situação em si por pura precaução, estavam aguardando na pista o jato que partiria com a Epifania.
-Estamos muito felizes que tenham mudado de ideia. – dizia Alexandre. –Sei que tudo que fazem é pelo bem estar de seu chefe.
-Sempre pensamos em sua proteção. – dizia Iemitsu.
-Que pai exemplar. –disse Kenjiro em tom irônico. Fazendo Iemitsu o olhar torto.
-Mais respeito garoto! Bem, o jato está quase pronto. Vou ver quando partimos. –disse Alexandre.
-Nervoso Tsuna? Na última vez que te vi, você não gostava muito de aviões. –falou Kenjiro.
-Podemos não falar nisso!? –respondeu o clone temeroso.
-Fez um bom trabalho Claudio. – cochichou Reborn.
-Tenho que aceitar, desta vez me superei.
-Estou animado para conhecer Sidney!!! – dizia Yamamoto para Gokudera, que parecia pensativo. –Aconteceu alguma coisa Gokudera?
-Algo não parece estar certo por aqui.
-Besteira Gokudera-kun. –disse Ryohei. –Vamos Aproveitar esta viagem ao extremo!!!
Ignorando o cabeça de gram, Gokudera ativou seu poder de conhecimento. Desta vez os arabescos estavam mais complicados para o entendimento. Ele foi interrompido por ataques na pista, quando perceberam, viram que tratavam da Giustizia.
-Protejam o Décimo. Estamos em campo aberto.
-Vamos Tsuna. Vamos para o jato e rápido. –disse Kenjiro.
Os guardiões iniciaram a defesa e neste momento Epifania aproveitou para colocar Tsuna no voo sem a Vongola e partir viagem.
-O que pensam que estão fazendo? Voltem aqui!!! –gritava Ryohei.
-DÉCIMO!!! “Tem algo estranho acontecendo”.
“O plano deu certo”. –pensou Iemitsu.
Em outro voo que decolou um pouco antes...
-Como diz o ditado. Matamos dois coelhos com uma cajadada só. –disse Nono enquanto observava a luta pela janela do Jato.- Tsuna-kun, você está muito quieto.
Tsuna estava sentada diante do Nono, totalmente agarrado à poltrona e mordendo os lábios. – Estarei aliviado quando estivermos em terra.
-Terá que se acostumar. Quando for chefe terá que realizar muitas viagens.
-O que!? Ninguém me avisou isso antes.
Voo da Epifania...
-Onde conseguiu aqueles caras para se passarem como a Giustizia?
-São membros da Epifania disfarçados.
-Inteligente.
-Qual é a sensação de enganar a própria família, Tsuna-kun? –perguntou Kenjiro.
-Sinto uma pequena parcela de culpa, mas eles não estão vendo que isso será para o meu próprio bem.
-Provaremos que estavam enganados.
E os dois riam.
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